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Operação em Mutum-Paraná prendeu 7 pessoas e apreendeu munições, armas brancas e coletes; fotos
Apreensão aconteceu durante operação Ordo, iniciada no dia 10 de outubro. Cerca de 300 invasores foram retirados da região, segundo PM.
Por G1 RO e Rondoniagora.com
Em nota à imprensa, o Governo do Estado detalhou as ações dos últimos dias para solucionar os assassinatos de policiais militares e restabelecer a ordem em Mutum-Paraná. Foram presos suspeitos e apreendidos materiais de guerrilha na região. Veja:
A Polícia Militar de Rondônia planejou uma ação policial conjunta com os demais órgãos de segurança pública que compõe a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (SESDEC) para resgatar os policiais militares vitimados e a logística de armamentos, munições, viaturas e colete do local dos crimes. Após o cumprimento da ação policial no dia 4, foi iniciada a fase de investigação dos fatos pela Polícia Judiciária Civil de Rondônia, no sentido de esclarecer a dinâmica dos acontecimentos, identificar, localizar e prender os criminosos.
Durante a semana, os trabalhos investigativos, realizados pela Polícia Civil de Rondônia, por meio da Delegacia de Homicídios e com o apoio da Inteligência da PM, renderam a identificação dos envolvidos, e com as decisões do Poder Judiciário, foram expedidos mandados de busca, prisão e apreensão. Alguns foram cumpridos, resultando na prisão de dois suspeitos de envolvimento nos crimes do dia 3, além de mais cinco suspeitos conduzidos, totalizando, até o momento, sete pessoas presas.
Nesse final de semana 10 e 11 aconteceu uma ação policial integrada coordenada pela PMRO na região da fazenda Norbrasil. O objetivo era efetuar o cumprimento de alguns mandados de busca, prisão e apreensão, e também efetivar a reintegração de posse da área rural invadida. Houve a incursão da tropa nos lotes invadidos da fazenda, sendo constatada a presença aproximada de 500 pessoas na área em litígio. Houve animosidade dos invasores, havendo a necessidade do uso de técnicas de Controle de Distúrbios Civis para preservar a integridade física de todos que se encontravam presentes no momento da ação.
A região invadida foi controlada pela ação policial ainda na manhã de sábado, onde os Oficiais de Justiça iniciaram os trabalhos de reintegração de posse no local, com o apoio da equipe policial militar para a concretização da decisão judicial.
Foram encontrados na localidade munições de arma de fogo, armas brancas, coletes balísticos, binóculos, uniformes camuflados, vários veículos entre automóveis e motocicletas, rádios transceptores, bem como também estrutura de internet instalada com antenas parabólicas e placas de energia solar.
Na manhã de domingo (11) foi realizado o trabalho de varredura da região, bem como o término da triagem dos ocupantes da área invadida.
A área em litígio foi desocupada, sendo retirados os pertences dos invasores, os quais também foram removidos por meio de ônibus e caminhões para uma localidade segura próxima. O processo de varredura da região ainda continua.
Segundo apurado nas investigações, os procurados integram uma organização criminosa e praticam diversos crimes na localidade, com treinamento e armamento de guerra utilizando fuzis e metralhadoras para prática de homicídios, torturas, incêndios e roubos.
Na mesma operação do fim de semana, segundo a polícia, cerca de 300 invasores foram retirados da área.
Morte de PM’s
No último dia 3 de outubro, o tenente da reserva José Figueiredo sobrinho pescava com amigos em uma propriedade rural quando foi identificado, torturado e morto por um grupo armado. Uma testemunha disse que os criminosos cometeram o crime após constatar que a vítima era militar.
A Polícia Militar (PM) foi chamada e ao chegar na localidade para retirar o corpo de Figueiredo, houve um ataque por parte dos criminosos e o sargento Márcio Rodrigues da Silva foi alvejado e morto.
Por conta da intensidade do ataque, os policiais precisaram recuar e os corpos das vítimas só foram retirados em uma operação no domingo (4). Outros quatro militares ficaram feridos no ataque em que o sargento foi morto. Um deles segue internado na UTI.
