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Brasil

Pesquisas nos estados: Bolsonaro lidera em 14 e no DF; Haddad, em 7

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Pesquisas Ibope em 24 estados e no Distrito Federal divulgadas neste mês levantaram o cenário local das intenções de voto para presidente. Na terça-feira (25), as mais recentes foram publicadas no Rio de Janeiro e São Paulo. Na segunda-feira (24), pesquisas foram divulgadas no Ceará e em Mato Grosso do Sul.

Abaixo, veja os destaques dos cinco primeiros colocados na pesquisa nacional e os gráficos de todos os estados:

  • Jair Bolsonaro lidera em 14 estados e no DF, incluindo os três maiores colégios eleitorais: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Tocantins, ele e Fernando Haddad estão empatados tecnicamente.
  • Fernando Haddad lidera em sete estados, todos do Nordeste. Em Alagoas, Haddad e Bolsonaro estão empatados tecnicamente no limite da margem de erro.
  • Ciro Gomes manteve a liderança isolada no Ceará.
  • Geraldo Alckmin tem melhor desempenho em São Paulo, onde só está atrás de Jair Bolsonaro, e empata tecnicamente com Fernando Haddad e Ciro Gomes.
  • Marina Silva oscilou negativamente em Minas Gerais e São Paulo, e se manteve estável no Rio de Janeiro.

Pesquisas divulgadas em 25/setembro:

Rio de Janeiro

Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente no Rio de Janeiro — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente no Rio de Janeiro — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – Evolução da intenção de voto para presidente no Rio de Janeiro — Foto: Arte/G1

São Paulo

Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente em São Paulo — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente em São Paulo — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – Evolução da intenção de voto para presidente em São Paulo — Foto: Arte/G1

Ceará

Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente no Ceará — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente no Ceará — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – Evolução da intenção de voto para presidente no Ceará — Foto: Arte/G1

Mato Grosso do Sul

Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente em Mato Grosso do Sul — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente em Mato Grosso do Sul — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – Evolução da intenção de voto para presidente em Mato Grosso do Sul — Foto: Arte/G1

Pesquisas divulgadas em 21/setembro:

Goiás

Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente em Goiás. — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente em Goiás. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – Evolução da intenção de voto para presidente em Goiás. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Rio Grande do Norte. — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Rio Grande do Norte. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente no Rio Grande do Norte. — Foto: Arte/G1

Rio Grande do Sul

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Rio Grande do Sul. — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Rio Grande do Sul. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente no Rio Grande do Sul. — Foto: Arte/G1

Santa Catarina

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Santa Catarina. — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Santa Catarina. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente em Santa Catarina. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Tocantins. — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Tocantins. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente no Tocantins. — Foto: Arte/G1

Pesquisas divulgadas em 20/setembro:

Acre

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Acre. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente no Acre. — Foto: Arte/G1

Alagoas

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Alagoas. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente em Alagoas. — Foto: Arte/G1

Mato Grosso

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Mato Grosso. — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Mato Grosso. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente em Mato Grosso. — Foto: Arte/G1

Piauí

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Piauí. — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Piauí. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente no Piauí. — Foto: Arte/G1

Sergipe

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Sergipe. — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Sergipe. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente em Sergipe. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Maranhão. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente no Maranhão. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente na Paraíba — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – Evolução da intenção de voto para presidente na Paraíba — Foto: Arte/G1

Pesquisa divulgada em 18/setembro:

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente na Bahia. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente na Bahia. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Amapá. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente no Amapá. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Amazonas. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente no Amazonas. — Foto: Arte/G1

Distrito Federal

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Distrito Federal. — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente no Distrito Federal. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente no Distrito Federal. — Foto: Arte/G1

Minas Gerais

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Minas Gerais. — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Minas Gerais. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente em Minas Gerais. — Foto: Arte/G1

Pará

Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente no Pará — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - Evolução da intenção de voto para presidente no Pará — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – Evolução da intenção de voto para presidente no Pará — Foto: Arte/G1

Pernambuco

Pesquisa Ibope - evolução da intenção de voto para presidente em Pernambuco — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - evolução da intenção de voto para presidente em Pernambuco — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção de voto para presidente em Pernambuco — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Rondônia. — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Rondônia. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente em Rondônia. — Foto: Arte/G1

Roraima

Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Roraima. — Foto: Arte/G1Pesquisa Ibope - evolução da intenção voto para presidente em Roraima. — Foto: Arte/G1

Pesquisa Ibope – evolução da intenção voto para presidente em Roraima. — Foto: Arte/G1

Sobre as pesquisas:

As pesquisas têm margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. A exceção é o levantamento de 25/09 em São Paulo, cuja margem é de 2 pontos.

