Cotidiano
No AC, polícia orienta a como agir em caso de clonagem de WhatsApp
Criminosos estão invadindo perfis, se passando pelo usuário da conta, mandando mensagem para a lista de contatos e solicitando transferência bancária.
Por Guilherme Limes
A advogada Helena Sobral teve seu perfil de WhatsApp invadido após ser instruída por um perfil comercial falso a fazer um agendamento em um restaurante que pretendia ir em uma viagem programada.
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Após isso, o estelionatário começou a solicitar transferências bancárias para sua lista de contatos. Casos como o da advogada tem se tornado frequentes no Acre.
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Antes de cair no golpe do hacker, Helena explica que fez um agendamento com antecedência no restaurante, notificando data e horário. A advogada, então, entrou em contato com o restaurante por meio das redes sociais.
Cerca de sete dias após a realização do agendamento, um usuário do Instagram, com as mesmas informações do perfil do restaurante, enviou uma mensagem pedindo informações pessoais, como telefone e nome completo. A advogada confessa que repassou solicitações de imediato, pois estava no trânsito e não teve tempo para verificar o perfil.
“Em menos de um minuto [após repassar as informações], me ligou um rapaz com o DDD de São Paulo, falando que eles realmente estavam com as vagas [do restaurante] reduzidas, mas iriam fazer um encaixe para mim, porque eu morava muito longe. E que para isso, eu precisa acessar um link para confirmar. Perguntei se poderia parar o carro para fazer isso e ele explicou que não, que deveria ser feito na hora, pois eu ficaria sem vaga, que a fiscalização [no restaurante] estava muito em cima devido a pandemia. Me pressionou”, explicou.
Helena conta que o rapaz ainda deu detalhes sobre o menu do restaurante, o que lhe convenceu, e em seguida enviou o link para confirmar a reserva.
Após acessar o link, no mesmo momento seu perfil do aplicativo foi desconectado. A advogada tentou acessar novamente, mas solicitava um código de acesso e informava também que seu usuário já estava conectado a um outro aparelho.
Ela explica que após isso, seu perfil do WhatsApp foi clonado. E com isso, o criminoso começou a se passar por ela e solicitando dinheiro para a sua lista de contatos. Um amigo acabou caindo no golpe do estelionatário. Segundo a advogada, outro amigo teve o perfil do aplicativo também clonado.
“Um dos meus amigos, que já sabia que meu perfil havia sido clonado, e creio eu, que o estelionatário já prevendo isso, falou assim [com o perfil de Helena]: ‘Amigo, eu quero recuperar o meu WhatsApp. Recebe apenas um SMS pra mim que meu chip tá dando problema’. Ele recebeu o código. ‘Me dá o código que você recebeu no SMS’ [mensagem de texto]. Quando ele deu, o celular dele também foi clonado. O outro [amigo] foi financeiramente, ele acabou transferindo dinheiro.”, lamentou.
Poucas denúncias de clonagem do App
O delegado Nilton Boscaro disse que apresar de o golpe ser frequente houve uma redução no número de registros de denúncia.
Ainda segundo o delegado, há outros de golpes e mecanismos sendo efetuados por meio das redes sociais. Além disso, alertou para que a população não encaminhe nenhum tipo de código que tenha recebido via mensagem de texto.
“Muitas vezes estes estelionatários falam que é da OLX, por exemplo. Você vai lá e publica algo para ser vendido. Aí o espertalhão vai lá pegar seu anúncio e vai fazer contato com você, falando que é da OLX e que para efetivar a publicação desse anúncio é necessário que o cliente forneça os seis números que eles irão enviar via SMS”, explicou.
Boscaro explica que este tipo de crime é motivado por um tipo de engenharia social em que os usuários conseguem ser manipulados, assim são induzidos a fornecerem os dígitos para o estelionatário e tendo sua conta de WhatsApp clonada.
“Ele pega seu número e manda para o WhatsApp falando que esqueceu a senha. E aí o que vai acontecer? O WhatsApp vai oferecer uma opção de mandar um código por SMS para o usuário. E aí se a pessoa não se atentar, acaba repassando esse código de seis dígitos; o estelionatário pega esse código, insere no WhatsApp e acabam clonando.”
A Polícia Civil já vem trabalhando com estes crimes virtuais. Segundo o delegado, quando a agência do estelionatário é de outro estado, as investigações são realizadas seguindo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF). Ou seja, quando a situação se recebe maior vantagem em determinado estado, as autoridades da localização ficam responsáveis pelas apurações e mantém o contato direto com a delegacia local onde a vítima fez a denúncia.
Para denúncias
A Polícia Civil recomenda que para fazer as denúncias, a vítima que teve o perfil do WhatsApp clonado, deve se direcionar à delegacia para fazer o registro do boletim de ocorrência.
