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Polícia retira mais de 400 corpos de casas e ruas na Bolívia; maioria é de vítimas da Covid-19, estimam autoridades
Somente em Cochabamba, 191 corpos foram retirados das casas ou das ruas. País sul-americano vê escalada dos casos do novo coronavírus.

Trabalhadores levam caixão de vítima da Covid-19 em asilo em Cochabamba, na Bolívia, nesta quinta-feira (21) — Foto: STR/AFP
Por France Presse
Policiais retiraram mais de 400 cadáveres de ruas e casas na Bolívia em apenas cinco dias, relatou nesta terça-feira (21) a Força Especial de Luta Contra o Crime (FELCC). Desse total, estima-se que a maioria morreu por Covid-19.
Somente na cidade de Cochabamba, 191 cadáveres foram retirados. Em La Paz, sede do poder boliviano, houve 141 resgate de corpos, informou o diretor nacional da FELCC, coronel Iván Rojas, a jornalistas.
A operação ocorreu entre 15 e 20 de julho.
De acordo com Rojas, 85% dos cadáveres são de mortos confirmados pelo novo coronavírus ou que apresentaram sintomas da Covid-19. As autoridades bolivianas vão catalogar esses casos como “suspeitos” — não está claro se todos poderão ser testados.
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Os 15% restantes, explicam as autoridades bolivianas, são de mortos por outras doenças ou mesmo de violência, acrescentou.
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A situação lembra a vivida pelo Equador em abril, quando os casos de novo coronavírus em Guayaquil causaram um colapso nos sistemas de saúde e funerário. Corpos eram vistos jogados pelas ruas, e urubus voavam sobre a cidade
Segundo o departamento epidemiológico nacional, o coronavírus está em “uma escalada muito rápida” nas regiões de La Paz e Cochabamba, ambas no oeste da Bolívia.
O diretor do Instituto de Investigações Forenses, Andrés Flores, informou que entre 1º de abril e 19 de julho a entidade pública “concluiu o reconhecimento médico legal extra-hospitalar de 3.016 cadáveres suspeitos e confirmados de ser portadores de Covid-19”. A maioria desses reconhecimentos ocorreu em Santa Cruz, primeiro epicentro da doença no país.
A Bolívia, que tem 11 milhões de habitantes, registra mais de 62 mil infectados com Covid-19 no acumulado desde o início da pandemia. No país, o novo coronavírus deixou mais de 2,2 mil mortos.
Entre os infectados, está a presidente interina do país, Jeanine Áñez. Ela teve um quadro assintomático da doença e passa bem.
O departamento de Santa Cruz adicionou 578 casos na terça-feira, enquanto La Paz registrou 431 novas infecções. São como nos últimos dias as duas regiões do país com o maior número de pessoas infectadas.
Também na soma total dos dois departamentos mais atingidos, Santa Cruz atingiu 30.887, enquanto La Paz 10.621, elevando o total para 41.508, que representa 66,56% do número total de casos desde o início da pandemia em Bolívia.
Seis dos outros sete departamentos apresentaram casos hoje: Cochabamba adicionou 168, Oruro 102, Beni 39, Chuquisaca 25, Tarija 22 e Pando apenas um. Enquanto Potosí não relatou novas infecções.
No total, esses departamentos somam Cochabamba 6.694, Beni 5.163, Tarija 2.583, Oruro 2.346, Chuquisaca 1.662, Pando 1.213 e Potosí 1.188.
O Ministério da Saúde também registrou 55 mortes, das quais 21 em Santa Cruz, 14 em Cochabamba, sete em Oruro, cinco em Pando, quatro em Tarija, duas em Tarija, duas em Beni, uma em La Paz e a mesma quantidade em Chuquisaca. Potosí não relatou mortes.
Além disso, foi relatado que, de 62.357 casos, 40.794 permanecem ativos, enquanto 19.290 se recuperaram da doença e 2.273 pessoas perderam a vida devido ao vírus. Quanto aos casos suspeitos, ainda existem 11.425 e 61.978 foram descartados após o laboratório.
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Bombeiros encerram buscas por diarista desaparecido no Rio Purus, no Acre
Paulo do Graça foi visto pela última vez em uma canoa; embarcação foi encontrada abandonada, mas vítima não foi localizada.

A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia. Foto: cedida
O Corpo de Bombeiros encerrou as buscas pelo corpo de Paulo do Graça, diarista que desapareceu nas águas do Rio Purus, em Sena Madureira, no Acre, na última segunda-feira (24). As operações, que incluíram buscas subaquáticas e superficiais, não obtiveram sucesso em localizar a vítima.
De acordo com relatos de moradores, Paulo foi visto pela última vez saindo do porto da comunidade Silêncio em uma canoa. No dia seguinte, o barco foi encontrado abandonado nas proximidades do seringal Regeneração, aumentando as preocupações sobre o seu paradeiro.
As equipes de resgate trabalharam por dias na região, mas as condições do rio e a falta de pistas concretas dificultaram as operações. A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia.
O Corpo de Bombeiros informou que, por enquanto, as buscas estão suspensas, mas podem ser retomadas caso novas informações surjam. Enquanto isso, familiares e amigos aguardam por respostas sobre o destino do diarista.
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Juiz da execução penal pode mandar monitorar conversa de advogado e preso
As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas

A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia. Foto: internet
O juiz da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o Ministério Público, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.
Com esse entendimento, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento a recurso em Habeas Corpus ajuizado por uma advogada que teve suas conversas com um preso monitoradas pela Justiça de Goiás.
As escutas foram feitas no parlatório da unidade prisional, a pedido do MP, por indícios de que as atividades do preso, membro de uma organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada.
A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia relacionadas ao sigilo entre advogado e cliente.
Juiz da execução penal é competente
No entanto, a relatora do recurso, ministra Daniela Teixeira, observou que o Tribunal de Justiça de Goiás identificou motivos suficientes para justificar o monitoramento das conversas entre advogada e preso.
Isso porque ela não possuía vínculo formal com ele, como procuração para atuar em seu nome nos processos. E não foi designada pela família do detento.
As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas.
“A inviolabilidade do sigilo profissional pode ser mitigada em situações excepcionais, como quando há indícios da prática de crimes por parte do advogado”, explicou a ministra Daniela ao citar a jurisprudência do STJ sobre o tema.
Além disso, ela apontou que o juízo da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o MP, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.
“No caso em questão, o pedido do Gaeco foi motivado por indícios de que as atividades de um dos presos, líder da organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada”, concluiu ela. A votação foi unânime.
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Briga generalizada entre menores viraliza nas redes durante festa de Carnaval em Cobija
Confronto ocorreu na Praça do Estudante durante tradicional jogo com balões e água; vídeos mostram momento de descontrole

O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. Foto: captada
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma briga descontrolada entre menores de idade durante as comemorações de Carnaval na Praça do Estudante, em Cobija, Bolívia, nesta segunda-feira. O confronto aconteceu enquanto os jovens participavam de um jogo tradicional boliviano que envolve balões e água, comum durante a festividade.
Nas imagens, é possível ver o momento em que a briga se inicia, com empurrões, socos e correria, deixando os espectadores em choque. Apesar da natureza lúdica da atividade, a situação rapidamente escalou para a violência, chamando a atenção de moradores e autoridades locais.
Até o momento, não há informações sobre feridos ou intervenção policial no local. O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. As celebrações, que costumam ser marcadas por alegria e diversão, foram manchadas pelo episódio de descontrole.
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