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Após chegar a mais de 600, nº de imigrantes em abrigo no Acre cai para 25 em quatro meses
Secretaria de Assistência Social de Assis Brasil diz que grupos têm encontrado rotas alternativas para passar para o Peru, mesmo com a fronteira fechada e, por isso, não ficam mais retidos no abrigo da cidade. Em fevereiro deste ano, imigrantes chegaram a acampar na ponte que liga o Acre ao Peru.

Imigrantes em abrigo de Assis Brasil, no interior do Acre — Foto: Arquivo pessoal
Mesmo ainda tendo um fluxo migratório considerável por estar na fronteira do Brasil com o Peru, o município de Assis Brasil teve uma redução no número de imigrantes que ficam no abrigo montado pela prefeitura. Nesta quinta-feira (17), há cerca de 25 imigrantes na casa de passagem.
Em fevereiro, a Ponte da Integração, que liga Assis Brasil e Iñapari, no Peru, foi ocupada por mais de 300 imigrantes. Na época, a cidade acreana chegou a ter mais de 600 imigrantes.
Conforme o secretário de Assistência Social de Assis Brasil, Quedinei Correia, os grupos têm encontrado rotas alternativas para passar para o Peru, mesmo com a fronteira fechada e, por isso, não ficam mais retidos no abrigo da cidade.

Fluxo migratório continua intenso na cidade do interior do Acre – Foto: Arquivo/Prefeitura
O movimento na cidade é tanto de imigrantes que chegam pelo Peru com destino às cidades brasileiras como aqueles que querem deixar o Brasil e encontram meios alternativos para passar.
Com a Ponte da Integração – que liga Assis Brasil ao Peru – fechada, muitos conseguem atravessar de barco e depois pagam os chamados coiotes para seguir viagem pelo Peru até chegar em outros países.
“Eles conseguiram uma rota alternativa e já não estão ficando retidos aqui na cidade. Nossa casa de passagem está com uma média de 20 a 25 imigrantes, sendo a maioria venezuelanos e cubanos. Temos dois fluxos, os venezuelanos que estão entrando no país aqui pela fronteira e os cubanos e haitianos que estão saindo do Brasil por essa rota também. No caso dos que querem entrar no país, nós orientamos a seguir para Epitaciolândia ou Rio Branco para poder fazer o processo de interiorização”, afirmou o secretário.

Cidade de Assis Brasil chegou a ter mais de 600 imigrantes em fevereiro deste ano – Foto: Arquivo pessoal
Pastoral do Migrante
A situação dos imigrantes no estado também é acompanhada de perto pela Pastoral do Migrante das Cáritas Diocesana. Esse grupo faz o trabalho de acolhimento, suporte e consegue mantimentos para esses estrangeiros.
Aurinete Brasil, vice-coordenadora da pastoral, explica que o fluxo migratório tem sido bem mais intenso de pessoas que entram pela fronteira do Acre com Peru e Bolívia com destino às cidades brasileiras como São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre. Por dia, chegam em média 50 a 100 imigrantes no estado acreano.
Atualmente, a pastoral acompanha 104 famílias de migrantes que vivem em Rio Branco e que não estão em um dos dois abrigos públicos da capital – ou o Centro Dia, mantido pelo estado, ou o abrigo do bairro Rui Lino, financiado pela prefeitura.
Conforme Aurinete, a pastoral não atua só na entrega de alimentos e kits de higiene, mas também consegue ajudar muitos estrangeiros a resolver as questões documentais e, inclusive, vagas de emprego tanto no Acre, como em contato com lideranças de outros estados.
“Geralmente, o fluxo que chega em Rio Branco é de migrantes que saem da casa de passagem de Assis Brasil e vem para a capital acreana para ser interiorizado. Porém, como igreja, além de recebê-los, nós precisamos fazer o acolhimento. Não queremos saber só de números, porque por trás desses números existem pessoas, famílias, histórias. Esse imigrante precisa ser valorizado, incluído, integrado, ele quer trabalhar”, disse Aurinete.
Semana Nacional do Migrante
A vice-coordenadora lembrou da Semana Nacional do Migrante. No próximo dia 25 de junho é dia do imigrante. Quem tiver interesse de ajudar com doações, pode procurar a Paróquia Santa Inês, em Rio Branco, para levar roupas, mantimentos e outros itens, que a pastoral faz a distribuição aos imigrantes.
“Todo ano existe a semana nacional do migrante, de 13 a 20 de junho. E o dia 20 de junho é dedicado aos refugiados, então realizamos celebrações e estamos recebendo essas doações. Acompanhamos 104 famílias, sendo a maioria de venezuelos, e também temos cubanos. Nosso papel como igreja também é instigar o estado para voltar as políticas a serviço das pessoas. Então, é na garantia desses direitos que fazemos os encaminhamentos, articulamos com as secretarias, ou seja, fazemos a política acontecer.”

