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Nova estrada na Amazônia cortando a Serra do Divisor

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Projeto federal prevê um traçado de 152 km de rodovia do Acre até a fronteira brasileira com o Peru. Proposta é criar uma nova rota para escoamento rodoviário de produção por meio do Oceano Pacífico, através do prolongamento da BR-364.

No momento em que o mundo volta as atenções para a proteção da Amazônia, o governo Jair Bolsonaro decidiu levar adiante projeto para abrir uma nova estrada no coração da floresta. O traçado passaria por cima de uma área de proteção integral, o Parque Nacional da Serra do Divisor, na fronteira com o Peru – hoje, dono da maior biodiversidade de toda a região.

O estudo da nova rodovia está em análise pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão ligado ao Ministério da Infraestrutura que cuida das estradas federais.

O objetivo é abrir um traçado de 152 quilômetros de rodovia do município de Cruzeiro do Sul, no Acre, até a fronteira brasileira com o país vizinho. Do lado peruano, a rodovia se ligaria à cidade de Pucallpa.

Em defesa do projeto, que daria continuidade à BR-364, uma das maiores estradas federais do País, o governo afirma que esta seria uma nova rota para escoamento rodoviário de produção por meio do Oceano Pacífico. Em setembro, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, participou de um evento para tratar do assunto e disse que o Itamaraty atua para acelerar o plano de integração.

Já existe uma outra rota ligando Brasil e Peru. Em 2010, foi concluída a Estrada do Pacífico, a partir de Rio Branco (AC) e que dá acesso à região sul do Peru. Levantamentos recentes mostram, porém, que ainda é reduzido o fluxo de mercadorias na região.

Para além de acenos diplomáticos, especialistas afirmam que o novo projeto ainda teria de lidar com questões ambientais, a começar pelo impacto em terras indígenas. Há três terras demarcadas pelo caminho. Duas delas – Terra Nukini e Terra Jaminawa do Igarapé Preto – ficam a 32 quilômetros de distância da rota planejada. Há ainda uma terceira, a terra indígena Poyanawa, que se avizinha do próprio acostamento, com apenas 1,5 km de distância do traçado.

Se os impactos diretos aos indígenas forem resolvidos, o projeto precisa, então, obter licença ambiental para derrubar cerca de 130 quilômetros de área coberta por mata virgem e cruzar dezenas de rios. Depois disso, há ainda uma última etapa de mais 22 quilômetros a resolver: passar pelo Parque Nacional da Serra do Divisor, uma unidade de conservação federal de proteção integral, onde, por lei, é proibido fazer qualquer tipo de obra de pequeno ou médio porte. Os estudos mostram que a nova estrada cortaria o parque ao meio, até bater na fronteira com o Peru.

Estudos do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) mostram que a região do parque federal é considerada uma das áreas com maior biodiversidade da Amazônia, com presença de várias espécies raras de árvores, como mogno, louro, virola e cerejeira.

Como a construção de uma estrada dentro dessa área é proibida, já corre no Congresso um projeto de lei que tenta mudar a classificação do parque nacional, transformando parte de seu território em uma área de preservação ambiental (APA). Seria um jeito de dar uma categoria bem mais flexível àquele pedaço do território, permitindo o avanço dos tratores.

Relatado pela deputada federal Mara Rocha (PSDB- -AC), o projeto 6 024/2019 está parado desde o ano passado. Para o senador Márcio Bittar (MDB-AC), entusiasta da abertura da estrada, outra alternativa seria autorizar a passagem de uma “estrada parque” dentro da unidade federal.

Novo projeto teria que lidar com o impacto em pelo menos três terras indígenas na região

Peru teria que aderir ao projeto

O desejo dos parlamentares acreanos de prolongarem a BR-364 até a fronteira do Brasil com o Peru não significa, na prática, nenhum acesso imediato às praias do Pacífico. Embora o governo brasileiro defenda que sua meta é ligar a nova estrada à cidade de Pucallpa, a realidade é que o município peruano está a 103 quilômetros distante da fronteira com o Brasil e, assim como ocorre em solo nacional, o caminho do lado de lá também é de mata fechada.

O Peru, portanto, teria de ter a mesma inspiração do governo Bolsonaro para abrir sua floresta até alcançar o lado brasileiro. Na tentativa de tentar driblar o licenciamento federal do projeto, membros de governo do Acre chegaram a questionar se o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) seria, de fato, o órgão responsável por autorizar a obra Uma consulta formal sobre este assunto está em andamento com o órgão, que é ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

A obra em análise pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) teria 152 quilômetros de extensão e cortaria o Parque Nacional da Serra do Divisor – uma unidade de conservação federal de proteção integral, onde, por lei, é proibido fazer qualquer tipo de obra de pequeno ou médio porte.

O Estadão apurou que, apesar de pressões locais para concentrar o licenciamento no Estado, o Ibama já tem convicção técnica de que o processo é federal.

