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Regionais do Alto e Baixo Acre se mantêm em situação de emergência em relação à Covid-19

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O Governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde e do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, reuniu a imprensa na manhã desta segunda-feira, 6, para anunciar a nova classificação de nível do estado em relação ao que foi proposto no Pacto Acre sem Covid. As regionais de Saúde do Alto e Baixo Acre permanecem na bandeira vermelha, no nível de emergência. Já a regional do Juruá foi reclassificada para bandeira laranja, nível de alerta.

Coletiva de imprensa anunciou a nova classificação de nível do estado em relação ao que foi proposto no Pacto Acre sem Covid Foto: Marcos Vicentti/Secom.

Os dados são referentes ao período de 21 de junho a 4 de julho utilizando a metodologia prevista no Decreto nº 6.206 de 22 de junho de 2020. O decreto dispõe sobre a criação do Pacto Acre sem Covid e prorroga prazos previstos no  Decreto nº 5.496, de 20 de março de 2020, que estabeleceu medidas para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia do novo coronavírus.

Este instrumento assegura a retomada gradual e responsável das atividades econômicas e comerciais no âmbito estadual, por meio de mecanismos impulsionados pela atuação conjunta da sociedade, do setor econômico e do poder público, tendo como referência, diretrizes e decisões baseadas em dados oficiais e evidências científicas.

“Analisamos os indicadores para fazer a classificação, levamos em conta a capacidade de cada sistema de saúde.  Nas regionais do Alto e Baixo Acre a classificação de emergência se mantém. Cabe a cada prefeito analisar as condições de saúde para verificar se existe a necessidade de endurecimento das medidas para controlar a pandemia. Os números relacionados à taxa de ocupação de leitos de UTI e de leitos clínicos têm peso maior e influenciaram na leitura final”, explicou a coordenadora do Grupo de Apoio Acre sem Covid, Karoline Sabino.

Classificação dos níveis é feita com base em três critérios: dados referentes à contaminação pelo coronavírus, responsabilidade social e capacidade do sistema de saúde Foto: Arquivo/Secom.

A classificação dos níveis é feita com base em três critérios: dados referentes à contaminação pelo coronavírus, responsabilidade social e capacidade do sistema de saúde. Estes critérios são divididos em indicadores que resultam na indicação dos níveis de emergência, alerta, atenção e cuidado.

A avaliação da variação de níveis ocorre a cada sete dias e a evolução de um nível para outro está condicionada à manutenção da tendência de redução dos indicadores dos últimos sete dias. Já a formalização de mudança de níveis ocorre em intervalo de 14 dias.

O estado foi dividido em regiões de saúde. A região do Alto Acre (Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri), Baixo Acre (Acrelândia, Bujari, Capixaba, Jordão, Manoel Urbano, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Senador Guiomard e a região do Juruá (Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e Tarauacá).

Das três regionais do Acre, apenas a regional do Juruá foi reclassificada, passando no nível de emergência para o de alerta Foto: Marcos Vicentti/Secom.

Das três regionais do Acre, apenas a regional do Juruá foi reclassificada, passando no nível de emergência para o de alerta. A mudança de nível permite que as prefeituras autorizem a abertura seletiva e gradual dos estabelecimentos comerciais. Cabe às prefeituras assegurar que as circunstâncias estruturais locais permitam a retomada gradual e segura das atividades anteriormente restritas.

“Precisamos deixar claro que os prefeitos podem fazer a mudança de fase ou manter na fase de emergência se entenderam que é necessário manter o rigor. Continuamos acompanhando a evolução da pandemia. Reforço a necessidade do envolvimento de todos os poderes e da sociedade civil em seguir as normas que estão expressas, as mudanças dependem de todos”, ressaltou o secretário de Planejamento e Gestão, Ricardo Brandão.

A Resolução nº 2 de 3 de julho, publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado, na sexta-feira, 3, define o enquadramento dos setores e das atividades comerciais autorizadas a funcionar em conformidade com os Níveis de Risco.

No nível laranja ficam autorizadas a funcionar, por exemplo, lojas de móveis, eletrodomésticos, eletrônicos, comunicação, informática, áudio, vídeo e colchoarias, lojas de materiais de construção, empresas e obras do ramo da construção civil e demais estabelecimentos de sua cadeia de produção, distribuição e comercialização.

O nível laranja permite ainda a reabertura do shopping, exceto áreas de lazer e alimentação, das feiras livres, comércio de rua e ambulantes e da indústria em geral. Bares, restaurantes, pizzarias, lanchonetes, sorveterias e similares, distribuidoras podem oferecer, exclusivamente, o serviço de delivery e/ou drive-thru.

Nesta fase, todas as atividades comerciais devem seguir os protocolos sanitários e limitar o atendimento a 30% da capacidade.

