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Patrulha Rural: produtores e instituições discutem alternativas de segurança no campo
Assessoria Acre 2050
Produtores e representantes de instituições de várias esferas se reuniram nesta sexta-feira, 10, para discutir diversas alternativas para trazer segurança no campo. Mobilizados pelo Projeto de Lei (PL) que pretende instituir a Patrulha Rural no Acre, de autoria da própria classe, os trabalhadores rurais explicitaram os problemas constantes que afetam os moradores das comunidades rurais do estado aos membros do Comando-Geral da Polícia Militar (PM-AC) na sede da instituição, no Centro da capital.
O encontro é resultado dos encaminhamentos da Audiência Pública sobre o PL realizada no domingo, 5, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Fepac). Além dos membros da entidade, produtores rurais e PM-AC, participaram da nova reunião integrantes das secretarias de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Produção e Agropecuária (Sepa), grupo Mercado do Boi, Acre 2050 e o deputado estadual Pedro Longo (PV), que traçaram propostas conjuntas para solucionar as questões.
Um dos autores do Projeto de Lei da Patrulha Rural, o produtor Rodrigo Pires comentou que existem inúmeros relatos de moradores de ramais sobre a cobrança de tarifas por parte de organizações criminosas para que eles possam produzir. “O homem do campo não está em paz. Agora ele precisa pagar uma espécie de pedágio. Quase 50 mil pessoas vivem diretamente da pecuária no Acre, precisamos extinguir isso agora. É necessário inibir o crescimento da criminalidade no campo”, falou.
De acordo com o pecuarista Jorge Neto, morador da Estrada Transacreana, os moradores da Rodovia AC-90 só tiveram segurança de fato após a implantação de patrulhamento da PM-AC. Ele afirmou que há pouco mais de um ano a localidade é atendida pelas forças da Segurança Pública. “Depois da chacina do ramal no quilômetro 100, botaram uma patrulha diária e a criminalidade diminuiu. Mas a Transacreana é extensa, com vários ramais, e se faz necessário reforçar o trabalho desenvolvido. A Patrulha Rural será essencial para esse reforço tão importante”, disse.
Secretário de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cézar dos Santos garantiu que a pasta usará a tecnologia para garantir a integridade dos moradores e propriedades rurais. “Isso pode ser melhorado com cerco eletrônico nas principais vias do estado, já está licitado para Capixaba, Plácido de Castro e Acrelândia. Com disponibilidade de emendas, levaremos essa tecnologia ao campo. Nossa pasta tem 56 caminhonetes empenhadas para colocar nestas áreas, mas as indústrias estão com atraso de produção”.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.










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