O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.

Confira as informações sobre cada pesquisa:

Acre: realizada entre 17 e 19 de setembro de 2018. Foram entrevistados 812 eleitores em 17 municípios. Contratada por Rádio TV do Amazonas Ltda. Registro no TRE protocolo nº AC-01952/2018 e no TSE protocolo nº BR‐08216/2018.

Amapá: realizada entre 14 e 16 de setembro. Foram entrevistados 812 eleitores em 13 municípios. Contratada por Rádio TV do Amazonas Ltda. Registro no TRE protocolo nº AP-05769/2018 e no TSE protocolo nº BR-03187/2018.

Amazonas: realizada entre 13 e 16 de setembro. Foram entrevistados 812 eleitores em 24 municípios. Contratada por Rádio TV do Amazonas Ltda. Registro no TRE protocolo nº AM-1057/2018 e no TSE protocolo nº BR-07766/2018.

Bahia: realizada entre 15 e 17 de setembro. Foram entrevistados 1.008 eleitores em 61 municípios. Contratada por Televisão Bahia S.A. Registro no TRE protocolo nº BA-01723/2018 e no TSE protocolo nº BR-03445/2018.

Ceará: realizada entre 21 e 23 de setembro. Foram entrevistados 1.204 eleitores em 60 municípios. Contratada pela Televisão Verdes Mares Ltda. Registrado no TRE protocolo nº CE-09888/2018 e no TSE nº BR-09794/2018.

Distrito Federal: realizada entre 14 e 16 de setembro. Foram entrevistados 1.204 eleitores. Contratada por Globo Comunicação e Participações S/A. Registro no TRE protocolo nº DF-07395/2018 e no TSE protocolo nº BR-05259/2018.

Goiás: realizada entre 18 e 20 de setembro. Foram entrevistados 812 eleitores em 39 municípios. Contratada pela Televisão Anhanguera S/A. Registro no TRE protocolo nº GO-09015/2018 e no TSE protocolo nº BR-09138/2018.

Maranhão: realizada entre 16 a 18 de setembro. Foram entrevistados 1.008 eleitores em 58 municípios. Contratada por Televisão Mirante Ltda. Registro no TRE protocolo nº MA-06667/2018 e no TSE protocolo nº BR-07474/2018.

Mato Grosso: realizada entre 17 e 19 de setembro de 2018. Foram entrevistados 812 eleitores em 36 municípios. Contratada por Televisão Ponta Porã Ltda. Registro no TRE protocolo nº MT-05998/2018 e no TSE protocolo nº BR-08618/2018.

Mato Grosso do Sul: realizada entre 21 e 23 de setembro. Foram entrevistados 812 eleitores em 30 municípios. Contratada pela Televisão Ponta Porã Ltda. Registrado no TRE protocolo nº MS-03695/2018 e no TSE protocolo nº BR-03166/2018.

Pará: realizada entre 13 e 16 de setembro. Foram entrevistados 812 eleitores em 41 municípios. Contratada por Televisão Liberal Ltda. Registro no TRE protocolo nº PA-05447/2018 e no TSE protocolo nº BR-08454/2018.

Paraíba: realizada entre 16 e 18 de setembro. Foram entrevistados 812 eleitores em 40 municípios. Contratada por Televisão Cabo Branco Ltda e Televisão Paraíba Ltda. Registro no TRE protocolo nº PB-08654/2018 e no TSE protocolo nº BR-07454/2018.

