Acre
Rio Branco e Brasiléia receberão o projeto Caravana Transpetro Ubu em Movimento

Fotos: Fabão Fotografia
As cidades de Rio Branco e Brasiléia receberão, entre os dias 23 e 31 de julho, o projeto “Caravana Transpetro Ubu em Movimento”, dos grupos potiguares Clowns de Shakespeare, Facetas e Asavessa, com realização do Ministério da Cultura (MinC) e patrocínio da Transpetro, através da Lei Rouanet.
As atividades da circulação contam com apresentações da obra “Ubu: o que é bom tem que continuar!” com acessibilidade em Libras e audiodescrição, oficinas com acessibilidade em Libras e as exibições do documentário serão com acessibilidade por LSE (Legendas para Surdos e Ensurdecidos). Todas as ações do projeto são oferecidas de forma gratuita. Em Rio Branco, as atividades iniciam no dia 23 e vão até o dia 26. Já em Brasiléia, as ações ocorrerão entre os dias 28 e 31 de julho.
Para Diogo Spinelli, integrante do Clowns de Shakespeare, é uma grande felicidade para o grupo retornar ao Acre com essa gama de ações. “É uma alegria poder voltar ao Acre, podendo reencontrar grupos de teatro e artistas acreanos que são nossos amigos, bem como o público como um todo, que sempre foi sempre receptivo ao nosso trabalho. Estamos muito animados para voltar a Rio Branco e também a Brasiléia. Em 2022, estivemos por lá para realizar uma pesquisa de outro espetáculo nosso, o ‘FRONTE[I]RA | FRACAS[S]O’, junto com o Teatro de Los Andes, que nasceu da nossa relação com a cidade e com a fronteira. Por isso, estamos muito entusiasmados em poder retornar a Brasiléia, para de certa forma retribuir tudo o que a cidade nos proporcionou. Temos certeza de que, nas duas cidades, o público vai nos acompanhar, já que as atividades, especialmente o espetáculo de rua, são pensadas para alcançar uma ampla variedade de espectadores, tanto aqueles que já sabem que estaremos lá quanto os que vão passar pelos locais e se deparar com a apresentação no seu cotidiano”, afirma.
Sobre espetáculo, oficinas e documentário
“Ubu: o que é bom tem que continuar!” é um espetáculo de rua que tem como ponto de partida os personagens Pai e Mãe Ubu, da clássica obra “Ubu Rei”, de Alfred Jarry, e suas rocambolescas armações em uma insaciável busca pelo poder. Situando-se como uma possível continuação do trabalho de Jarry, “Ubu: O que é bom tem que continuar!” desloca esses personagens para um país/lugar-nenhum com ares latino-americanos, chamado Embustônia. A obra será apresentada em Rio Branco no dia 25 de julho, às 19h, no Teatro Barracão, e no dia 26 de julho, também às 19h, na Praça da Revolução. As apresentações seguem no dia 30 de julho às 19h30 na Praça 28 de abril, em Epitaciolândia, e no dia 31 de julho às 16h, na Praça Hugo Poli, em Brasiléia.
A oficina “Estratégias de sobrevivência: Produção e gestão do teatro de grupo” será realizada em Rio Branco, nos dias 23 e 24 de julho, das 19h às 22h na Usina de Arte João Donato. A atividade é prática-teórica e parte da trajetória dos Clowns de Shakespeare para traçar um panorama histórico, e apontar estratégias de viabilização de criação, circulação, pesquisa, pedagogia e manutenção de coletivos de teatro de grupo no Brasil. Já a oficina “Princípios do Teatro Popular e de Rua” será oferecida nos dias 28 e 29 de julho, das 18h às 21h, no Centro Cultural de Brasiléia – Sebastião Dantas. A oficina pretende apresentar princípios que estiveram presentes no processo de criação do espetáculo “Ubu: o que é bom tem que continuar!”, bem como toda a experiência de criação cênica do grupo Clowns de Shakespeare. As oficinas são ofertadas para maiores de 16 anos, e é necessário realizar inscrição pelo formulário disponível no Instagram do grupo Clowns de Shakespeare (@teatroclowns).
Fotos: Fabão Fotografia
Finalizando as ações, o documentário “Um filme sem fim” será exibido em Rio Branco no dia 24 de julho às 18h na Usina de Arte João Donato e no dia 29 de julho às 21h no Centro Cultural de Brasiléia – Sebastião Dantas, em Brasiléia. O filme é resultado de um recorte pessoal e afetivo do diretor Carito Cavalcanti acerca da trajetória de quase trinta anos do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare.