Foragidos; Veja suspeitos de participação nos assassinatos de policiais; denuncie
A Delegacia Especializada em Crimes Contra a Vida (DECCV) de Porto Velho divulgou as imagens de 15 foragidos da justiça acusados de terem participação nas mortes de dois policiais militares e nas tentativas de homicídio praticadas contra outros seis militares. Os crimes aconteceram no dia 3 na fazenda Nova Brasil, em Mutum-Paraná , distrito da Capital.
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No último sábado (10) a Polícia Civil deflagrou a Operação Ordo com o objetivo de cumprir 17 mandados de prisão preventiva.
Na ação, dois acusados foram presos, restando 15 que estão sendo procurados pela Polícia.
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Entre os foragidos está Gedeon José Duque que é considerado de alta periculosidade e era o chefe da organização criminosa que armou uma emboscada para os policiais.
Qualquer informação sobre o paradeiro dos criminosos pode ser repassada através do 197 da Polícia Civil ou 190 da Polícia Militar. Não precisa se identificar.
Segundo a delegada Leisaloma Carvalho, o tenente Figueiredo e mais três amigos estavam pescando quando foram surpreendidos por dez criminosos fortemente armados com metralhadoras, fuzis e pistolas. “Eles já chegaram atirando nas vítimas.
O bando pensava que as vítimas eram seguranças da fazenda e que estavam ali para conter quem entrasse no local.
Depois de vasculharem o carro que as vítimas estavam, eles descobriram a identidade do tenente, afastaram ele de perto dos amigos e o executaram friamente com vários tiros no peito e cabeça”, detalhou a delegada.
Após matar o tenente, os criminosos ordenaram que as demais vítimas saíssem do local. Foi nesse momento que elas pediram ajuda e a Polícia Militar foi acionada.
Sem saber do armamento pesado que o grupo criminoso tinha em seu poder, os policiais militares foram para a região. Ao anoitecer as equipes chegaram na fazenda, e encontraram troncos de arvore impedindo a passagem.
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Suspeito preso por levar 11 fuzis para a Penha foi liberado da prisão pela Justiça 12 dias antes
Leandro Rodrigues da Silva, de 38 anos, tinha sido preso pela Polícia Rodoviária Federal no dia 15 de janeiro com 30 kg de drogas, mas foi solto na audiência de custódia no dia 18.
Leandro Rodrigues da Silva, de 38 anos, foi preso pela Polícia Federal, na madrugada desta quinta-feira (30), dirigindo um carro que levava 11 fuzis, de calibres 5,56 e 7,62, para o Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio.
A prisão de Leandro aconteceu 12 dias depois dele ser liberado em uma audiência de custódia, em Campos dos Goitacazes, no Norte Fluminense. Ele havia sido preso por tráfico de drogas.
Morador da Zona Oeste do Rio, com ensino médio completo e se apresentando como motorista de aplicativo, Leandro foi preso no dia 15 de janeiro por policiais rodoviários federais, quando dirigia um Ford Fiesta, no quilômetro 203, da BR-101, em Casimiro de Abreu, no Norte Fluminense.
No veículo, os policiais rodoviários encontraram:
- 31,5 kg de maconha distribuídos em 41 tabletes em um saco preto;
- 1.439 frascos de líquido de cheirinho de loló;
- Dois galões de líquido semelhante a cheirinho de loló;
- 2 pacotes com pinos transparentes vazios;
- R$ 1.874 em dinheiro.
Levado para a 121ª DP (Casimiro de Abreu), Leandro mudou a versão de que tinha pegado a droga em Casimiro de Abreu. Ele contou que o carro foi abastecido na Linha Vermelha e seguia para Macaé. Em nenhum momento, segundo o Ministério Público, alegou estar fazendo uma corrida de aplicativo ou falou em entregador ou destinatário.
Leandro ficou preso por dois dias e, às 10h09 do dia 18 de janeiro, foi levado para a audiência de custódia. Na ocasião, o juiz Iago Saúde Izoton decidiu pela soltura de Leandro contrariando o MP, que pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva.
Em suas alegações, o magistrado informou que “a prisão preventiva se revela excepcional”:
A partir daí, o magistrado determinou que Leandro se apresentasse diante do juiz todo dia 10 de cada mês. Após a decisão do juiz, a promotora Luíza Klöppel, do Ministério Público estadual recorreu.
