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A oposição estará unida em 2018? Bittar viaja interior do Acre remendando essa “colcha de retalhos”
O tucano Marcio Bittar percorreu 95% das cidades do Acre em busca de unificar os grupos de oposição e aparar as arestas criadas na última eleição municipal
RÉGIS PAIVA
A opinião geral no Brasil é de que o Partido dos Trabalhadores (PT) está enfrentando a sua pior crise. Os recentes escândalos nacionais, cujos reflexos em políticos acreanos ainda não estão totalmente explicados, fazem com que os políticos ligados aos grupos de oposição ao Governo do Estado sonhem em eleger o próximo governador do Acre.
Ocorre que a última eleição para prefeito colocou alguns dos principais líderes em lados opostos de alguns palanques. O PSDB optou por uma coligação diferente dos demais partidos oposicionistas na maioria das cidades. Mesmo marchando unidos na maior parte das cidades, PMDB, PP, DEM e PSD, além de outras siglas oposicionistas, também estiveram em lados opostos em alguns palanques.

Marcio Bittar com o prefeito eleito de Plácido de Castro, Gedeon, percorreu 95% dos municípios em busca de unidade entre os partidos da oposição/Foto: Wania Pinheiro/ContilNet
O exemplo disso foi o senador Gladson Cameli (PP), que não pôde estar no palanque de Toinha Vieira (PSDB) em Sena Madureira, porque seu partido estava no palanque de Mazinho Serafim (PMDB). Por outro lado, ex-deputado Marcio Bittar não pôde apoiar Serafim porque o PSDB tinha Toinha Vieira como candidata. Bittar também não pôde subir nos palanques de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, embora tivesse mais afinidade com os candidatos peemedebistas dessas cidades. Em Tarauacá o PMDB esteve de um lado e PSD, PSDB de outro.
Para tentar recolocar todos os grupos no mesmo palanque, o ex-deputado Marcio Bittar realizou no mês de novembro uma viagem de 20 dias por 95% das cidades do Estado (Só faltou Santa Rosa do Purus, onde ele garante ir em janeiro próximo). Em cada uma delas, Bittar dedicou várias horas para se reunir com cada um dos líderes municipais dos partidos de oposição. A tarefa não vem sendo das mais fáceis, porque a colcha de retalhos que é a oposição do Acre ficou bastante despedaçada após as eleições.

Em Epitaciolândia, Bittar participou da inauguração da principal avenida da cidade com o prefeito André Hasem e outras lideranças políticas/Foto: Wania Pinheiro/ContilNet
Bittar explica o porquê da peregrinação
“Estou andando o Acre inteiro por não ter desistido de nosso Estado, pois existem erros de todos nós, políticos. E o mais grave de todos foi a divisão de forças. E isso já houve em 2014, quando não ganhamos por estarmos divididos. Isso não pode voltar a acontecer, para o bem de nosso Estado”, ressaltou.
Por conta dessas experiências, Bittar disse ser o momento de ajudar a unir a oposição. O político afirmou que, por conta disso, foi a praticamente todos os recantos do Acre para buscar uma união em torno de um nome em comum e capaz de ser este aglutinador de forças.

O prefeito eleito de Assis Brasil, Zum, o atual prefeito, Zé do Posto, e lideranças do município receberam Bittar para conversar sobre unidade nas eleições 2018/Foto: Wania Pinheiro/ContilNet
“Desde 2014, quando terminou o segundo turno, venho dizendo que temos um nome forte para enfrentar o PT, essa pessoa é o senador Gladson Cameli. Não temos dificuldades para reconhecer isso. Em política existe o momento para cada pessoa um e este é o momento dele”, afirmou.
Bittar destacou ser esta a primeira vez na História política do Acre na qual o principal nome já está posto e pronto para disputar o governo: “Ele só não será o próximo governador se alguma coisa pessoal o impedir”.
Segundo Bittar, as duas vagas para o senado têm de seguir o mesmo caminho e a escolha dos nomes devem ser daqueles cujo apoio popular seja medido em pesquisas independentes e em todo o Estado. “Temos de ter o candidato mais forte ao governo aliado com os dois candidatos igualmente mais fortes ao Senado”.

