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Professor cria página no Instagram para contar história do Acre com acervo de fotos antigas
Página foi criada no ano passado durante a pandemia, quando o professor precisou se afastar das salas de aula presencialmente. O Acre comemora 59 anos nesta terça-feira (15).

Professor cria página no Instagram para contar história do Acre usando fotos antigas do estado — Foto: Reprodução/O Acre que não vivi
Por Tácita Muniz
O professor Junior do Nascimento, de 37 anos, uniu duas paixões para reinventar a forma de ensinar durante a pandemia: fotografia e história se uniram para mostrar aos internautas um Acre antigo, que os mais novos não viveram.
Por isso o perfil recebeu o nome: “O Acre que não vivi” e reúne fatos históricos do estado, que nesta terça-feira (15) completa 59 anos desde que virou estado – o único que lutou para ser brasileiro.
Atuando como professor há sete anos em duas escolas da rede pública de ensino, ele dá aula para o ensino fundamental. Segundo ele, ano passado, com a suspensão das aulas presenciais, devido à pandemia, teve a ideia de criar a página para chamar mais atenção dos alunos e também expor fotos históricas do estado.
“A ideia da página veio do gosto pelas fotografias como fontes historiográficas. Então, em sala de aula observava que os alunos se interessavam mais por fotos nas aulas e essas aulas fluem mais com o uso das fotografias. Também percebi que os alunos não conheciam bem o estado e a cidade em que moravam, olhavam para os lugares e não sabiam o que foi determinado lugar, aí resolvi criar a página, não só para os alunos, mas para todos”, conta.
Rei Roberto Carlos e Garrincha no Acre
A página mostra muitas curiosidades, como a primeira vez em que um avião fez a rota entre Brasília e o estado ou quando o rei Roberto Carlos esteve em Rio Branco. Junto com as fotos, as legendas trazem um pouco da história daquela época. Inclusive, ele tem fotos até da visita do Garrincha no estado.

Ex-craque Garrincha (direita) com a camisa do Independência, em 1973 — Foto: Arquivo pessoal/Manoel Façanha
O professor já trabalhou no patrimônio histórico do estado, de onde conseguiu algumas fotos, mas conta com a ajuda de amigos e internautas que também contribuem para o material.
“Como comecei a ficar mais em casa, fui atrás de mais fotos e imaginando o que faria com elas. Uma página era algo que queria fazer há muito tempo. Antes queria fazer um blog, mas como não tenho muita prática, fui pelo Instagram mesmo. Ainda bem que muita gente já gostou: alunos, ex-alunos, colegas. Muita gente me indica um familiar, pergunta se quero entrevistar e os seguidores me mandam fotos também”, conta.
Nascimento diz que a fotografia é uma forma eficaz de analisar o contexto histórico, percebendo detalhes que nem sempre estão tão claros na literatura.
“Através da fotografia podemos analisar muitas coisas; a arquitetura, o modo de se vestir das pessoas, coisas que existiam e não existem mais. Uma foto é uma aula. Por isso que a fotografia é importante, porque ela passa essas informações de geração para geração. Muitas pessoas não imaginam que o Formigão um dia foi um cinema. A primeira vez que fui a um cinema, foi no Cine Rio Branco assistir, inclusive, Os Trapalhões”, finaliza.
Algumas fotos:
- Acre como estado

Cerimônia que marcou emancipação política do Acre — Foto: Reprodução/O Acre que não vivi
A foto acima mostra o dia da cerimônia de assinatura que passou o Acre para a condição de estado em 1962. Antes o Acre era só um território federal. No centro da imagem está Jose Guiomard dos Santos, que lutou para que e o Acre se fosse um estado.

Iolanda Fleming primeira mulher a governar um estado no Brasil — Foto: Patrimônio Histórico do Acre
- Primeira mulher no governo
Iolanda Fleming era vice-governadora na chapa com o Nabor Junior, com a ida do Nabor para disputar o Senado, ela assumiu o governo no ano de 1986 até 1987. “Uma foto que representa muito as mulheres, pois foi a primeira a governar um estado no Brasil”, diz o professor.

Avião Douglas C47, que fez a primeira ligação entre o Rio de Janeiro e o Acre — Foto: Patrimônio Histórico do Acre
- Ligação entre RJ e AC
Avião Douglas C47, que fez a primeira ligação entre o Rio de Janeiro e o Acre, quando o Rio de Janeiro era capital do país e o Acre um Território. A foto é de quando o avião veio pela primeira vez para o Acre.