O MP apontou a gravidade do caso envolvendo o transporte da droga e o risco de que Leandro voltasse a delinquir.
12 dias depois da liberdade, os fuzis
Na noite de quarta-feira (29), os policiais federais da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE) iniciaram uma vigilância na serra, na altura do município de Paulo de Frontin em busca de uma moto que transportava material ilícito.
Ao encontrarem a BMW, presenciaram o momento em que o ocupante repassou duas malas ao motorista de um Nissan preto. O veículo foi seguido pelos policiais até um posto de gasolina onde foi feita a abordagem.
O motorista do carro era Leandro Rodrigues da Silva. O da moto, Gutenberg Samuel de Oliveira. Ambos foram presos e os veículos apreendidos.
O carregamento tinha 8 fuzis, de calibre 5.56 e 3 fuzis calibre 7.62, além dos veículos utilizados no transporte das armas. Todas as armas com a marca de uma caveira semelhante ao personagem Justiceiro, da Marvel.
De acordo com as investigações preliminares, o arsenal teria como destino os complexos da Penha e do Alemão, onde está baseada a chefia da facção Comando Vermelho.
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Argentina corta taxas e Brasil volta a ter maior juro real do mundo
País comandado por Javier Milei caiu da primeira para a terceira posição, após seu Banco Central reduzir suas taxas de juros em 3 pontos percentuais. Topo agora está com Brasil e Rússia.
O Brasil passou a ter o maior juro real do mundo. Na noite de quinta-feira (30), o Banco Central da Argentina, antiga líder do ranking, promoveu um novo corte em sua taxa básica de juros e tirou o país da primeira posição.
A autoridade monetária reduziu suas taxas de 32% para 29% ao ano. Segundo a instituição, essa redução é consequência da “consolidação observada nas expectativas de menor inflação.”
A Argentina encerrou 2024 com uma inflação anual de 117,8%. Apesar de ainda estar bastante alta, houve uma forte desaceleração em relação aos 211,4% registrados em 2023.
Com a taxa de juro real é calculada, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses, o juro real argentino caiu para 6,14%. O país passou, então, para a terceira colocação no ranking.
Quem assume a ponta é antigo vice-líder, o Brasil. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar mais uma vez a Selic em 1 ponto percentual, levando o juro nominal a 13,25% ao ano, e o juro real a 9,18%.
Na segunda posição vem a Rússia, com uma taxa de juros real de 8,91%.
Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.
Ranking de juros reais
Taxas de juros atuais descontadas a inflação projetada para os próximos 12 meses
Alta da Selic
Na última quarta-feira (29), o Copom anunciou sua decisão de elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para a casa de 13,25% ao ano.
Na decisão anterior, em dezembro, a autoridade monetária já havia elevado a taxa básica em 1 ponto percentual, para a casa de 12,25% ao ano. A decisão marca a quarta alta seguida da Selic.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu na 4ª posição.
Veja abaixo:
- Turquia: 45,00%
- Argentina: 29,00%
- Rússia: 21,00%
- Brasil: 13,25%
- México: 10,00%
- Colômbia: 9,50%
- África do Sul: 7,75%
- Hungria: 6,50%
- Índia: 6,50%
- Filipinas: 5,75%
- Indonésia: 5,75%
- Polônia: 5,75%
- Chile: 5,00%
- Hong Kong: 4,75%
- Reino Unido: 4,75%
- Estados Unidos: 4,50%
- Israel: 4,50%
- Austrália: 4,35%
- Nova Zelândia: 4,25%
- República Checa: 4,00%
- Canadá: 3,25%
- Alemanha: 3,15%
- Áustria: 3,15%
- Espanha: 3,15%
- Grécia: 3,15%
- Holanda: 3,15%
- Portugal: 3,15%
- Bélgica: 3,15%
- França: 3,15%
- Itália: 3,15%
- China: 3,10%
- Coreia do Sul: 3,00%
- Malásia: 3,00%
- Cingapura: 2,98%
- Dinamarca: 2,60%
- Suécia: 2,50%
- Tailândia: 2,25%
- Taiwan: 2,00%
- Suíça: 0,50%
- Japão: 0,50%
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De volta à planície: ex-presidentes da Câmara contam como é deixar o poder e analisam desafios do novo comando
Deputados que já comandaram a Casa analisam desafios do próximo presidente. Próxima eleição da cúpula da Câmara está marcada para 1º de fevereiro.