Bittar esteve em Xapuri, onde encontrou lideranças do PSDB e de outros partidos/Foto: Wania Pinheiro/ContilNet
O político disse ter interesse em disputar uma das vagas para o Senado e, como está a propor as regras de sondagem eleitoral prévia, disse se submeter a elas. “Se em 2018 tiver conseguido viabilizar meu nome para o senado, disputarei a eleição. Mas se não tiver conseguido, não posso impor meu nome e quem conseguir viabilizar, seja do PMDB, PP, PDSB ou do PSD, deve disputar”.
Na análise de Bittar, se o PT não tivesse sido gravemente ferido, a oposição teria levado uma surra nas eleições municipais: “Este foi o ano no qual a oposição mais se dividiu e este é o momento para remendar esta colcha de retalhos que virou a oposição. Por isso, o meu partido que não conte comigo para ser candidato com o intuito de dividir a oposição”.
Viagem permite traçar um retrato do Acre
“Estamos em um momento de muita dificuldade. O PT quebrou o Brasil e quebrou o Acre. É preciso rever esse modelo, termos uma outra visão, temos que virar a página. Eu ando pelo Acre inteiro esses anos todos e sempre falo muito da importância do projeto político do Acre estar ligado com o projeto político nacional”, revelou o político.

Prefeito eleito de Capixaba, José Augusto, e lideranças de vários partidos receberam Marcio Bittar e sua caravana com um café da manhã/Foto: Wania Pinheiro/ContilNet
Bittar acredita que para romper o atraso econômico do Acre é preciso estar integrado a um projeto de governo, o qual passa pela escolha de um excelente nome para o governo e uma igualmente capacitada bancada federal, tanto na Câmara quanto no Senado. A explicação está na necessidade de mudar algumas leis federais para destravar o Estado.
“Além disso, alguns municípios ainda não têm sequer uma ligação por estrada, como Thamaturgo, Porto Walter, Jordão e Santa Rosa. Mas todos têm o direto de estarem ligados. Contudo, o Acre não dispõe dos recursos para fazer estas obras e é preciso estar ligado em um projeto nacional”, comentou.
Para o ex-deputado, o futuro do Acre passa por um acordo bilateral com o Peru, com uma ligação passando também por Cruzeiro do Sul, interligando o Estado com os mercados latinos do Pacífico, a costa oeste americana e os países da Ásia.
O político destacou que em qualquer bairro dos municípios do Acre, é possível ver dezenas de jovens sem ter o que fazer e isso pode mudar se a economia e a produção local oferecerem condições de vida a todos.
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Polícia Civil prende dois suspeitos pela morte do jornalista Moisés Alencastro em Rio Branco

Primeiro a ser detido foi Antônio de Souza Morais, de 22 anos, estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.
Crime ocorrido no fim de semana teve repercussão estadual; polícia aponta motivação passional e segue investigando a dinâmica do assassinato
A Polícia Civil do Acre prendeu os dois principais suspeitos envolvidos no assassinato do ativista cultural e jornalista Moisés Alencastro, encontrado morto em seu apartamento na noite da última segunda-feira (22), em Rio Branco. O crime ocorreu no domingo (21), mas só foi descoberto após uma amiga registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima.