Pernambuco: realizada entre 14 e 16 de setembro. Foram entrevistados 1.204 eleitores em 57 municípios. Contratada por Globo Comunicação e Participações S/A e Editora Jornal do Commercio S.A. Registro no TRE protocolo nº PE-02931/2018 e no TSE protocolo nº BR-01251/2018.

Piauí: realizada entre 17 e 19 de setembro. Foram entrevistados 812 eleitores em 40 municípios. Contratada por TV Rádio Clube de Teresina S.A. Registro no TRE protocolo nº PI-08528/2018 e no TSE nº BR-03034/2018.

Rio de Janeiro: realizada entre 22 e 24 de setembro. Foram entrevistados 1.512 eleitores em 41 municípios. Contrata pela Globo Comunicação e Participações S/A e Editora Globo S/A. Registro no TRE protocolo nº RJ-08813/2018 e no TSE protocolo nº BR-06646/2018.

Rio Grande do Norte: realizada entre 18 a 20 de setembro. Foram entrevistados 812 eleitores em 40 municípios. Contratada por Televisão Costa Branca Ltda. Registro no TRE protocolo nº RN-08720/2018 e no TSE protocolo nº BR-08011/2018.

Rio Grande do Sul: realizada entre 18 a 20 de setembro. Foram entrevistados 1.204 eleitores em 71 municípios. Contratada por RBS Participações S A. Registro no TRE protocolo nº RS-07856/2018 e no TSE protocolo nº BR-00497/2018.

Rondônia: realizada entre 14 e 16 de setembro. Foram entrevistados 812 eleitores em 30 municípios. Contratada por Rádio TV do Amazonas Ltda. Registro no TRE protocolo nº RO-00295/2018 e no TSE protocolo nº BR-05366/2018.

Santa Catarina: realizada entre 18 a 20 de setembro. Foram entrevistados 812 eleitores em 47 municípios. Contratada por NC Comunicações S.A. Registro no TRE protocolo nº SC-05212/2018 e BR-06196/2018.

São Paulo: realizada entre 22 e 24 de setembro. Foram entrevistados 2.002 eleitores em 96 municípios. Contratada pela Globo Comunicação e Participações S/A e S/A O Estado de São Paulo. Registrado no TRE protocolo nº SP-09074/2018 e no TSE protocolo nº BR-07197/2018.

Sergipe: realizada entre 17 e 19 de setembro. Foram entrevistados 812 eleitores em 36 municípios. Contratada por Rádio Televisão de Sergipe Ltda. Registro no TRE protocolo nº SE-09362/2018 e no TSE protocolo nº BR-05157/2018.

Tocantins: realizada entre 18 e 20 de setembro. Foram entrevistados 812 eleitores em 39 municípios. Contratada por Centro Norte de Comunicação Ltda. Registro no TRE protocolo nº TO-06978/2018 e no TSE protocolo nº BR-08130/2018.

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Brasil

Caso Master: sigilo alimenta especulação sobre envolvidos, diz especialista

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Em entrevista ao CNN Prime Time, Cristiano Noronha detalha que o tema já está sendo politizado no âmbito local em Brasília

• Imagem gerada por IA

O caso do Banco Master, que teve sua liquidação extrajudicial decretada pelo BC (Banco Central), entrou no debate político brasileiro e está sendo explorado por diferentes campos ideológicos.

Em entrevista ao Agora CNN, o cientista político Cristiano Noronha, vice-presidente da Arko Advice, avalia que o sigilo imposto ao caso pelo ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), e a acareação por ele imposta alimentam especulações sobre quem poderia estar envolvido.

“Essa questão da determinação do sigilo, essa decisão de investigar, fazer essa acareação que foi decidida à revelia do que defendia a Polícia Federal, tudo isso acaba alimentando muito essas especulações de quem efetivamente estaria envolvido”, explica.

O especialista também comenta sobre a politização do tema: “O assunto já está sendo politizado no âmbito local em Brasília, porque a gente viu também personalidades políticas defendendo a compra do Banco Master pelo BRB, que é um banco público”, detalha.

Noronha destaca que a revelação do contrato que o escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, esposa de Alexandre de Moraes, mantinha com o Banco Master serve como munição para a oposição e relembra os diversos pedidos de impeachment do ministro.