Os espaços públicos, parques, quadras poliesportivas, campos de futebol comunitário, espaços destinados para atividades físicas e similares, eventos religiosos em templos ou locais públicos, de qualquer credo ou religião, teatros, cinemas e apresentações culturais permanecem fechados de acordo com o que foi definido pelo Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19.

“Gostaria de parabenizar o trabalho do governo. A regional do Juruá progrediu com empenho de todos. Enfatizo que as autoridades locais não estão permitidas a abrandar a reabertura. Devem seguir o que está previsto em cada nível. É importante que a sociedade mantenha o distanciamento o máximo possível, em caso de necessidade de sair casa, deve usar máscara e respeitar o distanciamento”, ressaltou o promotor de Justiça Gláucio Ney Shiroma Oshiro, da 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa da Saúde.

A análise dos indicadores

A regional do Juruá obteve a nota 14 no período de 21 de junho a 4 de julho. A região apresentou redução de 18% do número de notificações de síndrome gripal e de 14% do número de internações por síndrome respiratória aguda grave. E um crescimento de 35% do índice de novos casos de Covid-19. O Juruá também não apresentou variação no número de mortes registradas.

Já a regional do Baixo Acre obteve nota 17. Com redução de 23% das notificações de síndrome gripal e de 17% de novas internações e crescimento de 11% dos casos positivos da doença. O índice de novos óbitos por Covid teve um crescimento  de 129%.

A regional do Alto Acre apresentou redução no índice de notificações de síndrome gripal de 42% e aumento nos índices de internações (30%) e de novos casos (18%).

“O governo do Estado segue trabalhando para estruturar as unidade de saúde, ampliando o número de leitos clínicos e de UTI nas regionais do estado. Além de reforçar o quadro de servidores com a contratação de novos profissionais e com a entrega de equipamentos e inauguração de hospitais de campanha. Todo este trabalho irá contar para a reavaliação dos indicadores”, destacou o coordenador do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, Alysson Bestene.

Regional do Juruá recebe reclassificação e pode iniciar a flexibilização

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Igarapés transbordam após mais de 10 horas de chuva e deixam comunidades isoladas no interior do Acre

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Registro mostra ramal impossível de trafegar devido o transbordamento à’pós muitas horas de chuva.

Cheias interditam ramais em Sena Madureira e Brasiléia; Defesa Civil monitora elevação do Rio Acre e mantém equipes em prontidão

Após mais de nove horas de chuvas intensas que atingiram praticamente todo o Acre, além de áreas da Bolívia e do Peru, igarapés transbordaram em diversas regiões do estado e causaram transtornos a comunidades rurais, deixando ramais intransitáveis e famílias isoladas.

Em Sena Madureira, o igarapé Xiburema, localizado na zona rural do município, transbordou na tarde desta sexta-feira (26) e interrompeu completamente o tráfego no ramal do quilômetro 40. A ponte que garante o acesso à comunidade ficou submersa, impossibilitando a passagem de veículos, motocicletas, pedestres e até animais.

Vídeos enviados por moradores à reportagem mostram a força da correnteza no local. Segundo relatos, a única forma de atravessar seria por meio de embarcação, mas o risco é considerado alto devido à intensidade da água. “A correnteza está muito forte e a ponte sumiu debaixo d’água. É perigoso tentar passar”, afirmou um morador.

Igarapé Xiburema, localizado na zona rural do município de Sena Madureira

Com a via interditada, diversas famílias ficaram ilhadas e sem acesso à BR-364, principal ligação com a área urbana do município.

Situação semelhante foi registrada em Brasiléia, no ramal do Jarinal, com acesso pelo km 5 da BR-317. O igarapé da região transbordou e deixou o trecho praticamente intransponível. Em um dos vídeos, moradores tentam atravessar com uma motocicleta que acaba tendo o motor invadido pela água. Em outra gravação, um colono montado a cavalo desiste de atravessar para não colocar a própria vida e a do animal em risco.

As chuvas intensas também vêm provocando impactos no campo, com ramais intrafegáveis, comunidades isoladas e prejuízos à produção rural. O excesso de água dificulta o acesso às propriedades, impede o escoamento da produção e pode afetar o abastecimento e os preços de alimentos na capital.

Monitoramento dos rios

Dados da Defesa Civil Municipal apontam que o volume de chuva registrado em Rio Branco nas últimas 24 horas foi de 44,40 milímetros, contribuindo para a elevação do nível do Rio Acre. Monitoramento da plataforma “De Olho no Rio”, da Prefeitura, indicou que o manancial atingiu 10,19 metros por volta das 10h45 desta sexta-feira, acompanhando o grande volume de chuvas acumuladas ao longo de dezembro, que já ultrapassou a média prevista para todo o mês.

