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O que abre e o que fecha em Brasília: órgãos públicos terão funcionamento alterado nesta sexta (6)

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O que abre e o que fecha em Brasília: órgãos públicos terão funcionamento alterado nesta sexta (6)
Agência Brasília

O que abre e o que fecha em Brasília: órgãos públicos terão funcionamento alterado nesta sexta (6)

O Governo do Distrito Federal (GDF) decretou ponto facultativo nesta sexta-feira (6). Com isso, alguns órgãos e espaços públicos terão o funcionamento alterado. No sábado e no domingo, serviços e lazer também terão alterações por conta do feriado do Dia da Independência. Confira:

  • A CEB Iluminação Pública e Serviços (CEB Ipes) não terá expediente na parte administrativa, mas o call center e o atendimento em campo funcionarão normalmente.
  • A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) não terá expediente nesta sexta-feira nos postos de atendimento. As equipes de operação e manutenção, porém, trabalharão normalmente. O aplicativo da empresa, o site, o telefone 115 e o Whatsapp (61) 3029-8428 funcionam 24 horas por dia, sem interrupções.
  • As agências do Banco de Brasília (BRB) funcionarão no horário normal, das 11h às 16h, na sexta-feira — aos sábados e domingos não há atendimento bancário.
  • O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) também funcionará normalmente, seguindo a escala de coleta convencional e seletiva.
  • A Fundação Hemocentro de Brasília terá funcionamento normal hpje, das 7h15 às 18h, mas não funcionará no sábado.

Mobilidade

  • O trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios será interrompido a partir das 23h de sexta-feira, em razão dos preparativos para o desfile de 7 de Setembro.
  • O Metrô-DF funcionará em horário normal nesta sexta, das 5h30 às 23h30. No sábado, os trens circularão em escala de feriado, das 5h30 às 19h.
  • O Detran-DF, por sua vez, dividiu o esquema dos postos de atendimento, que não vão funcionar durante esta sexta-feira. Quem agendou serviços de veículos, habilitação e penalidades para esse dia, porém, poderá ser atendido por ordem de chegada, desde que leve o comprovante de agendamento. Se a intenção for de reagendar, o procedimento pode ser feito pelo portal de serviços da autarquia ou pelo aplicativo Detran-DF. Já as atividades da banca examinadora de trânsito voltadas para habilitação, caso tenham sido agendadas para sexta-feira, permanecem confirmadas. No sábado, as bancas não vão operar.
  • O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) não terá atendimento ao público nos dias 6, 7 e 8, no setor de multas e penalidades e no protocolo. Já as operações de fluidez do DER-DF serão realizadas normalmente na sexta-feira. Elas ocorrem na Estrada Parque Ceilândia (DF-095/ Estrutural), na Estrada Parque Contorno (DF-001) — no trecho entre os viadutos de Samambaia e o do Pistão Sul — e na BR-070.

Lazer

  • O DER-DF também informa que, em função do feriado, o trânsito de veículos será interrompido no sábado (7) no Eixo Rodoviário (DF-002) para o Eixão do Lazer, das 6h às 18h. A interrupção também será feita no domingo, como é tradição.
  • O Mirante da Torre de TV funcionará normalmente nos dias 6, 7 e 8, das 9h às 18h45.
  • O Zoológico e o Jardim Botânico abrem normalmente na sexta e no sábado. O primeiro funciona das 8h30 às 17h, com encerramento da bilheteria às 16h. Já o segundo abre das 9h às 17h, com entrada gratuita para pedestres e ciclistas na portaria principal das 7h às 9h.
  • Os parques administrados pelo Instituto Brasília Ambiental terão funcionamento normal na sexta e no sábado. Os horários de abertura e fechamento podem ser consultados no site.
  • Os centros olímpicos e paralímpicos (COPs) não terão atividades na sexta-feira.

