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Acre

Um quadro perigoso que pode levar o PT a perder em 2014

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Nelson Liano Jr. – ac24horas

Quem transita pela Casa Rosada, sede do Governo do Acre, costuma dizer que o candidato à reeleição Tião Viana (PT) é puro otimismo. Quando algum deputado chega com “chorumelas” o governador costuma responder com aquele típico: “deixa comigo que está tudo sob controle”. Num aspecto Tião Viana (PT) tem razão. Os números das mais recentes pesquisas realmente o colocam numa situação tranquila. Há dois meses a Folha de São Paulo publicou que o Acre será um dos estados em que o PT tem mais condições de ganhar o Governo. Aparentemente um verdadeiro “céu de brigadeiro” às pretensões petistas.

O contraponto
Mas a realidade é um pouco diferente. Primeiro que nenhum instituto de pesquisa “alienígena” conseguiu acertar os resultados das mais recentes eleições no Estado. As vezes, fico a pensar que os institutos fizeram as pesquisas corretamente, mas que os acreanos gostam de “dissimular” as suas intenções de voto

Questão de números
Segundo que a matemática pode ser cruel. Os deputados federais Gladson Cameli (PP) e Henrique Afonso (PV) que eram da FPA e, pediram votos para Tião Viana (PT), em 2010, agora, vão pedir contra. Os dois somados representam quase 60 mil votos. É óbvio que isso não significa que automaticamente os votos deles irão para a oposição. Mas podem mudar tendências.

Caldo de galinha
Em 2010, Tião Viana (PT) disputou contra Bocalom (DEM) e Tijolinho. Ele vinha de um mandato bem avaliado no Senado. Agora, disputa contra Márcio Bittar (PSDB) e o mesmo Bocalom (DEM), mas com um vice de peso, Henrique Afonso (PV) e, uma memória eleitoral recente forte.

Reforço natural
Os dois candidatos da oposição terão estrutura de campanha, ao contrário de 2010, em que Bocalom (DEM) não tinha “um pau para dar no gato”. Mesmo com uma campanha “deficitária” em termos de recursos, Bocalom ficou a um por cento da vitória. Bittar (PSDB) vai ter apoio dos tucanos de plumagem nacional.

Problemas internos
Conversando com uma militante da Juventude do PT notei que as “intrigas” provocadas pelas correntes internas DR e DS ainda não estão superadas. E tem deputados da base que não vão vestir a camisa como deveria. No hora das visitas se o eleitor crítica o PT eles concordam para não perderem o voto para sí.

Meses de chumbo
Outro fator preocupante para o atual Governo petista é a chegada dos meses de dissídio coletivo das categorias de servidores. Se acontecerem greves, em tempos de vacas magras, o desgaste será grande.

A favor
O voto do eleitorado do Acre, na minha avaliação, ainda é contra ou favor do atual Governo. Os dois candidatos da oposição não decolaram nessa pré-campanha. Mas isso pode mudar com os debates e os programas eleitorais de rádio e TV.

Prudência
Portanto, quem cantar vitória antes do tempo pode estar encontrando o rumo da derrota. E isso vale tanto para a FPA quanto à oposição. Antevejo uma disputa dura em que o vencedor será definido por detalhes como profissionalismo de campanha, propostas e credibilidade.

A chapa da morte
O chapão para deputado estadual da FPA é só para profissionais da política. A coligação entre PT, PEN, PROS será muito forte eleitoralmente. Só vai sobreviver quem tiver muita bala na agulha e bases orgaizadas de votos.

Quem é quem
A chapa tem os seguintes deputados com mandatos: Élson Santiago (PEN), Astério Moreira (PEN), Jamyl Asfury (PEN), Valter Prado (PROS), Maria Antônia (PROS), Geraldo Pereira (PT), Ney Amorim (PT), Jonas Lima (PT). Além dos ex-secretários de estado Reis (PT), Daniel Zen (PT) e Lourival Marques (PT).

