Cotidiano
Projeto social adapta aulas de capoeira e promove inclusão de estudantes com deficiências no Acre
Capoeira para Todos atende 60 alunos no Centro de Ensino Especial Dom Bosco, em Rio Branco. Mestre fala sobre prática adaptada e destaca que inclusão beneficia desenvolvimento dos alunos
A inclusão por meio do esporte. É com esse objetivo que a Associação Cultural e Desportiva AcreBrasil Capoeira tem atendido estudantes com deficiências do Centro de Ensino Especial Dom Bosco, em Rio Branco (AC). A entidade tem 20 núcleos no Acre e também desenvolve atividades fora do país.
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Projeto Capoeira Para Todos oferece aulas adaptadas para estudantes com deficiências no Acre — Foto: Arquivo pessoal/Ozéias da Silva Figueiredo
A adaptação do esporte faz parte do Programa de Inclusão e Educação com a Capoeira AcreBrasil. Há cinco anos, a entidade criou o projeto Capoeira para Todos para atender estudantes com deficiências e incentivar a prática esportiva.
Nosso objetivo é de levar oportunidades a todos de forma adaptada para qualquer especialidade e mostrar que todos somos capazes de se alegrar e prevenir a saúde através da prática da capoeira. As aulas são direcionadas de forma específica e preparada com muito carinho para envolver todos independente de sexo, idade, físico, cor, raça, deficiências ou qualquer outro tipo limitação.
— Ozéias da Silva Figueiredo, o mestre Caboquinho, fundador da Associação Cultural e Desportiva AcreBrasil Capoeira.
O projeto Capoeira para Todos tem sido promovido em parceria com a Fundação Garibaldi Brasil (FGB) por meio do Fundo Municipal de Esportes e Lazer.
De acordo com o mestre Caboquinho, cerca de 60 alunos são atendidos com as aulas adaptas. Ele explica que a prática do esporte, que envolve musicas e vários movimentos corporais, ajuda o desenvolvimento dos estudantes com deficiências.
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Projeto Capoeira para Todos atende o Centro de Ensino Especial Dom Bosco, em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal/Ozéias da Silva Figueiredo
— Imagine que uma pessoa paralítica ouve o ritmo das músicas e você acaba percebendo um movimento nos olhos, movimento facial e as vezes consegue até fazer um som com a boca. Eles se sentem assistidos e não rejeitados. Percebem que não são totalmente incapazes. Se sentem felizes. Tentamos conseguir o mínimo que para eles podem ser o máximo — completa.
Além do projeto Capoeira para Todos, a Associação Cultural e Desportiva AcreBrasil Capoeira promove atividades em mais de 10 comunidades da capital acreana de forma gratuita.
Segundo o mestre Caboquinho, em algumas oportunidades a entidade recebe apoio por meio de editais municipais de cultura e ajuda parlamentar de vereadores e deputados, mas não é sempre.
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Associação Cultural e Desportiva AcreBrasil Capoeira oferece aulas gratuitas para comunidade — Foto: Mestre Caboquinho/Arquivo pessoal
— Só que esses apoios e parcerias não são sempre que temos. Quando acaba a parceria, sempre seguimos com nossos atendimentos de forma voluntária, pois o importante é seguir colaborando com o bem-estar das pessoas que nos procuram pelo o nosso trabalho — destaca.
Associação Cultural e Desportiva AcreBrasil Capoeira foi fundada em 2004 e oficializada em 2013. Os bairros Universitário, Novo Horizonte, Jequitibá e Bahia Velha são alguns que são atendidos com escolinhas na capital acreana.
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“UAP reafirma aumento de 134% nas tarifas de diplomas para estrangeiros e impacta acreanos em busca de formação na Bolívia”
“Reajuste, justificado pela desvalorização do peso boliviano, eleva custo de diploma de licenciatura de R$ 10 mil para R$ 24 mil. Especialistas questionam transparência e impacto sobre estudantes.”

A Dra. Suárez afirmou que o ajuste visa “equilibrar os custos administrativos” diante da alta do dólar e da desvalorização da moeda local. Foto: captada
A Universidade Amazônica de Pando (UAP), na Bolívia, reafirmou em entrevista o reajuste drástico nas tarifas para emissão de diplomas a estudantes estrangeiros, com aumentos que chegam a 133,8% em alguns casos. A justificativa da instituição, liderada pela diretora de Informação Acadêmica, Dra. Guillermina Suárez, é a desvalorização do peso boliviano frente ao real brasileiro. No entanto, o impacto financeiro sobre alunos, especialmente brasileiros que buscam formação técnica ou superior no país, levanta questionamentos sobre transparência e critérios usados nos cálculos.
Os números do polêmico reajuste:
Técnico Superior: Aumento de 4% (de Bs 3.845 para Bs 4.000).
Licenciatura: Salto de 133,8% (de Bs 14.115 para Bs 33.000).
Segundo Guillermina Suárez, diretora de Informação Acadêmica da UAP, o ajuste visa “equilibrar o valor do procedimento em função da taxa de câmbio atual”. No entanto, fontes internas da universidade afirmam que o cálculo não foi transparente e que brasileiros estão sendo desproporcionalmente afetados.
“Paguei Bs 14.115 pelo meu diploma em 2023. Se formasse hoje, teria que desembolsar Bs 33.000 – quase R$ 24 mil na cotação atual. É um abuso”, denuncia R.S., formando em medicina que preferiu não se identificar.