Secretarias

  • Nesta sexta-feira, dos equipamentos da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), estarão abertos os centros Pop, a Central de Vagas, a Unidade de Proteção Social 24 Horas (UPS) e as unidades de acolhimento. Estarão fechados as unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e do Centro de Convivência (Cecon).
  • Já os restaurantes comunitários estarão abertos na sexta. No sábado, vão funcionar as unidades de Planaltina, Recanto das Emas, Arniqueira, Pôr do Sol, Itapoã e São Sebastião.
  • Da Secretaria da Mulher (SMDF), funcionarão normalmente a Casa Abrigo e o Alojamento de Passagem da Casa da Mulher Brasileira, em Ceilândia. Os demais equipamentos estarão fechados.
  • Na Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), não haverá atendimento presencial na sede. Também estarão fechadas as unidades do Procon. Com relação ao Na Hora, só estarão funcionando as unidades Na Hora Perícia Médica Federal e a que estará no GDF Mais Perto do Cidadão, em Samambaia. As demais seguem fechadas.
  • As unidades do Conselho Tutelar e do Centro Integrado 18 de Maio também estarão fechadas, porém as demandas urgentes do conselho podem ser registradas pelo telefone 125, enquanto as do 18 de Maio devem ser direcionadas ao número (61) 98314-0636, das 8h às 20h.
  • O mesmo ocorrerá com os núcleos do Direito Delas, que estarão fechados, mas atendendo em regime de plantão pelo telefone (61) 98382-0130.

Educação

  • Sobre o funcionamento das escolas públicas nesta sexta (6), as escolas podem aderir ao ponto facultativo ou não. As que optarem por aderir, realizarão a devida recomposição do Calendário Escolar.

Cultura

  • Biblioteca Nacional

SEXTA: fechada
SÁBADO: fechada
DOMINGO: aberta

  • Complexo Cultural de Samambaia

SEXTA: Aberto
SÁBADO: Aberto
DOMINGO: Aberto

  • Complexo Cultural de Planaltina:

SEXTA: Fechado
SABADO: IV Festival Parque Sucupira de MPB a partir das 16h
DOMINGO: IV Festival Parque Sucupira de MPB a partir das 16h

  • Centro de Dança:

SEXTA: Aberto
SABADO: Fechado

  • Casa do Cantador

SEXTA: Fechado
SÁBADO: Sabadão do Forró a partir das 19h

  • Espaço Cultural Renato Russo

SEXTA: aberto
SÁBADO: aberto
DOMINGO: aberto

FECHADOS- sexta, sábado e domingo:

Memorial dos Povos Indígenas, Museu do Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga , Centro Cultural Três Poderes, Museu Nacional, Museu de Arte de Brasília.

Outros serviços

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informa que o funcionamento das forças de segurança e da Defesa Civil, nos dias 06 e 07 de Setembro, se dará da seguinte forma:

  • CBMDF
    O Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) opera ininterruptamente para atender emergências. O contato pode ser feito pelo telefone 193. Já os serviços de expediente administrativo interno não funcionam durante o feriado (7) e ponto facultativo (6).
  • PMDF
    A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, de forma ininterrupta, incluindo finais de semana e feriados. A PMDF encontra-se pronta para responder aos chamados e pode ser acionada a qualquer momento através do número 190.
  • PCDF
    A Polícia Civil (PCDF) informa que todas as delegacias circunscricionais do DF funcionam em regime de plantão ininterrupto de 24h, assim como as delegacias de Atendimento à Mulher (DEAM I e II) e as duas delegacias da Criança e do Adolescente (DCA I e II).

Funcionam como Centrais de Flagrante as seguintes unidades: 1ª DP, 5ª DP, 6ª DP, 12ª DP, 13ª DP, 15ª DP, 16ª DP, 18ªDP, 20ª DP, 21ª DP, 24ª DP, 26ª DP, 27ª DP, 30ª DP e 33ª DP.

A Polícia Civil (PCDF) também disponibiliza quatro canais de atendimento para registro de ocorrências:

– Denúncia on-line: ( clique aqui );
– E-mail: [email protected][email protected]>;
– Telefone: 197, opção 0 (zero); e
– WhatsApp: (61) 98626-1197.

  • DEFESA CIVIL
    A Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil (Sudec), vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), manterá, no período de ponto facultativo (6) e de feriado (7) equipes de plantão 24 horas e seu efetivo permanecerá de sobreaviso, sendo acionado por plano de chamada em caso de necessidade.
  • DETRAN-DF
    O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) informa que, em razão do Decreto nº 46.227, de 3 de setembro de 2024, que torna esta sexta-feira (6) ponto facultativo, não haverá atendimento ao público nas unidades do Detran-DF, mas as atividades da Banca Examinadora de Trânsito voltadas para o processo de habilitação estarão mantidas.

Os servidores que atuam nas áreas de engenharia, educação e fiscalização de trânsito trabalharão em regime de escala. Os serviços on-line, disponíveis por meio do aplicativo e do Portal de Serviços do Detran-DF funcionarão normalmente.