Salve-se quem puder
Acredito que com menos de seis mil votos ninguém vai para a Aleac, nessa coligação. Pelos menos onze candidatos com estrutura numa chapa que deve eleger seis ou sete. Não é a toa que tem gente correndo.

A volta de quem não foi
O ex-deputado federal Chicão Brigido (PDT), atualmente assessor da prefeitura de Rio Branco, quer eleger-se para a Aleac. Mas já avisou que seu partido só vai se coligar com “nanicos” que não têm ninguém com mandato.

Cobre a cabeça…
Que as articulações políticas do governador Tião Viana (PT), na Aleac, foram bem sucedidas não tenho dúvida. Ele conseguiu a maioria esmagadora dos deputados estaduais para apoiar o seu Governo. Com essa bancada aprova o que quiser.

…Descobre os pés
Mas por outro lado, Tião Viana (PT) perdeu politicamente o apoio de quase toda a bancada federal. Dos oito deputados federais apenas três apoiam o seu governo. Ainda assim dois do próprio PT são da corrente dissidente, a DS. No Senado ficou dois a um pró-governo.

Incompreensível
Tião Viana (PT) investiu onde já tinha maioria tranquila, mesmo antes das novas adesões. E deixou parlamentares federais escaparem entre os dedos. Justo aqueles que podem alocar recursos ao Estado. Alguns saíram por “besteiras”.

Fera ferida
As probabilidades da deputada estadual Antônia Sales (PMDB) ser a vice de Márcio Bittar (PSDB) são grandes. Isso significa que o prefeito do segundo maior município do Estado, Vagner Sales (PMDB) vai entrar de cabeça na disputa. Ainda magoado com aquilo que ele chama de “perseguições” para a perda do seu mandato, Vagner poderá fazer mais estragos como apoiador do que como candidato. Ele estará livre, sem o comprometimento de uma candidatura, para usar os seus argumentos. A estratégia do prefeito de Cruzeiro do Sul será mostrar as suas realizações na gestão e se “queixar” da falta de apoio do Governo do Estado e das “perseguições” políticas. Na minha avaliação, a FPA criou um forte adversário gratuitamente. Se Vagner tivesse sido cassado o maior beneficiado seria Henrique Afonso (PV), atualmente na oposição. Recentemente Henrique declarou que Vagner é o melhor prefeito do Acre. Vai entender…

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Acre

Brasileia: MPAC instaura procedimento para acompanhar revogação de edital da Educação

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) instaurou procedimento administrativo para acompanhar e fiscalizar a exoneração e eventual nova contratação de profissionais da educação no município de Brasileia, especialmente aqueles que atuam no atendimento de crianças e adolescentes com deficiências, como alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A medida foi adotada após informações de que a prefeitura teria revogado o Edital nº 001/2025 de contratação temporária de professores e pessoal de apoio pedagógico da rede municipal, além da comunicação, em 19 de dezembro de 2025, da rescisão contratual e demissão de diversos servidores da área da educação, incluindo monitores de alunos, auxiliares de sala, professores, mediadores, psicólogos, assistente social e nutricionista.

No procedimento, assinado pelo promotor de Justiça plantonista, Daisson Teles, o MPAC destaca que, parte desses profissionais havia sido contratada por meio de processo seletivo simplificado, com previsão de vigência contratual de 24 meses, o que gerou expectativa legítima de continuidade do vínculo.

O procedimento também considera a necessidade de garantir a continuidade do serviço público de educação, sobretudo o Atendimento Educacional Especializado (AEE), que exige formação específica e continuada dos profissionais.

Como providência inicial, o Ministério Público requisitou à Secretaria Municipal de Educação e à Prefeitura de Brasiléia que, no prazo de até dez dias, prestem informações detalhadas sobre os fatos, incluindo cópia do edital, dos contratos, do ato que determinou as rescisões, relação dos servidores atingidos, estudo de impacto financeiro, pagamento de verbas rescisórias e previsão de lançamento de novo edital.

