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Oito acusados de matar adolescente de 13 anos achada em cova rasa no Acre vão a júri popular

Decisão de pronúncia e da 1ª Vara do Tribunal do Júri, foi publicada no dia 18 de agosto. Adolescente Raquel Melo de Lima, de 13 anos, achada enterrada em uma cova rasa, em janeiro deste ano.

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Ao todo, oito foram denunciados por participação na morte de adolescente – Foto: Reprodução

Por Alcinete Gadelha

Os oito acusados de participação na morte da adolescente Raquel Melo de Lima, de 13 anos, achada enterrada em uma cova rasa, em janeiro deste ano, vão a júri popular. A decisão de pronúncia é da 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco,.

Sete dos oito réus participaram de audiência de instrução e julgamento em junho deste ano e foram ouvidos junto de mais oito testemunhas de acusação e defesa.

Entre os réus estão os irmãos Yago da Silva Sabino e Tyego da Silva Sabino, além de Francisco Elcivan Leandro Rodrigues, Francisca Roberta Gomes de Araújo Cruz e Tatiane Souza da Silva, e os irmãos Rosinei Pereira Santos, Janes Cley Pereira Santos e Rosinaldo Pereira Santos. Entre os réus, Tatiane está foragida, segundo a Justiça.

O grupo foi denunciado foi denunciado pelos crimes de sequestro, homicídio qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menores e por integrar organização criminosa. O G1 não conseguiu contato com a defesa dos acusados.

Raquel Melo de Lima, de 13 anos, foi morta em Rio Branco – Foto: Arquivo pessoal

Denúncia

Consta na denúncia que no dia 29 de janeiro, os acusados sequestraram a adolescente e a mãe dela quando as duas saíam de uma igreja. Os criminosos então teriam examinado o celular de Raquel para saber se ela tinha ligação com a facção rival e levaram as duas para um local enquanto aguardavam uma decisão sobre qual seria o fim das duas.

Após decisão do chamado “tribunal do crime”, os acusados liberaram a mãe da adolescente sob ameaças de que se ela acionasse a polícia também seria morta. Em seguida, eles levaram Raquel para uma área de mata e a mataram com tiros de arma de fogo e dezenas de golpes de faca. O grupo então enterrou a menina em cova rasa.

A motivação do crime, conforme a denúncia, foi uma vingança, uma vez que os acusados acreditavam que a vítima estava interagindo com a facção rival a que eles pertenciam.

Adolescente foi achada morta com um tiro no rosto enterrada em área de invasão em Rio Branco – Foto: Arquivo/Bope

Morte e prisões

O corpo de Raquel foi achado por uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em uma área de invasão. A motivação para o crime seria porque os criminosos acharam no telefone da vítima mensagens e referências a outra facção. Ela foi arrastada de dentro de uma igreja para ser morta com um tiro no rosto.

Conforme a Polícia Civil, a menina foi morta dois dias antes de o corpo ser encontrado enterrado. A investigação apontou ainda que a vítima foi submetida ao “tribunal do crime” e, após várias horas de cárcere, os autores efetuaram disparos de arma de fogo e golpes de arma branca.

No mesmo dia em que o corpo da adolescente foi encontrado, a polícia prendeu em flagrante os irmãos Yago da Silva Sabino, de 20 anos, e Tyego da Silva Sabino, de 18, suspeitos de participação no crime. Essa prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça acreana.

No dia 3 de fevereiro, outros quatro suspeitos de participação na morte da adolescente foram presos. Com o grupo, a Polícia Militar encontrou uma das armas que teria sido usada para matar a adolescente.

No dia 11 de março, uma mulher de 34 anos foi presa suspeita de participar da morte da adolescente. Na época, a Polícia Civil informou que a mulher estava foragida e foi capturada em uma rua do bairro Recanto dos Buritis, Segundo Distrito da capital acreana. A suspeita faz parte de uma organização criminosa e já responde por diversos crimes na Vara de Organização criminosa do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).

No último dia 2 de junho, mais um foi preso suspeito de participar da morte da adolescente Raquel Melo de Lima. Com mais essa prisão, são oito pessoas detidas suspeitas de participação da morte da adolescente.

Casas incendiadas

Após o corpo de Raquel ser achado, duas casas de familiares de Raquel foram incendiadas no Ramal do Pica-Pau. A suspeita da polícia é que tenha sido uma retaliação após a prisão de dois suspeitos do crime.

Entre as casas incendiadas está a da mãe de Raquel. Segundo a Polícia Civil, ela já tinha se mudado do local logo após o crime e, por isso, o imóvel estava vazio no momento do incêndio.

Lidinalva de Melo Viana, de 13 anos, foi achada morta meses depois – Foto: Arquivo pessoal

Ossada da irmã e cunhado achadas

Equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acharam, no dia 9 de junho, duas ossadas humanas no Ramal do Pica-Pau. Segundo as investigações, uma das vítimas é irmã da adolescente Raquel. As ossadas estavam próximas ao local onde o corpo da adolescente foi achado.

