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Brasil

Prorrogação do auxílio é certeza em caso de segunda onda de Covid, diz Guedes

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“Existe possibilidade de prorrogar auxílio emergencial? Se houver segunda onda, não é uma possibilidade, é uma certeza”

O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante assinatura do termo de posse de novo presidente do Banco do Brasil
Foto: Alan Santos/PR

Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que, caso uma segunda onda da pandemia de Covid-19 atinja o Brasil, o governo pode recriar o auxílio emergencial em um valor menor do benefício. “Existe possibilidade de prorrogar auxílio emergencial? Se houver segunda onda, não é uma possibilidade, é uma certeza”, disse em evento virtual da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), nesta quinta-feira (12).

Ele explicou, no entanto, que no caso de uma segunda onda, o benefício provavelmente seria em valor menor aos R$ 600, repassados no início da pandemia, a partir de abril.

“Se vier uma segunda onda da pandemia, vamos decretar o Estado de Calamidade Pública de novo e vamos recalibrando os instrumentos e ter que recriar. Ao em vez de aumentarmos a dívida em 10% do PIB, como este ano, vamos aumentar em 4% do PIB”, observou.

Ainda segundo Guedes, a prorrogação do auxílio emergencial e da criação do Renda Brasil só será discutida após as eleições municipais que ocorrem nos próximos dias 15 e 29. “Isso não pode ser discutido agora. O que a economia diz agora é: o plano ‘A’ é a retirada gradual dos estímulos e o plano ‘B’ é só se a pandemia vier”, afirmou.

Na visão do ministro, o fato do endividamento público estar próximo dos 100% do PIB é consequência de uma preferência da geração atual em rolar os custos para a geração futura. “Isso é uma falta de compromisso com a geração futura. Isso não vamos fazer. Enfrentamos uma guerra e vamos arcar com isso”, reforçou.

Retorno do imposto sobre transações 

Apesar de já ter dito que o imposto sobre transações financeiras digitais estava “morto”, pelo menos durante as eleições, o ministro voltou a defende o novo tributo como forma de financiar a desoneração da folha de pagamentos e estimular a criação de empregos.

“Quando falamos em desonerar a folha, precisamos encontrar uma forma de financiamento, e aí falamos então no imposto sobre transações, inclusive as digitais, que são as que mais crescem no país. Foi nesse sentido que consideramos essa alternativa de tributação, mas sempre com a perspectiva de que não há aumento de impostos, é uma substituição tributária”, explicou.

Guedes também esclareceu que, apesar do plano não ser para o aumento da carga tributária, os dividendos, que hoje são isentos, passarão sim a ser tributados. A ideia é que a cobrança sirva para compensar a redução da tributação sobre o lucro das empresas.

“Quem nunca pagou, vai pagar. Vai haver aumento de imposto sobre dividendos? Vai. Vai aumentar imposto sobre quem estava isento antes e nunca pagava? Vai. Se nós tributarmos as transações, quem não pagava, vai começar a pagar”, reforçou.

Dimensão digital 

Ao lembrar que o Brasil é a terceira maior democracia digital e o quarto mercado digital do mundo, o ministro reforçou o comprometimento do governo com a digitalização do serviço público.

Ele destacou que, embora a previsão de que a reforma administrativa economize R$ 300 bilhões nos próximos 10 anos, essa estimativa é conservadora se considerados os avanços digitais.

“Assumimos que para cada 100 funcionários que se aposentem, teríamos uma reposição de 70%, mas o que acontece, na verdade, é de apenas 26%. Isso por causa da digitalização dos serviços. Com a digitalização dos serviços é possível atender de forma muito melhor os brasileiros com a produtividade do funcionalismo público mais alta e economizando recursos”, diz Guedes.

“É possível que essa reforma economize mais de R$ 450 bi, podendo chegar até R$ 500 bilhões nos próximos 10 anos, se tivermos sucesso com a digitalização”, completou.

