O Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF) do Poder Judiciário do Estado do Acre, no início do mês de outubro, durante inspeção na Unidade de Regime Fechado do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde (FOC), identificou um detento do sexo masculino com câncer de mama.
É significativo constatar esse caso durante o mês de outubro, pois está em andamento o Outubro Rosa, um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, com o objetivo de propagar informações, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e assim, contribuir para a redução da mortalidade.
Apesar de ser uma doença que acomete em sua maioria as mulheres, os homens também podem desenvolver esse tipo de câncer, uma vez que possuem glândulas mamárias e hormônios femininos, apesar de ser em menor quantidade. O diagnóstico do câncer de mama masculino é tardio, pois os homens não costumam fazer mamografia preventiva, nem ir ao médico quando os sintomas são pouco intensos. Dessa forma as células tumorais têm mais tempo para se desenvolver, sendo o diagnóstico realizado em fases avançadas da doença. Por isso, o câncer de mama tem pior prognóstico nos homens em comparação às mulheres.
Como providência, o GMF solicitou informações de como está sendo realizado o atendimento do cumpridor de pena no âmbito da Unidade Prisional, já que ele teve o pedido de prisão domiciliar negado, bem como a periodicidade em que ele está sendo conduzido ao Hospital Especializado para a realização dos procedimentos médicos de tratamento.
Câncer de mama em números
Outubro Rosa é uma campanha super importante, mas óbvio que os cuidados não se restringem a esse mês em especifico. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 17,5 mil mulheres e quase 200 homens morrem de câncer de mama no Brasil, ao ano. Pelo menos, 48 pessoas vão a óbito, diariamente, por conta desse tumor.
No Brasil, excluindo os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões. Para o ano de 2022 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres.
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