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Após ter irmã com Covid-19, empresário passa a produzir jalecos e doa a servidores da Saúde no AC
Por dia, fábrica produz 240 jalecos descartáveis. Projeto é em parceria com alunos de medicina na Ufac.

Após ter irmã com Covid-19, empresário passa a produzir jalecos e doa a servidores da Saúde no AC — Foto: Arquivo pessoal
Por Tácita Muniz, G1 AC
A pandemia de Covid-19 tem gerado também iniciativas para ajudar no combate à doença. Muitos empresários têm se envolvido com instituições para ajudar, por exemplo, na produção de equipamentos de segurança para aqueles que estão na linha de frente no combate ao novo coronavírus.
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Para o empresário Adalberto Moretto, o incentivo maior de ajudar nesse combate veio de casa. É que a irmão dele, Rose Moretto, de 50 anos, foi uma das primeiras pacientes diagnosticadas com Covid-19 no Acre.
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Doze dias depois de cumprir o isolamento em casa e ser acompanhada pelos médicos, no fim de semana, ela recebeu a notícia de que havia se recuperado da doença.
A luta da irmã contra à Covid-19 se somou à vontade de ajudar do empresário, que se reuniu com a Universidade Federal do Ace (Ufac) para produzir jalecos descartáveis usados por servidores da saúde.
Por dia, a fábrica, que tem como produto original e principal o café, tem produzido uma média de 240 jalecos descartáveis. São 30 produtos feitos por hora por seis funcionários.
‘Fazer o bem’
Uns três depois de saber do diagnóstico da irmã, o empresário foi procurado pelos alunos e professores de medicina da Ufac para ajudar e orientar essa linha de produção.
“O fato de a minha irmã ter pegado a doença mexeu muito comigo. Me pediram uma colaboração para que eu desenvolvesse uma máquina para fazer esse avental de plástico. Eu tinha experiência com indústria, então, analisei e conseguimos chegar hoje com 30 jalecos por hora. Com certeza, o fato de minha irmã estar doente fez eu me empenhar muito mais para ajudar o próximo. Isso está no sangue da gente: fazer o bem sem olhar a quem”, diz.
Então, na própria empresa, ele transformou uma sala em uma “mini-indústria” de jalecos. Para isso, precisou seguir as orientações de higienização.
Vale lembrar que, além dos jalecos, os alunos da Ufac produzem outros equipamentos, como escudo facial. O Tribunal de Justiça, inclusive, doou mais de R$ 63 mil para ajudar na confecção deste material.
“Hoje, temos seis funcionários trabalhando na produção desses equipamentos. Três eu cedi da minha empresa e outros três contratamos para ajudar. Destes, a Ufac se propôs a pagar quatro com o dinheiro arrecadado de uma vaquinha online”, disse.

Depois de prontos, os jalecos são embalados e a equipe da Ufac faz a distribuição — Foto: Arquivo pessoal
Aumento na produção
A produção de café não parou. Mas, o empresário teve a sensibilidade de se engajar no projeto. Agora, ele diz que a equipe pretende aumentar a produção de 30 para 40 aventais por hora.
“Eu deixei livre para a equipe essa questão da produção, mas, eles querem aumentar ainda mais. Saímos de uma produção oito jalecos por hora para 30. Agora, querem chegar a 40 jalecos por hora”, diz.
Depois de prontos, a equipe da Ufac busca os equipamentos na empresa para fazer a distribuição nas unidades de saúde.
A falta de equipamentos de saúde tem sido um dos principais desafios dos estados, não só do Acre. Em coletiva, na quarta-feira (1º), o governador do estado, Gladson Cameli, falou da dificuldade de comprar esses produtos, uma vez que a procura está sendo muito maior do que a demanda devido à pandemia da doença.
Por isso, para o empresário, ceder uma sala e alguns funcionários para ajudar nesse trabalho são significados de responsabilidade social.
“Isso, para mim, não tem preço, é uma coisa que a gente, como empresário, em um momento de crise, tem que ter. Estamos no início de uma crise e acredito que se cada um fizer a sua parte, seja ficando na quarentena, quem puder, ou ajudando de outra forma, vamos conseguir não chegar ao fundo do poço. Se Deus quiser, não vamos chegar, vamos conseguir passar por isso rapidamente”, acredita.

