fbpx
Conecte-se conosco

Geral

Sargentos da PM acreana que assumiram trisal com administradora dizem receber apoio

Relacionamento dos sargentos da Polícia Militar Alda e Erisson Nery com a administradora Darlene Oliveira começou há quase um ano. Neste sábado, eles passaram o primeiro dia dos namorados juntos.

Publicado

em

Relacionamento dos sargentos da Polícia Militar Alda Nery, Erisson Nery e a administradora Darlene Oliveira, começou há quase um ano — Foto: Arquivo pessoal

Por Alcinete Gadelha

Mesmo em meio ao preconceito, o trisal de Brasileia, interior do Acre, garante que recebe mensagens de apoio e até relatos de pessoas que levam o mesmo estilo de vida, também conhecido como “poliamor” ;

Alda e Erisson Nery são sargentos da Polícia Militar e já eram casados quando conheceram a administradora Darlene Oliveira. Neste sábado (12), eles passaram o primeiro dia dos namorados juntos.

“A princípio, temos mais apoio. Claro que existe o preconceito, o ódio. Mas a gente abstrai”, disse Erisson.

Juntos, os três assumiram a relação há quase um ano. Mais recentemente, há cerca de seis meses, eles criaram um perfil em uma rede social para divulgar como é a vida que escolheram.

“Inclusive, a gente não apaga da página os comentários contrários, pejorativos, maldições e condenações ao inferno. Alguns respondemos, outros não. Aumentou muito a questão dos seguidores e audiência da página. Estamos com mais de 15 milhões de impressões, apesar de ter só 33 mil seguidores”, completou ele.

A história do trisal começou em 2000, com o casamento dos militares Alda e Erisson. Eles são pais de dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos. Darlene se juntou a eles mais recentemente, em 2020. Segundo o trisal, a administradora é um elo importante da relação, que é mantida na base do respeito, do amor e da lealdade.

O trisal decidiu morar juntos há cerca de seis meses. A iniciativa, contam, serviu de inspiração para que mais pessoas compartilhassem depoimentos parecidos.

“Muita gente, inclusive, veio se abrir com a gente falando que vive a mesma situação, só que tem medo desse preconceito que a gente está passando, tem medo do abandono da família, do repúdio. A gente ouve diariamente muitos depoimentos, principalmente de mulheres, que são a maioria dos nossos seguidores”, conta Alda.

Segundo eles, ser inspiração para outros trisais é o que os fortalecem contra o preconceito que enfrentam.

Antes de criarem o perfil no Instagram, o trisal já tinham uma página no YouTube. “A gente já tinha aprendido a lidar com isso, quando criamos um canal no YouTube e tem muita gente que não gosta da polícia. Os [comentários] positivos são sempre bem-vindos, os contrários a gente abstrai. Alguns são muito pesados e a gente responde de uma forma aceitável para rede social. Aqui [no Instagram] se torna mais fácil para nós, porque quando um fica pilhado, os outros dois vão lá e apoiam”, afirma o sargento Erisson.

Relacionamento dos sargentos da Polícia Militar Alda Nery, Erisson Nery e a administradora Darlene Oliveira, começou há quase um ano — Foto: Arquivo pessoal

Reação no comando

Erisson conta que ele e Alda seguem “o profissionalismo acima de tudo” na corporação. Segundo eles, até o momento não houve qualquer tipo de manifestação.

“A princípio, o Comando não se manifestou. Inclusive, a gente separou da outra página onde a gente fala sobre a nossa profissão para desvincular a imagem de militar do relacionamento. Durante o serviço, somos profissionais e quando trabalhamos juntos, lá ela é minha comandante e a trato como minha comandante, presto as devidas continências e obedeço todas as ordens. Enfim, há o profissionalismo acima de tudo. Lá no quartel não somos casados, é a sargento Alda e o sargento Nery. Assim que sempre foi e assim que sempre vai ser”, explica ele.

O Comando da PM no Acre informou que a instituição não vai se pronunciar externamente sobre o assunto.

Alda, Erisson e Darlene comemoram o primeiro dia dos namorados juntos — Foto: Daniel Cruz/arquivo pessoal

Como a história começou

Antes de se unirem como trisal, foi Alda quem tomou a iniciativa e começou a conversar com Darlene em uma rede social. A administradora estava em um relacionamento e, até então, a conversa era de amizade. Mas, com o fim do relacionamento, os três começaram e desde então, não se separaram mais.

