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Brasil

Ricardo Barros: CPI não conseguirá dizer se governo acertou ou errou na pandemia

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Líder do governo na Câmara acredita que a CPI da Pandemia não conseguirá apresentar conclusões que enquadrem as ações da União como equivocadas ou corretas

Weslley Galzo, da CNN

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, defendeu em entrevista à CNN na manhã desta quinta-feira (6) que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia não conseguirá produzir um relatório conclusivo de que a administração federal falhou ou foi completamente bem sucedida no enfrentamento à Covid-19.

Para Ricardo Barros, a convocação de especialistas aprofundará as diferentes versões sobre as melhores práticas sanitárias e políticas públicas a serem adotadas no combate ao coronavírus.

O deputado citou os medicamentos hidroxicloroquina e ivermectina como exemplos da falta de consenso sobre o seu uso no tratamento de Covid-19, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) e periódicos científicos revisados por pares apontem a ineficiência desses produtos contra a doença, bem como a possibilidade de que seu uso indiscriminado gere outras patologias e problemas relacionados.

“O isolamento e o uso da máscara são contestados. Há centenas de estudos dizendo que a máscara não resolve, mas têm muitos dizendo que sim. Tudo é opção, não há certeza de que sim ou que não para nada. Se a cloroquina não faz mal, não há porque proibir. Se a ivermectina não faz mal, não há porque proibir”, defendeu.

“A CPI vai chegar à conclusão de que existem possibilidades para todos os casos. Para tudo tem artigo científico defendeu que sim e que não. Não há como chegar a uma forma conclusiva de que houve acerto ou erro”, disse. “A polêmica não vai acabar. A CPI vai ter que enfrentar posicionamento firmes de cientistas e imunologistas que divergem até hoje dos caminhos a serem tomados”.

Ao repercutir os primeiros desdobramentos da CPI da Pandemia, após a realização de oitivas com os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, o líder do governo disse que a decisão sobre as ações a serem tomadas é, em última instância, de responsabilidade do presidente da República e os ocupantes do cargo deveriam se adequar às orientações.

“Vivemos no presidencialismo. Manda o presidente da República e os ministros executam”, disse. “Se os ministros não conseguiram se alinhar às orientações determinadas isso gerou as substituições – por parte do ministro, por sentir a pressão do cargo, ou por falta de enquadramento”.

O posicionamento defendido pelo deputado federal foi um dos principais fatores que levaram o ex-ministro da Saúde Nelson Teich a pedir demissão do cargo com apenas 29 dias à frente da pasta.

Na tarde de quarta-feira (5), o oncologista disse aos senadores da comissão de inquérito que deixou o governo por conta das divergências com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), principalmente pela defesa constante que o político fazia do uso e da distribuição do medicamento hidroxicloroquina.

Desgaste na relação com a China

O líder do governo ainda comentou as declarações dadas por Bolsonaro na última quarta-feira (5), que voltaram a pôr em discussão a integridade da relação do Brasil com a China.

Durante a recepção do ex-motorista Robson Oliveira no Rio de Janeiro — que retornou ao país depois de passar dois anos preso na Rússia por questões burocráticas de importação de medicamentos —-, Bolsonaro insinuou que o vírus da Covid-19 teria sido produzido em laboratório e disse que uma “guerra química, bacteriológica e radiológica” está em cursos. As falas do presidente foram recebidas por muitos políticos e analistas como destinadas à China.

Foi o caso do presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), que apresentou preocupação com a possibilidade da China retaliar o Brasil no repasse de matéria-prima para a produção de vacinas, por conta das declarações que fragilizam as relações diplomáticas.

“Hoje (5) foi ruim, viu, e chama de guerra química e tal. E a gente está dependendo, a gente está na mão dos chineses para trazer o IFA [insumo farmacêutico ativo], nós não temos produção de IFA aqui e não vamos ter tão cedo”, disse Aziz.

Para Ricardo Barros, no entanto, a declaração do presidente não deve prejudicar os acordos entre os dois países. “Não é fato novo e não muda nada a nossa relação com a China, que é baseada em questões comerciais muito sólidas”, disse.