Rei Roberto Carlos em Rio Branco em 1968 — Foto: Reprodução/O Acre que não vivi
- Roberto Carlos no Acre
Rei Roberto Carlos em Rio Branco em 1968. Segundo o professor, ele fez um show no Estádio José de Melo. A foto foi enviada a ele por um amigo.

Garrincha (2º agachado E/D) com parte do elenco do Independência, em 1973 — Foto: Arquivo pessoal/Manoel Façanha
Um ano antes, em 1972, o ex-craque já tinha vestido a camisa do Náuas, da cidade de Cruzeiro do Sul, durante amistoso com São Cristóvão, que terminou empatado por 1 a 1.
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Mais de 60% das declarações retidas na malha do IRPF 2025 já foram liberadas por autorregularização
Das 3,9 milhões de declarações inicialmente retidas, mais de dois terços foram corrigidas pelos próprios contribuintes, sem necessidade de ação fiscal.
No período de 17 de março a 23 de setembro deste ano, a Receita Federal recebeu 45.645.935 declarações do IRPF 2025, ano-base 2024.
No processamento, 3.971.267 declarações (8,7%) ficaram retidas na malha fiscal, das quais mais de 66% já foram liberadas por terem sido regularizadas pelos próprios contribuintes sem a necessidade de fiscalização pela RFB.
A possibilidade de acesso à sua situação fiscal e a orientações para a correção de erros foram fundamentais para a promoção da conformidade.
Ainda permanecem retidas em malha 1.292.357 declarações, o que corresponde a 2,8% do total de declarações recebidas.
Desse total, 69,2% (894.580 declarações) referem-se a contribuintes com imposto a restituir, 27,9% (360.018 declarações), com imposto a pagar e 2,9%( 37.759) com saldo zero, ou seja , nem a restituir nem a pagar.
Veja os principais motivos de retenção em malha em 2025:
– 32,6% – Deduções – despesas médicas: as despesas médicas são o principal motivo de retenção, correspondendo a 32,6% do total de retenções;
– 30,8% – Omissão de rendimentos: Inclui rendimentos não declarados pelos titulares das declarações ou por seus dependentes;
– 16,0% – Deduções – exceto despesas médicas: as demais deduções correspondem a 16,0% do total de retenções; e
– 15,1% – Diferenças no Imposto Retido na Fonte (IRRF): Diferença entre os valores declarados pelos contribuintes e os informados pelas fontes pagadoras na Dirf.
A Receita Federal ampliará o esforço de orientação e autorregularização e editará a versão 2025 do Projeto Cartas, ação institucional que incentiva a conformidade tributária.
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Prefeitura de Rio Branco celebra Dia Internacional do Idoso com festa e renovação de compromissos
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“Senhor Smith” é condenado a 34 anos de prisão por assassinato brutal de jovem em 2020

Rui Alberto, vulgo “Senhor Smith” – comandou a execução.
O Conselho de Sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco condenou, nesta terça-feira (30), Rui Alberto de Araújo Lima, conhecido como “Senhor Smith”, a 34 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de João Vitor da Silva Farias, ocorrido em 2020.

João Vitor foi esquartejado e jogado no Rio Acre – Foto: Arquivo
O réu foi considerado culpado por homicídio qualificado, constrangimento ilegal, corrupção de menores, porte ilegal de arma de fogo, vilipêndio e ocultação de cadáver. A sentença foi proferida pelo juiz Álesson Braz, que determinou que a pena seja cumprida no Complexo Penitenciário de Rio Branco, onde Rui já se encontra preso.
O crime ocorreu em 1º de outubro de 2020, quando João Vitor e a namorada foram abordados por homens armados no bairro Taquari. A vítima foi levada para uma casa abandonada, assassinada e esquartejada a golpes de terçado, tendo os restos mortais lançados no Rio Acre, até hoje não localizados.
A namorada, que chegou a ser ameaçada com uma arma, foi liberada e se tornou a principal testemunha do caso, ajudando a identificar os envolvidos. Além de Rui Alberto, três adolescentes participaram do crime e Jean Lima dos Santos, o “Capacete”, segue foragido. A decisão é passível de recurso.
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