fbpx
Conecte-se conosco

Geral

Aumento da tensão no campo preocupa setor produtivo

Publicado

em

As tensões no campo ganharam novos contornos em Douradina, Mato Grosso do Sul, onde um conflito prolongado entre indígenas e produtores rurais tem causado crescente preocupação no setor produtivo de todo país. A situação, que já dura um mês, voltou a se agravar nesta semana, destacando a escalada de confrontos e o aumento das invasões de terras.

Na semana passada, um violento confronto resultou em 11 feridos, após um grupo de indígenas avançar em direção à sede de uma fazenda que está em disputa desde 2011. Os produtores rurais haviam solicitado que os indígenas recuassem 15 metros, retornando à área sob reintegração de posse, com o objetivo de encerrar o conflito pacificamente. No entanto, o avanço dos indígenas causou pânico, especialmente entre as mulheres e crianças que estavam acampadas no local, exacerbando o conflito.

A indefinição quanto ao marco temporal, que está em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) desde a segunda-feira (05.08), tem gerado insegurança jurídica e gerado tensões cada vez maiores no campo. Para os produtores rurais, a falta de uma resolução clara tem alimentado os conflitos, que muitas vezes resultam em confrontos armados, como o ocorrido recentemente na zona rural de Douradina.

O setor produtivo expressa crescente preocupação com o aumento das invasões e a violência decorrente desses embates. A insegurança jurídica que permeia a questão do marco temporal deixa produtores e indígenas em um limbo legal, onde ambos os lados buscam garantir seus direitos em um cenário cada vez mais tenso e imprevisível.

A revista Pensar Agro chega à sua nona edição com uma matéria de capa que trata do Marco Temporal, explicando o que significa e qual a importância para os povos indígenas e a sociedade brasileira. LEIA AQUI

FPA – O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion, condenou os novos conflitos e cobrou o governo federal. Lupion diz a lei do Marco Temporal está em vigor e precisa ser a referência para a condução de “crimes com invasões de terra.”

“A nossa bancada reforça que não é contrária aos direitos indígenas, mas entende que um direito não se sobrepõe ao outro. O Marco Temporal é fato balizador do direito de propriedade no Brasil e a população rural não pode ser penalizada com a expropriação de suas terras, sem nenhuma indenização ou segurança jurídica garantida pelo Estado Brasileiro. Afeta investimentos, empregos e a paz no campo”, enfatizou na semana passada.

Há duas semanas, a FPA, devido ao que chamou de “explosões de conflitos” no Brasil durante esta semana, convocou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para esclarecimentos.

Com isso, a FPA já protocolou a convocação de Lewandoski. A bancada cobra ainda o cumprimento da Lei do Marco Temporal para demarcação de terras indígenas, aprovada no Congresso Nacional.

A FPA solicita informações do ministério da Justiça no que se refere às ações que vêm sendo tomadas quanto às invasões que estão ocorrendo.

A tensão no campo reflete a urgência de uma decisão que possa pacificar os ânimos e proporcionar segurança para o setor produtivo.

Fonte: Pensar Agro

Comentários

Continue lendo

Geral

Policial acreana integra missão de combate ao garimpo na Reserva Indígena Yanomami

Publicado

em

O governo federal implementou a operação Desintrusão da Terra Indígena Yanomami. A ofensiva reúne, além da FNSP, PF, Ibama, ICMBio, Funai, ANTT e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)

Sargento Gesitania Nascimento em operação no interior da Amazônia. Foto: cedida

Com missão de expulsar invasores e neutralizar pontos de garimpo ilegal na Reserva Indígena Yanomami, localizada no extremo norte do país, nos estados de Roraima e Amazonas, uma policial militar acreana, a sargento Gesitania Nascimento, integra a equipe da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) que atua na região para impedir a depredação humana no habitat dos povos originários.