Seis pessoas produzem 240 jalecos por dia na sala cedida na empresa — Foto: Arquivo pessoal
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Bombeiros encerram buscas por diarista desaparecido no Rio Purus, no Acre
Paulo do Graça foi visto pela última vez em uma canoa; embarcação foi encontrada abandonada, mas vítima não foi localizada.

A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia. Foto: cedida
O Corpo de Bombeiros encerrou as buscas pelo corpo de Paulo do Graça, diarista que desapareceu nas águas do Rio Purus, em Sena Madureira, no Acre, na última segunda-feira (24). As operações, que incluíram buscas subaquáticas e superficiais, não obtiveram sucesso em localizar a vítima.
De acordo com relatos de moradores, Paulo foi visto pela última vez saindo do porto da comunidade Silêncio em uma canoa. No dia seguinte, o barco foi encontrado abandonado nas proximidades do seringal Regeneração, aumentando as preocupações sobre o seu paradeiro.
As equipes de resgate trabalharam por dias na região, mas as condições do rio e a falta de pistas concretas dificultaram as operações. A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia.
O Corpo de Bombeiros informou que, por enquanto, as buscas estão suspensas, mas podem ser retomadas caso novas informações surjam. Enquanto isso, familiares e amigos aguardam por respostas sobre o destino do diarista.
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Juiz da execução penal pode mandar monitorar conversa de advogado e preso
As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas

A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia. Foto: internet
O juiz da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o Ministério Público, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.
Com esse entendimento, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento a recurso em Habeas Corpus ajuizado por uma advogada que teve suas conversas com um preso monitoradas pela Justiça de Goiás.
As escutas foram feitas no parlatório da unidade prisional, a pedido do MP, por indícios de que as atividades do preso, membro de uma organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada.
A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia relacionadas ao sigilo entre advogado e cliente.
Juiz da execução penal é competente
No entanto, a relatora do recurso, ministra Daniela Teixeira, observou que o Tribunal de Justiça de Goiás identificou motivos suficientes para justificar o monitoramento das conversas entre advogada e preso.
Isso porque ela não possuía vínculo formal com ele, como procuração para atuar em seu nome nos processos. E não foi designada pela família do detento.
As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas.
“A inviolabilidade do sigilo profissional pode ser mitigada em situações excepcionais, como quando há indícios da prática de crimes por parte do advogado”, explicou a ministra Daniela ao citar a jurisprudência do STJ sobre o tema.
Além disso, ela apontou que o juízo da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o MP, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.
“No caso em questão, o pedido do Gaeco foi motivado por indícios de que as atividades de um dos presos, líder da organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada”, concluiu ela. A votação foi unânime.
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Briga generalizada entre menores viraliza nas redes durante festa de Carnaval em Cobija
Confronto ocorreu na Praça do Estudante durante tradicional jogo com balões e água; vídeos mostram momento de descontrole

O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. Foto: captada
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma briga descontrolada entre menores de idade durante as comemorações de Carnaval na Praça do Estudante, em Cobija, Bolívia, nesta segunda-feira. O confronto aconteceu enquanto os jovens participavam de um jogo tradicional boliviano que envolve balões e água, comum durante a festividade.
Nas imagens, é possível ver o momento em que a briga se inicia, com empurrões, socos e correria, deixando os espectadores em choque. Apesar da natureza lúdica da atividade, a situação rapidamente escalou para a violência, chamando a atenção de moradores e autoridades locais.
Até o momento, não há informações sobre feridos ou intervenção policial no local. O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. As celebrações, que costumam ser marcadas por alegria e diversão, foram manchadas pelo episódio de descontrole.
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