Acre
Universitários brasileiros se queixam de maus-tratos em faculdades da Bolívia

Longe do seu país de origem, os universitários ficam amedrontados e afirmam que não vale mais a pena estudar na Bolívia (foto Arquivo)
Na semana passada os alunos realizaram um protesto na Universidade
O sonho de estudar medicina, sem enfrentar o vestibular e com mensalidades acessíveis, é realidade para cerca 6 mil universitários brasileiros que vivem na Bolívia. Mas a concretização do sonho custa queixas de preconceito.
“Exigências de exames anti-HIV e cobranças excessivas de taxas e burocracia. Para os estudantes, há discriminação contra eles por parte das autoridades e da população bolivianas”. Assim descrevem brasileiros acreanos que estudam medicina em Santa Cruz de La Sierra na Bolívia.
Em entrevista ao Jornal O Rio Branco eles reclamam da Universidade Aquino – Udabol, exigem explicação sobre a demora em marcar o exame de grado e denunciam que recebem tratamento desigual e até desumano dentro das universidades particulares daquele país.
De acordo com os universitários Lidiane Borges e Bruno Santiago os estudantes levam até um ano para conseguir marcar o exame de grado (requisito para obtenção da carteira de médico boliviano) e na maioria das vezes, os brasileiros precisam pagar um advogado para acelerar o processo que deveria ser de fácil acesso aos alunos.
Para trabalhar como médico, os estudantes de medicina, após recebem o certificado, precisam vencer algumas etapas; concluir o internato de um ano, prestar serviços voluntários ao governo boliviano por três meses e realizar o exame de grado para finalizar o processo.
“O que acontece e que nessa última etapa, as universidades demoram um ano ou mais para poder marcar o exame de grado e se o estudante não paga um bom advogado para agilizar essa espera pode ser maior e isso e uma coisa que não deveria existir, pois estamos com todos os requisitos em dia, todas as contas da faculdade pagas e mesmo assim isso vem acontecendo”, explica Lidiane.
“Buscamos a universidade atrás de informações sobre datas, e o que está acontecendo, mais ninguém fala nada. Todas as semanas eles expedem a lista de alunos para receber o exame, porém, essa lista só contempla os bolivianos”, acrescentou o acreano afirmando que os alunos brasileiros estão aguardando a quase oito meses para receber o exame.
Além da demora, os alunos são alvos de xenofobia praticada por autoridades bolivianas e até dos funcionários das universidades. “Buscamos a universidade atrás de informações sobre datas e o que está acontecendo e os mesmos nos tratam com descaso”, diz Borges comentando que o presidente da Bolívia, Evo Morales, garantiu que iria eliminar a burocracia e aumentaria a entrega de títulos imediatos após a defesa da monografia.
Na semana passada os alunos realizaram um protesto na universidade. Eles foram recebidos pelo vice-reitor da instituição que na ocasião, segundo os alunos, foram destratados e ameaçados.
“Nós temos gravações em áudio do surto do vice-reitor conhecido por Erike comprovando a humilhação e ameaçando expulsar os alunos da universidade. Nós só sofremos nas universidades aqui na Bolívia! Queremos uma resposta, um esclarecimento sobre essa demora que é injusta”, concluiu a universitária.
Durante a elaboração dessa reportagem tentamos contato com a direção da universidade Udabol em Santa Cruz, mais ninguém respondeu os nossos questionamentos.
Atração
Os primeiros estudantes brasileiros desembarcaram na Bolívia na década de 80. Eles são atraídos para lá por dois grandes motivos: a ausência de vestibular –basta o diploma de ensino médio para fazer a matrícula- e o custo baixíssimo das faculdades.
Na Bolívia, as universidades privadas são avaliadas como de nível superior às públicas. De acordo com o site da universidade Udabol, cada estudante paga em média US$ 4.500 dólares (R$ 10 mil reais) fora o internato rotatório obrigatório.
Depois, está a difícil volta ao Brasil: apenas 2,1% dos formados na Bolívia passaram, em 2012, no Revalida, exame federal para validar o diploma de medicina estrangeiro.
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Rio Acre sobe mais e fica a 15 centímetros da cota de alerta

Foto: Whidy Melo/ac24horas
O nível do Rio Acre continua em elevação e já atinge 13,35 metros na capital, conforme dados divulgados no início da noite deste sábado (8) pela Defesa Civil do Estado. Somente nas últimas horas, o rio subiu quase 10 centímetros, aumentando a preocupação dos moradores das áreas ribeirinhas e das autoridades.
