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Auditoria descobre atos de corrupção em universidade de Pando e confirma denúncias de assédio, extorsão e humilhação

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Em junho deste ano, alunos da Universidade Federal de Pando na Bolívia procuraram o portal Notícias da Hora para denunciar que estavam sofrendo assédio, extorsão e humilhação por professores que fazem parte do quadro da instituição de ensino. De acordo com a denúncia, alguns cobravam valores absurdos para aprovação do aluno em determinadas matérias, e em algumas ocasiões sugeriam sexo em troca da aprovação de estudantes.

Em junho deste ano o vice-reitor da instituição, Oscar Melgar, acompanhado de seu advogado Oscar Camacho, esteve em Rio Branco para participar do podcast Conversa Franca. Durante a entrevista, ele fez um pedido aos estudantes brasileiros para que buscassem e confiassem na nova gestão da instituição.

“Queremos convidar os estudantes brasileiros e bolivianos que sofreram algum tipo de extorsão, que sofreram maus-tratos que denunciem, que confiem na nossa gestão, que confiem na gente, pois criamos duas comissões, uma CPI, e uma acadêmica, e vamos buscar todas as irregularidades acadêmicas, da admissão dos estudantes e todas as irregularidades desde de sua fundação.”

Nesta sexta-feira, 22, durante coletiva, a direção da instituição informou que descobriu, por meio de auditoria, irregularidades e indícios de corrupção, como a retificação de notas a favor de mais de 170 alunos reprovados, liberação de matrículas para vários estrangeiros – que causou perda milionária – e outros maus-tratos.

RREGULARIDADES

A comissão de auditoria acadêmica concluiu o seu trabalho e apresentou o relatório final em que informa que após uma compilação exaustiva de dados – desde a criação da carreira de medicina – foram identificadas diversas irregularidades.

De acordo com os integrantes da comissão, a auditoria baseou-se em quatro áreas: admissão estudante, admissão docente, permanência estudantil, avaliação de desempenho docente e internados rotatórios.

Na admissão estudantil foram observados indícios de não cumprimento aos projetos de admissão quitados em cada gestão, também se detectou que na matrícula de estudantes de 2012 a 2017 houve o benefício a mais de 170 universitários, cuja quantidade, mais de 160 estrangeiros foram favorecidos com a liberação de matrículas até 100 % e outros benefícios, deixando os alunos bolivianos de lado.

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“Na admissão de docente foram incorporados em docentes sem nenhuma experiência de trabalho ou acadêmica para ditar disciplinas, como também foi verificado que no internato rotatório se trabalhou sem respeitar o regulamento estabelecido na modalidade de graduação, violando toda a norma universitária, incluindo a auditoria revela a existência durante as oito diligências de uma lista adicional que rectificaram notas de estudantes reprovados para os tornarem aprovados “, relataram os membros da comissão.

Após conhecer relatórios de ambas as comissões, o reitor da UAP manifestou sua indignação e incômodo com os indícios de corrupção e uma série de manejos na carreira de medicina, desde a sua criação, que afetam a imagem da universidade.

Ele avisou que durante a sua gestão não permitirá um único ato de corrupção e, em caso de detectar irregularidades, enviará os relatórios às instâncias que correspondem para identificar os envolvidos e aplicar sanções sem contemplação.

′′No tema de internato deveria ser de prelação, ou seja, os melhores alunos escolhem onde ir fazer o seu internato, mas aqui não foi assim, deram ou distribuíram por amizade a quem quisesse e finalmente o que também chama a atenção é que 180 atas de alunos foram retificados, reprovados e apareceram aprovados. É por isso que um grupo elitista insulta, eles não querem mudanças na nossa faculdade. Nós vamos até as últimas instâncias, onde for necessário para chegar aos responsáveis, temos todas as informações, os testes estão aí “, enfatizou o reitor da UAP.

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Instituições lançam Prêmio Rodrigo Pires de Empreendedorismo em Rio Branco

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A Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa), em parceria com o Conselho do Jovem Empreendedor (Conjove), a Federacre, o Cmec e a Agência PWS, realiza na quarta-feira, 27, às 10h, o lançamento oficial do Prêmio Rodrigo Pires de Empreendedorismo, em coletiva de imprensa na Rua São Sebastião, 232, bairro Vila Ivonete, em Rio Branco (AC).

A premiação nasce com o objetivo de valorizar, incentivar e reconhecer os empreendedores acreanos que transformam o cenário empresarial, destacando iniciativas de criatividade, inovação, resiliência e impacto positivo para a sociedade.

Inspirado na trajetória do empresário Rodrigo Pires, o prêmio busca fortalecer o ecossistema empreendedor local, estimulando a competitividade saudável, o associativismo e a responsabilidade social.

A edição de 2025 contará com seis categorias: Inovação em Gestão Empresarial, Responsabilidade Socioambiental, Empreendedorismo Feminino, Transformação Digital, Associativismo e Revelação Empresarial do Ano.

