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Acre

Sindicatos filiados à CUT apóiam professores e repudiam o “governo autoritário do PT”.

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Ameaça de cortar ponto causa pânico nas escolas. Outras entidades irão fortalecer a greve nesta sexta-feira.

Assem Neto, da ContiNet

Em questão de três horas, metade das entidades sindicais filiadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT) repudiou publicamente a decisão do governo de envolver os diretores de escolas nas negociações com os professores e demais funcionários em greve. Quinze sindicatos assinam uma nota em que o governo do PT no Acre é tratado como “autoritário e desrespeitoso”. A Casa do Estudante Acreano, que tem 3.700 associados, ainda não assinou a nota, mas declarou “apoio irrestrito” aos professores e demais trabalhadores. “Professor desvalorizado é sinônimo de educação ineficiente”, disse a vice-presidente da CEA, Valdiza Mendes.

Pelo menos mais quinze entidades que representam diversas categorias de trabalhadores no estado devem aderir ao repúdio nesta sexta-feira (31). Nós autorizamos divulgar a lista dos sindicatos que manifestaram apoio à greve. À medida que outros representantes legais forem se solidarizando aos professores, o Sinteac irá informar á sociedade. A greve está coesa, cada vez mais forte e focada na reivindicação por justiça”, disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac), Rosana Nascimento.

O comando de greve reafirmou que o Conselho de Diretores de Escola Pública do Acre (Codepe) não tem autorização constitucional para negociar em nome dos trabalhadores. Nesta sexta, os grevistas farão esclarecimentos nas escolas para acalmar os servidores. “O governo causou pânico ao anunciar que o ponto será cortado. Podem até cortar, mas serão obrigados a devolver. Nossa greve é legal e mexer no salários dos trabalhadores é crime”, disse a sindicalista.

Grevistas recebem apoio de 15 sindicatos para reforçar manifestações/Foto: ContilNet

Grevistas recebem apoio de 15 sindicatos para reforçar manifestações/Foto: ContilNet

NOTA DE REPÚDIO DOS SINDICATOS CUTISTAS

As entidades sindicais abaixo assinadas repudiam a forma autoritária e desrespeitosa com que o Governo do Estado do Acre está tratando os servidores da educação.
Na verdade, está revelado como o Governo do Acre tratará todos os seus servidores, intransigente e autoritário.

Ao longo do tempo, o Governo do Acre, que se diz popular e democrático, acabou por romper como seu passado e com os próprios ideais dos trabalhadores, verdadeiros responsáveis na eleição daqueles que, hoje, administram o nosso Acre.
Os políticos que comandam o Acre se esqueceram, também, de suas próprias raízes, rompendo com o compromisso democrático e social defendido ao longo da história da esquerda trabalhadora.

Hoje, são capazes de determinar o desconto dos salários dos servidores da educação e, amanhã, certamente farão as mesmas coisas com os trabalhadores de outros setores do Governo.

E serão igualmente cruéis, levando significativa parcela do povo à fome, demonstrando sua frieza e insensibilidade às causas sociais, antes por eles defendidas e, hoje, desrespeitadas e aniquiladas das diretrizes políticas e administrativas.

O povo está descontente com tudo ao que está acontecendo, vendo trabalhadores serem massacrados de toda forma, desde o achatamento salarial até mesmo a supressão do salário, face cruel que nem mesmo a ditadura ousou fazer.

Assim, os sindicatos que assinam este documento, declaram sua inconformação com a atitude do Governo do Acre, que fere seus servidores e colocam em cheque o seu próprio compromisso social, já que, definitivamente, rompeu com o discurso de outrora.
Apoiamos, incondicionalmente, o Sinteac, sua diretoria e os servidores da educação, e lhe fazemos fileira para enfrentar a ditadura que se instalou no Governo do Acre, e o faremos com a mesma coragem do passado, quando enfrentamos a ditadura militar.

A FOME É A MAIOR HUMILHAÇÃO QUE SE IMPÕE A UM POVO E, INFELIZMENTE, ISSO ESTÁ SENDO PRATICADO POR UM GOVERNO QUE JÁ FOI POPULAR!
Assinam:

1.SINDCONAM/AC – SINDICATO DOS CONDUTORES DE AMBULÂNCIA DO ESTADO DO ACRE

2. SINDACS – SINDICATO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E ENDEMIAS

3. SEEB/AC – SINDICATOS DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DO ACRE

4. SINFTDPAC – SINDICATO DOS FRENTISTAS

5. SINDOMÉSTICO – SINDICATO DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS DO ACRE

6. SINTECT – SINTICATO DOS TRABALHADORES DA EMPRESA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS DO ACRE

7. SINPRORAD/AC – SINDICATO DOS PROFISSIONAIS EM RADIOLOGIA DO ESTADO DO ACRE

8. SINPEFAC – SINDICATO DOS PROFESSORES EM EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DO ACRE

9. STR /BUJARI – SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS DE BUJARI

10. STR/BRASILÉIA – SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS DE BRASILÉIA

11. LEVANTE DA UFAC

12. SINTEST – SINDICATO DOS TRABALHADORES ADMININSTRATIVOS DA UFAC

13. ASSPEME – ASSOCIAÇAO DOS AGENTES PENITENCIARIOS DO ACRE

14. CUT – CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES

15. SINDICATO DOS VIGILANTES DO ESTADO DO ACRE.

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Acre

Sebrae e Funtac promovem 3º Encontro da Rede de Sementes do Acre

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Evento acontece nos dias 8 e 9 de dezembro, no Sesc Cruzeiro do Sul