O Sistema de Hidro-Telemetria da Rede Hidrometeorológica Nacional informou que, até as 18h (horário do Acre), o nível do Rio Acre manteve-se relativamente estável em alguns pontos, apesar das chuvas mais intensas terem ocorrido principalmente nas zonas rurais.

No posto da Aldeia dos Patos, acima do município de Assis Brasil, o nível registrado às 18h foi de 3,57 metros — três centímetros abaixo da marca registrada quatro horas antes, que era de 3,60 metros.

Já em Rio Branco, no mesmo horário, o Rio Acre ultrapassava os 12 metros, com elevação rápida em poucas horas, impulsionada pelo grande volume de água trazido pelos afluentes que deságuam na região.

A Defesa Civil permanece em estado de alerta, com equipes em prontidão, monitorando famílias em áreas de risco e prestando apoio às comunidades atingidas.

Novas informações poderão ser divulgadas a qualquer momento.

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Apenas Brasiléia e Rio Branco estão aptas a receber recursos do governo federal por estarem adimplentes no CAUC

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Dos 22 municípios do Acre, 20 estão impossibilitados de receberem recursos do governo federal por não cumprirem recomendações do Sistema de Informações sobre Requisitos Fiscais (CAUC).

Apenas Brasiléia e Rio Branco estão adimplentes com esse sistema, atendendo a todas as exigências legais para a celebração de convênios e o recebimento de transferências voluntárias de recursos da União.

Fruto de um trabalho técnico e bem elaborado, Brasiléia voltou a adimplência, depois de anos nessa batalha, o que deixou o prefeito Carlinhos do Pelado bastante animado. “Fechar o ano com o município totalmente regular no CAUC, além de conquistar o Selo Ouro de Transparência e uma certificação nacional em governança, demonstra que estamos no caminho certo. Isso é fruto de muito trabalho, organização e compromisso da nossa equipe com o dinheiro público e com a população de Brasiléia”, afirmou o gestor.

O CAUC é um sistema informatizado, de acesso público e atualização diária, que reúne informações sobre o cumprimento de requisitos fiscais necessários para que estados e municípios possam receber transferências voluntárias da União. Ele consolida dados financeiros, contábeis e fiscais em um único documento, facilitando a verificação da regularidade dos entes federativos.

Entre os pontos avaliados estão o cumprimento dos limites constitucionais e legais, as obrigações de transparência, o adimplemento na prestação de contas de convênios e a regularidade financeira, regularidade no pagamento de precatórios, transparência da execução orçamentária, adoção do SIAFIC, aplicação correta dos recursos do Fundeb do município, dentre outros.

A regularidade no CAUC garante que os municípios continuem aptos a captar recursos, firmar parcerias e investir em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e assistência social. É um trabalho contínuo, que exige atenção diária e integração entre as secretarias em favor da gestão como um todo.

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Polícia Civil prende dois suspeitos pela morte do jornalista Moisés Alencastro em Rio Branco

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Primeiro a ser detido foi Antônio de Souza Morais, de 22 anos, estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.

Crime ocorrido no fim de semana teve repercussão estadual; polícia aponta motivação passional e segue investigando a dinâmica do assassinato

A Polícia Civil do Acre prendeu os dois principais suspeitos envolvidos no assassinato do ativista cultural e jornalista Moisés Alencastro, encontrado morto em seu apartamento na noite da última segunda-feira (22), em Rio Branco. O crime ocorreu no domingo (21), mas só foi descoberto após uma amiga registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima.

Moisés Alencastro foi encontrado morto na segunda-feira (22) no apartamento onde morava — Foto: Arquivo pessoal

Diante da ausência de contato, amigos foram até o imóvel, arrombaram a porta e encontraram Moisés deitado sobre a cama, já sem vida. A cena apresentava sinais claros de violência, levantando de imediato a suspeita de homicídio.

Durante as diligências iniciais, a Polícia Civil localizou o veículo da vítima abandonado no bairro São Francisco, na parte alta da capital, o que reforçou as investigações e auxiliou na identificação dos envolvidos.

No início da semana, a polícia deteve o primeiro suspeito, na casa de quem foram encontrados objetos pessoais pertencentes à vítima. O nome não foi divulgado para não comprometer o andamento do inquérito.

Na madrugada desta quinta-feira (25), Antônio de Souza Morais, de 22 anos, se entregou à polícia após ter a prisão decretada. Ele estava escondido em uma área de mata entre os bairros Eldorado e Quixadá, conforme denúncias recebidas pelos investigadores. Antônio teria confessado a autoria do crime, mas os detalhes ainda não foram tornados públicos.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado. A prisão foi realizada após análise da perícia, que apontava a participação de mais de uma pessoa na dinâmica do crime.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação indica que o homicídio pode ter sido motivado por razões passionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação individual de cada suspeito.

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