Recuperação e segurança do perfil
O tecnólogo em rede de computadores, Ialle Medeiros explica que estes crimes virtuais ocorrem em virtude da engenharia social que se trata basicamente de um coleta da dados efetuadas pelo hacker. E que para não acabar caindo neste tipo de golpe, os usuários devem ficar atentos as contas que estão lhe direcionando as mensagens.
“A nossa cultura é curiosa. O brasileiro é curioso. Então, por isso muitas vezes os nossos índices para cair nesses golpes é frequente. Acessando ao link da mensagem encaminhada, a pessoa acaba se tornando uma vítima de perfil clonado como a Helena. E por mais que seja uma questão simples, uma pessoa com menos entendimento sobre o assunto cai com mais facilidade.”, explicou.
Medeiros explica que há uma ferramenta que é disponibilizada pelo próprio aplicativo, mas é pouco utilizada pelos usuários que seria a ‘Verificação em dois fatores’ fazendo a liberação do PIN de segurança que protegerá o perfil. Segundo ele, isso dificulta para que hackers possam fazer os golpes.
Caso o usuário já tenha o PIN ativado, mas caiu mesmo assim em algum golpe, a vítima deve ir até o aplicativo e tenta solicitar para resgatar o código de segurança.
Entretanto para os usuários que não ativaram a ‘verificação em dois fatores’, a vítima deve ir no WhatsApp Suporte, solicitar o código de PIN, que provavelmente foi criado pelo hacker, e mesmo que o proprietário da conta não possua os dígitos, o tecnólogo aconselha que faça várias tentativas para bloquear a utilização do número de acesso pelo perfil falso.
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Casos de Covid-19 aumentam nas regiões Norte e Nordeste
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe
Pelo menos 287 pessoas morreram por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada por Covid-19 apenas neste mês de janeiro, no Brasil. O total de casos graves com diagnóstico confirmado da doença se aproxima de 900. Os dados são do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e se referem às notificações feitas ao Ministério da Saúde até o dia 25 de janeiro.
O termo síndrome respiratória aguda grave se refere ao agravamento de sintomas gripais com o comprometimento da função pulmonar. A maioria dos casos acontece após uma infecção viral. Por enquanto, quase 52% dos casos registrado este ano, com resultado positivo para algum vírus, foram provocados por Covid-19. Mas o coronavírus causou 78,7% das infecções que levaram a óbito.
Os dados dessa última atualização reforçam um alerta que já têm sido feito há algumas semanas sobre o aumento das infecções pelo coronavírus. O boletim, inclusive, considera a possibilidade de que uma nova variante mais transmissível possa estar se espalhando.
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. A incidência de casos graves é maior entre as crianças pequenas e os idosos, e a mortalidade ocorre majoritariamente em idosos. Mas o levantamento alerta que no Amazonas e em Rondônia tem sido observado um aumento de SRAG também entre jovens e adultos.
De acordo com a pesquisadora Tatiana Portela, as recomendações de praxe permanecem: “Em caso de sintomas gripais, o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, mas, se não for possível fazer esse isolamento, o recomendado é sair de casa utilizando uma boa máscara. E claro, é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a covid-19.”
O esquema atual de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza duas ou três doses (a depender do imunizante) para todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos. Além disso, idosos e pessoas imunocomprometidas devem receber uma nova dose a cada seis meses. Já as grávidas devem receber uma dose durante a gestação, e as pessoas que fazem parte de algum grupo vulnerável, como indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência ou comorbidade, devem tomar um reforço anual.
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Polícia faz duas apreensões de drogas e prende cinco pessoas em Tarauacá
Os três homens foram presos na ação, eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais
Duas apreensões de drogas foram realizadas pela Polícia Militar nesta quinta-feira, 30, em Tarauacá e cinco pessoas foram presos, sendo quatro por tráfico. Uma indígena foi detida ao ser flagrado comprando droga.
A primeira apreensão aconteceu na rua Lauriete Borges, bairro Triângulo, quando a PM percebeu uma movimentação estranha em um estabelecimento comercial. Um homem que estava no local demonstrou nervosismo ao notar a presença policial e tentou se esconder nos fundos, onde foi flagrado escondendo entorpecentes.
No total, três homens foram presos na ação e admitiram estar envolvidos na venda de drogas há cerca de um ano na região. Eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais.
Já na rua Benjamin Constant, a Polícia Militar, por meio do Serviço de Inteligência, prendeu em flagrante Rafael Vasconcelos de Melo, por tráfico de pedra de crack e oxidado. Segundo a PM, ele já tem diversas passagens por furtos, roubos e tráfico. Uma indígena que estaria comprando drogas do traficante também foi presa.
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