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RS: programa conecta empresas e vítimas das cheias que buscam emprego
Parceria do programa PUCRS Carreiras, que funciona na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul, com a Fundação Irmão José Otão criou a iniciativa EmpregarTCHÊ, que busca conectar pessoas afetadas pelas recentes enchentes no estado e empresas que possam oferecer vagas de estágio ou trabalho efetivo. Além da empregabilidade, a ideia é contribuir para a recuperação da dignidade e da esperança em dias melhores.
Em apenas 24h, mais de 100 candidatos fizeram cadastro na EmpregarTCHÊ. Na opinião da coordenadora do PUCRS Carreiras, Katia Almeida, a ação pode renovar nas pessoas atingidas pelas cheias a esperança de voltar a ter trabalho, renda e valorização na sociedade.
O PUCRS Carreiras funciona como um escritório de talentos e carreiras não só para estudantes da universidade. “É um portal aberto para qualquer pessoa que esteja buscando oportunidade no mercado de trabalho, seja estágio, uma oportunidade efetiva ou vaga de trainee. Temos o nome PUCRS Carreiras porque o programa está localizado dentro da PUC e somos nós que prestamos esse serviço para os alunos, mas a vinculação é com a Fundação José Otão. Por isso, trabalhamos dessa forma mais ampla. Gerenciamos todos os estágios dos alunos da PUC e, assim, acabamos atuando também como agentes de integração”, disse Katia Almeida neste domingo (2) à Agência Brasil.
O portal conta atualmente com mais de 200 mil currículos cadastrados. Como o programa presta serviços também para empresas, alunos de diversas instituições de ensino e pessoas da comunidade acabam se cadastrando para concorrer às vagas de estágio e de trabalho efetivo. Qualquer pessoa que se interessar pode concorrer às vagas.
Integração
Katia lembrou que as instalações da PUC serviram de abrigo para mais de 250 pessoas que contaram suas histórias e disseram que agoria o que traria alguma esperança seria conseguir um emprego. “Muitas delas perderam não só a casa, mas também o emprego, porque tudo foi alagado. Por isso, criamos, dentro do portal, o programa EmpregarTCHÊ, em que as pessoas cadastram seu interesse e, ao mesmo tempo, as empresas podem entrar e participar.” A coordenadora do PUCRS Carreiras ressaltou que não havia mais tantas iniciativas voltadas para a questão da empregabilidade e, por essa razão, o EmpregarTCHÊ foi criado o mais rápido possível para auxiliar as pessoas. “Sabemos que muita gente, para casa, nem vai conseguir retornar.”
De acordo com Katia, empresas de Santa Catarina, inclusive, já estão abrindo vagas para pessoas que queiram se mudar do Rio Grande do Sul e ir viver naquele estado.
O número de pessoas desalojadas interessadas já subiu para 150, e a tendência é aumentar a procura, estimou Katia. Em visitas a abrigos da PUC e do Serviço Social do Comércio (SESC), os recrutadores perceberam que muitas pessoas tinham nível de escolaridade baixo, pouca experiência no mercado de trabalho e com a internet. Os recrutadores levam notebooks para auxiliar no preenchimento do cadastro usando, muitas vezes, apenas o número do CPF dos candidatos.
Na semana passada, em uma dessas ocasiões, a empresa Hard Rock Cafe ofereceu mais de 30 vagas, promovendo um processo seletivo dentro do próprio abrigo.
Cadastramento
O cadastramento dos candidatos é gratuito e deve ser feito no portal do PUCRS Carreiras, preenchendo dados pessoais e informações profissionais para que as empresas saibam em qual vaga se encaixa com o perfil da pessoa. Em seguida, o candidato deverá registrar seu interesse na página da EmpregarTCHÊ. O currículo fará parte de um banco de talentos, no qual as empresas conhecerão os candidatos para agendar entrevistas.
Também as empresas precisam preencher um formulário encontrado na mesma página do EmpregarTCHÊ manifestando interesse em participar da iniciativa. Caso a empresa já tenha cadastro no portal do programa da PUCRS, as informações serão confirmadas. Se não tiver, o PUCRS Carreiras criará um perfil para ela. Após a confirmação do cadastro, será repassado um acesso para a empresa cadastrar suas vagas e se conectar aos currículos dos candidatos.
O PUCRS Carreiras criou também uma cartilha com dicas e orientações para que os recrutadores tenham cuidado no momento das entrevistas, porque as pessoas desalojadas estarão muito sensíveis, afirmou Katia. Durante os três primeiros meses, o programa fará acompanhamento, em parceria com a empresa, como forma de suporte para que as pessoas tenham um canal aberto e possam conversar sobre a experiência e o que podem fazer para permanecer nos empregos. “Será uma consultoria nesse sentido que a gente vai promover.”
Nos próximos dias, a iniciativa EmpregarTCHÊ percorrerá mais dois abrigos. “Estamos agendando com eles para ir ao longo desta próxima semana”, informou a coordenadora.
Fonte: EBC GERAL
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Oposição consegue 41 assinaturas e impeachment de Moraes ganha força no Senado

