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Universidade Federal do Acre estuda sair do Sisu a partir de 2026 para garantir bônus regional, diz reitoria

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Para 2025, Ufac deve fazer processo seletivo próprio para o curso de medicina. Bônus se equipara a cotas étnico-raciais e sociais e prevê incremento na nota de estudantes de escolas locais. Reitora Guida Aquino anunciou ainda bolsas para estudantes indígenas nesta segunda-feira (9).

Reitora Guida Aquino comenta sobre saída do curso de medicina do Sisu em 2025. Foto: Júnior Andrade/Rede Amazônica

Após as polêmicas em torno do bônus regional da Universidade Federal do Acre (Ufac) na última semana, a reitora da instituição, Guida Aquino, esclareceu que foi necessária a retirada do curso de medicina do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para que fosse mantido o bônus para todos os outros cursos no termo de adesão 2025. A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (9), em Rio Branco.

A decisão foi tomada após a votação do Conselho Universitário (Consu), na última quarta-feira (4). A instituição deve passar a fazer um processo seletivo próprio para medicina usando as notas do Exame Nacional do Ensino Médio(Enem) deste ano.

“Nós respondemos ao Ministério da Educação, solicitando que não retirasse o bônus, pelo menos na edição de 2025, considerando que os estudantes já tinham realizado a prova do Enem, que eles já estariam contando com esse bônus e que deixasse para o Sisu em 2026 essa decisão. O MEC mandou outro documento solicitando que a universidade providenciasse a retirada“, explicou.

Ainda segundo a reitora, considerando que ainda não há estrutura para que a universidade acreana saia do Sisu, a proposta a ser levada para o Conselho Universitário em 2025 será de que a Ufac saia do Sistema de Seleção do MEC e possa ter o seu próprio próprio método de avaliação, voltando assim a usar a bonificação.

“Durante todos esses anos, de 2019 até agora, 2024, o impacto do bônus é muito maior no curso de medicina. Então, nesse caso, a gente fez a proposição de fazer o processo seletivo e foi deliberado dessa forma. Eu gostaria de ressaltar que a proposta da administração era competir, na verdade, com o Ministério da Educação, retirando a medicina, mas o Conselho deliberou a manutenção em todos os cursos”, afirma ela.

Guida ainda comenta que há uma sistemática que a Ufac já tem experiência de utilizar, porém com poucos cursos, ainda não sendo possível usar em todos. Porém, para 2025, no curso de medicina, já será possível aproveitá-lo.

“Ele precisa ser melhorado, mas para medicina a gente consegue fazer o que já vínhamos usando. Esse ano mesmo, em 2024, nós já utilizamos para vagas remanescentes que não foram preenchidas em todas as chamadas do Sisu e nem tinha mais lista de espera. Então, a gente vai publicar um edital somente com o curso de medicina, com todo o cronograma e os prazos de inscrição“, anunciou.

Bolsa para alunos indígenas

Também na manhã desta segunda (9), a reitora anunciou sobre um programa de acesso e permanência para estudantes indígenas em todos os cursos presenciais de graduação pela Ufac. A bolsa será no valor de R$ 700 e o aluno ainda poderá se inscrever para outras que a universidade oferece.

“É um momento histórico no ano em que a Ufac faz 60 anos de criação, de ensino superior no Acre, e 50 anos de federalização. Nós estamos muito felizes da gente poder levar essa proposta, porque quando a gente fala de acesso, a gente precisa manter os nossos indígenas na Universidade. Agora temos condições de recebê-los, eles vão ter uma bolsa durante toda a sua formação”, comemora.

A gestora esclarece que será feito um processo seletivo entre os alunos indígenas pois haverá duas vagas por curso. “Todos os cursos de graduação presenciais vão ter a presença de um aluno indígena, tem curso que tem duas entradas ao ano. Vai ser realizado um processo seletivo, separado, para somente os indígenas concorrerem entre eles”, complementa.

Ufac deve adotar processo seletivo próprio para medicina na edição de ingresso em 2025. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Mudanças no bônus regional

A Universidade Federal do Acre (Ufac) decidiu, após votação do Conselho Universitário (Consu), manter o bônus regional para todos os cursos no termo de adesão 2025, além de retirar o curso de medicina do Sisu 2025.1, previsto para acontecer em janeiro do próximo ano.

A proposta recebeu 33 votos dos membros do Consur e 10 abstenções. A decisão é mais um capítulo na polêmica envolvendo a concessão de vantagens para candidatos que concluíram o ensino médio no estado contra aqueles vindos de outros locais.

O Ministério da Educação (MEC) havia enviado uma solicitação a todas as instituições que aplicavam o bônus, para que não incluíssem a bonificação no termo de adesão depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir o uso de bônus regional pelas universidades públicas que participam do Sisu. A Ufac faz uso desta bonificação desde 2018.