Nos dias 8 e 9 de dezembro, o Sebrae e a Funtac realizam o 3º Encontro da Rede de Sementes do Acre, em Cruzeiro do Sul. O evento objetiva a promoção do conhecimento, inovações, tecnologias e mercado, voltados para a bioeconomia de sementes florestais no Acre.

O evento acontecerá no Hotel Sesc de Cruzeiro do Sul e a programação inclui palestras e minicursos, com temas como: Restauração florestal no Acre; Coleta e comercialização de sementes nativas; e Armazenamento de sementes florestais da Amazônia.

“Este encontro é um espaço estratégico para fortalecer a bioeconomia no Acre, promover a troca de conhecimentos e ampliar as oportunidades de mercado para o público que atua neste segmento”, destacou o gestor de bioeconomia do Sebrae, Francinei Santos, ministrará a palestra “Estratégias de mercado na Rede de Sementes”, no dia 8.

Criada em 2023, a Rede de Sementes do Acre atua na estruturação da cadeia produtiva de sementes florestais nativas, com foco na restauração de ecossistemas, na conservação de espécies ameaçadas e no fortalecimento da comercialização sustentável, em parceria com instituições públicas, privadas e a sociedade civil.

A edição do Encontro em Rio Branco acontecerá nos dias 11 e 12 de dezembro. O evento conta com apoio do Ministério do Meio Ambiente, por meio do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, Banco Mundial, GEF, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), Conservação Internacional Brasil, FGV Europe e Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

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Justiça determina que governo do Acre nomeie 20 policiais penais em Sena Madureira

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De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP)

Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784). Foto: captada 

Saimo Martins 

A Vara Cível da Comarca de Sena Madureira determinou que o Governo do Acre convoque e nomeie, em até 30 dias, pelo menos 20 aprovados no concurso da Polícia Penal (Edital 001/2023 – SEAD/IAPEN) para atuarem na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). A decisão, assinada pelo juiz Caique Cirano de Paula, atende a pedido de tutela de urgência ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em Ação Civil Pública.

A medida foi tomada após uma série de inspeções do Ministério Público, através do promotor Júlio César Medeiros, da Defensoria Pública e do próprio Judiciário apontarem um cenário crítico na unidade prisional, marcado por déficit de servidores, violações de direitos básicos e risco iminente à segurança.

Déficit de servidores e violações de direitos básicos

De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP). Entre as violações identificadas estão a irregularidade no banho de sol — que chega a ocorrer apenas uma vez por mês — precariedade no fornecimento de água, problemas na qualidade da alimentação, ausência de equipe de saúde adequada e inexistência de Grupo de Intervenção, único caso no Estado.

Relatórios da Defensoria Pública e do Juízo da Execução Penal reforçaram a grave situação, caracterizada pelo Ministério Público como expressão local do Estado de Coisas Inconstitucional reconhecido pelo STF no sistema prisional brasileiro.

Concurso com vagas abertas e aprovados sem nomeação

O concurso da Polícia Penal previa 261 vagas, e 308 candidatos concluíram o curso de formação. No entanto, apenas 170 foram convocados até agora. Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784).

O diretor da unidade informou que seriam necessários, no mínimo, 30 novos servidores, sendo 16 para formação do Grupo de Intervenção e 12 para reforçar a equipe educacional.

Decisão determina ações imediatas

Na decisão, o juiz afirma que não há violação ao princípio da separação dos poderes, uma vez que o Judiciário apenas determina o cumprimento de obrigações legais já previstas. O magistrado destacou a urgência diante do risco à integridade física de internos e servidores, além das violações massivas de direitos fundamentais.

Segundo ele, o Ofício nº 7.499/SMCRI00, expedido pelo Juízo da Execução Penal e que estabeleceu prazos curtos para regularização do banho de sol, atendimento em saúde e fornecimento de água potável, evidencia a gravidade da situação. O juiz ressaltou que a normalização dessas atividades depende diretamente de efetivo de segurança suficiente para garantir a movimentação dos presos e a ordem interna. Ele apontou que a privação crônica de banho de sol, a ausência de assistência à saúde e as falhas no fornecimento de água elevam o risco de instabilidade interna a níveis perigosos. A falta de um Grupo de Intervenção, conforme observou o Ministério Público, transforma a UPEM em uma “bomba-relógio”, ameaçando a segurança de servidores, internos e da população. O magistrado concluiu que, diante do histórico de violência, rebeliões e evasões no sistema prisional acreano, o Poder Judiciário, provocado pelo Ministério Público e apoiado em recente atuação da Defensoria Pública, não pode se omitir frente à evidente falha do Poder Executivo na implementação das políticas penitenciárias necessárias.

