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Acre

“Policial não é pago pra morrer, que chore o outro lado”, diz coronel sobre mortes de suspeitos em Sena

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Diante da manifestação dos familiares dos suspeitos mortos durante confronto com a polícia, em Sena Madureira, que alegam que houve exagero na ação da Polícia Militar do Acre (PM/AC), o capitão da PM, Felipe Russo, afirmou à reportagem da Folha do Acre na manhã desta segunda-feira (6) que os militares agiram dentro da legalidade, e que a força usada pelos policiais foi proporcional.

Coronel da PM Ulysses Araújo

“Quando a polícia vai abordar um cidadão e é recebida a tiros, a polícia tem que reagir com flores”, salientou o capitão.

Os jovens Frank William Alves da Silva, 19 anos, e Sérgio da Cruz Santana, 23 anos, foram mortos por policiais militares durante troca de tiros na última sexta-feira (3), em uma comunidade rural no município de Sena Madureira. Os familiares procuraram a imprensa local para denunciar a ação supostamente truculenta, que, segundo eles, poderia não ter terminado com a morte dos suspeitos.

Outros três envolvidos foram feridos a tiros e precisaram ser transferidos para Rio Branco, onde permanecem internados no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).

“Eles alegam que foi troca de tiros, que apenas revidaram, mas como é que vamos saber?. Meu irmão fez coisas erradas sim, mas deveria ter sido preso e pagado por isso, não morrer dessa maneira. Esperamos que o caso seja investigado e seja feita justiça”, disse o irmão de Sérgio da Cruz, um dos suspeitos mortos durante o confronto.

A tia de Frank William disse que o sobrinho estava desaparecido há pelo menos três dias, e que não entende como isso veio acontecer. A senhora que preferiu não ter o nome divulgado finaliza dizendo que o que resta aos familiares é pedir justiça.

A reportagem procurou também a Corregedoria da PM do Acre, que informou que até o presente momento não havia sido formalizada nenhuma denúncia referente ao caso, porém toda situação onde pessoas acusam policiais de abuso ou de uso indevido da força é investigado. O Coronel Ulysses Araújo mesmo estando de férias enviou uma nota á redação da Folha do Acre onde comenta o caso.

Veja a nota na íntegra:

Estou de férias por 10 dias em Natal com a minha família. Não tive informações oficiais sobre o ocorrido. Apenas li as reportagens sobre os fatos e os comentários e notícias veiculadas nas redes sociais.

Vi também o pronunciamento do Cap. Casagrande, inclusive passei mensagem a ele parabenizando pelo posicionamento das palavras dele em apoio aos policiais militares e pedindo que elogie em meu nome os militares envolvidos na ação, pois arriscaram suas vidas em defesa da sociedade e mais uma vez combateram um combate cumprindo a missão de vencer o mal e, ainda, retornaram vivos ao seio da sua família.

Pelo que levantei os policiais militares agiram em legítima defesa, dentro do estrito cumprimento do dever legal e aparados nos princípios da proporcionalidade e razoabilidade.

Bandido que enfrenta polícia tem que saber que a resposta será sempre à altura, uma vez que a polícia não está brincando na rua, pelo contrário está trabalhando com afinco para não permitir que a criminalidade se alastre mais ainda.

Quanto aos especialistas e defensores de bandidos, esses não iriam falar nada se óbito desses que se foram tivesse sido cometidos por outros bandidos. A situação é muito simples, o bandido tem o direito de escolher, se não reagir vai preso, se reagir e colocar a vida do policial em risco vai tombar, nada mais justo. Policial não é pago pra morrer não. Que chore o outro lado.


Por Marcos Dione

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Acre

Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco

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Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.

Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.

A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.

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Acre

Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro

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Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada 

A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.

Comparativo anual:
  • 2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões

  • 2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões

  • Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados

  • Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados

Principais tributos pagos pelos acreanos:
  • Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS

  • Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)

  • Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA

  • Taxas de comércio exterior e outros encargos

Destinação dos recursos:

Os valores arrecadados são utilizados para:

  • Custeio da máquina pública (salários e manutenção)

  • Financiamento de obras e infraestrutura

  • Execução de programas governamentais

  • Pagamento de servidores públicos

  • Quitação de dívidas do estado e municípios

O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.

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Acre

Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

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Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

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