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Polícia descarta homicídio no caso do bebê que chegou morto em UPA no AC e aguarda laudo sobre suposto abuso sexual
Inquérito que apura caso saiu da Delegacia de Homicídios e passou para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Ao examinar bebê, médica suspeitou de abuso e acionou polícia. Família nega crime.

Renan Emanuel morreu no último dia 8 na UPA da Cidade do Povo, em Rio Branco – Foto: Arquivo pessoal
Por Iryá Rodrigues
A Polícia Civil descartou que o bebê Renan Emanuel, de apenas cinco meses, foi vítima de um homicídio. Ele, que tinha síndrome de Down, deu entrada na UPA da Cidade do Povo, em Rio Branco, no último dia 8 após sofrer parada cardíaca e não resistiu.
Como foi descartada a morte violenta, o inquérito que apura caso saiu da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa e passou para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Agora, a delegada responsável, Juliana de Angelis, disse que aguarda resultado do laudo sobre a suposta violência sexual.
Conforme polícia, ao examinar o bebê na UPA, a médica plantonista constatou uma dilatação no canal anal, possivelmente fruto de abuso sexual e acionou a Polícia Militar. O caso então passou a ser investigado pela Polícia Civil. A família nega o abuso.
“O delegado da DHPP encaminhou para cá, porque por meio da análise feita pela equipe daquela especializada, pelo prontuário médico, não foi constatada morte violenta, ou seja, não houve homicídio e sim se deu por causa natural, pelo problema de saúde da criança. Vou aguardar o laudo sobre a questão da violência sexual”, disse a delegada.
O diretor do Instituto Médico Legal, Ítalo Vieira, informouque nesta quinta-feira (22), a médica legista que fez a necropsia no bebê deve dar um posicionamento sobre a análise. No entanto, os exames laboratoriais ainda não saíram. O prazo para o resultado do laudo é de 10 a 30 dias.

Corpo do bebê foi levado para sede do IML para passar por exames – Foto: Reprodução/Ithamar Souza
Família nega
Segundo a polícia, os familiares foram questionados sobre a suspeita da médica e todos negaram que alguém havia feito algo com o bebê. A família informou ainda que mora em Plácido de Castro, no interior do Acre, e que chegou na capital na noite anterior à morte dele para fazer exames.
No Instituto Médico Legal, a tia da criança, a dona de casa Fabiana Calado contou à equipe da Rede Amazônica que o menino estava com a avó o dia todo e, entre lágrimas, voltou a negar que ele tenha sofrido abuso sexual. Ela mostrou a declaração de óbito do bebê, que aponta que ele sofreu um mal súbito.
Ainda segundo a polícia, os familiares informaram que após uma vacina que o bebê tomou no dia da morte, ele ficou “diferente” e que acreditavam que poderia ter agravado seu quadro, uma vez que tinha síndrome de Down e cardiopatia.
A polícia questionou ainda quantas pessoas residem na casa em Plácido de Castro e a família relatou que, além do bebê, mais cinco pessoas, incluindo a mãe, pai, filhos e a avó. Eles disseram à polícia que nenhum dos moradores tem histórico de abuso sexual ou passagem criminal. No conjunto Cidade do Povo, em Rio Branco, eles estavam hospedados na casa de parente.
A tia disse que o bebê tinha uma consulta com cardiologista na Função Hospitalar, mas quando chegaram com ele no hospital, a médica não estava mais. Ao voltar para casa, eles perceberam que a criança estava mole e chorando bastante.
“Quando foi umas 18h ele começou a passar mal, e apagou. Minha tia me ligou dizendo ‘Fabiana vem aqui que o neném está passando mal’. Quando eu cheguei, peguei o bebê e saí correndo na rua com ele, quando cheguei na UPA, eles fizeram os procedimentos e depois a médica já veio com essa história de abuso. Ele não foi abusado. Ela disse que ele tinha dado uma parada cardíaca e depois veio com essa história de abuso, chamou até a polícia”, disse a tia.
Médica ficou em prantos, diz gerente
O gerente geral da UPA da Cidade do Povo, Calixto Ferreira chegou a contar que a médica que atendeu a criança ficou muito abalada depois de perceber o suposto abuso e entrou em prantos. A reportagem não conseguiu falar com a médica.
“A médica já estava saindo do plantão dela quando aconteceu essa situação. Os profissionais da nossa unidade fizeram o que estava ao alcance deles e quando a criança entrou em óbito, foram fazer os procedimentos de rotina e a médica foi examinar e quando chegou nas partes íntimas, ela percebeu que algo tinha acontecido, não estava normal. Aí, foi quando ela acionou a polícia. Conversei com a médica, uma profissional de excelente qualidade, dedicada, ela fez o que pode. Inclusive estava muito abalada emocionalmente, porque ela está querendo ser mãe. Ela estava em prantos, isso abalou muito ela”, contou o gerente.
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Bombeiros encerram buscas por diarista desaparecido no Rio Purus, no Acre
Paulo do Graça foi visto pela última vez em uma canoa; embarcação foi encontrada abandonada, mas vítima não foi localizada.