O cronograma prevê inscrições gratuitas entre 27 de agosto e 10 de setembro, votação popular de 16 de setembro a 5 de outubro, e a grande cerimônia de premiação marcada para o dia 10 de outubro, com transmissão ao vivo em TV aberta, internet e ampla divulgação nas mídias digitais e offline.

O empresário Rodrigo Pires morreu após colisão de carro contra carreta na noite do dia 19 dezembro de 2024, na BR-317, em Senador Guiomard (AC). Rodrigo Pires era publicitário, empresário, sócio da agência de publicidade PWC e produtor rural.

Conforme a autobiografia, a paixão pelo empreendedorismo começou cedo, aos 12 anos, quando ajudava na empresa dos pais. Aos 14, se tornou jovem aprendiz no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e facilitador do Empretec, programa de formação de empreendedores do Sebrae.

 

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Para otimizar cessão de espaços no Horto Florestal, Semeia realiza “sorteio” de datas

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Sorteio define calendário de eventos no Horto Florestal e amplia participação da sociedade civil

Buscando otimizar a utilização de espaços públicos nas dependências do Horto Florestal, alcançando o maior número de pessoas, grupos da sociedade civil organizada e entidades, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) realizou no final da manhã desta segunda-feira, 25, o sorteio de datas disponíveis dos locais onde são realizados, exposições, bazares e eventos.

“O sorteio foi decidido pelos gestores da Semeia para ser uma forma mais democrática e organizada para que todos os segmentos possam utilizar os espaços do Horto Florestal”, explicou Tailene. (Foto: Val Fernandes/Secom)

De acordo com Tailene Souza, do Departamento de Espaços Públicos da Semeia, explicou o porquê da necessidade do sorteio de datas para eventos nos espaços do Horto Florestal.

“O sorteio foi decidido pelos gestores da Semeia para ser uma forma mais democrática e organizada para que todos os segmentos possam utilizar os espaços do Horto Florestal. Esse sorteio vai ser ampliado também para o Parque Ambiental Chico Mendes. Nesse período temos alta demanda tanto de igrejas, como desbravadores que frequentam todos os domingos os espaços. Temos também os brechós, temos outros segmentos que fazem a procura, para chá de bebê, que tem um grande público, eventos da saúde, eventos da SASDH. Precisamos organizar, e a forma melhor que nós achamos foi sorteio e aí é esse sorteio já vai ter uma data pré-agendada e a pessoa que for sorteada naquela data, ela vai ter o direito de utilizar o espaço”, explicou Tailene Souza.

Além do sorteio, os pleiteantes precisam cumprir algumas regras que constam na portaria que versa sobre a cessão dos espaços, como enfatizou o assessor jurídico da Semeia, Gabriel Nunes.

“É uma forma de organização que foi consolidada para organizar e dar a possibilidade de todas as pessoas que tenham interesse de participar e usar o espaço público de uma forma organizada e mais consistente”, disse Gabriel. (Foto: Val Fernandes/Secom)

“É basicamente uma forma de organização que foi consolidada junto da Secretaria adjunta para organizar e dar a possibilidade de todas as pessoas que tenham interesse de participar e usar o espaço público de uma forma organizada e mais consistente. E aí nessa portaria a gente prescreve sobre a questão dos sorteios que são feitos regularmente em reuniões aqui na Semeia, estabelece as regras do que pode e não pode trazer, assim como fogareiros, produtos inflamáveis e outras coisas, exigências, e assim como manter o bem-estar do parque, a questão da organização, da questão da limpeza. A gente está com um servidor que está capacitado para essa parte. Ele vai estar fazendo a fiscalização antes da entrega do ambiente para quem for ser seguido, que quer usar. E aí, no final, a pessoa que está usando o ambiente. Ela tem que comprovar para o nosso fiscal que ele está devidamente do jeito que foi encontrado”, disse o assessor jurídico.

A portaria prevê ainda que, em caso de necessidade de utilização do espaço pela Prefeitura de Rio Branco, suas secretarias e autarquias, coincidir com uma data sorteada por outra entidade, a gestão municipal terá prioridade, ficando a data sorteada transferida para outra data próxima.

“Conforme a necessidade da Prefeitura a data pré-agendada poder ser desmarcada e marcada em outra data próxima. Isso também está previsto na portaria assinada pela Semeia”, finalizou Tailene Souza.

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Audiência pública discute hanseníase e atendimento humanizado na Câmara Municipal

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Por Marcela Jansen

Atendendo a requerimento do vereador João Paulo Silva (Podemos), a Câmara Municipal de Rio Branco realizou uma audiência pública, na segunda-feira, 25, com o tema “Hanseníase: Sem preconceito, com informação e cura”. O objetivo do debate é promover a conscientização sobre a doença, combater o estigma histórico que ainda afeta os pacientes, divulgar informações sobre diagnóstico, tratamento e cura, além de reforçar a importância do acesso universal à saúde e da inclusão social das pessoas acometidas.

Com a presença de autoridades municipais e estaduais, lideranças religiosas, representantes do Ministério Público, do MoHan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase), do Conselho Estadual de Saúde, profissionais da área técnica e parlamentares, a audiência foi marcada por relatos emocionantes, dados alarmantes e compromissos concretos.

