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No AC, disque coronavírus atendeu mais de 870 pessoas em uma semana

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Grupo criado pela Ufac tem parceria das secretarias de Saúde e Vigilância Epidemiológica do estado e município. Foi criado também o monitoramento remoto.

No AC, disque coronavírus atendeu mais de 870 pessoas em uma semana — Foto: Tácita Muniz/G1

Por Tácita Muniz, G1 AC

A iniciativa voluntária conta também com a parceria da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), além dos órgãos de saúde municipal e recentemente de outras faculdades também.

O grupo disponibilizou números de contato para que as pessoas pudessem tirar dúvidas ou até mesmo serem avaliadas sem sair de casa – é o atendimento remoto, método que vem sendo utilizado em muitos estados.

Balanço

Na semana em que começou a operar, do dia 23 a 29 de março, o disque coronavírus recebeu 878 chamadas relacionadas ao novo vírus. Deste total, 770 foram pelo WhatsApp e 108 por ligações telefônicas. Foram identificados ainda, neste primeiro atendimento, 51 pessoas com síndrome gripal.

“A maioria dos chamados é para tirar dúvidas com relação a procedimentos. Quando identificamos uma sintomatologia ou agravamento do quadro, aí entra a retaguarda dos médicos professores”, explica Osvaldo Leal, professor de atenção primária no curso de medicina na Ufac e um dos médicos envolvidos no projeto.

Os 80 internos de medicina seguem uma escala de 12 horas e, enquanto atendem, contam com a supervisão de dois médicos. Leal explica que muita coisa os internos conseguem resolver sozinhos e que apenas em casos mais complexos ou que fogem das indicações é que chegam até o especialista.

“Construímos uma grade de perguntas e respostas e, se alguma coisa fugir daquilo ali ou houver necessidade de um acompanhamento clínico maior, aí o professor entra na história e vamos discutir o caso e aí pedimos para mandar um áudio ou um vídeo da pessoa, porque conseguimos avaliar o desconforto respiratório e isso tem funcionado muito bem”, explica.

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São pedidos, por exemplo, vídeos de um minuto que mostrem o paciente ou até mesmo áudio, que podem ser enviados pelo próprio WhatsApp. Pelas imagens e sons, os médicos podem avaliar o nível de desconforto respiratório deste paciente.

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“Quando tem critério de gravidade, a gente faz um encaminhamento e comunicamos à unidade de saúde que aquele paciente está indo procurar atendimento. Então, quando ele chega na unidade o processo é mais rápido, porque ele já foi avaliado pelo grupo”, enfatiza.

Consolidado do Disque Coronavírus no Acre

Registros de chamadas Números
Chamadas no WhatsApp 770
Ligações na OCA 108
Total 878
Estavam com síndrome gripal 51
História de contato 8
História de viagem 10
Grupos de risco 12
Encaminhados para a UPA 2

Fonte: Ufac

Semanas decisivas

No quesito isolamento social, o médico destaca que as próximas semanas são decisivas para se avaliar a curva de contaminação no estado. O que pode contribuir para essa avaliação, ainda segundo o médico, é o aumento de testagem.

O estado do Acre, atualmente, tem a capacidade de fazer, por dia, 48 exames de detecção do novo coronavírus no Centro de Infectologia Charles Mérieux, onde os exames são feitos. O governo agora tenta fazer os exames também no Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen-AC) e assim conseguir dobrar o número de resultados de exames para 96.

O secretário de Saúde, Alysson Bestene, falou em coletiva nesta quarta-feira (1º), que está tentando comprar mais reagentes para que haja o aumento destes testes.

“Essas duas próximas semanas serão decisivas. A gente vai saber realmente quanto a gente vai conseguir achatar nessa curva, o que percebemos é que não está tão acelerado, mas tem uma variável que estamos tentando avaliar que é a dificuldade de acesso, no país inteiro, de acesso aos testes”, explica Leal.

Atualmente, por uma recomendação da Saúde, os testes são feitos em pacientes mais graves ou do grupo de risco.

“O isolamento social junto à testagem massiva da população, são dois parâmetros muito importantes para tomarmos medidas que possam ajudar no ponto de vista epidemiológico. São essas duas coisas, porque as demais não se aplicam, não tem tratamento nem outra medida, as duas medidas mais eficazes são essas”, reforça.

Com esse aumento nos testes, o número de casos deve aumentar, mas, é possível ter noção da real curva de contaminação.

“Com isso, a gente pode ter uma ideia de como está essa curva, porque ela vai subir, mas não necessariamente com pessoas que precisam de um cuidado mais intensivo.”

Telemonitoramento

Paralelo ao disque coronavírus, o grupo iniciou também esta semana o serviço de telemonitoramento, que consiste em acompanhar casos suspeitos e confirmados dentro do estado.

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O acompanhamento é remoto e estabelece relatório de cada paciente. Esse serviço começou na terça-feira (31), com 32 casos monitorados, sendo 16 confirmados; oito suspeitos e oito que estão no grupo de risco.

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“Ligamos para as pessoas diariamente, acompanhamos os sintomas, e, se houver necessidade, a gente faz o mesmo movimento de encaminhar para a unidade de saúde. Tudo a partir da ligação para aquela pessoa.”

Além disso, os casos que podem ser resolvidos pelo telessaúde tem vários desdobramentos, desde receita ou alguma outra demanda que pode ser resolvida sem que as pessoas precisem ir até uma unidade de saúde.

“A ideia é essa mesmo, que a pessoas possa tirar dúvidas ou ter um acompanhamento sem que ela precise sair de casa para isso”, finaliza.

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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre

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O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada 

Suene Almeida

Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.

Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário.  “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.

Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”

Oscilações do nível do Rio Acre preocupam

O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.

O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.

“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.

Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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