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No Dia do Professor, profissionais contam como é ensinar em meio à pandemia

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Resley Saab, da Agência de Notícias do Acre

Preparação de conteúdos para diversas mídias e longas caminhadas na zona rural fazem parte do novo momento dos professores, com o desafio de lecionar na pandemia da Covid-19

Carlos Lima, de 37 anos, esboçou carreira no jornalismo. Inquieto com as coisas da vida, queria dar sua parcela de contribuição para um mundo melhor. Mas após alguns anos na redação de um site local, decidiu tornar-se professor. Era a chance de ele pôr em prática seu espírito altruísta, destinado a colaborar com a sociedade por meio de um dos ofícios mais nobres já criados pela humanidade, a carreira de educador.

Arrumando os bonecos na bancada do estúdio para mais uma gravação de videoaula, o semblante é de satisfação. “É assim que tem que ser. Professor marrento não ensina direito. Esse pode até prejudicar a aprendizagem dos alunos, porque não fará seu trabalho com amor”, pontua ele, numa pausa rápida para a entrevista.

A aula que ele grava tem como tema Consciência Negra, e deverá ir para o ar no segundo semestre. O plano de curso adiantado, no entanto, não significa que Carlos esteja tranquilo com a carga horária. À tarde, o pedagogo vai correr para a Escola de Ensino Fundamental Madre Hildebranda dal Pra, no bairro Cidade Nova, para corrigir avaliações e repassar novos conteúdos a seus estudantes, nas séries iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano).

Há dez anos, o sacerdócio do ensinar o abraçou e ele se orgulha por isso, dizendo que “uma década não é dez dias”.

“Mas o que mais me deixa feliz é ver os jovenzinhos progredindo nos estudos. É encontrá-los por aí e saber que eles seguem estudando, e cada vez mais evoluindo no saber. Esse é o grande lance de uma sociedade melhor, uma geração útil, que possa se ver livre da violência, da criminalidade”, diz.

EDUCA

Cada vez mais conscientes de que tecnologia e educação, inevitavelmente, caminharão unidas, professores como o Carlos estão se reinventando nesta pandemia do novo coronavírus, num fenômeno que é inerente a todos os profissionais de educação do país.

E, acredite, neste Dia dos Professores, 15 de outubro, uma centena deles está preparando conteúdos impressos para a internet ou no rádio, enquanto que alguns se aprontam para caminhar horas a fio por estradas rurais, para chegar à casa do aluno mais distante e não deixá-lo sem estudar.

“Tudo isso para que o filho do mais humilde colono ou da lavadeira das escolas da periferia participe de forma satisfatória das atividades deste ano letivo de 2020, que de longe já é o mais conturbado de toda a história”, ressalta a professora Francisca Gadelha, 40 anos, há oito assessora da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE).

Carlos e Francisca fazem parte do Programa Escola em Casa, do Governo do Estado do Acre, que por meio da SEE vem permitindo que o ano letivo seja oferecido, em caráter excepcional, aos mais de 121 mil estudantes da rede pública estadual, nos 22 municípios.

Na era da superinformação, em que a Internet das Coisas (ou Internet of Things (IoT) que é o de uma enorme rede de dispositivos conectados) dita os comportamentos da vida moderna, os professores do Acre batem um bolão no jogo da vida escolar, seja na frente das câmeras para produzir conteúdos, seja embrenhados nas localidades mais inóspitas da floresta. Mas todos, indistintamente, abnegados por um único objetivo: oferecer o melhor a seus estudantes.

O desafio da zona rural A missão do professor Francisco José da Silva Lima de levar textos e exercícios aos estudantes do quilômetro 40 da comunidade Campo Alegre, no Ramal da Intromissão, é uma luta quase épica contra a evasão escolar e a desistência. Evita que eles se dispersem dos estudos e comprometam o andamento dos trabalhos escolares, já duramente afetados pelos efeitos da infecção por Covid-19.

A Escola Ariston Ferreira Cunha, onde ele trabalha, está localizada dentro da comunidade Campo Alegre, a 20 quilômetros da zona urbana de Capixaba, e recentemente recebeu o suporte da SEE, com computadores e mobiliários totalmente novos.

“Esse novo panorama exige muito da gente. Exige que o professor tenha resiliência, mas graças a Deus, conseguimos facilmente converter tudo isso em força e determinação para atender a comunidade escolar neste ano para lá de atípico”, pontua o professor Lima, que é da área de Biologia do ensino médio.

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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Internações por covid na UTI e enfermarias estão em queda no Acre, diz subsecretária de Saúde

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Ala Covid-19 no Acre – Foto: Odair Leal/Secom/arquivo

A subsecretária de Saúde do Acre, Paula Mariano, disse em entrevista que o número de internações por covid-19 vem diminuindo consideravelmente nos últimos dias.

A notícia tem a ver com a ocupação de leitos comuns e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Temos percebido uma diminuição satisfatória nos últimos 15 dias no Pronto-Socorro e no Into, além de uma queda no número de internações também em Cruzeiro do Sul, no Hospital de Campanha”, disse Paula.

Na última quarta-feira (5) o Into registrou 11 leitos disponíveis de UTI, e o PS desocupou outras 7 vagas. Em Cruzeiro do Sul, 6 leitos estavam disponíveis.

No maior hospital de referência do Acre, apenas 49 leitos de enfermaria, dos 160 disponíveis, estavam ocupados na data.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa do Brasil, o Acre está em queda no número de novas mortes pela doença.

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