Desde agosto de 2024, a sargento tem como tarefa localizar pontos de extração de ouro e auxiliar outras instituições na destruição dos materiais utilizados pelos garimpeiros.

Diariamente, a equipe caminha por quilômetros na densa floresta para encontrar os locais utilizados pelos invasores. Para Gesitania, apesar das dificuldades encontradas, o esforço é recompensador. “Atuar na Amazônia é desafiador, mas é gratificante, pois sabemos que estamos lutando por algo muito maior que nós, e o nosso esforço se reflete na sobrevivência de outras pessoas, no caso dessa operação, a sobrevivência dos Yanomamis”, diz.

Agentes de órgãos federais realizam destruição de estrutura utilizada por garimpeiros. Foto: cedida

O povo Yanomami está estabelecido na fronteira entre Brasil e Venezuela e suas terras totalizam mais de nove milhões de hectares. Em razão de suas riquezas naturais e fácil acesso aos países da América Central, a região tornou-se alvo de exploradores ilegais.

Minerais e pedras preciosas podem ser encontrados em abundância na Floresta Amazônica, despertando a atenção de garimpeiros, que ferem as matas para extrair ouro e outras riquezas naturais. A invasão do homem branco gera erosão da terra, poluição de rios e espalha doenças nas aldeias, visto que os animais e vegetais que servem de subsistência para esses povos são constantemente contaminados pelo mercúrio, metal usado em garimpos ilegais e altamente tóxico ao ser humano.

Policiais da FNSP encontram ouro processado ilegalmente por garimpeiros. Foto: cedida

Para impedir essa ação depredatória, o governo federal implementou a operação Desintrusão da Terra Indígena Yanomami. A ofensiva reúne, além da FNSP, órgãos como Polícia Federal (PF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do Índio (Funai), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

As incursões nas matas fechadas representam diversos perigos aos agentes, como o desafio de passar despercebido pelos garimpeiros, que por vezes também portam arma de fogo para se manterem na área invadida. Além disso, o ambiente é bastante hostil e de difícil acesso.

A equipe precisa ser levada aos locais com auxílio de helicópteros até certo ponto, e dali em diante segue floresta adentro por horas, para encontrar os materiais utilizados no garimpo. Além da militar acreana, mulheres de outros estados compõem o grupo.

Erosão na Reserva Indígena Yanomami é provocada pela exploração ilegal. Foto Bruno Mancinelle/Casa de Governo

Comentários

Continue lendo

Geral

Policial acusado de tentativa de homicídio em Assis Brasil enfrentará júri popular; veja os detalhes

Publicado

em

Os crimes pelos quais o homem será julgado são tentativa de homicídio, ameaça e disparo de arma de fogo

Comentários

Continue lendo

Geral

Política econômica do Governo Lula faz inflação subir 1,06% no Acre com a conta de luz sendo uma das principais vilãns

Publicado

em

Após a deflação de 0,34% em janeiro, o Indíce Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra que os preços dos produtos essenciais voltaram a ter alta em Rio Branco: segundo o IBGE, que divulgou nesta quarta-feira (12) o IPCA de fevereiro, a inflação voltou com alguma força e chega a 1,06%, acumulando alta de 0,7% em 2025 e de 4,73% nos últimos doze meses.

A conta de luz ajudou a puxar a inflação para cima na capital do Acre, com aumento de 16,8% em fevereiro influenciado principalmente pelas ondas de calor.

Em nível nacional, entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a maior variação foi registrada pelo grupo Educação (4,70% e 0,28 p.p.), seguido de Habitação (4,44%), responsável pelo maior impacto (0,65 p.p.) no índice do mês. Destacam-se, também, as altas nos grupos Alimentação e bebidas (0,70%) e Transportes (0,61%). Juntos, os quatro grupos respondem por 92% do índice IPCA de fevereiro.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro de 2025 a 26 de fevereiro de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de dezembro de 2024 a 29 de janeiro de 2025 (base).

Comentários

Continue lendo