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‘O que acontece se enforcar?’: padrasto perguntou ao ChatGPT antes de matar criança natural do Acre em Florianópolis

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A pergunta foi registrada no celular do suspeito e incluída no inquérito da Polícia Civil

O padrasto afirmou em depoimento que percebeu que a criança estava “estranha” e foi até a casa da vizinha, uma enfermeira, para pedir ajuda. Foto: captada 

O caso da morte brutal do pequeno Moisés Falk Silva, de apenas 4 anos e natural do Acre, em Florianópolis, ganhou novos contornos nesta quinta-feira (28). Segundo informações reveladas pela imprensa de Santa Catarina, o padrasto da criança fez uma busca inquietante em um aplicativo de inteligência artificial no mesmo dia em que o menino morreu:

“O que acontece se ficar enforcando muito uma criança?”

A pergunta foi registrada no celular do suspeito e incluída no inquérito da Polícia Civil. A IA respondeu dizendo que “enforcar uma criança é extremamente perigoso e nunca deve ser feito, nem de brincadeira”, explicando os possíveis efeitos no organismo.

A consulta foi feita no dia 17 de agosto, poucas horas antes do menino ser levado desacordado ao hospital, já em parada cardiorrespiratória, com lesões graves no corpo. O conteúdo foi considerado pela polícia como um indício claro de premeditação e crueldade.

Indiciamento por homicídio qualificado

Com a conclusão do inquérito, tanto o padrasto quanto a mãe da criança foram indiciados por homicídio qualificado.

O caso agora está sob responsabilidade da 36ª Promotoria da Capital, e o promotor André Otávio Vieira de Mello avaliará se oferece denúncia, solicita novas diligências ou pede arquivamento.

O que dizem os laudos

O laudo necroscópico aponta que Moisés morreu por choque hemorrágico causado por traumatismo abdominal, provocado por instrumento contundente.

O documento reforça o que os médicos e socorristas já haviam relatado ao receber o menino no hospital:

  • Mordida na bochecha
  • Manchas roxas no abdômen
  • Marcas de pancadas nas costas

O corpo de Moisés já apresentava sinais de agressões anteriores, segundo informações médicas. E essa não foi a primeira vez que ele chegou a uma unidade de saúde com sinais de maus-tratos.

Registros anteriores ignorados

Em 22 de maio, Moisés foi levado à UPA Sul da Ilha com múltiplas lesões e transferido ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, onde passou por exames com resultados alarmantes:

  • CPK em 2.587 (o normal seria até 200)
  • Lipase em 1.275
  • Lactato em 20,9
  • CID T74.4 – Síndrome de Maus-Tratos

Mesmo assim, ele teve alta e voltou para casa com o mesmo padrasto. A mãe, Larissa de Araújo Falk, de 24 anos, registrou boletim de ocorrência tentando culpar uma babá, e chegou a declarar à polícia que “torcia para que não fosse agressão”.

A Delegacia da Criança abriu inquérito. O hospital notificou as autoridades. O Conselho Tutelar foi acionado.

E ninguém afastou o agressor.

O dia do crime

Segundo a polícia, o crime ocorreu por volta das 15h30 do dia 17 de agosto.

O padrasto afirmou em depoimento que percebeu que a criança estava “estranha” e foi até a casa da vizinha, uma enfermeira, para pedir ajuda. A mulher tentou reanimação ainda durante o trajeto até o MultiHospital, no Sul da Ilha, mas o menino chegou sem vida.

Testemunhas disseram que o padrasto apresentou um comportamento “frio” e até tentou simular um desmaio na frente da mãe da criança. Larissa estava no trabalho, segundo ela mesma relatou à polícia.

A equipe médica, ao constatar o estado da criança, acionou imediatamente a Polícia Civil.

Prisão e desdobramentos

O casal foi preso em flagrante naquele mesmo dia. A mãe foi solta na audiência de custódia, com base no argumento de que está grávida. O padrasto, de 23 anos, continua preso preventivamente.

Com a inclusão da pesquisa feita na IA, o inquérito da Polícia Civil reforça a tese de que Moisés sofria maus-tratos de forma contínua, com conhecimento e omissão por parte da mãe.

A consulta foi feita no dia 17 de agosto, poucas horas antes do menino ser levado desacordado ao hospital, já em parada cardiorrespiratória. Foto: captada 

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Jovem é brutalmente agredido por grupo de homens no bairro Eldorado, em Rio Branco

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Vítima foi socorrida pelo Samu e encaminhada ao Pronto-Socorro com suspeita de fratura e luxação

Um caso de agressão física foi registrado no final da tarde desta quarta-feira (17), na rua Santa Luzia, no bairro Eldorado, região da parte alta de Rio Branco. A vítima, identificada como Rodrigo Gonçalves Bezerra, de 26 anos, foi violentamente atacada por vários homens.