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Fonte: Nacional

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Durante audiência na Aleac, vice-governadora Mailza diz que é preciso achar saída para o desenvolvimento sem deixar de preservar as florestas

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O vice-presidente da Aleac, deputado Pedro Longo, autor do requerimento da audiência, lembrou que o Acre preserva 85% de sua vegetação nativa

Vice-governadora Mailza disse que é preciso buscar um caminho para desenvolver e preservar a Amazônia. Foto: Neto Lucena/Secom

A vice-governadora Mailza Assis participou nesta sexta-feira, 25, de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) que debateu questões relacionadas à legislação ambiental e seus impactos sobre a produção e o desenvolvimento na região amazônica. O debate contou com a presença do ex-ministro da Defesa e ex-deputado, Aldo Rebelo, e reuniu parlamentares, produtores e representantes de entidades rurais.

Durante discurso, Mailza defendeu a necessidade de uma revisão da legislação ambiental que, segundo ela, tem impedido o pleno desenvolvimento da Amazônia e penalizado trabalhadores rurais e pequenos produtores que lutam para sobreviver.

“A nossa legislação impõe obrigações que impedem o desenvolvimento. E aqui no Acre temos vivido repressões a famílias inteiras que há décadas trabalham na própria terra com suor e sacrifício. Precisamos mudar isso. Ninguém alcança dignidade sem desenvolvimento”, disse Mailza.

Representando o poder Executivo e se dirigindo ao plenário como mulher, mãe e filha de agricultores, Mailza fez um apelo à união de forças políticas e institucionais para garantir infraestrutura, regularização fundiária, acesso à tecnologia e liberdade para produzir de forma sustentável.

“Quem produz quer permanecer no campo, mas precisa de estrada, saúde, educação e comunicação. O alimento vem da terra. O que temos é potencial, mas o que nos falta é condição. E o desenvolvimento passa pela construção de estradas, de ferrovias, pela condição das pessoas. Precisamos procurar caminhos para vencermos isso”, ressaltou.

Audiência na Aleac contou com a presença do ex-ministro da Defesa e ex-deputado, Aldo Rebelo. Foto: Neto Lucena/Secom

Mailza também reforçou o compromisso de aliar o desenvolvimento da Amazônia com a preservação ambiental. “É preciso achar uma saída para que a proteção ao meio ambiente não seja confrontada com o desenvolvimento. Estamos abertos para essa discussão e vamos fazer um trabalho em conjunto para achar uma saída para o desenvolvimento ao mesmo tempo em que preservamos as nossas florestas. Precisamos, sim, preservar o meio ambiente, é importante. Mas ele não pode condenar as pessoas que dele precisam para sobreviver. Então, eu faço o compromisso com o agro, com os nossos produtores, com os investidores que acreditam no nosso estado. Me uno a vocês, como vice-governadora para garantir que esse Estado que tanto tem a oferecer tenha caminhos para crescer. O nosso povo precisa e merece dignidade”, afirmou.

O ex-ministro Aldo Rebelo defendeu quatro pilares para garantir o desenvolvimento da Amazônia.

“Primeiro a soberania, a Amazônia é do Brasil e cada um que tome conta do seu território. Segundo princípio, direito ao desenvolvimento, ninguém vai impedir a Amazônia de se desenvolver, nenhuma resolução vai impedir. A Amazônia vai ter que ter infraestrutura, rodovia, ferrovia, agricultura, pecuária, indústria, hidrovia, vai ter que ter tudo. Tudo isso é possível sem destruir nada. Terceiro, a Amazônia tem que proteger as suas populações indígenas, é dar às populações o direito de se desenvolver e de protegê-las. E o quarto princípio é fazer um inventário dos recursos da Amazônia, do que tem de florestas, para desmistificar. Eu falei com o pessoal do governo: faz uma mesa para discutir o código florestal do mundo, aí na COP 30. Vamos colocar na mesa”, disse Rebelo, que foi relator do novo Código Florestal e autor de obras voltadas à questão amazônica.

“É preciso achar uma saída para que a proteção ao meio ambiente não seja confrontada com o desenvolvimento. Estamos abertos para essa discussão”, disse Mailza. Foto: Neto Lucena/Secom

Rebelo também defendeu que demarcações de terras indígenas sejam aprovadas pelas Assembleias Legislativas dos estados, para garantir mais equilíbrio entre conservação e soberania nacional.