Distância estratégica do governo

Questionado sobre a postura do governo de evitar o confronto direto e manter o discurso de autonomia do Banco Central, o vice-presidente da Arko Advice avalia que essa é uma estratégia acertada.

“Faz todo sentido o governo fazer isso, primeiro porque se distancia do problema, insiste em uma decisão absolutamente técnica que o Banco Central tomou e eventualmente não politiza ainda mais esse assunto.”

Com esse distanciamento, Noronha explica que o governo evita ser acusado pela oposição de tentar blindar atores importantes caso venha à tona o envolvimento de figuras relevantes do cenário político e jurídico.

Fonte: CNN

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Brasil

Zelensky quer mais do que os 15 anos de segurança oferecidos por Trump

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Zelesnky afirmou, nesta segunda-feira (29), ter pedido aos Estados Unidos garantias de segurança “sólidas” contra a Rússia

Após a reunião deste domingo (28/12) entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e Donald Trump, nos EUA, a questão territorial continua sendo um dos principais pontos de bloqueio para a obtenção de um consenso.

A Rússia segue exigindo concessões da Ucrânia e a incorporação de Donbass, no leste. Zelesnky afirmou, nesta segunda-feira (29), ter pedido aos Estados Unidos garantias de segurança “sólidas”, com prazos mais longos do que 15 anos contra os russos.

Apesar dos pontos de atrito que parecem inviabilizar um compromisso duradouro a curto prazo, o presidente americano Donald Trump disse neste domingo estar “muito próximo” de um acordo de paz com a Ucrânia, após um encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em sua residência em Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida.

Embora Trump demonstre otimismo, nenhum prazo foi estipulado para colocar em prática os pontos citados no plano de paz anunciado pelos EUA em 28 de novembro e modificado diversas vezes. Na conversa com jornalistas após a reunião, que teve a participação, por telefone, de líderes europeus, Trump e Zelensky admitiram que ainda há várias divergências pendentes entre russos e ucranianos — principalmente em relação às questões territoriais.

A principal dificuldade envolve o Donbass, formado pelas regiões de Donetsk e Lugansk, que continua sem solução. A área é reivindicada pelo presidente russo Vladimir Putin, que alega laços históricos e herança soviética. Mas, de acordo com a Constituição ucraniana, o território pertence à Ucrânia.

Antes da reunião, Zelensky esperava convencer o presidente americano a flexibilizar uma das principais propostas do plano de paz, que inclui a retirada completa das tropas ucranianas da região de Donbass, o que significaria ceder a Moscou áreas ainda controladas por Kiev.

Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, a Rússia tomou cerca de 12% do território ucraniano, após ter anexado a península da Crimeia em 2014. Trump e Zelensky admitiram neste domingo que o futuro do Donbass ainda é incerto. “Não está resolvido, mas estamos chegando perto”, disse Trump. “É uma questão muito difícil”, acrescentou, após afirmar que restam “um ou dois pontos delicados”.

Os Estados Unidos propuseram criar uma zona econômica franca caso a Ucrânia deixasse a região, mas seu funcionamento, na prática, não foi esclarecido. Apesar das dificuldades, “o desfecho das negociações entre a Rússia e a Ucrânia deve ocorrer nas próximas semanas”, afirmou o presidente americano, que também conversou por telefone com Vladimir Putin antes de receber Zelensky e disse que voltará a ligar para o presidente russo.

Garantias de segurança

Em uma mensagem publicada nas redes sociais, Zelensky disse que houve “progressos significativos” nas últimas semanas nas discussões conduzidas por equipes americanas e ucranianas. Segundo ele, os encontros definiram quais seriam as próximas etapas que viabilizariam o plano de 20 pontos, proposto por Trump.

Zelensky afirma que obteve um acordo sobre as garantias de segurança que seriam oferecidas à Ucrânia, mas Trump disse que a questão está resolvida em “95%” e espera que os europeus assumam “grande parte” dessas garantias, com apoio dos Estados Unidos.

Nesta segunda-feira, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que os Estados Unidos propuseram à Ucrânia garantias de segurança “sólidas” por um período de 15 anos que pode ser prorrogado. Ele disse que pediu a Washington um prazo maior durante sua reunião no domingo com Donald Trump.

