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Ponte da Sibéria encheu a “princesinha do Acre” de esperança e já começa a modificar a paisagem da cidade

Deputado estadual Antônio Pedro, do município de Xapuri, destacou a luta pela ponte durante seu mandato.
Por Evandro Cordeiro
A cidade de Xapuri, no Acre, 189km distante da capital, Rio Branco, começa a mudar sua paisagem como nunca aconteceu em mais de cem anos. A modificação é ocasionada por uma obra de dimensões inimagináveis, e até certo ponto inesperada, a construção da ponte sobre o rio Acre, ligando a histórica cidade velha ao outro lado, onde moram centenas de pessoas numa localidade chamada Sibéria, submetidas ao infortúnio de não ter acesso livre ao lado mais avançado daquilo que era para ser a mesma cidade. Sem contar que ali é o ponto de partida de ramais que dão acesso a comunidades produtoras de alimentos e a famílias que habitam em parte da Reserva Chico Mendes, uma das maiores áreas de proteção ambiental do mundo.
A ponte ligando Xapuri velha a Sibéria, cuja construção iniciou impulsionando a economia local, é a quebra de uma pasmaceira que dura ao menos um século. Desde que se impôs como a “capital” de uma rede de seringais altamente produtivos, no primeiro e no segundo ciclo da borracha, final do século XIX e início do XX, Xapuri tem uma paisagem só, com pouquíssima mudança em sua infraestrutura. Nunca passou por grandes reparos estruturais. Exceto os cuidados de um ou outro prefeito com alguns prédios históricos, como a sede da intendência boliviana e a casa onde morou o sindicalista Chico Mendes, Xapuri é a mesma desde quando foi apelidada de “Cidade Luz” e depois “Princesinha do Acre”, no início do século passado. Tem as mesmas ruas e a mesma configuração habitacional. No Governo Gladson Cameli “a cabeça de burro” foi arrancada, segundo o empresário Antônio Pedro, um gerador de empregos no município que terminou por se eleger deputado estadual duas vezes seguidas, pelo antigo DEM, hoje União Brasil.
Entusiasta da ponte, Antônio Pedro faz questão de levar as pessoas a avenida Sadala Kury, no centro de Xapuri, onde as máquinas rasgaram uma parte daquilo que estava intacto há cento e poucos anos. A paisagem está sendo modificada de forma paulatina, à medida que a obra vai avançando, desde seu início, em março próximo passado. A avenida, que cruza a cidade com duas vias, vai chegar agora a margem do rio Acre, colocando fim a um isolamento centenário entre um mesmo povo.

Governador em uma de suas agendas antes da licitação da obra em Xapuri; parte da população ainda não acreditava que faria a ponte
O governador Gladson Cameli ainda não voltou ao local desde o início da obra, mas seus assessores precisam, ao menos a cada quinzena, abastecer ele com informações sobre o andamento dos serviços. Ele tem a ansiedade natural de quem sabe que vai entrar para a história, sobretudo por ser capaz de enfrentar a burocracia até mandar fazer uma obra que mesmo governos de esquerda não conseguiram, embora tenham transformado Xapuri na Meca da ecologia mundial, a explorando politicamente por intermédio de seu finado mais famoso, o sindicalista Chico Mendes.
Enquanto não liga a velha cidade ao bairro Sibéria, a obra da ponte vai agitando a economia de Xapuri. Além da beleza visual e da importância da ponte, a obra tem gerado emprego e renda. Em seu auge, pelo mês de setembro em diante, asseguram os técnicos, pelo menos 200 xapurienses vão ter emprego direto. Por enquanto, ainda há mais máquina do que gente trabalhando, muito natural em uma obra de grande vulto, mas a esperança enche os corações de uma população que vive apenas de sua história, com seus casarões seculares e o nome de seus heróis.
Valor e estrutura da ponte, a maior obra da história de Xapuri; promessa de campanha do governador
A obra da ponte sobre o rio Acre em Xapuri está orçada em R$ 40 milhões. A estrutura de concreto terá 340 metros de extensão, com rampas de acesso e ligará o Primeiro ao Segundo Distrito da cidade.
O vencedor da licitação foi o Consórcio Rio Acre, que deve dar início aos trabalhos de construção do canteiro de obras. A previsão é de que a intervenção seja iniciada em breve e o prazo para a conclusão é de dois anos.
“Mais um compromisso do governo em garantir o início dessa obra tão esperada pela população. É mais um sonho do povo de Xapuri se tornando realidade”, enfatizou o presidente do Deracre, Petronio Antunes, órgão do Estado participante da obra.
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Polícia Civil participa da abertura da Expoacre 50 anos com a delegacia itinerante

Polícia Civil presente na tradicional Cavalgada da Expoacre 2025. Foto: cedida
A Polícia Civil do Acre (PCAC) marcou presença na tradicional Cavalgada que abriu oficialmente a Expoacre 50 anos, neste sábado, 26, em Rio Branco. Em um evento que reúne milhares de pessoas todos os anos, a instituição reforçou seu compromisso com a segurança da população e levou ao Parque de Exposições uma estrutura completa de atendimento ao cidadão no primeiro dia da feira agropecuária.
A delegacia itinerante, montada estrategicamente dentro do parque, contou com a atuação da primeira equipe plantonista composta por delegado, escrivão e agentes de polícia, garantindo atendimento a ocorrências, registro de boletins de ocorrência e orientações jurídicas imediatas. O objetivo é facilitar o acesso da população aos serviços da Polícia Civil durante todos os dias de feira, promovendo um ambiente mais seguro e acolhedor.
Além disso, também foi disponibilizado um espaço exclusivo para atendimento do Programa Bem-Me-Quer, iniciativa da Polícia Civil especializada no acolhimento e orientação a mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e sexual.

Equipe plantonista da Polícia Civil durante a abertura da feira. Foto: cedida
Durante a abertura, o delegado-geral da Polícia Civil do Acre, Dr. José Henrique Maciel, destacou a importância da atuação integrada da instituição em grandes eventos públicos como a Expoacre.
“A presença da Polícia Civil na Expoacre 50 anos simboliza nosso compromisso com uma segurança pública cada vez mais próxima da população. A delegacia itinerante é um instrumento de cidadania, que garante que todos tenham acesso rápido e eficaz aos serviços da polícia. Além disso, com o Bem-Me-Quer, reforçamos nossa missão de acolher com sensibilidade e responsabilidade as mulheres, crianças e adolescente vítimas de violência, mesmo em espaços de entretenimento e lazer”, afirmou o delegado-geral.
A estrutura montada pela Polícia Civil permanecerá no Parque de Exposições durante todos os dias da feira, com plantões diários.
Fonte: PCAC
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