O vice-presidente da Aleac, deputado Pedro Longo, autor do requerimento da audiência, lembrou que o Acre preserva 85% de sua vegetação nativa.

“Precisamos compatibilizar a preservação com o bem-estar das pessoas, e a participação da população é importante nesse processo”, pontuou Longo.

Produtores rurais também acompanharam a audiência. Foto: Neto Lucena/Secom

A audiência reuniu ainda representantes de diversos segmentos do setor produtivo: o presidente da Federação da Agricultura do Acre, Assuero Veronez; o presidente da Emater, Rynaldo Lúcio; o ex-deputado estadual e presidente da Cooperativa de Produtores Rurais do Acre, Geraldo Pereira; coronel Luciano Fonseca, representando a Ouvidoria Fundiária e de Meio Ambiente da Procuradoria-Geral do Estado do Acre; além de produtores rurais, deputados estaduais Eduardo Ribeiro, Manoel Moraes e Arlenilson Cunha, e o deputado federal Eduardo Velloso.

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Estiagem extrema força reorganização do calendário escolar em comunidades ribeirinhas do Acre

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Com rios em níveis críticos, governo estadual adapta cronograma letivo para garantir acesso à educação em áreas onde transporte depende exclusivamente de vias fluviais

Barco escolar encalhado no leito seco do Rio Envira, durante entrega de mantimentos na região do Seringal Porto Rubim, em Feijó. Foto: Cedida

Com Agência Acre

A seca severa que atinge os rios do Acre levou o governo estadual a readequar o calendário escolar em comunidades de difícil acesso, onde estudantes dependem exclusivamente do transporte fluvial para chegar às salas de aula. A medida emergencial, coordenada pela Secretaria de Educação e Cultura (SEE), busca minimizar os impactos da estiagem prolongada, que já impede o deslocamento de alunos em diversas regiões.

Sem vias terrestres alternativas, o baixo nível dos rios — especialmente nas cabeceiras — tem deixado crianças e adolescentes impossibilitados de frequentar as aulas. Diante do cenário, a SEE está analisando cada caso individualmente para ajustar o cronograma escolar sem prejudicar o ano letivo.

De acordo com o secretário de Educação e Cultura, Aberson Carvalho, a equipe da SEE está atuando caso a caso, com base na realidade local de cada escola. Foto: captada 

Adaptação à realidade local

O secretário Aberson Carvalho destacou a necessidade de soluções customizadas: “Nessas localidades, o rio é a única estrada. Quando ele seca, a vida para. Não podemos permitir que a educação seja interrompida por isso”, afirmou. A pasta não descarta a possibilidade de reposição de aulas ou extensão do ano letivo, dependendo da evolução das condições hidrológicas.

A estiagem, uma das mais intensas dos últimos anos, já afeta outras atividades essenciais no estado, como abastecimento de água e transporte de mercadorias. Enquanto aguardam a normalização do regime de chuvas, as comunidades ribeirinhas enfrentam desafios logísticos que exigem intervenções criativas do poder público.

A SEE informou que monitora diariamente a situação e manterá diálogo com lideranças locais para implementar as medidas necessárias. A prioridade, segundo a pasta, é garantir que nenhum estudante fique sem atendimento educacional em razão das adversidades climáticas.

O secretário Aberson Carvalho destacou a necessidade de soluções customizadas. Foto: captada 

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Pesquisadores do Ifac criam curativo feito com bambu amazônico: ‘100% biodegradável’

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Produto com nanotecnologia foi desenvolvido por professor e alunos do Instituto Federal do Acre, em Sena Madureira, e será apresentado na prévia da COP30. Curativo é transparente, se dissolve em água e contém nanopartículas de prata

Marcelo Ramon e estudantes do Ifac durante desenvolvimento do curativo. Foto: Arquivo/Marcelo Ramon

Por Jhenyfer de Souza, g1 AC — Rio Branco

Um curativo que protege feridas, é absorvido pela pele e ainda ajuda a preservar o meio ambiente. Essa é a proposta do Curativo Biodegradável Nanotecnológico, desenvolvido por estudantes do Instituto Federal do Acre (Ifac), campus Sena Madureira, no interior do estado, sob orientação do professor de química Marcelo Ramon.

O projeto será apresentado na prévia da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece este ano em Belém (PA), em novembro. O produto, que tem formato arredondado e transparente, foi feito a partir da taboca, uma espécie de bambu nativa da Amazônia.