A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia. Foto: cedida
O Corpo de Bombeiros encerrou as buscas pelo corpo de Paulo do Graça, diarista que desapareceu nas águas do Rio Purus, em Sena Madureira, no Acre, na última segunda-feira (24). As operações, que incluíram buscas subaquáticas e superficiais, não obtiveram sucesso em localizar a vítima.
De acordo com relatos de moradores, Paulo foi visto pela última vez saindo do porto da comunidade Silêncio em uma canoa. No dia seguinte, o barco foi encontrado abandonado nas proximidades do seringal Regeneração, aumentando as preocupações sobre o seu paradeiro.
As equipes de resgate trabalharam por dias na região, mas as condições do rio e a falta de pistas concretas dificultaram as operações. A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia.
O Corpo de Bombeiros informou que, por enquanto, as buscas estão suspensas, mas podem ser retomadas caso novas informações surjam. Enquanto isso, familiares e amigos aguardam por respostas sobre o destino do diarista.
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Juiz da execução penal pode mandar monitorar conversa de advogado e preso
As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas

A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia. Foto: internet
O juiz da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o Ministério Público, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.
Com esse entendimento, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento a recurso em Habeas Corpus ajuizado por uma advogada que teve suas conversas com um preso monitoradas pela Justiça de Goiás.
As escutas foram feitas no parlatório da unidade prisional, a pedido do MP, por indícios de que as atividades do preso, membro de uma organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada.
A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia relacionadas ao sigilo entre advogado e cliente.
Juiz da execução penal é competente
No entanto, a relatora do recurso, ministra Daniela Teixeira, observou que o Tribunal de Justiça de Goiás identificou motivos suficientes para justificar o monitoramento das conversas entre advogada e preso.
Isso porque ela não possuía vínculo formal com ele, como procuração para atuar em seu nome nos processos. E não foi designada pela família do detento.
As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas.
“A inviolabilidade do sigilo profissional pode ser mitigada em situações excepcionais, como quando há indícios da prática de crimes por parte do advogado”, explicou a ministra Daniela ao citar a jurisprudência do STJ sobre o tema.
Além disso, ela apontou que o juízo da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o MP, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.
“No caso em questão, o pedido do Gaeco foi motivado por indícios de que as atividades de um dos presos, líder da organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada”, concluiu ela. A votação foi unânime.
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Briga generalizada entre menores viraliza nas redes durante festa de Carnaval em Cobija
Confronto ocorreu na Praça do Estudante durante tradicional jogo com balões e água; vídeos mostram momento de descontrole

O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. Foto: captada
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma briga descontrolada entre menores de idade durante as comemorações de Carnaval na Praça do Estudante, em Cobija, Bolívia, nesta segunda-feira. O confronto aconteceu enquanto os jovens participavam de um jogo tradicional boliviano que envolve balões e água, comum durante a festividade.
Nas imagens, é possível ver o momento em que a briga se inicia, com empurrões, socos e correria, deixando os espectadores em choque. Apesar da natureza lúdica da atividade, a situação rapidamente escalou para a violência, chamando a atenção de moradores e autoridades locais.
Até o momento, não há informações sobre feridos ou intervenção policial no local. O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. As celebrações, que costumam ser marcadas por alegria e diversão, foram manchadas pelo episódio de descontrole.
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