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Pequeno tigre: conheça o acreano de 13 anos que é o faixa preta mais jovem da América Latina

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Se realmente for querer levar isso para o futuro dele já está começando e aprendendo. Eu falo sempre para ele que se deu certo comigo, pode dar certo pra ele também”, salienta o pai.

A esquerda, Bryan recebendo sua faixa amarela, a direita o garoto recebendo a faixa de primeiro dan/Foto: Cedida

Vitor Paiva

O pequeno Taekwondista acreano, Bryan Azevedo, de apenas 13 anos, já é considerado um fenômeno do esporte, com mais de 100 medalhas, mesmo tão jovem. O garoto que irá participar no próximo pan-americano da categoria, no México, é o faixa preta mais jovem da América Latina.

Muitos holofotes já são postos em cima de Bryan, para observar cada passo do prodígio, entretanto, quem é Bryan Azevedo? Hoje vamos apresentar um pouco do “Pequeno Tigre”, para além do atleta, mas um pouco da criança por trás do campeão.

O garoto treina desde muito novo, cerca dos dois anos de idade, mas por viver praticamente desde seu nascimento dentro do tatame, sempre encarou tudo como uma grande brincadeira, se divertindo no processo.

“Eu treino desde pequeno, mas não é só treino, é brincadeira também. Foi desse jeito que fui aprendendo. Com o tempo fui pegando gosto pela coisa e participando de campeonatos. Hoje pretendo chegar nas olimpíadas ainda”, conta ele sobre a possibilidade de competir nos Jogos de Los Angeles, em 2028.

Mas nem só de Taekwondo vive o esportista, que afirma gostar muito de futebol também. Apesar de ser torcedor do Flamengo, o menino diz ter como maior ídolo no esporte Neymar Jr.

“Do lado de fora do tatame o que eu mais gosto de fazer é jogar futebol, brincar com meus amigos na rua, eu sou bom também, faço escolinha de futebol no sábado! [Qual seu ídolo no futebol?] Neymar, meu ídolo no futebol é Neymar, sou atacante também”, revela o menino.

Sem muitas surpresas ao perguntar sobre a escola, ele logo sorri e diz que sua matéria preferida é a Educação Física. Mas o jovem destaca ainda um problema que surge, devido ao calendário de competições fora do estado.

O garoto se apegou cedo ao Taekwondo e treina a carca de 10 anos/Foto: Cedida

“O colégio é complicado, quando eu viajo para lutar e volto acaba acumulando muita coisa, então tenho que correr atrás e colocar todas as tarefas em dia, mas às vezes junta muita coisa”, explica.

Apesar disso, em um mini documentário, publicado no canal do YouTube dedicado ao garoto, a escola assegura que apesar dos compromissos extra curriculares, Bryan é sim um bom aluno e cumpre bem com suas obrigações escolares.

O pai, e mestre, do garoto, Levy Azevedo, ainda ressalta que o jovem nunca foi obrigado a continuar praticando a arte marcial, mas que recebeu sim incentivo dentro de casa. Ele explica ainda que o menino continuou por gosto próprio e que a filha mais velha largou os treinos muito antes de Bryan.

“ Eu só fui simplesmente conduzindo ele, onde chegou é mérito dele. Eu tenho uma filha que tem 22 anos e vai fazer 23 agora e ela só chegou até a faixa azul e não quis mais, então parou. A gente não vai obrigar ele a lutar, ele tem que gostar, e pelo visto tomou gosto, né?!”, ressalta Levy.

O jovem já conquistou mais de 100 medalhas ao longo da carreira/Foto: Vitor Paiva/ContilNet

Ele ainda brinca que o menino tem jeito para ser professor, e que já o ajudou em aulas com turmas mais jovens.

“Chegou o irmãozinho novo dele e agora quer porque quer ensinar o irmãozinho dele tudo que ele já passou, o que é muito bom e gratificante. Se realmente for querer levar isso para o futuro dele já está começando e aprendendo. Eu falo sempre para ele que se deu certo comigo, pode dar certo pra ele também”, salienta o pai.

