Cotidiano
Secas prolongadas retardam em 20 anos a recuperação de estoques de madeira em florestas amazônicas
Os pesquisadores utilizaram dados meteorológicos históricos para comprovar que eventos climáticos extremos foram os principais responsáveis pelo atraso na recomposição florestal

Os resultados foram publicados na revista Forest Ecology and Management. Foto: assessoria
Assessoria Embrapa/Amazonas
Um estudo da Embrapa revela que a recuperação do volume de madeira extraído em um ciclo de corte florestal pode levar até 45 anos, devido a secas prolongadas e à alta mortalidade de árvores. O estudo, conduzido em áreas manejadas no interior do Amazonas ao longo de duas décadas, mostrou que o tempo previsto inicialmente para a recomposição da floresta era de 25 anos. No entanto, sucessivas secas atrasaram o processo, resultando em um prolongamento de 20 anos no ciclo de recuperação. Os resultados foram publicados na revista Forest Ecology and Management.
Para monitorar os impactos da exploração madeireira e acompanhar a regeneração da floresta, os pesquisadores observaram uma área de 600 hectares na Fazenda Iracema, localizada em Lábrea (AM), entre 2000 e 2022. A área foi dividida em parcelas permanentes e monitorada antes e após o corte, em sete diferentes momentos ao longo do estudo. A pesquisa avaliou indicadores como a biomassa florestal, o ingresso de novas árvores, o crescimento das árvores remanescentes e a taxa de mortalidade das plantas.
Segundo o coordenador do estudo, Marcus Vinício Neves d’Oliveira, da Embrapa Acre, as primeiras avaliações mostraram uma alta taxa de mortalidade de árvores (cerca de 5% ao ano) logo após o corte, apesar do rápido crescimento das árvores remanescentes. Ele explica que, mesmo em áreas de manejo de baixa intensidade, como a estudada, essa mortalidade inicial é esperada, pois o corte abre espaços que favorecem o desenvolvimento de novas árvores, essenciais para a regeneração florestal.
A expectativa dos pesquisadores era de que a floresta se recuperasse plenamente em até 25 anos. No entanto, o crescimento do estoque de madeira comercial foi lento. Apesar de a floresta ter se regenerado em termos de biomassa após 20 anos, o estoque de madeira comercial ainda não foi reposto completamente, principalmente devido à mortalidade de árvores maiores.
“As florestas estão mais jovens, com predominância de árvores menores, o que atrasou o ciclo de manejo, já que a legislação exige que a exploração madeireira ocorra apenas em árvores com diâmetro acima de 50 centímetros”, afirma d’Oliveira. Ele estima que a floresta precisará de mais 20 anos para recuperar o estoque original de madeira comercial.
O estudo, que contou com o apoio do Fundo JBS pela Amazônia e do CIRAD, revelou que, apenas oito anos após o corte, a floresta começou a mostrar sinais de recuperação, com a redução na mortalidade de árvores e o aumento no crescimento de plantas remanescentes. No entanto, secas severas associadas ao fenômeno El Niño, em anos como 2005, 2010/2011, 2015/2016 e 2018, aumentaram novamente a mortalidade das árvores, desacelerando a recuperação.
Os pesquisadores utilizaram dados meteorológicos históricos para comprovar que eventos climáticos extremos foram os principais responsáveis pelo atraso na recomposição florestal. Esses eventos já haviam sido observados em florestas do Acre e outras regiões tropicais, reforçando o impacto das mudanças climáticas na mortalidade de árvores.
No Brasil, o ciclo de corte em planos de manejo varia entre 20 e 35 anos, dependendo do volume de madeira extraído e do padrão de crescimento da floresta. Na área de estudo, a intensidade de corte foi de 10 m³ por hectare, o que segue o padrão adotado no sudoeste amazônico, onde as florestas têm menor volume de madeira em comparação com outras regiões da Amazônia.
Apesar de a floresta ter se recuperado em termos de biomassa e número de árvores por hectare, o estudo destaca que a estrutura florestal está mudando, com uma redução significativa de árvores de grande porte. “Observamos uma floresta mais jovem, com menos árvores grandes, o que altera a dinâmica de exploração e recuperação futura”, conclui d’Oliveira.
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Paratleta de Cruzeiro do Sul ganha bicicleta adaptada do Senador Alan Rick