O vereador João Paulo, ao abrir os trabalhos, destacou que a luta contra a hanseníase não é apenas uma pauta de saúde, mas também de justiça social e dignidade humana. “A graça das graças é não desistir nunca”, disse, citando Dom Hélder Câmara, ao reafirmar seu compromisso com a causa e anunciar a destinação de parte de suas emendas parlamentares para fortalecer o plano de descentralização do atendimento em Rio Branco.

Elson Dias, coordenador do MoHan no Acre, chamou atenção para o aumento de casos em crianças e adolescentes, citando uma paciente de apenas onze anos diagnosticada com a doença. Defendeu a capacitação urgente de profissionais da atenção básica para garantir diagnóstico precoce e evitar sequelas graves. Já o diretor executivo nacional do MoHan, Helenilson Souza, conhecido como Bill, reforçou que a hanseníase continua sendo negligenciada, principalmente nos discursos públicos. “Ainda é comum ouvir pessoas perguntando se essa doença existe. A invisibilidade e o preconceito são tão nocivos quanto o bacilo”, alertou.

O promotor de Justiça Thalles Ferreira da Costa, do Ministério Público do Acre, destacou que a convivência é um direito humano e que a segregação, mesmo quando involuntária, deve ser combatida com políticas públicas eficazes. “Estaremos sempre presentes não apenas para falar, mas para agir. Essa é a missão do Ministério Público”, afirmou.

A diretora de Vigilância em Saúde do município, Socorro Martins, apresentou números preocupantes: de 35 casos registrados em 2020, o município saltou para 94 em 2024, com incidência inclusive em menores de 15 anos. Explicou que o plano de descentralização já foi iniciado, com mutirões nas URAPs e capacitação prática de profissionais nas unidades. O secretário municipal de Saúde, Renan Biths, reafirmou o compromisso da gestão com a meta da Organização Mundial da Saúde de eliminar a hanseníase como problema de saúde pública até 2030. “A hanseníase tem cura. O que falta é diagnóstico precoce, informação e combate ao preconceito”, declarou.

Representando a Secretaria Estadual de Saúde (SESACRE), Antônia Gerinês Arruda reforçou a importância da comunicação acessível, especialmente voltada ao público jovem. Disse ainda que todos os municípios do Acre estão recebendo capacitação técnica e apoio institucional do Estado, em parceria com o Ministério da Saúde e a OPAS.

A vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Nara Oliveira, defendeu a criação de um comitê estadual com a participação de usuários, MoHan e controle social. “Representamos o povo, e é com o povo que devemos construir as soluções. A hanseníase precisa estar na agenda dos conselhos e da gestão pública”, afirmou.

A irmã Selene, da Casa de Acolhida Souza Araújo, fez uma fala breve e simbólica, destacando que o isolamento só existe porque a rede pública ainda falha em garantir acolhimento e dignidade. Já o técnico de dermatologia Ademar, representante do MoHan no Amazonas, compartilhou experiências do município de Boca do Acre e defendeu o acompanhamento completo dos contatos dos pacientes.

Por fim, foram firmados encaminhamentos importantes, como a visita técnica conjunta à URAP Bacurau e à Casa de Acolhida Souza Araújo, prevista para o mês de setembro, com participação de vereadores, Ministério Público, gestores e entidades sociais. Também foi reforçado o compromisso de ampliação dos mutirões de diagnóstico, campanhas de conscientização em linguagem acessível e apoio legislativo à estruturação do atendimento.

O papel dos parlamentares no enfrentamento à hanseníase

A audiência pública também foi marcada pela manifestação de parlamentares comprometidos com a promoção da saúde, da escuta ativa e da dignidade humana. Os vereadores André Kamai (PT) e Felipe Tchê (PP) usaram a tribuna para destacar o papel do Legislativo municipal na formulação de políticas públicas inclusivas e no enfrentamento do estigma que ainda cerca a hanseníase.

Kamai ressaltou que, embora a hanseníase tenha cura, o preconceito ainda persiste como uma das maiores barreiras enfrentadas pelas pessoas acometidas pela doença. Ele alertou ainda para os impactos da desinformação, das fake news e da negligência histórica do poder público, reforçando a necessidade de políticas de conscientização permanentes.

“Quando a gente fala em hanseníase, estamos falando de exclusão, de dor e de direitos negados. Não é só sobre saúde, é sobre humanidade.”

O vereador Felipe Tchê (PP) defendeu que a Câmara seja cada vez mais um espaço de escuta qualificada e de articulação com os órgãos responsáveis.“O Legislativo tem a obrigação de escutar quem vive a realidade e propor mudanças que realmente melhorem a vida das pessoas. Essa audiência foi um exemplo de como devemos agir: ouvindo, respeitando e buscando soluções concretas.”

Tchê também destacou que a coragem institucional é fundamental para enfrentar temas historicamente invisibilizados. “É preciso coragem para enfrentar temas difíceis. Mas é com esse tipo de iniciativa que fazemos política de verdade.”

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