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Runco é demitido do Flamengo após polêmica com De La Cruz; veja bastidores
Chefe do departamento médico não resistiu à insatisfação interna

José Luiz Runco não é mais o chefe do departamento médico do Flamengo. A diretoria decidiu demiti-lo após polêmica com De La Cruz e insatisfação interna entre os atletas, que escancararam a crise.
O profissional não resistiu depois dos problemas internos no clube carioca. Os outros profissionais permanecem na pasta.
Entenda o caso
Nos últimos dias, Runco expôs a situação física de Nico De La Cruz em um grupo de figuras políticas do Flamengo. Na mensagem, o médico explicou que o uruguaio “não tem condições de jogar em alto nível” e criticou a antiga gestão por aprovar a contratação.
A mensagem foi divulgada primeiro pelo ge, e a reportagem da CNN também teve acesso.
Prezado João. Boa tarde. Vou tentar passar a situação do De La Cruz. Jogador comprado em outra gestão, sem a menor condição, pois apresenta uma lesão crônica e irreparável no joelho direito, e uma lesão também no joelho esquerdo. Como somos bípedes, temos dificuldades de equilíbrio e equilíbrio muscular se algum membro já estiver afetado. Estamos tentando fazer o possível para que ele possa participar, mas é muito complicado. E, quanto a venda, só se houver algum clube que tenha interesse por outro motivo e não para jogar futebol competitivo. Atenciosamente.
A mensagem repercutiu mal nos bastidores do Flamengo. Jogadores e departamento médico já viviam guerra fria, mas a declaração de Runco passou a ser um estopim para que as críticas saíssem do ambiente interno.
Arrascaeta defendeu o companheiro publicamente nas redes sociais. O estafe de Nico, por sua vez, estuda tomar medidas jurídicas contra o agora ex-chefe do departamento médico, além de buscar propostas para o jogador, como apurou a CNN.
Runco era uma aposta do presidente Luiz Eduardo Baptista, o BAP, desde sua campanha eleitoral. Quando assumiu, em janeiro, demitiu quase 40 pessoas, incluindo Márcio Tannure, de quem é desafeto declarado.
O médico, que teve passagem pelo Flamengo nos anos 2000, colecionou polêmicas nos sete meses que ficou como chefe do departamento médico. Logo nos primeiros 30 dias, suas escolhas já foram questionadas.
Primeiro, tentou cortar os nutricionistas das viagens, algo que fazia parte da rotina dos atletas. Depois, retirou o futmesa do Ninho do Urubu, fator que servia como lazer para os atletas. Ambas as medidas foram revertidas pelo departamento de futebol.
A desconfiança dos atletas com Runco era nítida, tanto que boa parte do elenco optou por realizar trabalhos fora do Flamengo para manter a boa forma e prevenir lesões. Tais medidas, contudo, geraram atritos.
Erick Pulgar e Gonzalo Plata viveram dias complicados nos bastidores depois de buscarem procedimento junto às respectivas seleções, Chile e Equador. Todos os episódios aumentaram a tensão entre as partes.
O médico foi repatriado para focar no futebol, mas, também, se tornou chefe dos esportes olímpicos. Dessa forma, ele ia ao CT do Flamengo apenas duas vezes por semana, sendo consultado para tomar decisões em modelo “remoto”.
O Flamengo se posicionou oficialmente nesta quarta-feira (23), em nota oficial.
Veja a nota do Flamengo
“A Diretoria de Futebol do Clube de Regatas do Flamengo esclarece que a mensagem vazada recentemente não foi escrita por nenhum dos cinco médicos que integram o departamento do futebol profissional: Fernando Sassaki (ortopedista e chefe do setor), Luiz Macedo (cardiologista), Dieno Portella (ortopedista), Vitor Pereira (ortopedista) e Bruno Hassel (radiologista). Como é de conhecimento público, são esses profissionais os responsáveis pelo atendimento diário aos atletas em treinamentos, jogos e viagens, além de levarem de forma constante e transparente todas as informações de interesse da imprensa e da torcida.
A Diretoria de Futebol reitera que não comentará especulações e manterá seu foco única e exclusivamente em preservar o alto nível de performance e concentração que levaram o Clube, neste primeiro semestre, ao melhor desempenho entre todos no cenário nacional.
O Flamengo seguirá trabalhando com seriedade, buscando seus objetivos esportivos, cuidando tecnicamente da saúde de seus atletas, investindo em uma equipe de alto nível e reforçando seu elenco com jogadores do padrão de Seleção.”
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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