As ações da Caravana Transpetro Ubu em Movimento serão realizadas em três regiões do Brasil: Norte, Centro-Oeste e Sudeste. O projeto foi selecionado pelo Programa Transpetro em Movimento e possui patrocínio da Transpetro. Confira a programação completa da etapa acreana do projeto:
Rio Branco/AC
Oficina “Estratégias de sobrevivência: Produção e gestão do teatro de grupo”
Data: 23 e 24/07
Local: Usina de Arte João Donato
Endereço: R. das Acácias, 1155 – Distrito Industrial, Rio Branco – AC
Horário: 19h às 22h
Exibição do documentário “Um Filme sem Fim”
Data: 24/07
Local: Usina de Arte João Donato
Endereço: R. das Acácias, 1155 – Distrito Industrial, Rio Branco – AC
Horário: 18h
Apresentação “Ubu: o que é bom tem que continuar!”
Local: Teatro Barracão
Endereço: Av. Sobral, 428 – Aeroporto Velho, Rio Branco – AC, 69911-114
Data: 25/07
Horário: 19h
Apresentação “Ubu: o que é bom tem que continuar!”
Local: Praça da Revolução
Endereço: Centro, Rio Branco – AC, 69914-220
Data: 26/07
Horário: 19h
Brasiléia/AC
Oficina “Princípios do Teatro Popular e de Rua”
Data: 28 e 29/07
Local: Centro Cultural de Brasiléia – Sebastião Dantas
Endereço: Rua Vitória Salvatierra, nº 1090
Horário: 18h às 21h
Exibição do documentário “Um Filme Sem Fim”
Local: Centro Cultural de Brasiléia – Sebastião Dantas
Endereço: Vitória Salvatierra, nº 1090
Data: 29/07
Horário: 21h
Apresentação “Ubu: o que é bom tem que continuar!”
Local: Praça 28 de abril – Epitaciolândia
Data: 30/07
Horário: 19h30
Apresentação “Ubu: o que é bom tem que continuar!”
Local: Praça Hugo Poli
Data: 31/07
Horário: 16h
Ficha técnica completa
Direção e dramaturgia: Fernando Yamamoto
Elenco: Caju Dantas, Diogo Spinelli, José Medeiros, Paula Queiroz e Rodrigo Bico
Figurino e adereços: Marcos Leonardo
Cenografia: Fernando Yamamoto e Rafael Telles
Dramaturgia Musical: Marco França e Ernani Maletta.
Composições: Músicas de Marco França (exceto “Marcha Da Votação”, de Ernani Maletta) e letras de Fernando Yamamoto.
Colaboradores Musicais: Franklyn Novaes, Maria Clara Gonzaga, Júlio Lima e Caio Padilha.
Colaboração Dramatúrgica: Camilla Custódio
Produção: Talita Yohana
Coordenação: Renata Kaiser
Consultoria e desenho de projeto Lei Rouanet: Ana Paula Medeiros/ Alma do Minho
Desenvolvimento Web: Val Queiroz
Fotos: Fabão Fotografia
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Acre
Justiça determina que governo do Acre nomeie 20 policiais penais em Sena Madureira
De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP)

Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784). Foto: captada
Saimo Martins
A Vara Cível da Comarca de Sena Madureira determinou que o Governo do Acre convoque e nomeie, em até 30 dias, pelo menos 20 aprovados no concurso da Polícia Penal (Edital 001/2023 – SEAD/IAPEN) para atuarem na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). A decisão, assinada pelo juiz Caique Cirano de Paula, atende a pedido de tutela de urgência ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em Ação Civil Pública.
A medida foi tomada após uma série de inspeções do Ministério Público, através do promotor Júlio César Medeiros, da Defensoria Pública e do próprio Judiciário apontarem um cenário crítico na unidade prisional, marcado por déficit de servidores, violações de direitos básicos e risco iminente à segurança.
Déficit de servidores e violações de direitos básicos
De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP). Entre as violações identificadas estão a irregularidade no banho de sol — que chega a ocorrer apenas uma vez por mês — precariedade no fornecimento de água, problemas na qualidade da alimentação, ausência de equipe de saúde adequada e inexistência de Grupo de Intervenção, único caso no Estado.