Se dentro das quatro linhas o ídolo é Neymar, fora delas o garoto também tem uma clara referência de quem seguir os passos. O sul-coreano, Lee Dae-Hoon é tricampeão mundial de Taekwondo, tendo ficado em primeiro lugar nos anos de 2011, 2013 e 2017, sendo os dois primeiros consecutivos em sua categoria, já que as competições ocorrem apenas em anos ímpares (com exceção de 2021, quando foi transferido para o ano seguinte devido ao impacto da Covid-19). Além disso o coreano também já conquistou duas medalhas olímpicas em 2012 e 2016.

O treino e disciplina envoltos no esporte já estão internalizados em Bryan, mas ele confessa que as oportunidades que recebe por competir ao redor do país e até mesmo em outros locais da américa latina, o trazem momentos que serão lembrados com muito carinho no futuro.

O garoto sonha um dia competir nas olimpíadas/ Foto: Vitor Paiva/ContilNet

“Sou flamenguista e já fui ao Rio de Janeiro competir, então pude ir ao Maracanã ver um clássico de pertinho, fui ver um Fla- Flu. Pude viajar muito também, só faltam seis estados para conhecer o Brasil todo, e daqui a pouco vou pra Macapá (no Amapá)”, diz o garoto.

Sobre o futuro, depois de realizar seu sonho de chegar às olimpíadas e poder competir no maior palco do esporte, ele diz que pensa sim em voltar para casa, vir ao tatame e poder ensinar para as próximas gerações um pouco de tudo o que aprendeu.

“Já ajudei em aulas, e quero poder voltar e ensinar elas. Eu aprendi desde muito novo, brincando, e com essa brincadeira vou passando aos poucos a minha luta pra elas, porque foi assim que eu comecei, que eu aprendi”, reforça o garoto.

Sobre os anseios de competir, e de já ser uma referência dentro do Taekwondo, o menino parece não sentir ainda a responsabilidade e peso de ser um atleta dos patamares que ele já alcançou.

Bryan tem em casa uma de suas maiores inspirações/ Foto: Cedida

“As vezes eu sinto um friozinho na barriga antes de lutar, mas só isso, eu nunca fiquei nervoso, pelo menos não lembro. E é muito bom poder levar o estado pra fora, o pessoal fica feliz, acho que por isso dá esse frio na barriga, mas medo não”, conta o garoto.

Apesar dos resultados expressivos e dizer não sentir ainda o peso ou entender a magnitude dos seus feitos, reconhece a oportunidade que tem de poder se dedicar ao esporte, feito este que muitos não têm.

“Eu tenho 35 anos de taekwondo e não consegui chegar onde ele chegou, mesmo com a pouca idade. Eu não tive apoio familiar, sempre levei como um hobby, mas hoje eu posso dar todo o apoio e suporte que não tive e isso é muito importante pra ele, pra que possa focar só no treino e competir”, ressalta o pai.

Apesar de toda a competição e apoio, o pai preza sempre pela vontade do filho/ Foto: Cedida

Apesar do apoio e confiança empenhados no filho, o pai encerra dizendo que os feitos de Bryan já são muito grandes e que mesmo com as possíveis falhas no futuro, isso não significa que ele precise ficar desanimado.

“Ano passado ele foi para uma competição, perdeu e chorou, eu digo pra ele ‘você não tem porque chorar aqui, você já fez demais, só em vir para cá representar o Acre já tá de bom tamanho’ depois disso é bola pra frente, bater a poeira e seguir, é isso que digo pra ele”, finaliza o pai.

O presente e futuro do Taekwondo como esporte no Acre já existe, e para aqueles que se interessam pelas disputas, ver o surgimento, crescimento e possível futuro triunfo olímpico de Bryan é um prazer inenarrável.

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“Os de Dentro contra Os de Fora”: Brasileense reacendem amizade e tradição em pelada de fim de ano

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Jogo reúne quem saiu da cidade em busca de oportunidades e quem ficou; 4ª edição do evento celebra mais que futebol, mas união e memórias de décadas

Em sua 4ª edição, pelada “Os de Dentro de Verde contra Os de Fora de Azul” teve placar elétrico, mas a grande vitória foi o reencontro de amigos para celebrar o fim de ano. Foto: Marcus José

Foi muito mais que uma simples pelada. Neste sábado (27), filhos de Brasileia reuniram-se para a 4ª edição do já tradicional jogo “Os de Dentro contra Os de Fora” organizado pelo boleiro Nokim Gugel. A partida reuniu aqueles que saíram do município em busca de sonhos profissionais e os que permaneceram, revivendo em campo as brincadeiras e a cumplicidade dos tempos de garoto.