Alda relembra que, antes disso, passou por um processo de descoberta durante o casamento com Erisson. “Eu já sabia que gostava de mulher também, só que essa descoberta só veio depois que casei. O Erisson Nery era bem mais experiente e percebeu algumas coisas em mim. Foi ele quem viu que eu gostava de mulher.”

Depois disso, Alda conta que se relacionou com outras duas mulheres, só que as relações não foram duradouras. “Eu tinha decidido que não ficaria mais, porque teve uma moça com quem fiquei e ela ficou muito ciumenta e queria que eu terminasse meu casamento. Então, decidi não ficar mais porque elas não iriam aceitar que sou casada e [iriam] querer acabar com meu relacionamento e eu não quero.”

Foi por causa dessas situações que Alda desistiu de manter outro relacionamento. Foram pelo menos três anos até conhecer Darlene. “Quando vi a foto dela, falei para o Nery que, na cidade, a única pessoa com que ficaria, seria ela.”

Meses depois de iniciar o relacionamento a três, eles decidiram morar juntos na mesma casa. O convite foi feito por Alda, quando ela e Nery iam fazer uma mudança. “Perguntei porque ela [Darlene] não entregava o apartamento [dela, para se juntar a eles] e foi assim. Estamos morando juntos há seis meses.”

Reação da família

Alda conta que o relacionamento é algo leve entre eles e com os filhos. Muitos alimentam “preocupações” sobre os filhos, mas ela afirma que eles foram criados para respeitar as pessoas.

“As pessoas estão criando filhos preconceituosos, intolerantes que não respeitam a decisão e a sexualidade dos outros, o amor dos outros. Criei meus filhos para respeitar as pessoas e amá-las, respeitar suas escolhas e levar em consideração o caráter das pessoas.”

Durante a conversa com Darlene preferiu não falar.

Sobre a melhor parte da relação, Erisson disse que isso se resume em estar perto de quem se ama.

“A melhor parte é viver e conviver com quem você ama. Embora seja dureza aí fora no mundo [lidar com] o preconceito das pessoas, para nós estarmos juntos supera tudo isso. E a gente gosta de poder expor isso. O intuito da página não era essa exposição toda, mas mostrar que outras formas de amor são possíveis. É possível a gente amar, respeitar, ter fidelidade e lealdade em uma relação como esta” , diz.

Alda afirma que eles são parceiros e isso se deve a ligação que mantêm por serem parecidos em vários aspectos. “A gente se dá bem em todas as formas possíveis. No nosso dia a dia, sexualmente, intelectualmente, no nosso pensamento, em todas as formas.”

Sonho

Juntos, os três vivem um poliamor e para eles o maior sonho é poder viver o “juntos para sempre”. Eles afirmam que não têm vontade de oficializar a relação e que querem somente continuar juntos.

“No nosso entendimento, nossa relação é totalmente oficializada. Temos consideração, lealdade e fidelidade. Nosso sonho não é casar, nosso é viver juntos a maior quantidade de tempo possível, os três juntos, mesmo com toda a hipocrisia ao nosso redor”, pontua Alda.

“Nosso propósito, de quando casamos, Alda e eu, é o mesmo agora. Permanecemos e queremos viver os três juntos, é o ‘para sempre’. Hoje em dia as pessoas estão desacreditadas nas relações e já começam pensando em terminar e dizem: ‘qualquer coisa eu termino, qualquer coisa separo’. E não é esse nosso objetivo. Começamos a relação pensando no ‘para sempre’ e cada um pensando na felicidade dos outros. Muita gente pensa em perda e divisão e aqui ninguém perde nada, estamos somando as três vidas, todo mundo sai ganhando”, conclui Nery.

Comentários

Continue lendo

Geral

Mais de três anos depois: Paulinho Calafate é preso no Estado do Espirito Santo

Publicado

em

A vida de foragido de Paulo Roberto Amorim da Silva de 51 anos, chegou ao fim.

Paulinho Calafate, como é mais conhecido, foi preso na manhã desta sexta-feira, 17, na cidade Vila Velha, no Espirito Santo.

O criminoso era procurado desde de sete de dezembro de 2020.