O MEC também enviou um ofício à Ufac informando que o bônus regional não será computado na nota do candidato, mesmo que a universidade decidisse pela não retirada. O prazo para retificar o termo termina no dia 6 de dezembro e mesmo com a recomendação do MEC, a Ufac decidiu pela manutenção da cota.
“O Sisu é do MEC, eles têm a administração sobre. A Ufac é uma instituição que se vinculou ao sistema. Se mantermos o bônus vamos entrar numa guerra jurídica”, opinou durante sessão, a conselheira Luciete Albuquerque.

Segundo a pró-reitora de graduação da Ufac, Ednaceli Damasceno, o bônus foi instituído para promover acesso aos candidatos que residem no Acre,principalmente aos cursos de maior concorrência, em especial medicina. Segundo ela, muitos alunos de outros estados ingressavam, mas muitos não compareciam para efetuar as matrículas, enquanto outros não terminavam o curso no estado e pediam transferência.

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Prefeitura de Rio Branco reforça ações de emergência

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A Prefeitura de Rio Branco mobilizou, nas primeiras horas deste sábado (27), uma força-tarefa para atendimento às famílias afetadas pelas fortes chuvas registradas nas últimas 48 horas na capital.

O volume acumulado de água fez o nível do Rio Acre subir rapidamente e provocou o transbordamento de igarapés que cortam a cidade, atingindo diversas áreas urbanas.

Diante da situação, o prefeito Tião Bocalom convocou uma reunião de emergência em seu gabinete, reunindo todos os secretários municipais para alinhar ações imediatas de resposta e assistência.

Logo após o encontro, o prefeito visitou a Escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, onde 10 famílias — totalizando 36 pessoas — já estão abrigadas pela Defesa Civil Municipal e pela Secretaria de Assistência Social.

Tião Bocalom destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências.

“Não é com prazer, é com tristeza. Mas fazer o quê? Infelizmente, as chuvas chegaram e as inundações começaram a aparecer. Desde ontem, nossas equipes da Defesa Civil, apoiadas por todas as secretarias, estão em campo até duas horas da manhã para retirar famílias. Aqui nesta escola estão 10 famílias, 36 pessoas, e estamos tomando todas as providências possíveis. A prefeitura está fazendo a sua parte, como sempre fizemos, junto ao governo do Estado e à Defesa Civil. Tanto é que em 2021 ganhamos o prêmio de melhor acolhimento da Defesa Civil Nacional. Fazemos tudo com dor no coração, porque sabemos o quanto é difícil para as famílias, mas seguimos firmes para garantir apoio a quem mais precisa.” ressaltou o prefeito de Río Branco

Após visitar as famílias abrigadas, o gestor seguiu para o Parque de Exposições, onde equipes já iniciam a preparação para novas ações de acolhimento e prevenção, caso o nível das águas continue subindo.

A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que está de prontidão para atender novas ocorrências decorrentes das chuvas.

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Cinco mulheres são presas ao tentar entrar com drogas escondidas em laranjas no presídio de Rio Branco

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Cinco mulheres foram presas na manhã deste sábado (27) ao tentarem introduzir drogas escondidas dentro de laranjas no Complexo Penitenciário de Rio Branco. A prisão ocorreu durante o procedimento de fiscalização de rotina realizado por policiais penais da unidade.

Segundo informações da administração penitenciária, o material levado pelas visitantes passou pelo aparelho de raio X, que identificou irregularidades no interior das frutas. Durante a inspeção manual, os agentes localizaram 779 gramas de maconha, 105 gramas de cocaína e cerca de um quilo de tabaco.

Diante do flagrante, todo o material ilícito foi apreendido e as cinco mulheres receberam voz de prisão ainda dentro do complexo prisional. Elas foram conduzidas à Delegacia de Flagrantes (DEFLA), onde permaneceram à disposição da Justiça e devem responder por crimes relacionados à tentativa de introdução de drogas no sistema penitenciário.


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Rio Acre ultrapassa cota de transbordamento e atinge 14,55 metros em Rio Branco

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Elevação de 82 centímetros em um único dia aumenta risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital

Foto: Jardy Lopes

O nível do Rio Acre seguiu em elevação ao longo deste sábado (27), conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco. Na última medição do dia, realizada às 21h, o manancial atingiu 14,55 metros, permanecendo acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros.

De acordo com os dados oficiais, a primeira aferição do dia, às 5h26, apontava 13,73 metros, já acima da cota de alerta, estabelecida em 13,50 metros. Às 9h, o rio chegou a 14,00 metros, alcançando oficialmente a cota de transbordo. O nível continuou subindo ao longo do dia: 14,14 metros ao meio-dia, 14,30 metros às 15h, 14,43 metros às 18h e, por fim, 14,55 metros às 21h.

Com isso, o Rio Acre acumulou uma elevação de 82 centímetros em apenas 24 horas, ampliando o risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital acreana.

Apesar de não haver registro de chuvas nas últimas 24 horas em Rio Branco — com índice de 0,00 milímetro —, o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que a elevação do nível do rio é consequência das fortes chuvas registradas nas cabeceiras e em municípios do interior do estado.

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