“Eu realmente queria que essas garantias fossem mais longas e que consideramos a possibilidade de 30, 40, 50 anos”, afirmou Zelensky em uma coletiva de imprensa online. Segundo ele, o presidente americano vai analisar essa possibilidade. Ele também disse que terá uma nova reunião na Ucrânia “nos próximos dias” com líderes americanos e europeus.

Após a reunião entre Trump e Zelensky, o presidente francês, Emmanuel Macron, reconheceu no X avanços nas garantias de segurança e anunciou uma reunião da “coalizão dos voluntários” no início de janeiro, em Paris, “para finalizar as contribuições concretas de cada um”.

Zelensky e Trump também não deram detalhes sobre os acordos que envolvem a segurança da Ucrânia após o fim do conflito. Nesta segunda, o presidente ucraniano afirmou que só suspenderá a lei marcial, que proíbe, principalmente, que homens ucranianos elegíveis para o serviço militar deixem o país, após o fim da guerra com a Rússia e a obtenção de garantias de segurança.

Moscou insiste que qualquer envio de tropas estrangeiras para a Ucrânia seria inaceitável. De acordo com o líder ucraniano, qualquer acordo de paz deverá ser aprovado pelo Parlamento do país ou por referendo, e Trump disse estar disposto a se dirigir ao Parlamento em Kiev.

Zelensky anunciou que uma reunião entre representantes ucranianos e americanos ocorrerá na próxima semana, além de outro encontro em janeiro, em Washington, com Trump e líderes europeus. A reunião entre Trump e o presidente ucraniano ocorreu após várias semanas de esforços diplomáticos, especialmente por parte dos europeus, às vezes excluídos do processo liderado por Washington.

A Europa busca garantias de segurança para Kiev que tenham o apoio dos Estados Unidos. “A Europa está pronta para continuar sua colaboração com a Ucrânia e seus parceiros americanos a fim de consolidar os progressos rumo a um acordo de paz”, declarou na noite de domingo para segunda a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Conversa com Putin

Pouco antes da chegada da delegação ucraniana à Flórida, Trump conversou por telefone com o presidente russo Vladimir Putin. O chefe de Estado americano descreveu a conversa como “muito produtiva”, e um conselheiro do Kremlin afirmou que o tom entre os dois líderes foi “cordial”. A discussão durou uma hora e quinze minutos.

Durante a ligação, Putin disse que a proposta de uma trégua de 60 dias, formulada pela Ucrânia e pela União Europeia, apenas prolongaria a guerra, segundo Yuri Uchakov. Kiev precisa tomar rapidamente uma “decisão corajosa” sobre o Donbass, acrescentou o conselheiro de política externa da presidência russa.

Durante o fim de semana, o Exército russo intensificou seus ataques aéreos contra a Ucrânia e atingiu neste domingo a capital e outras regiões do país com centenas de mísseis e drones. O aquecimento e a eletricidade foram cortados em alguns bairros de Kiev.

Zelensky descreveu os ataques russos como uma resposta de Moscou às negociações de paz lideradas por Washington. Trump, no entanto, disse acreditar que Putin é “sincero” em suas intenções de obter a paz.

Novos territórios

Quanto à usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, a administração americana propôs que Rússia e Ucrânia compartilhem seu controle.

No local, os trabalhos de reparação das linhas elétricas começaram após um novo cessar-fogo local negociado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), informou a agência neste domingo.

Segundo Trump, os negociadores avançaram nas negociações sobre a usina, que pode “retomar operações quase imediatamente”, disse ele. Putin alertou no sábado que a Rússia continuará sua ofensiva militar na Ucrânia se Kiev não quiser chegar a uma paz rápida. O Exército russo, que avançou nas linhas de frente nos últimos meses, reivindicou neste domingo a tomada de novas regiões ucranianas.

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Brasil

INSS: empresa que movimentou milhões funcionava em endereço fantasma

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Empresa apontou endereço em condomínio residencial no Jardim Botânico (DF). CNPJ movimentou quase R$ 4 milhões para ONGs investigadas

Uma empresa cujo endereço consta na Receita Federal como sendo no Jardim Botânico, Distrito Federal, movimentou, em apenas dois meses, quase R$ 4 milhões pertencentes a entidades investigadas no caso que ficou conhecido como a Farra do INSS.

