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Advogado quer trazer de volta para o Acre detentos que promoveram rebelião em presídio
Advogado entende que os detentos têm que cumprir suas penas próximos a familiares
O retorno ao Acre dos 14 presos envolvidos na rebelião que ocorreu no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em julho deste ano e que foram transferidos em operação das forças de segurança para um presídio de segurança máxima em Mossoró (RN), está sendo pleiteado junto ao Tribunal de Justiça
Os pedidos vêm sendo feitos pelo advogado Romano Gouveia, em nome de pelo menos dois presos que são seus clientes, o que significa que se o benefício chegar a eles, todos os demais presos seriam beneficiados.
Os presos foram apontados como líderes do Comando Vermelho, a fação que comandou a rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, que culminou com a morte, por decapitação, de cinco detentos que seriam da facção rival B13 (Bonde dos 13).
Todos os 14 presos foram transportados em avião da Polícia Federal numa viagem registrada dois meses após a rebelião, a qual teve custos estimados em mais de R$ 600 mil ao poder público.
Nos recursosao Tribunal de Justiça, o advogdo Romano Gouveia alega que seus clientes e os demais presos têm o direito de cumprirem pena em Rio Branco, onde vivem seus familiares, conforme estabelece a Lei de Execuções Penais. “Eu só busco o cumprimento da lei”, disse.
A Secretaria de Segurança Púbica do Acre (Sejusp) justifica a transferência dos presos transferidos afirmando que eles estavam “potencialmente” envolvidos na rebelião, subtração de armas e execuções.
“A transferência foi de presos envolvidos diretamente no fato. Todas as informações são estudas para evitar que qualquer tipo de retaliação possa acontecer. Informes são informes, informação são informes trabalhados. Temos informes de grupos se desfazendo dentro do presídio e vamos trabalhando de forma intensa e intensificando esse monitoramento. O que não se pode fazer é desconsiderar qualquer tipo de informe”, disse o secretário de Justiça e Segurança Pública, José Américo Gaia.
O promotor de Justiça Bernardo Albano, que coordena o grupo de atuação especial no combate ao crime organizado, disse que decisão da transferência foi dada por um colegiado de juízes após a reunião de algumas provas obtidas na investigação.
“A Segurança Pública se reuniu diversas vezes justamente visando a identificação dos responsáveis pela ação como medida de tomada decisória. Esse trabalho foi extremamente minucioso, no sentido de identificação dessas pessoas, por fontes de inteligência, oitiva de diversas pessoas, captura de áudio e vídeo, tanto da área interna como também nas imagens feitas pelos meios aéreos, drones, então essa ação que foi executada hoje e culminou na transferência de 14 pessoas, só foi possível a partir da reunião de todos esses elementos de provas do sistema integrado de segurança pública”, destacou.
O diretor presidente do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC), Alexandre Nascimento, disse que a transferência é uma maneira de dar uma resposta. “A decisão vem de encontro à uma determinação do governo do estado, que é dar uma resposta a uma afronta ao Estado. Essa resposta vem de encontro as investigações encabeçadas pela Segurança Pública. Quem ousar enfrentar o Estado terá as consequências”, disse.
A última transferência de presos no Acre foi entre 2017 e 2018, quando chefes de organização criminosa que atuavam no Estado foram levados para um presídio federal no Rio Grande do Norte. A transferência só ocorreu dois meses depois da rebelião porque, segundo o secretário, foi o tempo necessário para que os juízes tomassem as decisões.
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Sena Madureira registra queda de 21% em roubos e 22% em acidentes de trânsito no primeiro semestre
Dados do MPAC destacam avanços na segurança pública no Acre; Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus também apresentam melhorias

Dados divulgados pelo Observatório de Análise Criminal do MPAC, o município teve uma redução de 21% nos casos de roubo no primeiro semestre de 2025. Foto: cedida
O município de Sena Madureira registrou avanços significativos na segurança pública no primeiro semestre deste ano, com queda de 21% nos casos de roubo e redução de 22% nos acidentes de trânsito, segundo dados do Observatório de Análise Criminal do Ministério Público do Acre (MPAC).
Além de Sena Madureira, outros municípios da região do Purus também se destacaram nos indicadores de segurança. Manoel Urbano apresentou redução em crimes patrimoniais e acidentes viários, enquanto Santa Rosa do Purus mantém um cenário ainda mais positivo: há dois anos sem registro de homicídios e com pouquíssimos casos de crimes contra o patrimônio, conforme informações do comando policial local.
O secretário de Justiça e Segurança Pública do Acre, José Américo Gaia, atribuiu os resultados ao trabalho integrado das forças de segurança. “Os números comprovam que as ações estratégicas, incluindo investimentos em inteligência e policiamento, estão gerando impactos positivos para a população”, afirmou.

A expectativa das autoridades é que o segundo semestre mantenha a trajetória de redução da violência e acidentes, consolidando uma nova fase na segurança pública da região. Foto: cedida
O relatório do MPAC aponta que o estado do Acre como um todo teve redução em homicídios, feminicídios e roubos no período analisado, com destaque para a contribuição dos municípios do Purus. A expectativa é que a tendência de queda se mantenha no segundo semestre, consolidando uma nova fase na segurança pública regional.

Informações do comandante da Polícia Militar em Sena Madureira, Capitão Fábio Diniz, os primeiros seis meses do ano também registraram uma redução de 22% nos acidentes de trânsito. Foto: cedida
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Vídeo mostra acusado de ter atropelado e matado Juliana sendo escoltado pelo Gefron

Foto: Reprodução
Imagens divulgadas pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (SEJUSP) na manhã desta terça-feira (15), mostram o momento em que Diego Luiz Gois Passo, suspeito de atropelar a assessora jurídica Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, foi preso em uma ação do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), num Posto de Fiscalização localizado no km 97 da BR-317.
Segundo informações da SEJUSP, dois indivíduos se aproximaram da equipe policial no posto de fiscalização, informando que Diego Gois estava se entregando e que havia um mandado de prisão em aberto contra ele. A confirmação do mandado foi feita rapidamente por meio de consultas aos sistemas policiais, e o suspeito recebeu voz de prisão. Durante todo o procedimento, a integridade física e os direitos constitucionais de Gois foram respeitados, conforme relatado pelas autoridades.
O Coronel Assis dos Santos, coordenador do GEFRON, explicou como foi a captura. “Foi o resultado de uma ação continuada. No sábado, ele conseguiu furar uma operação policial no Bujari, mas todas as equipes continuaram no terreno, especialmente o Gefron na área rural. Foi feito um entendimento com o advogado para que ele cessasse essa fuga e se entregasse para uma equipe policial. Ele foi entregue aqui na base do Gefron, e a partir das primeiras horas da manhã foi feita essa captura”, disse.
Imagens divulgadas mostram Diego Luiz Gois Passo sendo colocado em uma viatura policial após a rendição.
VEJA VÍDEO:
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