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Uma das principais obras de infraestrutura do estado, a duplicação da AC-405 será entregue nesta terça

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Uma das obras mais esperadas pelo povo acreano será entregue nesta terça-feira, 29, em Cruzeiro do Sul, beneficiando as mais de 91 mil pessoas que moram na cidade com a duplicação da rodovia AC-405, conhecida como estrada do aeroporto da segunda maior cidade do Acre. A solenidade de entrega está marcada para às 9h em Cruzeiro do Sul, no trecho após a rotatória da Cohab.

AC- 405 é uma das principais de Cruzeiro do Sul. Foto: Pedro Devani/Secom

Com R$ 47 milhões investidos, a obra conta com recurso do Estado e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a duplicação contemplou 11 km nessa primeira fase, abrangendo a rotatória da Cohab até a entrada do município de Mâncio Lima.

“As obras contemplaram a adequação, troca de pavimento, sinalização, canteiro central, relocação dos portes ao longo da rodovia e, principalmente, a duplicação. Além disso, tivemos as calçadas, meio-fios, sarjeta, queda d’água, enfim toda estrutura de uma rodovia”, destaca a presidente do Deracre, Sula Ximenes.

O trabalho começou em 2021, envolvendo também processo de desapropriação à margem da rodovia, o que demandou mais sensibilidade da equipe gestora.

“O governo pagou com recursos próprios todas as desapropriações ali, toda assistência aos moradores, onde foi preciso realocar os muros a gente realocou e fez novamente O governo deu toda assistência necessária ali também, inclusive, nas ruas de acesso fizemos o limpa-rodas”, explica.

Duplicação da AC-405 é um avanço para a segunda maior cidade do Acre. Foto: Pedro Devani/Secom

Para a presidente, obras como essa impactam diretamente no desenvolvimento do município, uma vez que criam espaços adequados para avanços econômicos.

“Ajuda no desenvolvimento do município, no do estado inteiro porque as rodovias conectam as pessoas”, finaliza.

A AC-405 é uma das principais vias de Cruzeiro do Sul, tendo em suas margens grandes empreendimentos, que movimentam a economia da cidade e também um dos pontos turísticos mais famosos de Cruzeiro do Sul: o igarapé preto e também dá acesso ao hotel do Sesc, que se tornou um dos mais bonitos da região.

A solenidade de entrega vai contar com a participação do governador Gladson Cameli, equipe governamental e população beneficiada.

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Novembro começa com três homicídios e uma morte no trânsito no Acre

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Facções criminosas seguem por trás da maioria dos assassinatos registrados nos primeiros dias do mês

Foto: ilustrativa

O mês de novembro começou violento no Acre e já dá sinais de que poderá ser um dos mais sangrentos do ano. Somente nos três primeiros dias, foram registrados três assassinatos — em Rio Branco, Tarauacá e Assis Brasil — além de uma morte violenta no trânsito, ocorrida na rodovia AC-10, que liga a capital ao município de Porto Acre.

De acordo com a Polícia Civil, a principal motivação dos homicídios continua sendo a disputa entre facções criminosas, responsável por mais de 80% das mortes violentas no estado.

O primeiro assassinato ocorreu na manhã de sábado (1º), no bairro Belo Jardim, em Rio Branco, considerado o segundo mais violento da capital, atrás apenas da Cidade do Povo. A vítima, o pintor de paredes Paulo Henrique Ferreira da Silva, de 32 anos, não tinha antecedentes criminais. Ele havia saído de casa para comprar o almoço da família quando foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta. Baleado várias vezes pelas costas, caiu na pista e morreu antes da chegada do socorro.

Em Assis Brasil, a 330 quilômetros da capital, dois jovens foram perseguidos após desrespeitarem um toque de recolher imposto por uma facção criminosa no bairro Bela Vista. Erivan Pereira da Silva, de 33 anos, acabou atingido por um tiro de espingarda nas costas e executado com um segundo disparo na cabeça. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento do crime.

O terceiro homicídio foi registrado em Tarauacá, onde o corpo de Gilberlândio Castro de Souza, de 40 anos, foi encontrado próximo ao aterro do Mercado Municipal. A vítima, que usava tornozeleira eletrônica e cumpria pena em regime semiaberto, apresentava múltiplas perfurações de arma branca e marcas de pauladas. Ao lado do corpo, os policiais encontraram uma faca quebrada e pedaços de madeira usados na agressão.

A Polícia Civil investiga os três assassinatos, mas, até o momento, nenhum suspeito foi identificado.

Com informações de AC24horas

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MP quer apurar morte de adolescente durante ação policial em Rio Branco

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial, instaurou o Procedimento Administrativo nº 0154/2025/PECEAP para acompanhar a apuração da morte do adolescente Vitor Gabriel Sales Rodrigues, de 16 anos, durante um confronto entre policiais militares e suspeitos nas margens do Rio Acre, no bairro Cidade Nova, região do Segundo Distrito de Rio Branco.

