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Brasil

Real Brasileiro é a pior moeda do mundo em 2024, com queda de 20,64%

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Apesar do brasileiro não comer dólar no sentido literal, ele come no figurado. A desvalorização tende a encarecer produtos importados. Isso eleva os preços de itens básicos.

Por Leonardo Rubinstein  (blocktrends)

O Real brasileiro (BRL) desvalorizou hoje até atingir um novo recorde, infelizmente o de valer R$6 reais (e contando) e de se tornar a pior moeda global no ano de 2024. Portanto, em termos de desempenho anual, o real entrega uma desvalorização de impressionantes 20,64% em relação ao dólar americano (USD).

O ranking destaca um cenário de forte deterioração econômica para o Brasil. E colocando o Real atrás de outras moedas que também sofreram quedas significativas, como o peso argentino (-16,55%) e a lira turca (-15,80%).

Além do Real, a tabela revela que, entre as moedas que conseguiram ganhos em relação ao dólar, o destaque foi o dólar de Hong Kong (HKD), com uma leve valorização de 0,33%. Outras moedas, como o Rial Saudita (SAR) e a Libra Esterlina (GBP), mostraram perdas moderadas, de 0,14% e 0,32%, respectivamente.

No entanto, do lado oposto, os números são alarmantes. As moedas com as maiores quedas incluem:

  • Peso Mexicano (MXN): -10,88%
  • Lira Turca (TRY): -15,80%
  • Peso Argentino (ARS): -16,55%
  • Real Brasileiro (BRL): -20,64%

Como o real virou a pior moeda do mundo em 2024?

O dólar começou a disparar nesta quinta-feira (28), e não parou mais. Foi quando atingiu sua máxima histórica contra o real. Em outras palavras, o real desvalorizou em relação ao dólar, e agora o preço está em seu maior valor da história.

Nesta sexta-feira, a moeda soberana brasileira continuou a desvalorizar, e ultrapassou a marca de R$6 por dólar pela primeira vez na história.

O movimento segue após o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmar na noite de ontem (27) as medidas fiscais de isenção de até R$ 5 mil e o aumento de impostos para quem tem renda mensal superior a R$ 50 mil.

Atualmente, o limite de isenção do imposto de renda é de R$ 2.824, para R$ 5 mil por mês. Para compensar o impacto fiscal, o governo proporá uma tributação mínima para pessoas físicas que recebem mais de R$ 50 mil.

A medida visa, nas palavras do Ministro, tirar um pouquinho a mais de quem tem condição para beneficiar quem não tem. Contudo, ainda segundo Haddad, a medida não tem a intenção de fazer caixa para o governo, e nem de aumentar os gastos públicos. Também vale lembrar que ontem aconteceu o primeiro pregão do governo Lula onde nenhum gringo quis comprar título de dívida público do Brasil.

Incertezas afastam os gringos, e também brasileiros

Portanto, para especialistas a polarização política, combinada com uma série de incertezas fiscais, afetou a confiança de investidores nacionais e internacionais. Propostas de novas tributações e dificuldades na aprovação de reformas estruturais aprofundaram a aversão ao risco.

O fortalecimento do dólar foi impulsionado por sucessivos aumentos nas taxas de juros promovidos pelo Federal Reserve (Fed), que atraíram fluxos de capital para mercados mais seguros e pressionaram moedas de economias emergentes, como o Brasil.

Além disso, o aumento do déficit fiscal brasileiro combinado com a saída de dólares por meio do mercado financeiro ,que registrou saldo negativo recorde em 2024, também aprofundou a pressão sobre a moeda do Real.

Apesar do brasileiro não comer dólar no sentido literal, ele come no figurado. A desvalorização tende a encarecer produtos importados. Isso eleva os preços de itens básicos, como combustíveis, eletrônicos e medicamentos. O que pode ocasionar uma alta da inflação em produtos, a inflação de custo.

 

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Brasil

População em situação de rua dobra durante governo Lula e ultrapassa 345 mil no Brasil, aponta estudo

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Números saltaram de estimativas entre 160 mil e 261 mil em 2023 para aproximadamente 345 mil em 2025; especialistas alertam para crise humanitária

Organizações sociais alertam que, sem ações emergenciais, o cenário pode se tornar uma das maiores crises humanitárias urbanas do país. Foto: internet 

Em um intervalo de pouco mais de 12 meses, o Brasil viu o número de pessoas vivendo nas ruas saltar de 160 mil para aproximadamente 345 mil, segundo dados do Observatório Brasileiro de Políticas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O aumento de mais de 100% ocorre mesmo após o lançamento do Plano “Ruas Visíveis”, em dezembro de 2023, que prometia destinar R$ 1 bilhão para combater a miséria urbana por meio de assistência social, habitação, saúde e geração de renda.

Onde está o problema?
  • Sudeste lidera: Concentra 60% da população de rua, com São Paulo (146.940), Rio (31.693) e Minas (31.410) no topo;

  • Norte tem menos de 5% do total;

  • Perfil predominante: 85% homens, 70% negros, além de 10 mil crianças e 32 mil idosos.

Por que os números explodiram?