O evento, que marca o fim de ano, transcendeu os 90 minutos de jogo. Foi um reencontro para matar a saudade da distância, fortalecer laços e manter viva uma história de amizade construída ao longo de décadas. Em campo e fora dele, o espírito foi de união, paixão e celebração de uma origem comum, provando que algumas tradições são mantidas não apenas pela bola, mas pela força do coletivo.

A 4ª edição do tradicional jogo “Os de Dentro contra Os de Fora”, realizada em Brasileia, terminou com um empate de 4 a 4, decidido nos minutos finais após uma partida de reviravoltas. Foto: Marcus José

Emoção até o último minuto: jogo tradicional de Brasileia termina em empate de 4 a 4 após virada e reação nos acréscimos. Foto: Marcus José 

A partida foi tão emocionante quanto o reencontro que a motivou. A 4ª edição do tradicional jogo “Os de Dentro contra Os de Fora”, realizada em Brasileia, terminou com um empate de 4 a 4, decidido nos minutos finais após uma partida de reviravoltas.

‘Os de Casa’ abriram o placar, mas ‘Os de Fora’ conseguiram empatar, virar e ampliar para 4 a 2. A reação veio no final: já no segundo tempo, os da casa diminuíram e, em uma arrancada nos últimos dois minutos, conseguiram o gol do empate. O resultado, no entanto, foi apenas um detalhe para a celebração maior do evento: a alegria de rever amigos de longa data e matar a saudade em mais uma confraternização de fim de ano.

Fotos da Confraternização
Veja vídeos:

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Mailza acompanha sala de situação do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil diante do avanço das cheias no Acre

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A vice-governadora do Acre, Mailza Assis, acompanhou, neste sábado, o trabalho realizado na sala de Comando Operacional do Corpo de Bombeiros Militar e da Defesa Civil Estadual, onde são monitoradas em tempo real as condições climáticas, o nível dos rios e os impactos das chuvas em todo o estado.

A estrutura reúne informações de todos os municípios e permite o acompanhamento permanente do período chuvoso e das cheias que podem ocorrer.

Durante a visita, a vice-governadora destacou que o estado mantém vigilância constante sobre os principais rios e está preparado para prestar o suporte necessário às populações atingidas.

“Aqui nós temos todo o controle de todo o estado, todos os rios, todos os municípios, e estão sendo muito bem observados e também estamos prontos para acolher e dar o suporte que for necessário e que caiba ao estado”, disse.

A sala de situação concentra dados atualizados, observações técnicas e o planejamento das ações emergenciais, garantindo resposta rápida em caso de agravamento do cenário.

Em Rio Branco, o Rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento, provocando alagamentos em áreas ribeirinhas e acendendo o alerta das autoridades para a possibilidade de novas ocorrências, caso o volume de chuvas se mantenha elevado.

A Defesa Civil Estadual segue em articulação com os municípios, monitorando os níveis dos rios e orientando as ações preventivas e de atendimento às famílias afetadas. A recomendação é que moradores de áreas de risco permaneçam atentos aos comunicados oficiais e sigam as orientações dos órgãos de segurança e proteção.

VEJA O VÍDEO:

 

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Elenco do Vasco começa última fase de treinos visando o Estadual

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Foto Sueli Rodrigues: Recuperado de uma cirurgia no joelho, o volante Bernardo vem treinando forte

O elenco do Vasco realizou um treino leve neste sábado, 27, na Fazendinha, e começou a última fase de preparação visando o Campeonato Estadual. A primeira etapa de treinamento foi desenvolvida em Cardoso Moreira, no Rio de Janeiro.

“Fizemos um regenerativo e neste domingo(28), vamos trabalhar em dois períodos. Os trabalhos serão intensos até o início do Estadual”, declarou o técnico Erick Rodrigues.

Cabeludo recebe proposta

O volante Cabeludo recebeu uma proposta do futebol do Bahia e a diretoria do Vasco avalia se libera ou não o atleta.

“Vamos avaliar com cautela. Se liberarmos o Cabeludo, precisaremos ir em busca de um jogador para posição”, explicou Erick Rodrigues.

Contra o Galvez

Depois de realizar amistosos no Rio de Janeiro, o Vasco enfrenta o Galvez na terça, 30, na Fazendinha. Erick Rodrigues vai montar a equipe com força máxima.

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