Moisés Alencastro foi encontrado morto na segunda-feira (22) no apartamento onde morava — Foto: Arquivo pessoal
Diante da ausência de contato, amigos foram até o imóvel, arrombaram a porta e encontraram Moisés deitado sobre a cama, já sem vida. A cena apresentava sinais claros de violência, levantando de imediato a suspeita de homicídio.
Durante as diligências iniciais, a Polícia Civil localizou o veículo da vítima abandonado no bairro São Francisco, na parte alta da capital, o que reforçou as investigações e auxiliou na identificação dos envolvidos.
No início da semana, a polícia deteve o primeiro suspeito, na casa de quem foram encontrados objetos pessoais pertencentes à vítima. O nome não foi divulgado para não comprometer o andamento do inquérito.
Na madrugada desta quinta-feira (25), Antônio de Souza Morais, de 22 anos, se entregou à polícia após ter a prisão decretada. Ele estava escondido em uma área de mata entre os bairros Eldorado e Quixadá, conforme denúncias recebidas pelos investigadores. Antônio teria confessado a autoria do crime, mas os detalhes ainda não foram tornados públicos.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado.
Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado. A prisão foi realizada após análise da perícia, que apontava a participação de mais de uma pessoa na dinâmica do crime.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação indica que o homicídio pode ter sido motivado por razões passionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação individual de cada suspeito.
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Suspeito de homicídio de jornalista Moisés Alencastro se entrega à Polícia Civil após se esconder em área de mata em Rio Branco
Investigado foi localizado na região do Eldorado e conduzido à Delegacia de Homicídios para interrogatório e audiência de custódia
Antônio de Souza Morais, de 22 anos, principal suspeito de um homicídio ocorrido recentemente em Rio Branco, se entregou à Polícia Civil na madrugada desta quinta-feira, após intensas buscas realizadas pela equipe da Delegacia de Homicídios. O investigado estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.
Segundo o delegado responsável pelo caso, as diligências começaram ainda na quarta-feira, logo após a expedição do mandado de prisão, e seguiram de forma ininterrupta ao longo do dia e da noite. Durante os trabalhos, a polícia recebeu denúncias de que o suspeito estaria refugiado em uma região de mata, o que orientou as equipes até o local.
Durante a madrugada, Antônio procurou pessoas ligadas à sua família, o que permitiu à polícia chegar à localização exata. Com a aproximação dos agentes, ele decidiu se entregar sem oferecer resistência.
“Diante dessas informações, nós fomos até o local e ele acabou se entregando à equipe da Delegacia de Homicídios. Em seguida, foi conduzido até a nossa sede, onde passou por interrogatório e por todos os procedimentos legais, sendo encaminhado conforme prevê a lei, inclusive para a audiência de custódia”, explicou o delegado.
Questionado sobre a motivação do crime, o delegado informou que o suspeito relatou a dinâmica dos fatos durante o interrogatório, mas que, por estratégia investigativa, os detalhes ainda não serão divulgados. A Polícia Civil também apura a participação de outras pessoas no crime.
De acordo com a autoridade policial, a perícia realizada no local já indicava a possível presença de um segundo envolvido. “No cenário do crime, é possível perceber a dinâmica de uma terceira pessoa. Agora estamos trabalhando na identificação desse outro suspeito para dar continuidade às buscas e efetuar a prisão do coautor”, afirmou.
O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Acre.
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Corpo com mãos amarradas é encontrado boiando no Igarapé São Francisco, em Rio Branco
Vítima apresentava perfuração no peito e sinais de agressão; Polícia Civil investiga homicídio
O corpo encontrado boiando na manhã desta quinta-feira (25) no Igarapé São Francisco, no bairro Conquista, em Rio Branco, foi identificado como sendo de Weligton Carlos Martins Werklaenhg, de 48 anos.
De acordo com informações repassadas por familiares, Weligton estava desaparecido desde a semana passada, quando foi visto pela última vez.
A perícia inicial realizada no local constatou que a vítima foi atingida por um golpe de faca na região do peito e apresentava indícios de agressões físicas anteriores à morte.
Ainda segundo a família, Weligton morava nas proximidades do Conjunto Manoel Julião.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura a motivação e a autoria do crime.















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