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Brasil

PF apreende R$ 200 mil na casa de ex-secretário preso no Rio de Janeiro

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na ação desta terça-feira, que teve como objetivo também colher provas para ajudar nas investigações.

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Operação da Polícia Federal no Rio de Janeiro – Foto: Isabelle Saleme/CNN

Isabelle Saleme e Pauline Almeida, da CNN

A Polícia Federal (PF) apreendeu cerca de R$ 200 mil na casa do agora ex-secretário estadual de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro Raphael Montenegro. Ele foi um dos alvos em uma operação conjunta da PF, Ministério Público Federal (MPF) e Departamento Penitenciário (Depen) que investiga indícios de acordos da cúpula da administração penitenciária com facção criminosa para capital político e possíveis vantagens indevidas.

Foi uma conversa dentro da Penitenciária Federal de Catanduvas, presídio de segurança máxima no Paraná, que levantou a suspeita dos investigadores. Depois de enviar um ofício para se encontrar com um dos líderes de uma facção criminosa de grande atuação no Rio de Janeiro, o ex-secretário foi à unidade em maio desse ano.

Por e-mail, ele tinha informado que o encontro seria para colher informações sobre uma possível transferência do criminoso para presídios do estado. Mas, na escuta ambiental flagrada no parlatório da unidade, os termos mais pareciam com um acordo. Para receber a aprovação do secretário e retornar ao Rio de Janeiro, o detento deveria prometer ter um bom comportamento, entre outras questões.

“A partir do momento, quando foi detectada a tentativa do secretário de entrevistar presos do Comando Vermelho, isso já ligou o alerta do Depen. Foi comunicado imediatamente ao juiz corregedor”, disse o diretor de inteligência do Departamento Penitenciário Federal, Leandro de Oliveira Carvalho.

Mais tarde, depois do encontro, o Raphael Montenegro foi favorável ao regresso do criminoso, o que não foi aprovado por outras autoridades em segurança. “O que as investigações sugerem é que, na verdade, em vez de colher informações, o que se estabeleceu foi um movimento de acordos, de modo que o secretário tentava obter daqueles presos um compromisso de que adotariam um comportamento dentro da unidade prisional, que não traria problemas para a administração penitenciária, sem prejuízo de, no entanto, eles prosseguirem com suas práticas criminosas”, explicou Carlos Aguiar, procurador regional da República.

Ex- secretário estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro, Raphael Montenegro foi preso nesta manhã; ele foi exonerado do cargo após a prisão – Foto: Maga Jr. / Estadão

Segundo o Depen, a escuta ambiental é autorizada pela Justiça e seria também de conhecimento de Montenegro. A partir da conversa gravada, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal encontraram outros indícios, ao longo das investigações, que sugerem envolvimento indevido da cúpula da Secretaria de Administração Penitenciária com os presos.

“Nos chamou bastante atenção todos os fatos, que são bastante graves, mas principalmente a evolução exponencial dos atos praticados pelos investigados. Numa primeira rodada, esses atos irregulares se traduziram em entrevistas, em aproximações pouco comuns em relação a essas lideranças. Já numa segunda rodada, num intervalo bastante curto, elaboração de pareceres beatificando criminosos de altíssima periculosidade e até culminando, numa terceira rodada, na soltura irregular de detento”, explicou o delegado Heziel Martins, coordenador da operação. Wilton Quintanilha, conhecido como Abelha, foi solto em 27 de julho, apesar de ter contra ele um mandado de prisão em aberto.

Além de Montenegro, o subsecretário de Gestão Operacional da Seap, Wellington Nunes da Silva, e o superintendente Operacional, Sandro Faria Gimenes, também tiveram a prisão temporária por cinco dias decretada. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na ação desta terça-feira, que teve como objetivo também colher provas para ajudar nas investigações.

Segundo a PF, os crimes seriam praticados em troca de influência sobre os locais de domínio de traficantes e outras vantagens ilícitas. “A questão da vantagem indevida, num primeiro momento, se verificou, talvez, a capitalização política. Agora, se teve além disso, com o cumprimento do mandado de busca de hoje, vai se aprofundar em relação a esse ponto, inclusive vantagem pecuniária”, revelou o superintendente da PF no Rio, Tácio Muzzi. Na casa do ex-secretário foram apreendidos cerca de R$ 200 mil.

Além da capital, mandados também foram cumpridos em Nova Iguaçu e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os crimes investigados são falsidade ideológica, advocacia administrativa e associação ao tráfico, entre outros.

A reportagem tenta contato com a defesa dos presos. Já o governo do Rio de Janeiro divulgou que “se compromete a auxiliar no aprofundamento das apurações”. Em nota, informou, que, na manhã desta terça-feira, o governador Cláudio Castro falou com o ministro da Justiça, Anderson Torres, colocando o Estado à disposição e reforçando que o governo é o maior interessado no esclarecimento dos fatos.

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Economia não será mais “fator determinante” de eleição, diz Haddad

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Para o ministro, governo vive “problema de posicionamento comunicativo, e não de posicionamento ideológico”

Fernando Haddad, ministro da Fazenda • Divulgação/Ministério da Fazenda

Na avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a atual conjuntura mundial indica que “a economia não vai ser mais o fator determinante” nas eleições.