A obra não só daria continuidade a uma estrada que é responsabilidade da União, a BR-364, como também teria impacto direto em terras indígenas e, finalmente, avançaria sobre um parque federal. São todos temas de competência federal.

Para o senador Márcio Bittar (MDB-AC), que é o relator do Orçamento federal de 2021, o fato de o licenciamento ficar com o Ibama não é um obstáculo.

“O que precisamos é viabilizar essa nova rota. Estamos fazendo um intercâmbio com o Peru”, disse Bittar. “Não é simples, nem fácil. Fazer a obra só do lado brasileiro não vai resolver nada. Mas se você não começar, não chegar ao meio do caminho, não vai para lugar nenhum.”

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Prefeito Jerry Correia está em Rio Branco e garante novas parcerias no Deracre

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Nesta sexta-feira(01), o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, cumpre agenda oficial em Rio Branco. Pela manhã, ele esteve no Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), onde se reuniu com a diretora Sula Ximenes para tratar de investimentos importantes para a infraestrutura do município.

O encontro reforça a parceria com o Governo do Acre, liderado pelo governador Gladson Camelí, que tem dado atenção especial a Assis Brasil. Como resultado, equipes do Deracre já atuam nos ramais da BR de Assis Brasil, com serviços concluídos no Ramal do 88, do 17 km e do 13 km, que agora terá saída pelo km 18. Também foi garantida a entrada no Ramal do Museu e no km 10, fruto direto do diálogo do prefeito com o governador e com a presidência do Deracre.

Outro anúncio importante é a conquista de um rolo compactador, equipamento essencial para garantir a qualidade das bases de ramais e ruas. O investimento é resultado de emenda do deputado Eduardo Velloso e será destinado ao município via Deracre.

Durante a agenda, Jerry Correia também assinou um termo de cooperação para o recebimento de 150 milheiros de tijolos, que serão utilizados na melhoria de diversas vias públicas de Assis Brasil.

Para a comunidade do Poço da Baússa, a boa notícia é a liberação da empresa responsável pela reforma da ponte construída anteriormente pelo Deracre e que sofreu danos estruturais após as fortes enxurradas. O prefeito ainda busca novas parcerias para viabilizar a ponte de Chapiama, no Ramal São Francisco.

“Estamos trabalhando com dedicação, buscando recursos e parcerias para melhorar a vida das pessoas da nossa cidade. Essas conquistas são resultado de uma gestão que não mede esforços por Assis Brasil”, destacou o prefeito.

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Prefeitura de Rio Branco garante R$ 228 mil para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

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Gestão municipal garante novo repasse à Apae e fortalece atendimento a pessoas com deficiência em Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, assinou o plano de trabalho que garante a renovação do repasse de recursos próprios para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O ato foi firmado no final da tarde dessa quarta-feira (30), durante a celebração dos 44 anos da instituição em Rio Branco.

Com o acordo renovado, um investimento de R$ 228 mil da gestão municipal deve contribuir com os trabalhos terapêuticos e educacionais.

Assinado pelo secretário João Marcos Luz, o plano de trabalho garantirá ações de inclusão, cuidado e valorização das pessoas com deficiência.

“Nossa preocupação é oferecer serviços e uma política pública que priorize o cidadão, principalmente àquele que mais precisa. Uma missão dada pelo nosso prefeito Tião Bocalom”, explicou João Marcos Luz.

De acordo com o diretor de Assistência Social, Ivan Ferreira, a prefeitura segue parceira da Apae na construção de uma sociedade mais justa, humana e acessível para todos.

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Epitaciolândia marca presença no 20º Fórum Nacional de Dirigentes Municipais de Educação

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O município de Epitaciolândia está representado no 20º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, realizado entre os dias 27 e 31 de julho, no Centro de Convenções de Salvador, na Bahia. Participam do evento a secretária municipal de Educação, Eunice Maia Gondim, e a coordenadora de Alfabetização, Raurea M. Márcia, reafirmando o compromisso do município com o fortalecimento da educação pública.

Promovido anualmente pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Fórum é considerado um dos maiores espaços de debate sobre políticas públicas educacionais do país. A edição deste ano tem como tema central “Plano Decenal de Educação: política de Estado para garantir o direito à educação” e reúne dirigentes municipais, equipes técnicas, prefeitos, vereadores e educadores de todo o Brasil.

A programação conta com palestras, mesas temáticas, atendimento governamental e uma feira com mais de 50 expositores, proporcionando um espaço rico para troca de experiências e construção coletiva de soluções para os desafios da educação pública.

Durante o evento, a secretária Eunice destacou a importância da participação de Epitaciolândia: “Estar presente em um evento dessa magnitude nos permite ampliar horizontes, trocar experiências com outros municípios e trazer novas ideias para fortalecer nossa rede de ensino. Epitaciolândia está comprometida com uma educação pública de qualidade, inclusiva e transformadora”, afirmou.

A presença da comitiva municipal no Fórum reforça o empenho da gestão em implementar políticas educacionais sólidas, alinhadas às diretrizes nacionais e voltadas para as necessidades reais dos estudantes epitaciolandenses.

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