A empresa em questão é a Prime Assessoria e Consultoria Financeira LTDA., também registrada como TI Assessoria Financeira. Cadastrada como microempresa – classificação dada a empreendimentos com faturamento anual de até R$ 360 mil, a companhia foi aberta em 2 de janeiro de 2025, no interior de um condomínio.

Metrópoles esteve no endereço e apurou que no local há apenas unidades habitacionais. De acordo com um funcionário do condomínio ouvido pela reportagem, nunca houve registro do empreendimento no residencial – configurando a suspeita de ser uma empresa fantasma.

Segundo o trabalhador, na casa apontada como sendo a sede da empresa mora um homem cujo nome não é mencionado em qualquer documento oficial da TI Assessoria. O portal tentou contato com o morador, mas não obteve sucesso.

Segundo o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado à CPMI do INSS, o dinheiro movimentado pela empresa é proveniente de depósitos e retiradas feitos pela Associação dos Aposentados do Brasil (AAB) e da Federação dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais do Centro Sul e Sudeste, ligada a Conafer.

Tanto a AAB quanto a Conafer são investigadas por aplicar descontos ilegais nas aposentadorias e pensões do INSS.

Rendimento incompatível

Conforme os dados, a TI Assessoria recebeu, em dois meses, recursos de forma concentrada das associações investigadas e distribuiu esses valores para mais de 500 contrapartes. Do montante total movimentado na conta da empresa, R$ 1,97 milhão se refere a créditos e R$ 1,95 milhão, a débitos.

A movimentação milionária do empreendimento chamou atenção do sistema de monitoramento de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD), que classificou o rendimento da TI Assessoria como “incompatível” com “seu perfil, tempo de existência e porte”.

Segundo o sistema PLD, “não foram identificadas informações que explicassem a movimentação” dos valores da TI Assessoria Financeira. Além disso, na conta da empresa, “não houve manutenção de saldo em conta” devido a “rápida evasão dos recursos”. Após o fluxo milionário, o CNPJ foi encerrado em 5 de maio, quatro meses após ser aberto.

A reportagem apurou que uma das sócias da empresa é Thamyrez Maia de Oliveira, diretora financeira da Conafer. A mulher, segundo um depoimento concedido pelo presidente da associação, Carlos Roberto Ferreira Lopes, à CPMI do INSS, é esposa do presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT) Vinícius Ramos da Cruz – um dos presos no esquema de descontos ilegais. Vinícius é cunhado de Lopes.

Ainda conforme revelado por Lopes à CPMI, o instituto atua como “braço de execução” de várias entidades, incluindo a Conafer.

Sede no mesmo endereço

A Confederação Nacional dos Agricultores Familiares (Conafer) e a Associação dos Aposentados do Brasil (AAB) têm como sede o mesmo prédio empresarial, localizado no Setor Comercial Sul de Brasília, no Distrito Federal.

As informações, que divergem apenas no número da sala, constam no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica das instituições e foram concedidas à União no momento da criação das empresas. Os CNPJs, inclusive, permanecem ativos, com os mesmos dados, perante a Receita Federal.

Tanto a Conafer quanto a AAB aparecem na lista de Processos Administrativos de Responsabilização (PAR) instaurados pela Controladoria-Geral em setembro deste ano.

A Conafer, por exemplo, teria desviado ao menos R$ 640 milhões de aposentadorias associadas à instituição. Em 17 de novembro, a Polícia Federal cumpriu mandado de prisão contra dirigentes da associação. O presidente, Carlos Roberto Ferreira Lopes, não foi localizado. Ele é apontado como chefe do esquema que contava com núcleos político, financeiro e de comando para cometer as fraudes.

A Associação dos Aposentados do Brasil, por sua vez, também seria responsável por desvios milionários. A AAB, segundo as investigações, teria solicitado descontos em benefícios de pessoas mortas há décadas. Um levantamento feito pela CGU identificou que a instituição solicitou indevidamente, em mais de 27 mil casos, a inclusão de descontos associativos de pessoas já falecidas.