Em fevereiro, imigrantes chegaram a ficar acampados na ponte que liga o Acre ao Peru – Foto: Raylanderson Frota/Arquivo pessoal
Crise migratória
A situação dos imigrantes começou a ficar tensa no interior do Acre no dia 14 de fevereiro, quando eles deixaram os abrigos que ocupavam e se concentraram na Ponte da Integração. No dia 16, os estrangeiros enfrentaram a polícia peruana e invadiram a cidade de Iñapari, no lado peruano da fronteira. Depois de confronto, o grupo foi mandado de volta para Assis Brasil.
Os estrangeiros tentavam sair do Brasil usando o Acre como rota. A ponte já chegou a ser ocupada por pelo menos 300 imigrantes, na maioria haitianos. Mais de 130 caminhões chegaram a ficar retidos tanto do lado brasileiro como no peruano e o prejuízo é calculado em mais de R$ 600 mil.
A crise migratória resultou na visita do secretário Nacional de Assistência Social, do Ministério da Cidadania, Miguel Ângelo Gomes, que esteve no dia 19 de março em Assis Brasil para ver a situação.
Gomes se reuniu com o governador da Província de Madre De Dios, Luis Guillermo Hidalgo Okimura, e o prefeito de Iñapari, Abraão Cardoso. Na conversa, segundo a Agência do Governo do Acre, as autoridades peruanas informaram que o país avaliava uma forma de abrir a fronteira para liberar a passagem dos imigrantes.
Foi então que a União pediu a reintegração de posse contra os imigrantes que estavam acampados na ponte e a Justiça Federal deferiu o pedido no início de março. Desde então, o número de imigrantes na cidade do interior do Acre reduziu muito e a prefeitura desativou os abrigos montados em escolas. Um novo abrigo, com capacidade para 50 pessoas, foi instalado para receber os imigrantes que chegam ao município.
Rotas
São duas situações que fizeram com que o número de imigrantes crescesse na cidade de Assis Brasil; a primeira, a de imigrantes que entraram no Brasil entre 2010 e 2016 em busca de uma vida melhor e, com a crise da pandemia, tentam sair do país para seguir viagem até México, Canadá, Estados Unidos e outros países.
A segunda é que o Peru, mesmo fechando a passagem para a entrada de imigrantes, libera a saída deles para o lado brasileiro, então, é uma porta de entrada para venezuelanos que buscam melhores em estados brasileiros.
Alguns dos imigrantes retidos no Acre também tentam uma rota alternativa para chegar na Bolívia e de lá seguir viagem.
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Cinco pessoas morrem em acidente de carro em Goiás; três eram PMs
Acidente aconteceu no município de Firminópolis (GO), na tarde desta quarta-feira (25)

Grave acidente envolveu dois veículos • Reprodução/Corpo de Bombeiros Militar de Goiás
Três policiais militares estão entre as cinco vítimas de um grave acidente, nesta quinta-feira (25), na GO-164, altura do km 397, no município de Firminópolis, Goiás. Os agentes estavam de folga no momento do acidente.
Segundo o CBMGO (Corpo de Bombeiros Militar de Goiás), dois veículos tiveram uma colisão frontal entre um automóvel de passeio e uma caminhonete, as vítimas do acidente ficaram presas nas ferragens. No carro de passeio estavam quatro pessoas, todas com ferimentos graves.
As mortes foram confirmadas no local pelo médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Na caminhonete, duas vítimas foram socorridas pelo Samu e encaminhadas para atendimento hospitalar, sendo posteriormente confirmado um óbito na unidade de saúde.
O Governo de Goiás confirmou a identidade dos três PMs que morreram:
- Robson Luiz Fortuna Filho – 31 anos;
- Renato da Silva Duarte – 32 anos;
- João Paulo Marim Guimarães – 32 anos.