No dia 1º de fevereiro, a Câmara dos Deputados elegerá um novo presidente para comandar o colegiado pelos próximos dois anos.
Com isso, Arthur Lira (PP-AL) retornará à planície, termo comumente utilizado no Congresso para se referir aos deputados sem acesso aos cargos da mesa diretora, instalada no centro do plenário. Quem se senta à mesa, tem visão completa dos deputados que estão no plenário, abaixo, por isso o termo “planície”.
A reportagem ouviu cinco ex-presidentes da Câmara que responderam às mesmas perguntas sobre o que a saída desse cargo representou em suas trajetórias. João Paulo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo Maia não deram entrevistas.
Estranhamento
A experiência da maioria mostra que o dia seguinte após deixar o cargo pode ser seguido de estranhamento pelo poder perdido.
“Claro que a mudança é brusca e que você tem que passar por um período de adaptação, porque você não pode criar ilusão que o poder é seu”, diz Aldo Rebelo, que ocupou o posto entre 2005 e 2007 pelo PCdoB.
Uma saída é recorrer às antigas amizades, conta Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara pelo PT entre 2007 e 2009.
Entre os políticos, há desconforto em retornar para os trabalhos da Casa sem ocupar um cargo decisório.
“Eu reconheço que, toda vez que um presidente sai e precisa voltar para o plenário, fica uma situação talvez um pouco desconfortável”, afirma Michel Temer, presidente da Casa em três ocasiões.
Segundo ele, seu processo foi mais simples por ter deixado o comando da Câmara pela primeira vez, em 2001, para assumir a presidência do MDB, e na segunda vez, em 2010, ser vice-presidente da República, na chapa de Dilma Rousseff.
Uma saída, segundo Marco Maia, presidente da Câmara pelo PT entre 2011 e 2013, é não entrar no cargo com expectativa de prolongação de poder.
A dificuldade de reposicionamento depois da saída do comando da Casa também aflige Arthur Lira. Ele é cotado para assumir um cargo na Esplanada dos Ministérios do presidente Lula, mas há impasse sobre sua adesão completa ao governo.
Papel como ex-presidente
O grupo é uníssono sobre a relevância de um ex-presidente da Câmara. Para Aécio Neves, presidente da Casa de 2001 a 2002 pelo PSDB, a experiência é útil para os sucessores.
Para ele, não estar à frente das decisões demanda, muitas vezes, maturidade. “[É importante] encontrar o seu espaço e não ficar disputando permanente holofotes. É um exercício de maturidade que todos os homens públicos devem buscar em determinado momento da sua trajetória.”
Chinaglia afirma que a forma como o presidente atua impacta no tamanho da influência após a saída do cargo. “Depende de como você chegou, de como você se elegeu e de como você saiu. Se o cara for respeitado pelo que ele pensa, se cumpre com a palavra, ele se mantém influente”, afirma.
Desafios
Os ex-presidentes da Casa destacam o novo protagonismo da Câmara em relação ao Orçamento, com influência cada vez maior do Poder Legislativo em detrimento do Executivo.
Para alguns, há excessos na nova atuação. “Eu acho que há um certo, digamos, exagero na volúpia do Congresso sobre nacos do Orçamento”, afirma Aécio.
Marco Maia afirma que a discussão sobre o orçamento tem tamanho maior que as outras pautas da Casa, e que por isso os deputados buscam atuar mais como “executores do que legisladores”.
O desgaste pelas quedas de braço do Legislativo com o Executivo e com o Judiciário é apontado pelos ex-presidentes como um desafio importante para o próximo ciclo da Câmara.
“Restabelecer os limites das atribuições de cada um dos poderes é o maior desafio do próximo presidente da Câmara. Sobretudo, garantir uma relação harmoniosa entre os poderes, definindo limites”, diz Aécio.
Para Chinaglia, o desafio do momento é defender a democracia, impondo respeito à Casa, mas viabilizando a construção de acordos. Já Temer destaca a importância da regulamentação total da reforma tributária, iniciada no ano passado.
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