Especialistas apontam causas estruturais:

  • Economia fraca: Desemprego, informalidade e custo de vida elevado;
  • Falta de autonomia: Programas assistenciais não resolvem a falta de emprego e moradia;
  • Estratégia insuficiente: Ações do governo não freiam o avanço da pobreza extrema.
Plano bilionário, resultados limitados

Apesar dos R$ 1 bilhão investidos, o “Ruas Visíveis” não impediu o agravamento da crise. Economistas alertam que, sem crescimento econômico sustentável e políticas de emprego efetivas, o problema pode se tornar irreversível.

Números saltaram de estimativas entre 160 mil e 261 mil em 2023 para aproximadamente 345 mil em 2025; especialistas alertam para crise humanitária. Foto: captada 

Divergência nas estimativas iniciais

Os números de 2023 variam conforme a metodologia:

  • 261 mil: Dados consolidados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com base em levantamentos oficiais;

  • 160 mil: Estimativas preliminares adotadas por alguns veículos de comunicação, com metodologias próprias.

A disparidade inicial já refletia a dificuldade de mapear o problema, mas a tendência de crescimento acelerado se confirmou em 2025.

Crise multifatorial

Especialistas atribuem o aumento a:

  • Desemprego e inflação (com perda do poder de compra);
  • Falta de políticas públicas eficientes de moradia e assistência social;
  • Agravamento de vulnerabilidades como dependência química e saúde mental.

Organizações sociais alertam que, sem ações emergenciais, o cenário pode se tornar uma das maiores crises humanitárias urbanas do país. Enquanto isso, prefeituras e governo federal discutem planos para ampliar abrigos, auxílios e reinserção laboral – mas as medidas ainda são insuficientes diante da escalada do problema.

Fontes: UFMG/IBGE/MTur

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Deputado Kataguiri reúne assinaturas para PEC que acaba com privilégios no funcionalismo público

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Proposta “anti-privilégios” do deputado federal pretende extinguir benefícios como férias acima de 30 dias, progressão automática e aposentadoria compulsória como penalidade

Deputado Kim Kataguiri alcança assinaturas necessárias para protocolar PEC que acaba com privilégios no funcionalismo. Foto: internet 

O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) anunciou nesta semana ter conseguido as 171 a 175 assinaturas necessárias para protocolar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa extinguir uma série de benefícios considerados privilégios no serviço público. Batizada de PEC “anti-privilégios”, a medida afetaria servidores do alto escalão dos três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

O que a PEC propõe mudar?

Entre os principais pontos da proposta estão o fim de:

  • Férias acima de 30 dias por ano
  • Adicionais por tempo de serviço e progressão automática
  • Aumentos retroativos
  • Licenças-prêmio e licenças por assiduidade (exceto para capacitação)
  • Licença com gratificação sem cargo de confiança
  • Aposentadoria compulsória como penalidade
  • Pensões por expulsão ou demissão
  • Indenizações sem previsão legal
Objetivo da proposta

Kataguiri argumenta que a PEC busca modernizar e tornar mais justo o serviço público, eliminando regalias que oneram os cofres públicos sem contrapartida à sociedade.

“É hora de acabar com os privilégios que só existem para uma pequena parcela de servidores, muitas vezes em cargos de alto escalão, enquanto a maioria da população enfrenta dificuldades”, afirmou o deputado.

Agora, com as assinaturas necessárias, a proposta será protocolada na Câmara dos Deputados e precisará ser analisada por uma comissão especial antes de seguir para votação em dois turnos no Plenário.

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Brasil

Trump promete “consequências severas” à Rússia se Putin não parar a guerra

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Líderes vão se reunir nesta sexta-feira (15) no Alasca; presidente dos EUA já havia dado prazo aos russos, mas não impôs sanções

Donald Trump e Vladimir Putin • Jorge Silva/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu “consequências muito severas” à Rússia caso Vladimir Putin não concorde em encerrar a guerra na Ucrânia durante a reunião que terão na sexta-feira (15).

“Haverá consequências”, disse Trump nesta quarta-feira (13), durante um evento no Kennedy Center, em Washington.

Questionado se isso significava novas sanções ou tarifas contra a Rússia, o líder americano alegou que não podia dizer, acrescentando apenas: “Haverá consequências muito severas”.

Trump já havia ameaçado novas sanções contra o governo russo como punição pela guerra na Ucrânia, estabelecendo a sexta-feira (8) passada como prazo para que Putin negociasse.

Porém, o prazo passou sem aplicação de novas sanções, que poderiam ter efeito limitado, dados os baixos níveis de comércio entre os EUA e a Rússia.

O presidente dos EUA também ameaçou impor sanções secundárias aos países que compram energia russa. Embora tenha imposto novas taxas à Índia, o segundo maior comprador de petróleo russo, ele não chegou a impor as novas tarifas do tipo.

Trump sugere encontro com Zelensky e Putin

Donald Trump também disse nesta quarta-feira que espera ter uma reunião com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky se o encontro com o líder russo nesta sexta correr bem.

“Há uma grande chance de termos uma segunda reunião, que será mais produtiva do que a primeira. Porque a primeira é: vou descobrir onde estamos, o que estamos fazendo”, afirmou Trump a repórteres.

“Se a primeira reunião correr bem, teremos uma rápida segunda reunião. Gostaria de fazer isso quase imediatamente, e teremos uma rápida segunda reunião entre o presidente Putin, o presidente Zelensky e eu, se eles quiserem que eu esteja presente”, adicionou.

Entenda a guerra na Ucrânia

A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.

Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.

Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.

A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.

O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.

Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.

Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.

Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.

 

Fonte: CNN

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