 

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Rússia acusa Macron de ‘chantagem nuclear’ e chama de ameaça fala de presidente francês

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Líder francês disse em pronunciamento que considera colocar arsenal nuclear do país à disposição de aliados europeus frente à ameaça russa. Declarações foram ‘combativas’, segundo Kremlin

A Rússia criticou nesta quinta-feira (6) o presidente da França, Emmanuel Macron e o acusou de fazer “chantagem nuclear” em um discurso “altamente combativo”. Na quarta, o francês classificou a Rússia como uma ameaça à Europa e afirmou que Paris consideraria colocar outros países sob sua proteção nuclear.

“Foi claramente perceptível um tom de chantagem nuclear no discurso de Macron. As ambições de Paris de se tornar o ‘patrono’ nuclear de toda a Europa vieram à tona, oferecendo seu próprio ‘guarda-chuva nuclear’, quase como um substituto para o americano. Isso não levará ao fortalecimento da segurança nem da própria França nem de seus aliados”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores russo.

Mais cedo, o ministro Sergey Lavrov havia dito que a retórica nuclear de Macron representa uma ameaça à Rússia. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse também que os comentários do presidente francês, feitos em um discurso à nação na quarta-feira, indicam que a França busca prolongar a guerra na Ucrânia.

“O discurso de Macron é realmente extremamente combativo. Dificilmente pode ser visto como um discurso de um chefe de Estado que está pensando na paz. Pelo contrário, do que foi dito, pode-se concluir que a França está mais focada na guerra, na continuação da guerra”, disse Peskov a jornalistas.

Segundo Peskov, Macron omitiu fatos importantes e não mencionou as “preocupações e temores legítimos” da Rússia em relação à expansão da Otan para leste, aproximando-se das fronteiras russas. Também nesta quinta-feira, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, chamou o presidente francês de “charlatão” e disse que ele está “desconectado da realidade”.

Sob a liderança de Macron, a França forneceu armas à Ucrânia e afirmou estar disposta a considerar o envio de tropas para garantir a implementação de um eventual acordo de paz. Peskov voltou a dizer nesta quinta-feira que a Rússia considera inaceitável a presença de tropas pacificadoras da Otan na Ucrânia, e que isso significaria a entrada oficial desses países na guerra.

Inclusive, os russos devolveram a ameaça nesta quinta-feira, dizendo que a resposta do país a um possível envio de tropas pacificadoras da Otan à Ucrânia é “obvia para todo mundo”. Putin ameaçou usar armas nucleares caso isso acontecesse.

Macron também afirmou, no discurso de quarta-feira, que a França está pronta para discutir a possibilidade de estender a proteção de seu arsenal nuclear a outros países europeus. (Leia mais abaixo)

Peskov afirmou que isso equivale a uma “pretensão de liderança nuclear na Europa”, o que, segundo ele, é “muito, muito combativo”.

Macron também afirmou na quarta que planeja realizar na semana que vem uma reunião com os chefes das Forças Armadas de países europeus que estejam dispostos a enviar tropas para a Ucrânia após um eventual acordo de paz com a Rússia.

Macron defende colocar arsenal nuclear francês à disposição de aliados

Em pronunciamento à nação na quarta-feira (6), o presidente Emmanuel Macron classificou a Rússia como uma ameaça à Europa, defendeu a união do continente em defesa da Ucrânia e disse que vai discutir com líderes europeus a possibilidade de colocar o arsenal nuclear francês à disposição de aliados como força de dissuasão.

Macron também criticou a administração Trump por seu alinhamento a Moscou e pela guerra tarifária lançada contra aliados, como o Canadá.

“A ameaça russa existe e afeta os países da Europa”, disse Macron. Ele afirmou que Moscou continua a se rearmar e que, até 2030, “planeja aumentar ainda mais seu Exército, para ter mais 300 mil soldados, 3.000 tanques e mais 300 aviões de caça”.

Para se contrapor a um possível projeto expansionista de Vladimir Putin, o presidente francês defendeu colocar seu arsenal nuclear à disposição de aliados do continente, como estratégia de dissuasão.

“Respondendo ao chamado histórico do futuro chanceler alemão [Friedrich Merz], decidi abrir o debate estratégico sobre a proteção de nossos aliados no continente europeu por meio de nossa dissuasão (nuclear). Aconteça o que acontecer, a decisão sempre esteve e permanecerá nas mãos do Presidente da República, chefe das Forças Armadas.”

Desde a saída do Reino Unido da União Europeia, a França é o único país do bloco a ter um arsenal nuclear.

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