O procedimento tem caráter administrativo e não possui finalidade investigatória criminal, tendo como objetivo o acompanhamento da regularidade administrativa e a garantia dos direitos dos usuários da rede municipal de ensino.

Marcelina Freire – Agência de Notícias do MPAC

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Governador Gladson Camelí entrega obra de reforma do Núcleo de Qualidade de Vida da Polícia Civil

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O governador do Acre, Gladson Camelí, entregou oficialmente, na tarde desta segunda-feira, 22, as obras de reforma e adequação do Núcleo de Qualidade de Vida dos Servidores da Polícia Civil (Qualivida). O espaço passou por melhorias estruturais com o objetivo de fortalecer as ações voltadas ao cuidado integral dos servidores da instituição.

Núcleo Qualivida reforça o compromisso da instituição com a saúde e a qualidade de vida dos policiais civis. Foto: José Caminha/Secom

A obra contemplou a reforma e adequação da estrutura física do Qualivida, garantindo melhores condições de atendimento e funcionamento do núcleo. O investimento total foi de mais de R$ 595 mil, sendo R$ 70 mil aplicados na aquisição de equipamentos e mobiliário e o restante destinado às obras.

Unidade é localizada no centro da cidade e contou com recursos de emenda parlamentar e do Estado. Foto: José Caminha/Secom

Os recursos utilizados tiveram como origem R$ 200 mil de emenda parlamentar federal, destinada pelo deputado federal Coronel Ulysses, além de mais de R$ 95 mil de recursos próprios do Estado. O parlamentar participou da solenidade de entrega e parabenizou o empenho da Polícia Civil em entregar a edificação com agilidade, prezando pela qualidade de vida dos agentes de segurança.

O governador Camelí ressaltou: “Essa ação reafirma o nosso compromisso com políticas públicas voltadas à valorização do servidor, reconhecendo que cuidar de quem cuida da segurança da população é essencial para um serviço público mais eficiente e humanizado. Vamos sempre para frente valorizando os nossos servidores”, destacou.

O Núcleo Qualivida tem como missão cuidar da saúde mental, emocional e social dos servidores da Polícia Civil. Com uma equipe multidisciplinar formada por profissionais da psicologia, assistência social e outras áreas, o núcleo desenvolve ações de prevenção, escuta qualificada, acolhimento e apoio psicossocial, contribuindo para o bem-estar e para a melhoria do desempenho profissional dos policiais civis.

Unidade conta com atendimento psicológico essencial para melhor apoio aos agentes. Foto: José Caminha/Secom

Entre os principais benefícios proporcionados aos servidores estão a promoção do bem-estar integral, com prevenção de doenças físicas e emocionais; a melhoria do clima organizacional, com relações interpessoais mais saudáveis; maior motivação e comprometimento no exercício das funções; oportunidades de desenvolvimento pessoal; além do fortalecimento da resiliência para enfrentar os desafios diários da profissão.

Durante a solenidade, o delegado-geral da Polícia Civil, José Henrique Maciel, destacou a importância do investimento para a valorização dos servidores. “Seguindo o que o governador Camelí preza, estamos empenhados em cuidar de pessoas. Queremos que nossos profissionais estejam psicologicamente bem para devolver para a sociedade um trabalho de qualidade e com todos em segurança”, disse.

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Conselheira do CFM defende exame de proficiência e alerta para riscos da má formação médica

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Foto: Iago Nascimento/ac24horas

A defesa da criação de um exame nacional de proficiência médica – frequentemente comparado ao exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – foi o ponto central da entrevista concedida pela médica pediatra e doutora em bioética Dra. Dilza Teresinha Ambros Ribeiro ao programa Médico 24 Horas, apresentado pelo médico Fabrício Lemos e exibido nesta segunda-feira (22) no ac24horas.com e nas redes sociais oficiais do jornal. Conselheira federal do Conselho Federal de Medicina (CFM) pelo Acre, a médica afirmou que a medida é necessária diante da expansão desordenada de cursos de medicina e da queda na qualidade da formação profissional.

