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Após concluir ensino médio aos 66, idosa é aprovada em 2º lugar em Federal
A comemoração pela conquista tem ainda mais força para Edicléia, que após três anos de tratamento, se curou de um câncer.
Anna Gabriela Costa, colaboração para CNN Brasil
Nunca é tarde demais para realizar um sonho. É o que ensina a história de vida da aposentada Edicléia de Arruda Zanini, que, aos 72 anos, conseguiu ser aprovada, em segundo lugar, no vestibular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Edicléia formou-se no ensino médio aos 66 anos e nunca imaginou que, seis anos depois, ingressaria no curso de Letras em uma instituição pública.
A comemoração pela conquista tem ainda mais força para Edicléia, que após três anos de tratamento, se curou de um câncer.
A história da aposentada viralizou nas redes sociais após a neta Alice Siqueira, de 21 anos, compartilhar com a foto da avó quando recebeu a confirmação da aprovação.
A jovem conta que a família se reuniu para dar a notícia à Edicléia e relata que foi um momento de muita emoção.
“Minha mãe leu o nome dela no celular, ela achou que fosse um exame médico, depois viu que era a lista de aprovados e começou a chorar bastante. Foi muita emoção, queria compartilhar com meus amigos um momento feliz. Nunca imaginei essa repercussão. De repente, todo mundo começou a falar que ela era uma inspiração”, conta a neta.
A luta contra um câncer fez Edicléia adiar alguns planos, mas a aposentada conseguiu concluir o ensino médio já aos 66 anos. E, por insistência da filha, decidiu prestar o vestibular para o curso de letras neste ano.
“Ela nem esperava. Fez o vestibular porque minha mãe insistiu. Ela estava se sentindo muito sozinha e deprimida com a pandemia. O isolamento contribuía para ficar deprimida”, diz Alice.
Dona Edicléia conta que não havia estudado muito para o vestibular, por isso foi surpreendida com o resultado em segundo lugar. A escolha pelo curso de Letras se deu por sua paixão pela língua portuguesa. “Eu sempre gostei muito de ler, escrever, faço muitos poemas”, diz a caloura.
Após a notícia da aprovação, que saiu em 25 de novembro, Edicléia ganhou material escolar dos netos como forma de incentivo e aproveitou uma oferta da Black Friday para garantir um novo notebook.
“Estou imensamente feliz, é a realização de um sonho, era tudo que eu queria. Tive muitas coisas que me atrapalharam, três anos em tratamento de câncer… Mas, não pode desistir nunca, tem que persistir e ir para frente. Nunca é tarde”, celebra a nova universitária.
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PSD apoia Alcolumbre, mas tem ‘arestas’ a serem resolvidas, afirma Omar Aziz
Aziz defendeu os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e criticou o que chamou de “fundamentalistas” que estão no governo federal e impedem a produção mineral
O senador Omar Aziz (PSD-AM), líder do PSD no Senado, disse que seu partido apoia a candidatura do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para presidente do Senado. Aziz disse, porém, que o partido ainda tem “arestas” a serem resolvidas com Alcolumbre.
“O PSD se reuniu no ano passado e, em uma decisão unânime, decidimos apoiar o seu candidato, em respeito ao presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que escolheu Davi Alcolumbre para sucedê-lo. Esse foi o maior argumento que poderíamos usar neste momento”, disse, em seu pronunciamento antes da votação neste sábado (1º).
“Acompanhar a indicação do seu candidato (Davi Alcolumbre) para nós é esse respeito demonstrado. PSD vai apoiar Davi Alcolumbre. Já conversamos bastante, tem algumas arestas para serem acertadas. Hoje, até a votação, vamos conversar. Davi foi meu presidente uma vez e foi um grande presidente”, completou.
Aziz defendeu os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e criticou o que chamou de “fundamentalistas” que estão no governo federal e impedem a produção mineral. Também disse que “não é com simples trocas” que será possível melhorar o governo.
“Podemos melhorar o governo, sim. Não é com simples trocas. Muita gente pede a cabeça do Padilha. Ele tem sido um grande ministro”, declarou. “Nenhum ministro da Fazenda, em uma democracia, precisando do Congresso para aprovar, aprovou tantas medidas econômicas como o atual governo. É uma semente que foi plantada. Tem muita reclamação. Mas o País através das leis aprovadas no Congresso, melhora a qualidade de vida da população brasileira, que está praticamente no pleno emprego, a procura é maior que a oferta, até porque muitos produtos perdemos na seca ou na chuva”, completou.