O Estado deverá adotar uma série de medidas no prazo de 30 dias, conforme determinação judicial. Entre elas está a nomeação de pelo menos 20 policiais penais aprovados e formados no concurso, para atuação imediata na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). Também deverá ser criado e capacitado um Grupo de Intervenção, composto por no mínimo 16 policiais penais.

A decisão determina ainda que as vagas de estudo oferecidas aos internos sejam ampliadas de 40 para 80, além da obrigatoriedade de garantir banho de sol diário com duração mínima de duas horas, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP). Outro ponto imposto é a regularização do fornecimento de água potável, que deverá ocorrer pelo menos três vezes ao dia, com horários fixos divulgados em todos os blocos da unidade.

O magistrado ainda determinou que o Estado realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, assegurando uma reserva técnica para situações emergenciais. Em caso de descumprimento das medidas, foi fixada multa diária de R$ 10 mil, limitada a 30 dias.

“Realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, a fim de garantir o fornecimento de água potável, no mínimo, três vezes ao dia aos internos, em horários fixos, com fixação do cronograma de liberação de água sendo afixado em todos os blocos, com manutenção de reserva técnica de água para situações emergenciais. Fixo, a título de astreintes, multa diária no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), limitada a 30 (trinta) dias”, diz a decisão.

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Acre tem 152 obras federais paradas, com R$ 1,2 bilhão paralisados durante governo Lula, aponta TCU

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Dados atualizados até abril de 2025 mostram que saúde e educação concentram maior número de obras interrompidas; causas das paralisações não são detalhadas no painel do tribunal

O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual. Foto: captada 

O Acre convive com 152 obras federais paralisadas, que somam cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos represados, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizados até abril de 2025. As áreas de saúde e educação são as mais afetadas, com 50 e 32 obras interrompidas, respectivamente.

O levantamento, foi consultado na última quarta-feira (3), não detalha os motivos das paralisações, mas revela um cenário crítico para a infraestrutura e os serviços públicos no estado. No Ministério da Saúde, as obras paradas incluem unidades básicas, estruturas intermediárias e equipamentos que, se concluídos, ajudariam a desafogar o sistema hospitalar e ampliar o acesso à população.

Já o Ministério da Educação tem paralisadas 32 obras, como escolas, creches e outros equipamentos essenciais para regiões com carência de vagas e infraestrutura limitada.

Outros órgãos também aparecem com números expressivos: o Ministério das Cidades tem 31 obras suspensas (habitação e urbanização), e o DNIT contabiliza 12 paralisias que afetam a malha viária e a logística estadual. Completam a lista o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (11 obras), Ministério do Esporte (9), Funasa (3), Ministério da Agricultura e Pecuária (2), além do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 obra cada.

A falta de detalhamento sobre as causas — que podem incluir entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos — dificulta a análise e a busca por soluções para retomar investimentos essenciais ao desenvolvimento do estado.

A leitura das informações revela que os setores de saúde e educação, pilares essenciais do atendimento direto à população, concentram o maior número de obras interrompidas no estado. Foto: captada 

O Ministério da Educação, com 32 obras que incluem escolas, creches e outros equipamentos educacionais. A interrupção desses projetos impacta diretamente a expansão da oferta de ensino e o atendimento a crianças e jovens em regiões onde a carência por infraestrutura permanece elevada.

O levantamento do TCU também aponta paralisações em outras pastas relevantes. O Ministério das Cidades acumula 31 obras interrompidas, incluindo projetos de urbanização e habitação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aparece com 12 obras, afetando frentes ligadas à malha viária e logística do estado.

Distribuição por pasta ministerial
  • Saúde: 50 obras paralisadas (unidades básicas, estruturas intermediárias)
  • Educação: 32 obras (escolas, creches, equipamentos de suporte)
  • Cidades: 31 obras (habitação e urbanização)
  • DNIT: 12 obras (malha viária e logística)
  • Integração Regional: 11 obras
  • Esporte: 9 obras
Impactos diretos
  • Saúde: Sistema hospitalar não é desafogado
  • Educação: Déficit de vagas e infraestrutura permanece
  • Logística: Transporte de insumos e atendimento a municípios isolados comprometido
Falta de transparência
  • Causas: Painel não detalha motivos das paralisações
  • Entraves: Dificuldade em identificar problemas administrativos, jurídicos ou financeiros

Apesar do impacto econômico e social gerado pela interrupção dos investimentos, o painel do TCU não detalha os motivos que levaram cada projeto à condição de paralisação, deixando abertas questões sobre problemas contratuais, falhas de execução, falta de repasses ou entraves administrativos.

As paralisações refletem um problema crônico na execução de obras públicas no Acre, estado historicamente dependente de investimentos federais. A falta de explicações oficiais sobre as causas das interrupções dificulta a busca por soluções e prolonga o sofrimento da população que aguarda por serviços essenciais.

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