Em valores convertidos para o real (considerando câmbio aproximado), o custo de um diploma de licenciatura pulou de cerca de R$ 10 mil para R$ 24 mil. Foto: captada
Justificativa da UAP e questionamentos
A Dra. Suárez afirmou ainda que o ajuste visa “equilibrar os custos administrativos” diante da alta do dólar e da desvalorização da moeda local. No entanto, especialistas em educação internacional apontam que:
Não há clareza sobre como a taxa de câmbio justifica um aumento tão desigual entre cursos.
A sustentabilidade institucional não deveria recair majoritariamente sobre estudantes estrangeiros, que já pagam valores diferenciados.
O timing da mudança coincide com um aumento no fluxo de brasileiros buscando diplomas na Bolívia – o que sugere possível oportunismo financeiro.
Em valores convertidos para o real (considerando câmbio aproximado), o custo de um diploma de licenciatura pulou de cerca de R$ 10 mil para R$ 24 mil – um valor que, para muitos estudantes, pode significar o abandono do sonho da formatura.
Veja vídeo entrevista com TV Unitel/Pando:
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“Homem bêbado e armado com terçado interrompe serviço público em ramal de Cruzeiro do Sul”
Jocimar Oliveira, 48 anos, foi preso após ameaçar operador de máquina e moradores; PM o encontrou embriagado e sem camisa durante ação no Ramal Sacado da Brasília

Homem é preso por ameaçar operário e perturbar paz em ramal vicinal de Cruzeiro do Sul. Foto: ilustrativa
Um homem de 48 anos foi preso na tarde desta segunda-feira (9) no Ramal Sacado da Brasília, em Cruzeiro do Sul, após ameaçar um operador de máquina e perturbar a ordem pública. Identificado como Jocimar Oliveira (J.O.), ele foi detido pela Polícia Militar enquanto, embriagado e armado com um terçado, tentava impedir os serviços de recuperação da via.
Ameaças interrompem trabalho comunitário
De acordo com relatos de moradores, J.O. costuma ficar agressivo após consumir álcool. Desta vez, ele ameaçou o motorista de uma retroescavadeira que realizava a manutenção do ramal, atitude que levou a comunidade a acionar a PM.
— Ele estava sem camisa, descalço e claramente bêbado, balançando o terçado e xingando todo mundo — contou uma testemunha.
Prisão em flagrante
Ao chegar ao local, os policiais encontraram Jocimar em visível estado de alteração psicomotora, com o terçado ainda em mãos. Ele foi detido imediatamente e levado para a delegacia, onde responderá por ameaça, perturbação da ordem pública e resistência (caso tenha se oposto à prisão).
Histórico de comportamento violento
Moradores afirmam que o acusado já tem um passado de brigas e ameaças quando está sob efeito de álcool. Desta vez, no entanto, seu comportamento atrapalhou um serviço essencial para a comunidade, que aguardava a recuperação da estrada.
A PM reforçou que ações como essa serão reprimidas para garantir a segurança de trabalhadores e moradores em áreas rurais e vicinais. O caso segue sob investigação, e J.O. deve ser indiciado ainda nesta semana.
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“Líder de facção é preso por mandar matar ex-marido de companheira em Rio Branco”
Roney da Silva Ponce, o “Menor”, foi capturado após 4 anos foragido; ele ordenou execução de homem que agrediu ex-esposa em 2019 e cumpria pena de 24 anos

A 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco havia expedido o mandado de prisão, que foi cumprido sem resistência. Foto: captada
Foragido há quatro anos, Roney da Silva Ponce foi capturado no ramal do Brás e responderá por homicídio qualificado; crime ocorreu após vítima agredir ex-companheira.
Em operação realizada na manhã desta terça-feira (10), a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu Roney da Silva Ponce, 41 anos, conhecido como “Menor”, no ramal do Brás, no bairro Belo Jardim 2, em Rio Branco. O foragido da Justiça era procurado desde que foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão por mandar executar Mateus Souza Araújo, 27 anos, em julho de 2019.
O crime que motivou a condenação
De acordo com as investigações, Mateus teria invadido a casa da ex-esposa para agredi-la. Testemunhas relataram que Roney, identificado como líder de uma facção criminosa, ordenou o assassinato como retaliação. A vítima foi executada a tiros dentro da residência da ex-companheira, na rua Tancredo Neves, no mesmo bairro onde o mandante foi preso hoje.
Prisão após anos foragido
A 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco havia expedido o mandado de prisão, que foi cumprido sem resistência. Após a captura, “Menor” foi levado para a Delegacia Central de Flagrantes (DEFLA) e, em seguida, será transferido para o Complexo Prisional Dr. Francisco de Oliveira Conde, onde começará a cumprir a pena.
Operação reforça combate ao crime organizado
A prisão de Roney representa um duro golpe na estrutura da facção que ele comandava. A DHPPdestacou que a ação faz parte de uma estratégia contínua para prender foragidos envolvidos em crimes violentos na capital acreana.
A Polícia Civil não descarta novas prisões de integrantes da organização criminosa ligada ao caso.
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