Devido aos fatos, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que apura as fraudes, aprovou requerimento para convocar Dogival José dos Santos, presidente da AAB, para prestar depoimento no Senado Federal. Em 6 de novembro, parlamentares pediram quebra de sigilo bancário e fiscal do dirigente da instituição.

Donos de igrejas no DF

Metrópoles apurou que, antes de comandar a associação, Dogival era motorista. Ele e Lucineide dos Santos Oliveira (outra sócia da AAB) são donos de igrejas evangélicas localizadas na capital da República.

Uma dessas igrejas, em nome da mulher, fica na região do Recanto das Emas (DF). Estranhamente, no mesmo endereço da instituição religiosa, está cadastrada uma empresa pertencente a Samuel Chrisostomo do Bomfim Junior, contador da Conafer.

Metrópoles esteve no local e encontrou apenas a instituição religiosa, erguida entre um centro catequético e um terreno baldio. Apesar disso, segundo dados da Receita Federal, a loja de Samuel está ativa no espaço, o que conduz à suspeita de ser uma empresa fantasma.

Reprodução/ Google Maps

Outros CNPJs distintos em nome de Samuel e de Lucineide operam em um sobrado na mesma região administrativa. Além dos empreendimentos da dupla, funcionam no endereço empresas pertencentes a Cícero Marcelino de Souza Santos, assessor do presidente da Conafer.

Cícero – que chegou a afirmar, durante a CPMI, que lucrava “uns trocos” com o dinheiro que deveria ser destinado aos beneficiários do INSS – foi preso em 17 de novembro, durante operação da PF.

Em 16 de outubro, durante depoimento, Cícero admitiu que abriu empresas para prestar serviços a pedido de Carlos Lopes. Ele disse que recebia planilhas de pagamentos para as entidades da Conafer e, posteriormente, fazia o repasse. Pontuou ainda que não conhece Samuel Chrisostomo, apesar de ter CNPJ de instituição sediada no mesmo local de empresas do homem.

Santos também negou saber de onde vinham os recursos recebidos pela Conafer. Ele e a esposa, no entanto, teriam movimentado R$ 300 milhões da instituição desde 2019.

Durante a CPMI, as empresas de Cícero foram apontadas como empreendimentos de natureza laranja. “A única coisa que estou vendo aqui nesta CPMI é que as pessoas que os sindicatos ajudam são os próprios dirigentes e seus familiares, as empresas dos dirigentes, dos familiares, ou dos laranjas e familiares dos laranjas. E você é um laranja, suas empresas são empresas laranjas”, disse a deputada Adriana Ventura (Novo-SP).

Operação

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, em 13 de novembro, nova fase da Operação Sem Desconto, investigação que mira esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. A ação mobilizou equipes em 17 estados e no Distrito Federal.

Ao todo, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e diversas medidas cautelares. Entre os presos estão:

  • Alessandro Stefanutto – ex-presidente do INSS;
  • Antônio Carlos Antunes Camilo, conhecido como Careca do INSS;
  • Vinícius Ramos da Cruz – presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT);
  • Tiago Abraão Ferreira Lopes – diretor da Conafer e irmão do presidente da entidade, Carlos Lopes;
  • Cícero Marcelino de Souza Santos – empresário ligado à Conafer; e
  • Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior – também integrante da Conafer.

Os alvos estão espalhados por Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal.

Como o esquema funcionava

Segundo as investigações, os suspeitos atuavam inserindo dados falsos em sistemas oficiais para incluir beneficiários em associações ou entidades fictícias. A partir disso, eram feitos descontos mensais indevidos diretamente nos pagamentos de aposentados e pensionistas, muitos deles sem qualquer conhecimento sobre as cobranças.

Os alvos são investigados por formar organização criminosa voltada à obtenção de vantagens financeiras por meio de estelionato previdenciário, além de corrupção ativa e passiva para facilitar o acesso fraudulento aos sistemas do INSS.

Também há apurações sobre ocultação de patrimônio, supostamente utilizado para dificultar o rastreamento dos valores desviados

O outro lado

Metrópoles tentou contatar as pessoas envolvidas nessa reportagem tanto por e-mail quanto por telefone, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

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