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No Senado, Bittar já propôs diminuição da maioridade penal e fim da saída temporária de presos

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O senador defende ainda o fim do auxílio reclusão e quer acabar com a realização das audiências de custódia

As eleições gerais de 2018 mostraram que a população brasileira exige do parlamento nacional o endurecimento das leis do código penal e da execução penal. Sabe-se que a principal função do Estado em uma nação democrática é garantir o respeito e a execução da Lei para todos, sem a sombra da impunidade.

A criminalidade é fenômeno de grande complexidade, multideterminado, em que vários fatores diferentes concorrem para explicar o crime e as razões dos criminosos. Certamente, a impunidade está entre esses principais fatores geradores. Em termos gerais, a vida bandida parece compensar no Brasil. Um dado oficial corrobora e dá concretude ao fato: apenas 8% dos homicídios são desvendados, portanto, 92% dos casos de assassinatos ficam completamente impunes.

No país, chegou-se ao absurdo da existência de territórios nacionais dominados por facções criminosas, como no Rio de Janeiro e em muitas regiões metropolitanas. As taxas de homicídio por 100 mil habitantes nas capitais nordestinas e nortistas estão entre as maiores do mundo. Em 2017, mais de 63 mil mortes foram decorrentes de homicídios.

Márcio Bittar/Foto: reprodução

Na primeira semana de trabalho no Senado Federal, protocolei vários projetos de lei (PL) e duas propostas de emenda constitucional (PEC) para atacar a impunidade reinante. Neste artigo, versarei sobre alguns deles: PEC que extingue o auxílio-reclusão, PEC da maioridade penal aos 16 anos, PL proibindo a concessão de saída temporária coletiva para presos e outra proposição de lei vedando a realização de audiências de custódia.

Propus uma PEC que revoga o artigo 80 da lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, para extinguir o benefício do auxílio-reclusão. Em 2017, segundo dados do INSS, os pagadores de impostos desembolsaram para os dependentes dos presos, em regime fechado e semiaberto, a quantia de R$840,9 milhões. A PEC representará o fim do auxílio-reclusão, repondo a justiça devida às vítimas e a moralidade necessária ao combater crimes.

Outra PEC proposta por mim versa sobre a maioridade penal. Pela minha proposição são penalmente inimputáveis os menores de 16 anos, sujeito às normas de legislação especial. É notório que o código penal, hoje, não dá conta da realidade. Foi elaborado a partir de parâmetros psicológicos e sociais da década de 1940. O Brasil e o mundo de 2019 são completamente diferentes. Todo o arcabouço de informações de fácil acesso aos jovens mudou mentalidades e criou pessoas absolutamente capazes de avaliar suas ações dentro do espírito das leis.  Se um jovem de 16 anos pode votar, por que não pode responder por seus crimes? Tal paradoxo precisa ser dirimido. A Lei precisa ser modernizada para dar conta da realidade.

Em um outro PL, proponho a vedação da concessão de benefício de saída temporária coletiva, especialmente em datas comemorativas. O fim das saidinhas temporárias é um resgate do rigor necessário à execução penal. Segundo estimativas estaduais (fonte Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo), em média, 5% dos beneficiados com a saída temporária não voltam ao cárcere e seguem foragidos, provavelmente reincidindo em crimes, alguns contra a vida.  Ademais, em datas comemorativas, como Natal/Ano Novo, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais e Finados, a sociedade é ameaçada com a saída de milhares de presos causando comoção social e provocando a sensação de insegurança geral da população.

Outra proposição de minha autoria veda a realização de audiências de custódia. É premissa para haver combate eficiente aos criminosos a valorização do trabalho do policial e dos agentes públicos de segurança. O trabalho policial deve estar protegido e garantido em uma normalidade jurídica mínima. As audiências de custódia, hoje, são fatores de profunda insegurança jurídica. A proibição das audiências de custódia é a reposição da normalidade do processo penal. Não se pode consagrar direitos de criminosos em mentir e acusar injustamente agentes da Lei.