Lidinalva de Melo Viana, de 13 anos, e o namorado José Daniel do Nascimento, de 19, foram assassinados em setembro de 2020 por membros de uma facção criminosa. Eles estavam desaparecidos desde a época do crime e a polícia fazia buscas. A motivação para o crime, segundo a polícia, seria a saída do casal da organização e ida para outro grupo criminoso.

Contudo, eles ficaram morando no mesmo bairro dos antigos comparsas e tiveram a morte decretada. Lidinalva e José Daniel foram enterrados na mesma cova, e os criminosos colocaram o corpo dela em cima do rapaz.

Corpos foram achados em uma cova rasa no Ramal do Pica Pau, em Rio Branco – Foto: Arquivo pessoal

Casal cavou a própria cova

Ainda segundo as investigações, Lidinalva e José Daniel foram levados até o local do crime e cavaram a própria cova. Após abrirem o buraco, os dois teriam sido mortos a golpes de faca e tiros.

A cova fica próxima do local onde o corpo de Raquel foi enterrado. A DHPP informou que vão ser feitos exames cadavéricos ainda para confirmação da identidade das vítimas.

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PM de folga impede assalto e prende dois homens após família ser feita refém em Cruzeiro do Sul

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Suspeitos foram baleados e detidos após invadir residência no bairro 25 de Agosto; quatro criminosos participaram da ação.

Dois homens foram presos na noite desta quinta-feira (4) após invadirem uma residência e fazerem uma família refém durante um assalto no bairro 25 de Agosto, em Cruzeiro do Sul. A ação foi interrompida por um policial militar que estava de folga, que reagiu ao ser abordado por um dos suspeitos armados. Um dos detidos, identificado como Cauã, foi baleado na perna, e o outro, Jarlisson, sofreu um ferimento no supercílio. Ambos receberam atendimento médico e foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil.

Segundo relatos das vítimas, quatro assaltantes armados com pistolas entraram na casa e fizeram a família — incluindo uma criança — refém. Eles procuravam ouro e joias, por saberem que a moradora comercializava esses itens. Durante a ação, as vítimas foram algemadas, e a mulher chegou a ser enforcada para revelar onde supostamente guardava o ouro. Sem encontrar os objetos desejados, o grupo fugiu levando relógios, pulseiras, celulares e cerca de R$ 2 mil em dinheiro.

Durante as buscas, a Polícia Militar foi informada de que um colega havia contido dois suspeitos nas proximidades. O PM relatou que estava em frente à própria residência quando viu três indivíduos correndo. Ao perceber que um deles portava uma pistola e apontava em sua direção, reagiu e efetuou um disparo que atingiu Cauã.

Com a dupla, os policiais apreenderam sete relógios, uma pulseira, um perfume, dinheiro, dois celulares e uma pistola Taurus modelo .838, com 13 munições intactas. As vítimas reconheceram os dois como participantes do roubo.

Os outros envolvidos na ação criminosa ainda não foram localizados.

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Justiça do Acre funciona em regime de plantão nesta segunda (8)

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Foto: TJAC/assessoria

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) informa que não haverá expediente nas unidades jurisdicionais e administrativas na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, em virtude do feriado do Dia da Justiça.

A data é comemorada desde 1940, mas sua primeira celebração oficial ocorreu somente dez anos mais tarde, por iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros. A Lei 1.408, de 1951, criou o Dia da Justiça como feriado forense em todo o território nacional.

O atendimento das demandas emergenciais, no âmbito do primeiro e segundo graus de jurisdição, ocorrerá em regime de plantão, conforme escala definida. A relação de magistradas, magistrados, servidoras e servidores plantonistas pode ser consultada na aba Plantão Judiciário do portal do TJAC ou diretamente pelo link: https://www.tjac.jus.br/spj/.

Os prazos processuais que tenham início ou término durante o feriado serão automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil subsequente, garantindo segurança e continuidade à tramitação processual.

 

Fonte: Ascom/TJAC

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Acusado de homicídio em disputa entre facções volta a júri popular nesta quinta em Rio Branco

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Raimundo Fernandes Silva, que havia sido condenado a mais de 21 anos de prisão em 2022, passa por novo julgamento após anulação da sentença pelo TJAC.

Raimundo Fernandes Silva, acusado de homicídio qualificado, voltou a sentar no banco dos réus na manhã desta quinta-feira (5), na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco. Ele é apontado como o autor do assassinato de Alessandro da Silva Santos, ocorrido em 2018. A sessão teve início às 8h30, no Fórum Criminal, e o resultado do julgamento deve ser conhecido no início da tarde.

O réu chegou a ser condenado em fevereiro de 2022 a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado. No entanto, a defesa recorreu ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), alegando que testemunhas consideradas essenciais não haviam sido ouvidas, o que poderia alterar o entendimento dos jurados.

A Câmara Criminal acolheu o recurso e anulou a sentença, determinando um novo julgamento.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na noite de 8 de agosto de 2018, em meio a uma disputa entre facções criminosas. Alessandro da Silva Santos foi surpreendido quando chegava em casa, no bairro Tancredo Neves, por um homem armado com uma espingarda de grosso calibre e executado com vários disparos.

Raimundo Fernandes Silva foi indiciado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e não compareceu à sessão do júri realizada em 2022, quando acabou condenado pela primeira vez.

Fonte: PCAC

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