A marca registrada neste sábado coloca o manancial muito próximo da cota de alerta, que é de 13,50 metros, e a apenas 65 centímetros da cota de transbordamento, que ocorre aos 14 metros. Com o volume de chuvas acima da média nos últimos dias, o risco de alagamentos cresce, especialmente em bairros mais vulneráveis.
De acordo com a Defesa Civil, a primeira semana de março já registrou um acumulado de 96,4 mm de chuva, o que representa 33% do esperado para todo o mês. Esse volume fez o rio subir 1,37 metro em poucos dias, reforçando a necessidade de monitoramento constante da situação.
O governo do Acre informou que as instituições responsáveis estão em prontidão para atuar em municípios sob risco de alagamento, incluindo Plácido de Castro, Sena Madureira, Rio Branco, Porto Walter e Cruzeiro do Sul.
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Prefeitura de Assis Brasil realiza dia especial para as mulheres com homenagens e premiações
A Prefeitura de Assis Brasil, sob gestão do prefeito Jerry Correia, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, promoveu neste sábado (08) um dia especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. O evento reuniu centenas de mulheres em uma programação repleta de momentos de fé, diversão e reconhecimento.
As comemorações tiveram início com um culto ecumênico, reforçando a importância da espiritualidade e união entre as participantes. Em seguida, todas foram convidadas a um grande churrasco, onde puderam desfrutar da refeição com conforto, sendo servidas diretamente em suas mesas.
A programação contou ainda com brincadeiras, sorteios e entrega de lembrancinhas. Um dos momentos mais aguardados foi o bingo, que distribuiu prêmios como uma TV de 50 polegadas, uma bicicleta, liquidificador, ventilador e muitos outros brindes.
Além disso, a festa trouxe um animado concurso de forró, que garantiu momentos de descontração e celebração. Durante o evento, algumas mulheres guerreiras da cidade, que já são idosas e servem como exemplos de força e superação, foram homenageadas em reconhecimento à sua trajetória e contribuição para a comunidade.
O prefeito Jerry Correia destacou a importância do evento e a valorização das mulheres no município:
“Hoje é um dia especial para todas as mulheres de Assis Brasil. Esta é uma singela homenagem para aquelas que diariamente contribuem com seu trabalho, dedicação e amor para o crescimento da nossa cidade. Queremos continuar promovendo momentos como este, de alegria, respeito e reconhecimento. Parabéns a todas as mulheres!”
A animação ficou por conta da música ao vivo, que embalou a festa e tornou o dia ainda mais especial. A Prefeitura de Assis Brasil agradece a todos os patrocinadores que contribuíram para a realização desse grande evento e reforça seu compromisso com a valorização e o reconhecimento das mulheres do município.
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Advogada Carol Gask Destaca Direitos das Mulheres em Evento de Saúde em Epitaciolândia
Na manhã de sábado, dia internacional da mulher, a advogada Carol Gask, de forma voluntária, participou da 104º edição do Itinerante Saúde na Comunidade.
Este evento, que leva serviços de saúde essenciais para as comunidades rurais e urbanas, tem sido uma importante ferramenta que possibilita aos munícipes acesso a atendimentos especializados, ofertados através do Programa.
Carol Gask enfatizou a relevância de falar sobre os direitos das mulheres, destacando questões como separação, pensão e violência doméstica. A advogada compartilhou sua experiência pessoal, revelando que foi vítima de violência e que, graças a Deus, conseguiu superar essa fase difícil. “Prometi para Deus que não iria mais deixar de dar meu testemunho. Se estou aqui hoje, é graças a Ele e aos nossos direitos”, afirmou emocionada.
Carol também aproveitou para agradecer à secretária Marinete, ao vice-prefeito Sérgio Mesquista, ao prefeito Sérgio Lopes e a todos os envolvidos na organização do evento, destacando a importância dessa parceria para levar informação e apoio a tantas mulheres que enfrentam situações de vulnerabilidade.
Com a missão de ajudar e empoderar as mulheres, Carol Gask reafirmou seu compromisso em contribuir com o fortalecimento dos direitos femininos, garantindo que todas possam conhecer e exigir seus direitos. “Contem comigo, é um prazer enorme estar aqui para ajudar, principalmente nós, mulheres”, finalizou a advogada.
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