Relatórios da Defensoria Pública e do Juízo da Execução Penal reforçaram a grave situação, caracterizada pelo Ministério Público como expressão local do Estado de Coisas Inconstitucional reconhecido pelo STF no sistema prisional brasileiro.
Concurso com vagas abertas e aprovados sem nomeação
O concurso da Polícia Penal previa 261 vagas, e 308 candidatos concluíram o curso de formação. No entanto, apenas 170 foram convocados até agora. Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784).
O diretor da unidade informou que seriam necessários, no mínimo, 30 novos servidores, sendo 16 para formação do Grupo de Intervenção e 12 para reforçar a equipe educacional.
Decisão determina ações imediatas
Na decisão, o juiz afirma que não há violação ao princípio da separação dos poderes, uma vez que o Judiciário apenas determina o cumprimento de obrigações legais já previstas. O magistrado destacou a urgência diante do risco à integridade física de internos e servidores, além das violações massivas de direitos fundamentais.
Segundo ele, o Ofício nº 7.499/SMCRI00, expedido pelo Juízo da Execução Penal e que estabeleceu prazos curtos para regularização do banho de sol, atendimento em saúde e fornecimento de água potável, evidencia a gravidade da situação. O juiz ressaltou que a normalização dessas atividades depende diretamente de efetivo de segurança suficiente para garantir a movimentação dos presos e a ordem interna. Ele apontou que a privação crônica de banho de sol, a ausência de assistência à saúde e as falhas no fornecimento de água elevam o risco de instabilidade interna a níveis perigosos. A falta de um Grupo de Intervenção, conforme observou o Ministério Público, transforma a UPEM em uma “bomba-relógio”, ameaçando a segurança de servidores, internos e da população. O magistrado concluiu que, diante do histórico de violência, rebeliões e evasões no sistema prisional acreano, o Poder Judiciário, provocado pelo Ministério Público e apoiado em recente atuação da Defensoria Pública, não pode se omitir frente à evidente falha do Poder Executivo na implementação das políticas penitenciárias necessárias.
O Estado deverá adotar uma série de medidas no prazo de 30 dias, conforme determinação judicial. Entre elas está a nomeação de pelo menos 20 policiais penais aprovados e formados no concurso, para atuação imediata na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). Também deverá ser criado e capacitado um Grupo de Intervenção, composto por no mínimo 16 policiais penais.
A decisão determina ainda que as vagas de estudo oferecidas aos internos sejam ampliadas de 40 para 80, além da obrigatoriedade de garantir banho de sol diário com duração mínima de duas horas, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP). Outro ponto imposto é a regularização do fornecimento de água potável, que deverá ocorrer pelo menos três vezes ao dia, com horários fixos divulgados em todos os blocos da unidade.
O magistrado ainda determinou que o Estado realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, assegurando uma reserva técnica para situações emergenciais. Em caso de descumprimento das medidas, foi fixada multa diária de R$ 10 mil, limitada a 30 dias.
“Realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, a fim de garantir o fornecimento de água potável, no mínimo, três vezes ao dia aos internos, em horários fixos, com fixação do cronograma de liberação de água sendo afixado em todos os blocos, com manutenção de reserva técnica de água para situações emergenciais. Fixo, a título de astreintes, multa diária no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), limitada a 30 (trinta) dias”, diz a decisão.
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Acre
Acre tem 152 obras federais paradas, com R$ 1,2 bilhão paralisados durante governo Lula, aponta TCU
Dados atualizados até abril de 2025 mostram que saúde e educação concentram maior número de obras interrompidas; causas das paralisações não são detalhadas no painel do tribunal

O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual. Foto: captada
O Acre convive com 152 obras federais paralisadas, que somam cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos represados, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizados até abril de 2025. As áreas de saúde e educação são as mais afetadas, com 50 e 32 obras interrompidas, respectivamente.
O levantamento, foi consultado na última quarta-feira (3), não detalha os motivos das paralisações, mas revela um cenário crítico para a infraestrutura e os serviços públicos no estado. No Ministério da Saúde, as obras paradas incluem unidades básicas, estruturas intermediárias e equipamentos que, se concluídos, ajudariam a desafogar o sistema hospitalar e ampliar o acesso à população.
Já o Ministério da Educação tem paralisadas 32 obras, como escolas, creches e outros equipamentos essenciais para regiões com carência de vagas e infraestrutura limitada.