Durante a entrevista, Dra. Dilza explicou que o Conselho passou a defender a prova de proficiência após constatar que muitos cursos foram autorizados sem critérios técnicos adequados. “Com o aumento exagerado de cursos de medicina, com abertura sem critérios, porque hoje os critérios são muito mais políticos do que técnicos, o Conselho se viu na obrigação de fazer alguma coisa”, afirmou. Segundo ela, a ausência de infraestrutura mínima compromete a formação e coloca em risco a assistência à população.

A conselheira detalhou que o exame não tem caráter punitivo nem objetivo de proibir faculdades, mas sim de garantir um padrão mínimo de competência profissional. “Não se trata de proibir faculdade de medicina, nem de prejudicar ninguém. É uma forma de selecionar, de melhorar a qualidade do médico no Brasil, porque estão formando profissionais sem condições adequadas de atuação”, destacou. Para ela, o exame seria uma ferramenta de proteção tanto para o paciente quanto para o próprio médico recém-formado.

Foto: Iago Nascimento/ac24horas

Ao comparar a proposta com o exame da OAB, Dra. Dilza afirmou que a medicina chegou a um ponto semelhante ao vivido pelo Direito no passado. “Assim como aconteceu no Direito, que precisou criar uma prova para controlar a atuação profissional, infelizmente na medicina vai ter que ser a mesma situação”, declarou. Segundo a médica, a proliferação de cursos sem estrutura levou a uma formação desigual, em que alguns egressos chegam ao mercado sem prática clínica suficiente.

A conselheira trouxe exemplos concretos da realidade encontrada pelo CFM em diferentes regiões do país. “Tem faculdade que não tem hospital, não tem posto de saúde, não tem preceptor. Às vezes, nem médico existe na cidade para dar aula, e quem está formando o aluno são outras profissões que não têm conhecimento da medicina”, relatou. Ela ressaltou que, nessas condições, o estudante não desenvolve as competências mínimas exigidas para o exercício seguro da profissão.

Segundo Dra. Dilza, o debate sobre o exame de proficiência está em andamento no Congresso Nacional, mas enfrenta entraves políticos. “A gente participa de todas as reuniões no Senado, muitas vezes ganha na votação, mas quando ganha pedem vistas, tiram de pauta. Mesmo assim, eu acredito que a gente vai conseguir”, afirmou. Para ela, a resistência não anula a urgência da medida, já que o impacto da má formação recai diretamente sobre a população.

Foto: Iago Nascimento/ac24horas

A médica também chamou atenção para o fato de que o recém-formado acaba sendo vítima desse modelo de ensino. “Esse médico pagou para a faculdade por um serviço e não recebeu a formação adequada. Ele não tem culpa, mas vai sofrer depois no mercado de trabalho e quem mais sofre é o paciente”, disse. Segundo ela, a prova de proficiência também funcionaria como um mecanismo de valorização do profissional bem formado.

Ao final da entrevista, Dra. Dilza reforçou que a defesa do exame é uma questão ética e de responsabilidade social. “Quem está sofrendo com essa formação sem qualidade é a população, e é obrigação do Conselho controlar isso. O que nós queremos é qualidade, dignidade humana e segurança na assistência médica”, concluiu.

Dilza Ribeiro é membro da Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação e da Academia Acreana de Medicina, doutora em Bioética pela Universidade do Porto, especialista em pediatria e administração hospitalar, assessora técnica do Hospital Regional do Juruá e médica da Universidade Federal do Acre. No Conselho Federal de Medicina, ela é secretária-geral, coordenadora da Comissão de Integração de Médicos de Fronteira, membro da Câmara Técnica de Pediatria e das Comissões de Humanidades Médicas e de Bioética.

Veja a entrevista completa:

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