Segundo o professor Marcelo, apesar de, frequentemente, ser considerada uma praga por produtores rurais devido aos espinhos, a taboca foi escolhida por apresentar vantagens ecológicas.

“A taboca cresce muito rápido, até 20 centímetros por dia. Em cinco anos, você já tem uma floresta recomposta. Isso quer dizer que se uma área for desmatada hoje, em cinco anos a taboca estará de pé novamente”, explica ele.

Sobre a taboca, ela é:
  • uma planta do gênero Guadua, nativa da América do Sul;
  • pode atingir de 8 a 20 metros de altura;
  • cresce em média até 20 cm por dia;
  • se regenera rapidamente, sendo considerada uma planta de baixo impacto ambiental;
  • apesar de espinhosa, é rica em celulose e compostos úteis para biotecnologia.

Além disso, Marcelo também destaca que o Acre detém a maior concentração de tabocal nativo do mundo.

“Tem taboca na África e Ásia, mas nada se compara ao que temos na Amazônia. E dentro da Amazônia, o Acre é o estado que mais concentra essa espécie.”

Professor Marcelo Ramon, orientador do projeto, em laboratório. Foto: Arquivo/Marcelo Ramon

A produção do curativo é dividida em cinco etapas e começou quase por acaso, a partir de uma descoberta feita durante o doutorado do professor.

“Eu trabalhava com a taboca para outra finalidade, e percebi que o pó que a gente extraía, a carboximetilcelulose (CMC), formava um gel muito viscoso em contato com a água. Quando a gente desidratou esse gel, surgiu uma película parecida com plástico. No começo pensamos em usar isso como embalagem de alimentos. Mas como ele se dissolve com água, deixamos de lado. Mais tarde percebemos que isso poderia ser ótimo para feridas, que também têm água, sangue, pus… e aí surgiu o curativo”, detalhou o pesquisador.

Veja abaixo o passo a passo de produção do material:
  1. Coleta da taboca na floresta amazônica;
  2. Transformação da fibra vegetal em carboximetilcelulose (CMC), um pó fino que forma um gel em contato com a água;
  3. Adição de nanopartículas de prata (com ação bactericida) e nanoemulsões de óleos essenciais de copaíba e andiroba, que têm propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes;
  4. Desidratação do gel em estufas, formando uma película sólida e transparente;
  5. Aplicação na pele, onde o curativo se transforma novamente em gel e é absorvido.
Testes e planos

Rato utilizado nos testes do curativo. Foto: Arquivo/Marcelo Ramon

Segundo Marcelo, o curativo já foi testado com sucesso em ratos. Os testes em humanos ainda não foram iniciados por falta de patrocínio.

“Tem todo um protocolo mais simples para animais. Para humanos, é mais complexo e não quisemos investir energia nisso sem saber se teríamos apoio. Estamos aguardando oportunidades maiores, como a própria COP30 […] o nosso é 100% biodegradável, 100% natural e ainda tem ação medicinal ativa”, diz.

Dupla de alunos no laboratório do Ifac durante o desenvolvimento do curativo. Foto: Arquivo/Marcelo Ramon

No momento, o produto é feito apenas em escala laboratorial, mas a equipe já pensa no futuro.

“O maior desafio hoje é estrutural. Já sabemos fazer. O que falta é maquinário industrial e patrocínio para produção em larga escala. Nossa meta é encontrar investidores e montar uma fá
COP30

Neste ano, o curativo biodegradável feito a partir da taboca será apresentado na prévia da COP30, que acontece em novembro, em Belém (PA). O professor ressaltou que a participação no evento será estratégica.

“Queremos mostrar nosso projeto, encontrar investidores e, quem sabe, fechar uma parceria. Não temos grandes expectativas, mas qualquer proposta já será um avanço”, frisou.

O projeto do Ifac é um dos destaques nacionais na área de biotecnologia e bioeconomia. Com aplicação direta na saúde e baixo impacto ambiental, o curativo biodegradável amazônico pode ser o pontapé inicial de uma nova indústria sustentável no Brasil.

Ele lembra ainda que a nanotecnologia tem sido uma aliada poderosa na medicina e outras áreas. Durante o doutorado, ele desenvolveu nanopartículas fluorescentes extraídas da taboca que ajudam a diagnosticar cânceres. “É um campo que ainda vai transformar muita coisa”, concluiu.

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