Foi nesta data, por volta das 13 horas, que o sistema de monitoramento do IAPEN, detectou o rompimento da tornozeleira eletrônica, em um ponto da Via Chico Mendes.

Paulinho Calafate estava no regime semiaberto há 19 dias, quando violou o equipamento.

Na época, ficou constatado que a progressão de regime, ocorreu por um erro judicial.

O preso passou a ser monitorado em 18 de novembro de 2020. Mas pelos cálculos ele, só teria direito ao benefício, em 31 de outubro de 2023.

Paulinho Calafate, um dos alvos da operação Tróia, deflagrada pela Polícia Federal, foi condenado a quase 12 anos de prisão.

Mas a sentença não foi levada em consideração na hora de calcular a progressão de regime.

A pontado, como a principal liderança de uma organização criminosa no estado.

Paulo Roberto Amorim da Silva foi condenado em vários processos, a uma pena total de 37 anos 9 meses e 12 dias.

Mas deste total, só cumpriu 18 anos, 7 meses e 14 dias, ou seja, 49% da pena. A expectativa agora é que o preso seja transferido para Rio Branco.

Comentários

Continue lendo

Geral

Lei é sancionada e seguro obrigatório voltará a ser pago em 2025 por donos de veículos

Publicado

em

O banco público também será responsável pela gestão do fundo em que serão depositados os valores das taxas pagas por proprietários de veículos automotores.

Serão garantidos os custos de atendimentos médicos, fisioterapia, medicamentos, equipamentos ortopédicos, que não sejam disponibilizados pelo Sistema Únicos de Saúde (SUS). Foto: arquivo

O pagamento de indenização por invalidez ou morte a pedestres e motoristas voltará a ser feito no país com a criação do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). A taxa que viabilizará o serviço começará a ser cobrada em 2025 dos proprietários de veículos automotores.

________________

Diferente do antigo Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT), extinto em 2020, a nova versão do seguro obrigatório traz entre as novidades o pagamento das despesas médicas às vítimas de acidentes em vias públicas. Serão garantidos os custos de atendimentos médicos, fisioterapia, medicamentos, equipamentos ortopédicos, que não sejam disponibilizados pelo Sistema Únicos de Saúde (SUS).

________________

Assim como no antigo serviço, haverá indenização em caso de morte ou invalidez e também serão cobertas as despesas dos serviços funerários, ou de reabilitação em caso de invalidez parcial. Companheiros e herdeiros das vítimas receberão os valores em acidentes com vítimas fatais.

As indenizações serão pagas pela Caixa Econômica Federal em um prazo de até 30 dias após o acidente, conforme tabela estabelecida pelo Conselho Nacional de Seguros Privados. O banco público também será responsável pela gestão do fundo em que serão depositados os valores das taxas pagas por proprietários de veículos automotores.

As regras foram estabelecidas pela Lei Complementar 207/2024 publicada nesta sexta-feira (17) no Diário Oficial da União após a sanção parcial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Foram vetados dois artigos aprovados pelo Congresso Nacional que tratavam da aplicação de multa por atraso no pagamento da taxa. Na justificativa do veto, o ônus foi considerado excessivo para um serviço considerado de caráter social.

Comentários

Continue lendo

Geral

Casal se conhece pelo Tinder, sai para boate e noite termina em agressões

Publicado

em

Aos policiais, o acusado disse que a jovem teria sido expulsa da boate após iniciar uma confusão.

O caso envolveu uma jovem, de 24 anos, e um homem, de 38 anos, que se conheceram em um aplicativo de namoro, o Tinder.

A jovem disse que após conhecer o acusado, os dois foram para uma conveniência na avenida Pinheiro Machado, Porto Velho (RO). Após alguns horas, eles decidiram sair do local e foram para uma boate.

A vítima a disse que o homem começou ter uma crise de ciúmes, afirmando que ela estava se insinuando para seu amigo. Os dois saíram da boate e dentro do carro iniciaram uma discussão, que terminou com a jovem agredida com socos.

A vítima disse que o homem não aceitou deixá-la em casa e retornou para a boate. Foi nesse momento que a Polícia foi acionada.

Aos policiais, o acusado disse que a jovem teria sido expulsa da boate após iniciar uma confusão. Fora da boate, ela teria quebrado o carro do homem.

Os policiais encaminharam o acusado para o Departamento de Flagrantes.

Comentários

Continue lendo