“Hoje, o governo atende mais de 4 milhões com o Pé-de-Meia, e a discussão não é a ajuda aos estudantes, mas se houve ou não pedalada. Discussão vinda de cidadão que hoje está no TCU (Tribunal de Contas da União), que é um golpista. Golpista. Não vi nenhum senador aqui pedir impeachment do ministro do TCU, mas vai chegar o momento dele sim”, afirmou ainda Aziz, durante a sessão para eleger o próximo presidente do Senado. Aziz não citou nenhum nome diretamente. O relator do processo sobre o Pé-de-Meia no TCU é o ministro Augusto Nardes.
PSDB
Outro amazonense, Plínio Valério, foi indicado como líder da bancada do PSDB na Casa. A sigla ganhou mais dois representantes no Senado, após a filiação de Oriovisto Guimarães (PR) e Styvenson Valentim (RN), que antes estavam no Podemos.
Com mais de um filiado com cadeira no Senado, o PSDB volta a ter uma liderança do partido. “A Presidência recebe ofício em que PSDB indica Plínio Valério como líder da bancada”, informou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante a sessão para votação que elegerá a próxima presidência.
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MPF recorre para levar acusado ao banco dos réus no caso Bruno e Dom
Colaborador do jornal britânico The Guardian, Dom se dedicava à cobertura jornalística ambiental – incluindo os conflitos fundiários e a situação dos povos indígenas – e preparava um livro sobre a Amazônia
O MPF (Ministério Público Federal) recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para anular a decisão que beneficiou um dos três réus acusados pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, em 2022.
Apresentado na última quarta-feira (29), o recurso busca levar o pescador Oseney da Costa de Oliveira para julgamento no Tribunal do Júri. Em setembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), sediado em Brasília, aceitou recurso da defesa e entendeu que não há provas da participação de Oseney nos homicídios. No dia do crime, ele deu carona a Amarildo, seu irmão e réu pelo assassinato, em uma canoa.
Para o MPF, Oseney tem participação no crime e deve ser julgado pelo júri, assim como os réus Amarildo da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima, que respondem pelos crimes de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Não há prazo para decisão do STJ.
Entenda
Bruno e Dom foram mortos no dia 5 de junho de 2022, vítimas de uma emboscada, enquanto viajavam de barco pela região do Vale do Javari, no Amazonas, região que abriga a Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares.
A dupla foi vista pela última vez enquanto se deslocava da comunidade São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), onde se reuniria com lideranças indígenas e de comunidades ribeirinhas. Seus corpos foram resgatados dez dias depois. Eles estavam enterrados em uma área de mata fechada, a cerca de 3 quilômetros da calha do Rio Itacoaí.
Colaborador do jornal britânico The Guardian, Dom se dedicava à cobertura jornalística ambiental – incluindo os conflitos fundiários e a situação dos povos indígenas – e preparava um livro sobre a Amazônia.
Bruno Pereira já tinha ocupado a Coordenação-Geral de Índios Isolados e Recém Contatados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) antes de se licenciar do órgão, sem vencimentos, e passar a trabalhar para a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Por sua atuação em defesa das comunidades indígenas e da preservação do meio ambiente, recebeu diversas ameaças de morte.
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Caixa cria cartão para clientes que concentrem investimentos no banco
A Caixa vem tentando acelerar a fidelidade dos clientes de diferentes faixas de renda, o que inclui um reposicionamento no mercado de cartões
A Caixa Econômica Federal lançou um novo cartão de crédito, voltado a clientes que tenham investimentos no banco. Com bandeira Visa Infinite, o novo cartão dá acesso ilimitado às salas VIP em todo o mundo, além de permitir o acúmulo de 4 pontos por dólar gasto em compras nacionais, e de 6 pontos por dólar nas compras internacionais.
O cartão está disponível para clientes com investimentos superiores a R$ 1 milhão e do private da Caixa. O limite de crédito mínimo é de R$ 50.000.
De acordo com o site do banco, a anuidade é de R$ 1.440, parcelada em 12 vezes, sendo que clientes do private têm isenção da tarifa. Metade do valor é devolvido caso a fatura mensal anterior fique acima de R$ 12.500, e a devolução é integral em faturas a partir de R$ 25.000.
“O cartão de crédito Caixa Visa Infinite foi criado com o objetivo de proporcionar benefícios exclusivos para clientes investidores que buscam vantagens diferenciadas e cada vez mais personalizadas”, diz em nota o diretor de Produtos de Varejo do banco público, Luiz Francisco Monteiro.
A Caixa vem tentando acelerar a fidelidade dos clientes de diferentes faixas de renda, o que inclui um reposicionamento no mercado de cartões.
Entre os clientes de alta renda, o movimento tem sido observado em todos os bancos tradicionais, que têm reformulado ofertas, e entre as fintechs, que estão criando segmentos específicos.
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