“Estamos em uma situação crítica. A economia não vai ser mais o fator determinante de um resultado eleitoral”, disse Haddad em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, publicada na noite de terça-feira (8).

A declaração foi dada em resposta a uma pergunta sobre a queda de popularidade do governo Lula, apesar de o Brasil ter registrado crescimento econômico em 2024.

Haddad afirmou que o mundo hoje vive uma ascensão da extrema-direita, e citou como exemplo os resultados das eleições na França e dos Estados Unidos.

“Os governos do [presidente da França, Emmanuel] Macron e do [ex-presidente e candidato derrotado por Trump nos EUA, Joe] Biden apresentavam bons indicadores econômicos, e não foram bem nas urnas”, afirmou.

Para o ministro, a baixa popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),  “não é uma questão crônica”.

“A queda não é crônica. É recente. Eu penso que o solavanco que ocorreu com o dólar em dezembro, nos debates com o mercado financeiro, causou uma certa apreensão”.

Em dezembro do ano passado, a moeda americana fechou o ano em R$ 6,18, apresentando uma alta de 27,36% ao longo de 2024, maior oscilação desde 2020.

Baixa popularidade

Lula tem apresentado um alto índice de desaprovação, segundo os dados revelados em pesquisas de opinião.

O trabalho do presidente é desaprovado por mais da metade dos brasileiros, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada dia 2 de abril.

O levantamento mostra que 56% desaprovam a terceira administração do petista, enquanto 41% aprovam. Não sabem ou não responderam são 3%.

Outra pesquisa divulgada um dia antes, da AtlasIntel/Bloomberg, revelou que o índice de desaprovação alcançou 53,6%. A aprovação é de 44,9%, e aqueles que não souberam responder são 1,5%.

Mais recente, levantamento do instituto Datafolha em 5 de abril indicou um estancamento na queda da avaliação negativa da administração federal, mas o índice permanece superior ao positivo. A sondagem ainda indicou empate técnico entre a desaprovação (49%) e a aprovação (48%) do governo.

Comunicação

Na entrevista à Folha, o ministro da Fazenda ainda afirmou que o governo Lula deve recuperar a popularidade, por ter tempo de encontrar um “posicionamento comunicativo”.

“O governo está acertando no atacado. Agora, o que a gente chama de comunicação, e que as pessoas muitas vezes confundem com marketing, é um desafio para todos os governos democráticos. É um problema de posicionamento comunicativo, e não de posicionamento ideológico. Como você [governo] traduz o que está fazendo em um plano de voo em que as pessoas consigam enxergar um horizonte mais amplo? Daqui para a eleição, temos tempo para encontrar esse eixo”, declarou Haddad.

Fonte: CNN

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Otan realiza exercícios militares no Mar Negro

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Exercícios da Otan no Mar Negro, perto de Constanta. • Reprodução/INQUAM PHOTOS/EDUARD VINATORU

A Otan realizou exercícios no Mar Negro, perto da cidade romena de Constança, na terça-feira (8).

Os treinamentos, denominados “Sea Shield 25” (escudo do mar 25 traduzido para o português), foram projetados para fortalecer a colaboração entre as forças navais, aéreas e terrestres.

Os exercícios incluem a defesa de infraestruturas costeiras críticas, garantindo a proteção das rotas de comunicação marítima e fornecendo apoio a operações anfíbias.

A Marinha da Romênia é a menos modernizada das forças armadas.

O país afirmou que planeja aumentar os gastos com defesa para até 2,5% da produção econômica este ano, contra pouco mais de 2,2% em 2024.

Fonte: CNN

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China promete contramedidas após tarifas de 104% de Trump entrarem em vigor

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Foto: Reuters/Go Nakamura

A China prometeu tomar “medidas resolutas e eficazes” para defender seus direitos e interesses após a entrada em vigor, nesta quarta-feira (9), das tarifas de 104% impostas por Donald Trump sobre as importações chinesas.

“Os Estados Unidos continuam impondo tarifas arbitrárias à China e exercendo pressão extrema implacavelmente. A China se opõe firmemente e jamais aceitará tal comportamento dominador e intimidador”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

“Se os EUA desconsiderarem os interesses de ambos os países e da comunidade internacional e insistirem em travar uma guerra tarifária e comercial, a China lutará até o fim”

Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

As tarifas americanas sobre as importações chinesas deveriam aumentar 34% na quarta-feira, como parte do pacote de tarifas “recíprocas” de Trump.

O presidente americano acrescentou mais 50% depois que Pequim não recuou em sua promessa de impor tarifas retaliatórias de 34% sobre produtos americanos até o meio-dia de terça-feira (8).

Antes da última rodada de escalada, Trump já havia imposto impostos de 20% à China desde seu retorno à Casa Branca.

“O direito legítimo do povo chinês ao desenvolvimento não pode ser privado, e a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China não podem ser violados”, disse Lin.

Pequim não anunciou medidas retaliatórias imediatas contra a última rodada de impostos de Trump. Mas, até o momento, a mensagem do governo chinês, da mídia estatal e dos formadores de opinião tem sido de desafio – e determinação para contra-atacar.

Fonte: CNN Brasil

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