De acordo com informações divulgadas pela imprensa local, o episódio ocorreu em maio deste ano e envolveu um tiroteio entre faccionados e a Polícia Militar. Durante o confronto, Vitor Gabriel foi atingido e morreu no local. Outro jovem, identificado apenas como Andrio, também foi baleado e desapareceu após cair no rio.

A portaria, assinada pela promotora de Justiça Maria Fátima Ribeiro Teixeira, destaca que o Ministério Público é a instituição responsável pelo controle externo da atividade policial, conforme o artigo 129 da Constituição Federal. O procedimento busca reunir informações e documentos que permitam o completo esclarecimento das circunstâncias da morte e o acompanhamento das investigações conduzidas pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar e pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O documento também leva em consideração a Resolução nº 210/2025 do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que estabelece diretrizes para o acompanhamento de mortes decorrentes de intervenção policial e casos de vitimização de agentes de segurança, bem como o Plano de Ação Institucional do MPAC sobre Letalidade e Vitimização Policial, aprovado pela Procuradoria-Geral de Justiça.

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Acre vira rota estratégica do tráfico internacional de produtores colombianos, aponta relatório

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Comando Vermelho domina entrada de drogas pelo Rio Putumayo e intensifica guerra com PCC no estado; facção brasileira mantém acordos diretos com traficantes da Colômbia

A droga atravessa o rio Putumayo e entra no país pela região amazônica, alcançando os estados de Amazonas e Acre, onde é redistribuída por facções locais ligadas ao Comando Vermelho. Foto: captada 

O Acre consolidou-se como peça estratégica nas rotas fluviais e terrestres que ligam produtores colombianos aos distribuidores brasileiros de drogas, segundo relatório obtido pela Folha de S. Paulo. A maconha produzida em Cauca, na Colômbia, atravessa o Rio Putumayo e entra no Brasil pela região amazônica, alcançando Amazonas e Acre, onde é redistribuída por facções locais ligadas ao Comando Vermelho.

O estudo revela que o CV mantém acordos diretos com traficantes colombianos ao longo do Rio Solimões, buscando ampliar seu acesso a fornecedores da Colômbia e Peru – estratégia que garante vantagem sobre rivais e fortalece a presença da facção no Acre.

As forças de segurança estaduais já reconhecem que a disputa violenta entre CV e PCC tem relação direta com o controle dessas rotas de entrada da droga, explicando o aumento da violência nas fronteiras acreanas. O tráfico gera impactos devastadores na Amazônia, incluindo violência territorial e degradação social que afetam principalmente povos originários e ribeirinhos.

O levantamento, feito em parceria com a Direção Nacional de Inteligência da Colômbia (DNI), detalha como o tráfico internacional de drogas na chamada Amazônia Compartilhada envolve negociações diretas entre o Comando Vermelho, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e organizações criminosas colombianas, responsáveis pela produção e envio de drogas ao Brasil.

A informação consta em um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que mapeia a atuação das facções brasileiras e seus vínculos com grupos armados da Colômbia. Foto: art

Segundo a reportagem, “a maconha skunk produzida na Colômbia é destinada quase integralmente ao mercado brasileiro, com foco em consumidores de maior poder aquisitivo, e registra crescimento especialmente nas regiões Sul e Sudeste.”

A droga, conhecida por ter alto teor de THC (tetrahidrocanabinol) — entre 15% e 25% —, é considerada de “maior qualidade e valor agregado” em relação à maconha vinda do Paraguai. O relatório aponta que “o skunk colombiano também é negociado pelas facções brasileiras, como o Comando Vermelho, com os grupos armados da Colômbia, assim como o cloridrato de cocaína e pasta base.”

Rota internacional documentada
  • Origem: Cauca (Colômbia)
  • Transporte: Rio Putumayo até Tarapacá (fronteira Colômbia-Brasil)
  • Entrada no Brasil: Região amazônica (Amazonas e Acre)
  • Destino: Redistribuição por facções pelo território nacional
Disputa territorial no Acre
  • CV x PCC: Conflito pelo controle das rotas de entrada
  • Aumento da violência: Consequência direta da disputa faccional
  • Acordos internacionais: CV mantém parcerias com traficantes colombianos ao longo do Rio Solimões
Impactos socioambientais
  • Degradação social: Maiores impactos sobre povos originários e ribeirinhos
  • Violência territorial: Disputas por áreas de interesse do narcotráfico
  • Intensificação do fluxo: Inclui a variedade “skunk” de alta potência

O relatório confirma o que autoridades acreanas já alertavam: o estado tornou-se ponto crítico no mapa do narcotráfico internacional, com facções brasileiras estabelecendo acordos diretos com produtores colombianos. A situação exige cooperação transfronteiriça e políticas específicas para a região amazônica.

Reportagem publicada pela Folha de S. Paulo revela que o Comando Vermelho (CV) consolidou o domínio sobre o varejo de drogas em quatro estados da região Norte — Amazonas, Pará, Acre e Rondônia. Foto: captada 

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