Em outra oportunidade, divulgarei outros projetos na área de segurança pública que dei entrada no Senado Federal. Durante toda a campanha de 2018, reiterei a minha vontade de atuar firmemente no combate ao crime. Considero que nada é mais prioritário, hoje, no Brasil, que tomar as medidas necessárias para barrar o avanço da criminalidade e responsabilizar criminosos por seus crimes.

*Márcio Bittar é senador pelo MDB

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Governo do Acre firma termo para apoiar atletas de natação

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A Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer (SEEL) firmou o Termo de Fomento nº 58/2025 com a Federação Aquática do Estado do Acre, destinado a apoiar a participação de atletas acreanos em competições de natação. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial desta sexta-feira, 5.

Conforme o extrato publicado, o Governo do Estado, por meio da SEEL, repassará à entidade o valor de R$ 80.239,68 em parcela única, diretamente na conta da Federação Aquática. O recurso será aplicado de acordo com o Plano de Trabalho aprovado pela secretaria.

O termo está vinculado ao órgão 718 – Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer, Unidade Gestora 001, sob o Programa de Trabalho 2096.0000 e Elemento de Despesa 44 50 42 00 00, com fonte de recursos 1.500.0100.

Vigência e possibilidade de prorrogação
O convênio terá vigência de um ano a partir da assinatura, podendo ser prorrogado mediante solicitação formal da entidade beneficiada, desde que apresentada com pelo menos 30 dias de antecedência e aprovada pela SEEL. Caso haja atraso no repasse dos recursos por parte do Governo, a prorrogação poderá ocorrer de ofício, limitada ao período correspondente ao atraso, sempre por meio de termo aditivo.

O Termo de Fomento foi assinado em 13 de novembro de 2025 pelo secretário extraordinário de Esporte e Lazer, Joziney Alves Amorim, e pelo presidente da Federação Aquática do Acre, Ricardo Sampaio Santos.

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Joaquin Assaf bate recorde estadual absoluto nos 100 metros livres

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Foto arquivo pessoal: Joaquin ainda disputará três provas no Brasileiro

Joaquin Assaf(Miragina) bateu nesta quinta, 4, durante a disputa do Campeonato Brasileiro Júnior, no parque aquático do Flamengo, no Rio de Janeiro, o recorde estadual absoluto na prova dos 100 metros livres 54”18. A marca colocou o atleta acreano na 29ª colocação no torneio nacional.

“O Joaquin baixou 16 centésimos da sua marca e isso é um resultado expressivo. Poderia ter sido ainda melhor”, declarou o presidente da Federação Aquática do Estado do Acre (FAEA), professor Ricardo Sampaio.

50 borboleta

Joaquin Assaf disputa nesta sexta, 5, a prova dos 50 metros borboleta e a meta é novamente diminuir o tempo.

“A meta precisa ser baixar o tempo. É necessário realizar uma grande prova e esperar o resultado”, afirmou Ricardo Sampaio.

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Equipe da APA termina na última colocação na Copa de Acesso 2025

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Foto leofclemos.foto: Time acreano fechou a competição sem vitória

A equipe da Associação de Paratletas Acreanos(APA) terminou na última colocação na Copa de Acesso, competição promovida pela Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas(CBBC) em Niterói, no Rio de Janeiro.

O time acreano fez quatro jogos na primeira fase do torneio e foi derrotado pelas equipes do Coyotes, do Pará, Manaus, do Amazonas, Vida Ativa, de Rondônia, e Águia, do Amapá.

Atletas da Seleção

A APA fechou o evento nacional em 2024 na última posição e para 2025 contratou as atletas Gabriela Oliveira e Débora Costa, ambas da Seleção Brasileira, e mesmo com os reforços a equipe acreana não conseguiu vencer nenhuma partida.

ADESUL é campeã

A ADESUL, do Ceará, venceu o Coyotes, do Pará, por 58 a 49 e nesta quinta, 4, conquistou o título da Copa de Acesso.

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