Oposição alcança 41 assinaturas e viabiliza pedido de impeachment de Moraes
Wilton Junior/Estadão Conteúdo – 01.08.2025
Para que o impeachment seja aprovado, são necessários 54 votos favoráveis; Alcolumbre, no entanto, não deu sinalizações que vai pautar o pedido
Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília
A oposição no Senado alcançou, nesta quinta-feira (7), 41 assinaturas para protocolar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O número representa maioria simples dos senadores. O movimento ganhou força após Moraes decretar, no início da semana, a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os 41 votos favoráveis são necessários para que o processo de impeachment comece a tramitar na Casa, após ele ser pautado. Para ser aprovado, no entanto, são precisos 54 votos a favor.
O 41º apoio foi confirmado com a assinatura do senador Laércio Oliveira (PP-SE), consolidando o esforço articulado por parlamentares da base bolsonarista. Com isso, os oposicionistas anunciaram o fim da obstrução dos trabalhos no Senado e desocuparam a Mesa Diretora, prometendo agora concentrar a pressão sobre o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), a quem cabe decidir se o pedido será aceito e tramitado. O senador, no entanto, não deu sinalizações que vai
“Estamos desobstruindo e a oposição vai participar dos debates das pautas que interessam ao Brasil, para além das questões ideológicas”, afirmou o senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição.
Durante coletiva, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chamou o momento de “histórico” e reforçou críticas ao ministro do STF. “Alexandre de Moraes precisa voltar a ter limites. Estive com meu pai ontem e é muito duro ver uma pessoa honesta passando por tudo isso. Mas ele está firme e isso nos fortalece.”
Pauta depende de Alcolumbre
Apesar da articulação da oposição e da coleta das 41 assinaturas, a tramitação só acontece se for autorizada pelo presidente do Senado. E, Davi Alcolumbre já declarou que não pretende pautar os pedidos de impeachment contra ministros do STF.
A fala foi feita na quarta-feira (6) após reunião com lideranças partidárias. De acordo com os senadores Cid Gomes (PSB-CE) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), Alcolumbre garantiu que não cederá a pressões e reafirmou que essa é uma atribuição exclusiva da presidência do Senado.
“Não aceitarei pressões externas. A decisão sobre avançar com processos contra ministros da Corte cabe exclusivamente à presidência da Casa”, afirmou o senador.
Como está o placar
- 41 senadores já assinaram o pedido de impeachment.
- 19 senadores declararam voto contra.
- 21 senadores permanecem indefinidos.
Para que o processo de impeachment de Moraes avance de fato e resulte em destituição, são necessários os votos favoráveis de 54 senadores, o equivalente a dois terços do plenário. Até hoje nunca foi aprovado um pedido de impeachment contra ministro do STF.
Sanções dos EUA e prisão de Bolsonaro impulsionam ofensiva
A mobilização pelo impeachment se intensificou após Moraes se tornar alvo de sanções do governo dos Estados Unidos, por meio da Lei Magnitsky, que bloqueia transações com instituições financeiras norte-americanas. O episódio reacendeu críticas à atuação do ministro nos inquéritos que envolvem Jair Bolsonaro — especialmente o que investiga uma tentativa de golpe e os atos de 8 de janeiro.
A decisão de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente, anunciada na última segunda-feira (4), sob acusação de violar medidas cautelares, serviu como estopim para que a oposição unificasse esforços e desse andamento ao pedido de impeachment. A medida foi rapidamente incorporada ao discurso de “perseguição política” usado pelos aliados de Bolsonaro.
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Em SP, governo Lula tem 55,1% de desaprovação; 44,6% avaliam gestão como ruim ou péssima
Segundo levantamento do Paraná Pesquisa, 25,8% veem administração como regular, e 1,6% não sabe ou não opinou

Para 44,6% dos eleitores de SP, governo Lula é ruim ou péssimo
Marcelo Camargo/Agência Brasil – 01.08.2025
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é desaprovada por 55,1% da população da cidade de São Paulo e aprovada por 41,9%, segundo o instituto Paraná Pesquisas. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (7), mostra que outros 3% não souberam ou não opinaram.
A pesquisa foi feita entre os dias 2 e 6 de agosto. O instituto ouviu 1.020 moradores da cidade de São Paulo. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Segundo o levantamento, quando perguntados sobre a avaliação do governo, 44,6% dos paulistanos consideram a administração de Lula ruim ou péssima contra 28% que a classificam como ótima ou boa. Outros 25,8% veem a gestão como regular, e 1,6% não sabe ou não opinou.

Avaliação e aprovação da administração do presidente Lula Luce Costa/Arte R7
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EUA aumentam recompensa por captura de Maduro para US$ 50 milhões
Anteriormente, governo dos EUA oferecia US$ 25 milhões por informações que levassem a captura de Nicolás Maduro
Por Metrópoles
O governo norte-americano aumentou a pressão contra Nicolás Maduro, e aumentou a recompensa por informações que possam levar à captura do presidente da Venezuela para US$ 50 milhões. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (7/8) pela procuradora-geral dos Estados Unidos, Pamela Jo Bondi.
Relação entre EUA e Maduro
- Com forte discurso anti-imperialista, os EUA são um dos principais alvos das declarações polêmicas de Nicolás Maduro.
- A legitimidade do governo de Maduro é questionada por grande parte da comunidade internacional, pois muitos países enxergam fraude eleitoral nas últimas eleições realizadas na Venezuela.
- Assim como seu antecessor, Trump reconhece o opositor Edmundo González como o verdadeiro vencedor do pleito venezuelano.
A medida surgiu após a Administração de Repressão às Drogas (DEA) ter apreendido cerca de 30 toneladas de cocaína. A droga, de acordo com Bondi, está vinculada ao presidente venezuelano, acusado pelo governo dos EUA de ser “chefe de cartel” — apesar da falta de provas concretas.
“Hoje, o Departamento de Justiça e o Departamento de Estado estão anunciando uma recompensa histórica de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro”, disse a procuradora-geral dos EUA em um comunicado.
Além disso, Bondi prometeu que Maduro não “escapará da Justiça” no novo governo de Donald Trump.
Anteriormente, Washington já oferecia US$ 25 milhões por Maduro. Valor que agora pula para quase R$ 300 milhões, quando convertido o valor de dólar para real.
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