Outros órgãos também aparecem com números expressivos: o Ministério das Cidades tem 31 obras suspensas (habitação e urbanização), e o DNIT contabiliza 12 paralisias que afetam a malha viária e a logística estadual. Completam a lista o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (11 obras), Ministério do Esporte (9), Funasa (3), Ministério da Agricultura e Pecuária (2), além do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 obra cada.
A falta de detalhamento sobre as causas — que podem incluir entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos — dificulta a análise e a busca por soluções para retomar investimentos essenciais ao desenvolvimento do estado.

A leitura das informações revela que os setores de saúde e educação, pilares essenciais do atendimento direto à população, concentram o maior número de obras interrompidas no estado. Foto: captada
O Ministério da Educação, com 32 obras que incluem escolas, creches e outros equipamentos educacionais. A interrupção desses projetos impacta diretamente a expansão da oferta de ensino e o atendimento a crianças e jovens em regiões onde a carência por infraestrutura permanece elevada.
O levantamento do TCU também aponta paralisações em outras pastas relevantes. O Ministério das Cidades acumula 31 obras interrompidas, incluindo projetos de urbanização e habitação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aparece com 12 obras, afetando frentes ligadas à malha viária e logística do estado.
Distribuição por pasta ministerial
- Saúde: 50 obras paralisadas (unidades básicas, estruturas intermediárias)
- Educação: 32 obras (escolas, creches, equipamentos de suporte)
- Cidades: 31 obras (habitação e urbanização)
- DNIT: 12 obras (malha viária e logística)
- Integração Regional: 11 obras
- Esporte: 9 obras
Impactos diretos
- Saúde: Sistema hospitalar não é desafogado
- Educação: Déficit de vagas e infraestrutura permanece
- Logística: Transporte de insumos e atendimento a municípios isolados comprometido
Falta de transparência
- Causas: Painel não detalha motivos das paralisações
- Entraves: Dificuldade em identificar problemas administrativos, jurídicos ou financeiros
Apesar do impacto econômico e social gerado pela interrupção dos investimentos, o painel do TCU não detalha os motivos que levaram cada projeto à condição de paralisação, deixando abertas questões sobre problemas contratuais, falhas de execução, falta de repasses ou entraves administrativos.
As paralisações refletem um problema crônico na execução de obras públicas no Acre, estado historicamente dependente de investimentos federais. A falta de explicações oficiais sobre as causas das interrupções dificulta a busca por soluções e prolonga o sofrimento da população que aguarda por serviços essenciais.
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Acre
Prefeito de Rio Branco anuncia Natal com árvore maior, drone show e iluminação em LED em todas as regionais
Tião Bocalom apresentou as novidades do “Acender das Luzes do Natal de Vida, Esperança e Dignidade 2025” e garantiu decoração em bairros e programação cultural intensa, com Festival de Drones marcado para 20 de dezembro

Bocalom também adiantou que o município prepara atividades especiais para o Réveillon, mantendo o padrão dos anos anteriores. Foto: captada
O prefeito Tião Bocalom apresentou, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (5) na Praça da Revolução, as principais novidades da decoração e programação natalina de Rio Branco para 2025. Com o tema “Natal de Vida, Esperança e Dignidade”, o evento trará iluminação em LED e uma árvore de Natal 4 metros maior que a do ano passado.
— Agora trabalhando com muito LED. A nossa árvore de Natal esse ano tem 4 metros a mais do que o ano passado. A população vai ver, vai ficar muito bonito — afirmou Bocalom.
A iluminação não se restringirá ao Centro: todas as dez regionais da cidade receberão itens decorativos reutilizados de anos anteriores, e avenidas importantes serão embelezadas com novos equipamentos. O prefeito relacionou o investimento ao espírito natalino e ao compromisso da gestão com a população.
A programação cultural prevê cantatas, corais locais, artistas regionais e, como ponto alto, o Festival de Drones, marcado para o dia 20 de dezembro.
— Eu prefiro gastar o dinheiro com o Festival de Drones, que tem o quê? 3, 4 anos que o mundo conheceu esse trabalho, do que gastar com um artista só que sempre está vindo aqui para o Acre levando o nosso dinheiro embora — declarou Bocalom.
As luzes natalinas permanecerão acesas até 10 de janeiro, e o município prepara também atividades especiais para o Réveillon. Sobre o transporte público durante o período festivo, o prefeito adiantou que a gestão divulgará em breve os detalhes para garantir mobilidade e segurança.

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