Acre
Procurador de justiça do Acre aparece como um dos beneficiados em distribuição ilegal de terras
Wania Pinheiro, Agência ContilNet
“Os repórteres do Fantástico mostram uma grande farra na distribuição de terras da reforma agrária”. A frase foi usada como chamada para uma reportagem especial feita pelo Fantástico, da TV Globo, que falou sobre distribuição ilegal de terras nas regiões Norte e Sudeste do Brasil.
A reportagem, de cerca de 15 minutos, foi um dos destaques da edição de domingo (3). A primeira reportagem especial de 2016 tomou grande parte do principal jornalístico da TV Globo e trouxe, logo nos primeiros minutos, imagens da fachada do Ministério Público do Acre.
“Enquanto trabalhadores rurais passam muito tempo esperando por um lote, empresários, autoridades públicas e até gente morta receberam áreas do governo, sem gastar um tostão. Segundo a Controladoria-Geral da União, há 76 mil lotes com indícios de fraude, quase 8% do total concedido nos últimos 20 anos”.
A matéria foi ilustrada com a história de José e Janice, casal de agricultores que sonha, há 9 anos, com a contemplação de terras da reforma. “Eles até tem direito, mas ainda não realizaram o sonho, ao contrário de grandes empresários, que levam vida de luxo, e não pagaram nada pelas terras”, destaca o repórter do Fantástico, Maurício Ferraz, que esteve na capital, Rio Branco, para investigar a denúncia.
A reportagem do programa percorreu propriedades no Acre, Tocantins, São Paulo e Pará. No Estado, professores universitários, funcionários de prefeituras, e até um procurador de justiça podem estar envolvidos em esquemas de fraude.
Willians João Silva e Elza Maria Silva, marido e mulher, aparecem como assentados desde 2000. O problema é que Willians é procurador de justiça – com salário de, aproximadamente, R$ 30 mil – e funcionário público.
“o procurador fica com área privilegiada. Primeiro, porque fica há 30 km da capital, Rio Branco. Segundo, porque, para chegar aqui, nem precisa pegar estradas de terra: a fazenda fica as margens de uma das principais rodovias do estado”.
Por telefone, o procurador garantiu que as terras estão no nome da mulher dele. “Porque eu sou proibido, não posso ter terra. Então, o Incra procura intimar ela, não me intima”.
Ele ainda afirma que a esposa indicou parentes na hora de ser beneficiada com lotes. “Ela indicou uma irmã, duas irmãs, um sobrinho e mais, parece, um amigo em comum que nós temos”. Em carta, o procurador afirma que a informação é inverídica e pediu que a entrevista não fosse divulgada.
Por entender que a pauta é de interesse público, a editoria do Fantástico exibiu a reportagem e divulgou o áudio. O Incra pode exigir que o procurador devolva os lotes. Mais de 120 mil famílias estão em fila para ser beneficiado pela reforma.
Confira a reportagem completa clicando AQUI
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Acre
O coordenador da Defesa Civil, major Sandro Cordeiro, informou neste domingo, 28, que o nível do Rio Acre em Brasiléia, monitorado pelo órgão, já apresenta processo de vazante, após atingir o pico nas últimas horas. De acordo com Cordeiro, a medição mais recente, realizada na régua linimétrica, aponta que o nível das águas está em 8,50 metros. “Ontem, por volta das 23h, o rio chegou ao ápice, atingindo 8,80 metros. Durante a madrugada, já foi registrada uma vazante de 30 centímetros”, explicou. Publicidade Segundo o coordenador, além da redução observada na área urbana, outras regiões também começam a apresentar recuo das águas. “Tanto a Aldeia dos Patos quanto Assis Brasil já se encontram nesse processo de vazante”, destacou. Apesar do cenário mais favorável, a Defesa Civil segue em estado de atenção. Cordeiro reforçou que o órgão continuará com o monitoramento permanente por meio da sala de situação. “Seguiremos atentos e, caso haja qualquer alteração no nível do rio, voltaremos a divulgar novos boletins oficiais”, concluiu. VEJA O VÍDEO:

O nível do Rio Acre chegou a 14,86 metros na medição realizada às 5h21 deste domingo, 28, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco nas primeiras horas do dia. O patamar permanece acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros, mantendo o risco de alagamentos em diversos pontos da capital.
Diante do avanço das águas, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) divulgou o boletim atualizado sobre a situação dos abrigos. Até o momento, 34 famílias foram acolhidas pelo município, totalizando 115 pessoas em situação de abrigo
Ainda segundo a Defesa Civil, nas últimas 24 horas foram registrados 7 milímetros de chuva em Rio Branco, fator que contribui para a continuidade da elevação do nível do manancial.

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Rio Acre segue em alta e atinge 14,94 metros em Rio Branco neste domingo
Nível do rio sobe 8 centímetros em menos de quatro horas e mantém risco de alagamentos na capital
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De seringal à capital do Acre: Rio Branco completa 143 anos neste domingo

Foto: Pedro Devani
Rio Branco celebra neste 28 de dezembro 143 anos de fundação. A data remete ao surgimento do antigo Seringal Volta da “Empreza”, criado em 28 de dezembro de 1882 pelo cearense Neutel Maia, às margens do rio Acre.
O local, inicialmente um seringal, rapidamente se transformou em um povoado estratégico, impulsionado pelo intenso movimento de vapores durante o período das cheias e pela instalação da casa comercial Nemaia e Cia., que atendia comerciantes, pequenos seringais e o abastecimento da região.
O crescimento espontâneo fez com que a Volta da “Empreza” deixasse de ser apenas um espaço privado e passasse a exercer papel central na economia e na vida social do médio rio Acre. Esse processo foi decisivo para que o povoado se tornasse palco de episódios importantes da história acreana, incluindo conflitos do fim do século XIX e início do XX e, posteriormente, a ocupação militar de 1903.
O nome Rio Branco surgiu nesse contexto de reorganização administrativa. Após a anexação do Acre ao Brasil, pelo Tratado de Petrópolis, o povoado passou a ser chamado de “Villa” Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco, figura central na diplomacia que garantiu a incorporação do território ao país.
Entre 1903 e 1912, a denominação ainda oscilou entre Rio Branco e Penápolis, mas, em 23 de outubro de 1912, o Decreto Federal nº 9.831 elevou oficialmente o local à categoria de cidade com o nome definitivo de Rio Branco.
Ao longo das primeiras décadas, a área urbana permaneceu concentrada na margem direita do rio Acre, atual Segundo Distrito, onde surgiram os primeiros arruamentos, casas comerciais e bairros operários. A partir de 1909, a expansão avançou para a margem esquerda, com a abertura de novas ruas e a formação de colônias agrícolas, dando início ao processo de integração dos dois lados da cidade.
Por ser o mais importante núcleo urbano do estado e o principal centro político e econômico do Acre, Rio Branco foi escolhida como capital do antigo Território Federal e, posteriormente, do Estado do Acre.
Rio Branco é a quarta capital mais antiga da Região Norte, atrás apenas de Belém, Manaus e Macapá, consolidando-se como referência histórica, administrativa e populacional da Amazônia ocidental.
Fonte: Prefeitura de Rio Branco



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