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Mudança no IR deve isentar quase metade dos professores da educação básica no Acre a partir de 2026

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Estudo do Ipea mostra que percentual de docentes acreanos totalmente isentos salta de 12,7% para 47,5%; mais de 27% terão redução nos descontos e ganho pode chegar a um salário extra por ano

Antes da alteração, apenas 12,7% dos docentes acreanos não pagavam Imposto de Renda. Com a nova faixa de isenção, esse percentual salta para 47,5%, quase metade da categoria. Foto: captada 

A mudança na tabela do Imposto de Renda, válida a partir de 2026, deve beneficiar massivamente os professores da educação básica no Acre. De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 47,5% dos docentes do estado ficarão totalmente isentos do tributo — antes, apenas 12,7% estavam livres da cobrança. Outros 27,5% pagarão menos imposto devido à redução progressiva das alíquotas para salários de até R$ 7.350.

Com a nova faixa de isenção (até R$ 5 mil), o número de professores sujeitos à alíquota máxima de 27,5% cairá de 56,9% para 25%. No cenário nacional, a medida deve atingir cerca de 620 mil docentes, que deixarão de recolher IR, além de outros 21,9% que terão carga tributária reduzida.

Segundo o Ipea, o ganho médio anual para os beneficiados será de aproximadamente R$ 5 mil, o equivalente a um salário extra no ano. A mudança é especialmente relevante para profissionais com renda próxima ao piso nacional da categoria, fixado em R$ 4.867,77 em 2025.

Impacto no estado:
  • Antes: Apenas 12,7% não pagavam IR.

  • Com a nova regra: 47,5% ficam totalmente isentos (salários até R$ 5 mil/mês).

  • Redução tributária: 27,5% pagarão menos (renda entre R$ 5 mil e R$ 7.350).

  • Alíquota máxima (27,5%): Cai de 56,9% para 25% dos professores.

Benefício nacional:

No Brasil, 620 mil professores deixarão de recolher Imposto de Renda. A proporção de isentos mais do que dobra, indo de 19,7% para 51,6%. Ao todo, 73,5% dos docentes terão aumento na renda líquida.

Ganho médio:

O ganho estimado é de R$ 5.079,84 por ano – equivalente a um salário extra no período. “Com a isenção até R$ 5 mil, esses docentes deixam de pagar Imposto de Renda sobre esse salário”, explica Paulo Nascimento, coordenador de educação do Ipea.

Perfil dos beneficiados:
  • Um vínculo: 60,7% isentos + 21,1% com redução.

  • Múltiplos vínculos (17,5% da categoria): 32,3% isentos + 26,1% com redução.

  • Outra atividade além da docência: 40,2% isentos + 20,9% com redução.

A medida é especialmente relevante para quem recebe valores próximos ao piso nacional do magistério (R$ 4.867,77 em 2025). Antes da mudança, muitos eram tributados na alíquota máxima. Os professores devem acompanhar as orientações da Receita Federal sobre a declaração de 2026. Secretarias de Educação também podem promover campanhas para esclarecer o impacto da nova tabela.

O impacto é considerado ainda mais relevante para quem recebe valores próximos ao piso nacional do magistério, fixado em R$ 4.867,77 para 2025. Foto: captada 

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Justiça exige que Antônia Lúcia pare exposições e manda proteger vida privada de Silas

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As plataformas Meta e Google foram notificadas para proceder à remoção dos conteúdos indicados, conforme os parâmetros estabelecidos pela Justiça

A decisão também determina a remoção, no prazo de 24 horas, de publicações já veiculadas que contenham esse tipo de conteúdo. Foto: captada 

A Justiça do Amazonas determinou medidas de proteção à intimidade e à vida privada do deputado federal Silas Câmara (Republicanos) em ação judicial envolvendo sua ex-esposa, a também deputada federal Antônia Lúcia Câmara, com quem mantém divórcio já formalizado e averbado em cartório.

A decisão estabelece limites para a exposição pública de fatos relacionados ao antigo relacionamento conjugal, ao entender que publicações feitas em redes sociais e outros meios ultrapassaram o interesse público e atingiram aspectos da vida privada, da honra e da esfera familiar do parlamentar. As determinações fixadas não impõem qualquer restrição ao exercício do mandato ou à atuação política da deputada.