Foto Gustavo Bardales: Edson, Senador Alan, Emir e o empresário Vinícius Araújo na entrega da handbike
O paratleta de Cruzeiro do Sul, Edson Cavalcante, recebeu do Senador Alan Rick (União Brasil) nesta quarta, 9, uma handbike (bicicleta adaptada) para o seu deslocamento durante os treinamentos.
“Estou muito feliz. Essa bicicleta vai mudar e melhorar a minha vida em todos os sentidos. O deslocamento de quase duas horas para chegar nos locais de treinamentos vai diminuir bastante e poderei ter um desempenho ainda melhor. Sou grato ao senador Alan Rick”, declarou Edson Cavalcante.
3 medalhas e vaga no Jub´s
Edson Cavalcante conquistou três medalhas de ouro no Meeting Loterias Caixa, disputado no último sábado, 5, na piscina da AABB, nas provas dos 50 e 100 livres e nos 50 costas. Os resultados garantiram ao paratleta de Cruzeiro do Sul uma vaga nos Jogos Universitários Brasileiros (Jub´s), programados para outubro, em São Paulo.
O pedido
O cadeirante Emir Mendonça fez o pedido ao Senador Alan Rick no último fim de semana e contou um pouco da história de Edson Cavalcante.
“É impossível não se emocionar com a história do Edson. Um exemplo de superação, de como Deus transforma vidas. Como ser humano, me sinto honrado em poder ajudar”, declarou o Senador.
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Dono do Cruzeiro marca reunião com jogadores após derrota para Mushuc Runa
Time do técnico Leonardo Jardim vem de três derrotas seguidas na temporada

Pedro Lourenço terá conversa com os atletas • Foto: Lucas Bubols
O Cruzeiro tem uma reunião agendada para a tarde desta quinta-feira (10) entre Pedro Lourenço, sócio majoritário do clube, e quatro jogadores que irão representar o elenco.
A conversa será em tom de cobrança, principalmente após a derrota por 2 a 1 para o Mushuc Runa, no Mineirão, pela segunda rodada do Grupo E da Copa Sul-Americana.
Ainda segundo apurou a Itatiaia, o goleiro Cássio, o volante argentino Lucas Romero e o atacante Dudu serão alguns dos representantes na reunião com Pedro Lourenço. O encontro será reservado ao dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) com os atletas.
Além disso, de acordo com apuração da reportagem, a princípio, nenhuma mudança imediata no departamento de futebol deve ocorrer em meio ao momento de turbulência. O Cruzeiro vem de três derrotas seguidas na temporada.
Na terça-feira (1º) da última semana, na estreia na Sul-Americana, o Cruzeiro foi batido por 1 a 0 pelo Unión de Santa Fe, da Argentina. Já no domingo (6), a Raposa perdeu por 3 a 0 para o Internacional, no Beira-Rio, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
Ainda nesta temporada, em fevereiro, o Cruzeiro caiu na semifinal do Campeonato Mineiro, com eliminação para o América-MG. O técnico português Leonardo Jardim chegou ao clube em meio à disputa do Estadual, como substituto de Fernando Diniz, um jogo antes do início da semi contra a equipe americana.
Fonte: CNN
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Maracanazo: Central Córdoba alfineta o Flamengo por vitória na Libertadores
“Seguimos fazendo a história”, diz clube após vencer o Fla por 2 a 1

Central Córdoba provoca Flamengo por vitória na Libertadores • Reprodução / X
O Central Córdoba é o estreante da Libertadores 2025 que conseguiu um feito e tanto: um Maracanazo.
O termo surgiu em 1950 por conta da derrota da Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo para o Uruguai em pleno estádio do Maracanã. E perder no templo do futebol é, ainda, um trauma não superado por brasileiros.
Desta vez, o Maracanazo veio na vitória do Central Córdoba sobre o Flamengo, por 2 a 1, na Copa Libertadores.
“Maracanazo Santiagueño”, diz a publicação do clube com a foto do elenco vencedor no Maracanã. Este também foi o primeiro jogo como visitante dos argentinos.
O time estragou a sequência de 27 vitórias Rubro-Negras sob comando de Filipe Luís. O próximo desafio do Flamengo no torneio continental será no dia 22 de abril, quando a equipe visita a LDU, em Quito. O Central Córdoba, por sua vez, recebe o Deportivo Táchira, em Santiago Del Estero.
O jogo entre Flamengo e Central Córdoba
Os rubro-negros começaram o jogo muito bem, com boas chances já nos primeiros dez minutos. Juninho teve finalização bloqueada já dentro da área, enquanto Arrascaeta parou em Aguerre.
Em meados da etapa inicial, contudo, aconteceu o lance capital: o pênalti cometido por Léo Pereira. Na cobrança, Heredia deslocou Rossi e marcou. Depois disso, o Flamengo se desestabilizou totalmente e viu o Central Córdoba dominar as ações.
No modo “arame liso”, o clube carioca ainda sofreu o segundo, de cabeça. Florentín subiu sozinho e venceu Rossi, para dar excelente vantagem ao Central Córdoba. Vaias para os rubro-negros na ida para o intervalo.
Na volta dos vestiários, Filipe Luís promoveu as entradas de Gerson, Wesley e Pulgar. O Flamengo melhorou com as alterações e rapidamente chegou ao seu gol, em grande cobrança de falta de Nico De La Cruz.
O jogo também promoveu a volta de Pedro aos gramados. O atacante estava sete meses parado depois de sofrer grave lesão no joelho em treino da Seleção Brasileira. Ele atuou por cerca de 30 minutos.
Apesar disso, nem a volta do artilheiro foi suficiente para que o Flamengo pudesse sonhar com a reviravolta. A estreia no Maracanã nesta edição da Libertadores foi com derrota.
Fonte: CNN
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