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Prefeitura de Xapuri retoma obras do Museu Casa Branca e reinauguração ocorrerá no dia 5 de setembro

Raimari Cardoso
Depois de vários anos de paralisação, em decorrência de problemas relacionados ao processo licitatório, a obra de restauração de um dos principais pontos histórico de Xapuri, o Museu Casa Branca, foi retomada é já tem, inclusive, data para que o espaço cultural seja reinaugurado: o próximo dia 5 de setembro, quando se comemora o Dia da Amazônia.
De acordo com o secretário de Infraestrutura do município, Josué Ferreira, o contrato anterior foi cancelado por orientação da Caixa Econômica Federal, que é gestora do convênio, e outra empresa foi contratada. Ele diz que o processo tem sido complexo por uma série de fatores, como a defasagem dos preços, mas que aos poucos as pendências foram sendo resolvidas e os serviços retomados.
“É um convênio muito antigo, ainda da gestão anterior, que quando assumimos, em 2017, tivemos que procurar a empresa responsável e tivemos muitas dificuldades que fizeram com que a situação fosse se arrastando. Mas no próximo dia 5 de setembro estaremos devolvendo ao público esse prédio que tem tanta importância para o Acre”, esclareceu.
Erroneamente considerado como a Antiga Intendência Boliviana onde Juan de Dios Barrientos foi deposto por José Plácido de Castro e seus soldados seringueiros, em 6 de agosto de 1902, o prédio chegou a ser utilizado, na década de 1980 como uma movimentada casa noturna.
O historiador Marcos Vinícius Neves afirmou há alguns anos que a ideia de se atribuir à Casa Branca uma identidade que ela nunca possuiu se converte em um verdadeiro estelionato histórico. E essa reposição da verdade, segundo ele, não prejudica o valor cultural que o patrimônio possui.
A Casa Branca foi construída para funcionar como hotel e restaurante, na primeira década do século XX. Um anúncio publicado no jornal Folha do Acre, no dia 29 de novembro de 1910, corrobora as afirmações do historiador.
No anúncio do jornal lê-se: “HOTEL E RESTAURANT DE PRIMEIRA ORDEM. Commodos para famílias e viajantes. No andar superior acha-se installada uma luxuosa sala para espetáculos denominada ‘Arthur Azevedo’. Incontestavelmente é o primeiro estabelecimento do futuro Estado. Rendez-vous da alta Sociedade Acreana”.
Independentemente desse registro, o Museu Casa Branca, tombado como Patrimônio Histórico e Cultural de Xapuri, tem uma grande importância para sociedade local que, inevitavelmente, se remete à Revolução Acreana, quando visita o espaço, pois ali sempre foi exposto um acervo com muitas peças que fazem alusão ao evento histórico mais relevante do Acre.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.









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