Conforme o entendimento do magistrado responsável pelo caso, devem ser observadas obrigações específicas de não fazer. Entre elas, Antônia Lúcia deverá se abster de utilizar o nome, imagem ou qualquer referência que identifique Silas Câmara quando o conteúdo tratar de temas de natureza íntima, conjugal ou privada, como divórcio, dinâmica familiar ou alegações pessoais desvinculadas do debate público.

A decisão também determina a remoção, no prazo de 24 horas, de publicações já veiculadas que contenham esse tipo de conteúdo. Além disso, foi definido que qualquer comunicação entre as partes ocorra exclusivamente por meio de seus respectivos advogados, como forma de organização processual e prevenção de novos conflitos.

O juiz ainda recomendou distanciamento físico entre as partes em eventos privados organizados pelo autor da ação, ressalvando de forma expressa que a medida não interfere no livre exercício das funções públicas, parlamentares ou partidárias da deputada.

A aplicação de multa está prevista apenas em caso de descumprimento das determinações judiciais, como mecanismo para garantir a efetividade da decisão. As plataformas Meta e Google foram notificadas para proceder à remoção dos conteúdos indicados, conforme os parâmetros estabelecidos pela Justiça.

Até o momento, Antônia Lúcia Câmara não se manifestou oficialmente sobre a decisão.

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Hugo Souza explica briga entre jogadores do Corinthians: “Fui apartar”

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Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão durante a partida contra o Vasco

Hugo Souza, do Corinthians, durante partida contra o Vasco • Divulgação/Corinthians

O empate sem gols entre Corinthians e Vasco, nesta quarta-feira (18), na Neo Química Arena, pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil, foi marcado por um desentendimento interno no elenco alvinegro.

Durante o segundo tempo, Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão dentro do campo antes da cobrança de um escanteio. A confusão exigiu a intervenção do goleiro Hugo Souza, que entrou no meio para conter a tensão e evitar que a briga ganhasse maiores proporções.

A divergência, no entanto, não ficou restrita aos 90 minutos. Após o apito final, o lateral e o atacante voltaram a discutir no caminho para o vestiário. Matheuzinho tentou conversar com Yuri Alberto, que recusou.

Hugo Souza falou sobre o episódio na zona mista.

”Bom, na verdade ali é o jogo. Todo mundo quer ganhar e quando as coisas não estão acontecendo da forma que a gente imagina, acaba que a cabeça fica um pouco quente. Na verdade eu fui apartar uma discussão entre a gente, mas era uma discussão para a nossa melhora, para gente tentar entender o que estava acontecendo no jogo”, explicou Hugo Souza na zona mista.

Como foi o jogo

Em um jogo bastante disputado no meio e de poucas chances claras de gol, Corinthians e Vasco empataram por 0 a 0, nesta quarta-feira (17), pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil.

A Neo Química Arena, estádio do Timão, recebeu uma bela festa dos 47.339 torcedores presentes, segundo maior público do local no ano. A partida teve dois gols invalidados por impedimento — Rayan pelo time carioca e Memphis Depay pelo paulista.

Hugo Souza avaliou que o Corinthians apresentou um desempenho abaixo do esperado.

”Ficou claro que fizemos um jogo abaixo do que esperávamos. Talvez ter um pouco mais a bola e botar o nosso plano de jogo em prática. A gente sabe que precisa melhorar e agora é corrigir o que fizemos hoje. O que aconteceu hoje pode servir de aprendizado para a gente. Que bom que não perdemos o jogo hoje. Foi difícil, a equipe do Vasco é qualificada. O plano deles hoje funcionou mais do que o nosso”, afirmou.

Sem vantagem para nenhum dos lados, a definição do campeão da Copa do Brasil virá no Maracanã, domingo (21), com mando da torcida vascaína. Os ingressos já estão esgotados.

“A gente tem certeza que vai melhorar e fazer um jogo melhor lá, porque se a gente quer ser campeão, a gente precisa fazer um jogo melhor”, concluiu o goleiro.

Fonte: CNN

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