De acordo com informações apuradas, o jovem teria sido agredido com ripas de madeira, barra de ferro e pedradas. A ação, conforme relatos preliminares, pode ter sido motivada por uma suposta forma de “disciplina”. Após as agressões, os autores fugiram do local e ainda não foram localizados.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado somente durante a noite. A equipe encontrou a vítima na própria rua Santa Luzia, prestou os primeiros atendimentos no local e, em seguida, encaminhou Rodrigo ao Pronto-Socorro de Urgência e Emergência de Rio Branco.

Na unidade hospitalar, o jovem foi entregue ao Setor de Traumatologia, onde os médicos constataram luxação no cotovelo esquerdo, hematomas no tórax posterior e suspeita de fratura em uma das costelas. Apesar das lesões, o estado de saúde da vítima foi considerado estável.

Segundo as informações disponíveis, a Polícia Militar não chegou a ser acionada para atender a ocorrência. O caso deverá ser apurado pelas autoridades competentes.

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Polícia Civil leva emissão da Carteira de Identidade Nacional a comunidades ribeirinhas de Sena Madureira

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O coordenador do Instituto de Identificação em Sena Madureira, Carlos Ferrari, e o oficial investigador da Polícia Civil, Marcos Oriar, se deslocaram até as comunidades ribeirinhas, garantindo que o serviço fosse prestado diretamente à população local

Polícia Civil esteve nas comunidades Campinas e Santa Polônia, em Sena Madureira, levando o direito à identidade a quem mais precisa. Foto: cedida

O Instituto de Identificação da Polícia Civil do Acre (PCAC), que atua no município de Sena Madureira, realizou, na última terça-feira,16, atendimentos para emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN) nas comunidades Campinas e Santa Polônia, localizadas às margens do Rio Purus, a cerca de uma hora de viagem de barco da cidade.

A ação teve como objetivo atender moradores de localidades de difícil acesso, especialmente pessoas com algum tipo de comorbidade ou limitação física, que enfrentam dificuldades para se deslocar até a sede da Delegacia de Polícia, onde funciona o posto de identificação.

Para a realização dos atendimentos, o coordenador do Instituto de Identificação em Sena Madureira, Carlos Ferrari, e o oficial investigador da Polícia Civil, Marcos Oriar, se deslocaram até as comunidades ribeirinhas, garantindo que o serviço fosse prestado diretamente à população local.

Ao todo, oito pessoas foram atendidas, entre elas uma idosa de 68 anos com problemas de locomoção, pessoas com problemas cardíacos, um senhor que sofreu um derrame, além de crianças que necessitavam do documento.

De acordo com o diretor do Instituto de Identificação, Júnior Cesar, a iniciativa reforça o compromisso da Polícia Civil com a população de Sena Madureira e com o programa Identidade para Dignidade, desenvolvido em parceria com o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), na comarca do município. “Essa ação leva cidadania, dignidade e acesso a direitos às comunidades mais distantes, assegurando a inclusão dessas pessoas nos serviços públicos essenciais”, destacou.

A mobilização do Instituto de Identificação reafirma o papel social da Polícia Civil do Acre, promovendo cidadania e garantindo direitos fundamentais à população ribeirinha.

“Essa ação leva cidadania, dignidade e acesso a direitos às comunidades mais distantes, assegurando a inclusão dessas pessoas nos serviços públicos essenciais”. Fotos: captada 

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Polícia Civil deflagra operação contra roubo de 114 bois e falsificação de documentos no Acre

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Mais de 40 policiais cumpriram 13 mandados em ação que investiga esquema de GTAs falsas para “esquentar” gado roubado

A ação mobilizou mais de 40 policiais civis para o cumprimento de 13 mandados, sendo 12 de busca e apreensão e um de prisão, no Acre, executados simultaneamente no estado de Rondônia. Foto: ilustrativa 

A Polícia Civil do Acre (PCAC) deflagrou nesta quarta-feira (17) uma operação para desarticular um esquema criminoso envolvendo o roubo de 114 bovinos, duas motocicletas e a falsificação de Guias de Trânsito Animal (GTAs). A ação, coordenada pela Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões (DCORE), mobilizou mais de 40 policiais para cumprir 13 mandados — sendo 12 de busca e apreensão e um de prisão — no Acre e em Rondônia.

As investigações apontam que o grupo usava GTAs falsas para simular a legalidade da origem do gado roubado, inserindo os animais no mercado formal por meio de receptação e “esquentamento” de documentos.

O objetivo da operação é prender parte dos executores do roubo e reunir provas que indiquem a existência de uma organização criminosa estruturada.

Há indícios de que o grupo atuava na receptação e no “esquentamento” de GTAs, permitindo que bovinos provenientes de atividades ilícitas fossem inseridos no mercado formal e repassados a terceiros como se tivessem origem legal.

As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e dimensionar a extensão do esquema criminoso. A Polícia Civil informou que novas informações poderão ser divulgadas à medida que o trabalho avance.

As investigações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos e esclarecer a extensão do esquema criminoso. Foto: montagem 

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