Soldado Robson Luiz Fortuna Filho • Reprodução/Polícia Militar

Soldado Renato da Silva Duarte • Reprodução/Polícia Militar

Soldado João Paulo Marim Guimarães • Reprodução/Polícia Militar
O Governador Ronaldo Caiado também lamentou a morte dos agentes e das outras duas vítimas.
“Neste momento de dor, manifesto minha solidariedade a todos os familiares, amigos e irmãos de farda, estendendo também minhas condolências às famílias das outras vítimas atingidas por esse acidente”, escreveu Caiado.
As equipes do CBMGO atuaram no desencarceramento das vítimas, retirando os corpos das ferragens e encaminhando ao IML (Instituto Médico-Legal).
A PMR (Polícia Militar Rodoviária) assumiu a ocorrência, ficando responsável pelo controle do tráfego e pela adoção dos procedimentos legais necessários.
Fonte: CNN
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“Saidinha”: detento é preso por tentar estuprar idosa de 89 anos
Detento beneficiado com saída temporária invadiu casa de idosos, tentou estuprar mulher de 89 anos e brigou com homem de 90 em Lorena
Um homem de 43 anos foi preso em flagrante suspeito de invadir a casa e tentar estuprar uma das vítimas, uma idosa de 89 anos, na madrugada desta quinta-feira (25/12), no bairro Vila Nunes, em Lorena, no interior de São Paulo.
De acordo com o boletim de ocorrência, o infrator, que é um detento que estava em saída temporária, entrou, por volta das 2h30 na casa de um casal de idosos exigindo dinheiro das vítimas.
Ao tentar abusar sexualmente da mulher, o casal resistiu, entrando em luta corporal com o marido da idosa, de 90 anos, que afastou o bandido com golpes de muleta.
O suspeito acertou a mão do homem com uma tesoura e fugiu do local.
A Polícia Militar foi acionada e as vítimas foram levadas ao pronto-socorro.
Em buscas pelo região, o homem foi localizado e encaminhado à Delegacia de Lorena, onde permanece à disposição da Justiça.
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Dono de churrascaria mata borracheiro por causa de “música de louvor”
A troca de palavras rapidamente se transformou em agressão física. Durante o confronto, o suspeito sacou uma faca e desferiu vários golpes
Um desentendimento motivado pelo volume de músicas de louvor terminou de forma trágica na manhã do Dia de Natal, na zona leste de Manaus. O borracheiro Sidney da Silva Pereira, de 31 anos, foi morto a facadas após uma briga com um vizinho, supostamente incomodado com canções religiosas tocadas no local de trabalho da vítima.
Segundo testemunhas, Sidney estava em sua borracharia, no bairro Cidade Nova, por volta das 6h30, ouvindo músicas de louvor cristão em uma caixa de som. Irritado com o volume e com o conteúdo religioso das canções, o vizinho — identificado como dono de uma churrascaria da região e conhecido como “Gaúcho” — teria iniciado uma discussão, fazendo ofensas direcionadas à música e à prática religiosa da vítima.
A troca de palavras rapidamente se transformou em agressão física. Durante o confronto, o suspeito sacou uma faca e desferiu vários golpes contra o borracheiro. Gravemente ferido, Sidney foi socorrido e encaminhado ao Hospital e Pronto-Socorro Dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo, onde ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Discussão e morte
Apesar do atendimento médico, Sidney não resistiu aos ferimentos e morreu no fim da tarde da quinta-feira (25), aumentando a comoção entre familiares, amigos e moradores da região.
De acordo com a Polícia Civil do Amazonas, a ocorrência foi registrada inicialmente como tentativa de homicídio. Após a confirmação da morte, o caso passou a ser investigado como homicídio consumado, tendo como causa o óbito por ferimentos provocados por arma branca.
O crime está sendo investigado pelo 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP). O principal suspeito ainda não foi localizado. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) pode assumir o inquérito para aprofundar as investigações, principalmente sobre a motivação ligada à intolerância e ao desentendimento causado pela música de louvor.
A polícia pede que qualquer informação que ajude a localizar o suspeito seja repassada de forma anônima pelo disque-denúncia 181.

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