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Mundo deve se preparar para lidar com doença mais mortal do que a Covid, alerta OMS

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Durante um discurso, o diretor-geral da organização pediu aos países que construam sistemas de defesa para futuras pandemias
O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu aos Estados-membros, na última segunda-feira (22), durante a reunião anual da entidade, que se envolvam mais nas negociações em curso para elaborar um tratado contra pandemias com vistas a evitar que se repitam os efeitos causados pela Covid-19.
“Peço a cada Estado que se envolva de forma construtiva e urgente nas negociações do acordo contra as pandemias […] para que o mundo nunca mais tenha de enfrentar a devastação de uma pandemia como a de Covid”, destacou Tedros.
“Deve ser um compromisso geracional de que não repetiremos o pânico e a negligência que tornaram este mundo tão vulnerável”, recomendou o chefe da OMS.
Ele também afirmou que o fim da Covid como emergência internacional “não é o seu fim como ameaça à saúde” e disse que ainda existe o risco de a doença evoluir com variantes que gerem novas ondas de infecções e mortes.
“Também continua o perigo de um novo patógeno com letalidade ainda maior”, alertou Tedros, ressaltando que, portanto, é necessário construir sistemas de defesa para futuras pandemias, o que incluiria o tratado que a OMS espera finalizar em 2024.
Tedros fez um balanço dos últimos 12 meses de trabalho da OMS, marcados pela declaração, há apenas duas semanas, do fim da emergência internacional devido à Covid-19, depois de a doença ter causado cerca de 20 milhões de mortes, de acordo com os últimos cálculos da organização.
“Foi um momento de alívio, mas também de reflexão”, declarou o diretor-geral, que reiteirou que o mundo “continua a sentir dor pelas muitas perdas e pelo terrível preço pago pelas famílias, pelas comunidades, pelas sociedades e pelas economias”.
Além do Marburg: conheça outros vírus que causam hemorragias fatais
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Recentemente, o vírus Marburg ganhou os noticiários mundiais ao provocar um surto na Guiné Equatorial. Ao menos 11 pessoas já morreramno país africano vítima deste patógeno, que tem uma taxa de letalidade em torno de 88%. O Marburg é um filovírus, cujas seis espécies de vírus ebola são as únicas conhecidas da mesma família. O reservatório natural são morcegos que se alimentam de frutas na África. Ele pode ser transmitido a primatas e humanos
Além da luta contra a Covid e a mpox (cuja emergência internacional também terminou em maio), a OMS respondeu a 70 crises de saúde em 2022, “desde as inundações no Paquistão até o ebola em Uganda, da guerra na Ucrânia aos surtos de cólera em cerca de 30 países”, lembrou Tedros.
A OMS financiou essas operações com um fundo especial de emergência criado em 2014, em consequência do surto de ebola que foi declarado na África Ocidental naquele ano, e para o qual destinou quase 90 milhões de dólares (cerca de R$ 445 milhões, na cotação atual) em 2022.
Em 2023, com crises como a do Sudão e os terremotos na Turquia e na Síria, outros 37 milhões de dólares (em torno de R$ 183 milhões) já foram usados.
Tedros também ressaltou que, apesar do fim das emergências internacionais pela Covid-19 e pela mpox, ainda se mantém aquela declarada pela OMS desde 2014 para a poliomielite, com surtos especialmente graves em países como o Paquistão e o Afeganistão.
O chefe da OMS citou outras frentes de luta da entidade, como a vacinação contra múltiplas doenças, depois que cerca de 67 milhões de crianças em todo o mundo perderam o acesso a importantes campanhas de imunização durante a pandemia.
Trata-se de uma situação que a OMS quer amenizar com uma nova campanha, lançada recentemente, a fim de aumentar os níveis de vacinação infantil, para pelo menos devolvê-los aos patamares pré-pandêmicos.
No combate à tuberculose, a OMS recomendou, no ano passado, o primeiro tratamento exclusivamente oral, que reduz o prazo de aplicação de 18 para seis meses e já foi adotado em mais de cem países.
“No entanto, só podemos acabar com a tuberculose com vacinas eficazes”, disse Tedros, lembrando que foram lançados programas de estudo e financiamento desses medicamentos.
“Se foi alcançado com a Covid, também deve ser possível com a tuberculose”, assegurou.
No caso da malária, já existe uma vacina em testes, aplicada desde 2021 em três países (Malawi, Gana e Quênia), onde 1,5 milhão de menores já a receberam.
“Entre os vacinados, vimos uma redução de 30% nos casos graves de malária e uma queda de 10% na mortalidade infantil”, enfatizou.
Outra frente de destaque para a OMS é a resistência aos antimicrobianos que alguns patógenos têm desenvolvido.
Nesse sentido, Tedros lembrou a recente decisão mundial de reduzir em 30% nesta década o uso de antimicrobianos em culturas (um dos fatores que estão causando o surgimento de bactérias e vacinas mais resistentes).
“Agora que celebramos o 75º aniversário da OMS, devemos empenhar-nos ainda mais na promoção da saúde, tornando o mundo mais seguro e a serviço dos mais vulneráveis”, resumiu o diretor-geral no fim de sua mensagem.
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Netflix compra Warner e HBO Max; confira o que pode mudar no serviço de streaming

REUTERS/Francis Mascarenhas
A Netflix anunciou, nesta sexta-feira (5), a compra da Warner Bros. Discovery por US$ 72 bilhões.
A empresa afirma que a aquisição é uma estratégia valiosa para ampliar o domínio global e reforçar o catálogo com algumas das franquias mais valiosas do entretenimento.
Entre elas, estão as aclamadas sagas de Game Of Thrones (2011), Harry Potter (1998) e The Last Of Us (2023).
Essa operação promete mudar o mercado do streaming e a HBO Max pode passar por uma fusão ou ser incorporado a plataforma, isso pode afetar o preço dos planos no futuro ao integrar as plataformas Netflix e HBO.
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Homem de 79 anos procura noiva e divulga lista de requisitos absurdos
Aristocrata abre campanha para encontrar noiva, oferecendo salário e benefícios. As exigências vão do signo até a nacionalidade
Para as pessoas que estão buscando um par romântico, umas das maneiras de se conectar com alguém é usar aplicativos de namoro. No caso deste aristocrata britânico, de 79 anos, essa foi uma das opções, mas não a última. Sir Benjamin Slade lançou uma campanha anunciando que está em busca de uma noiva e que possui certas exigências — até demais.
O homem falou sobre o assunto no programa “Millionaire Age Gap Love” do Channel 5 — rede de televisão britânica — e comentou que procura por uma noiva que seja uma “boa reprodutora” para lhe dar um herdeiro. Mas não para por aí: os requisitos se estendem até a idade e ao signo do zodíaco da “sortuda”.
Será que é fácil cumprir os requisitos?
As condições do barão descendente de Carlos II envolvem que a nova namorada seja, pelo menos, 20 anos mais jovem. Além disso, é preciso saber dançar dança de salão, jogar bridge e gamão e ainda fazer palavras cruzadas.

A lista possui 11 requisitos
De acordo com informações do jornal Daily Star, Benjamin mencionou algumas outras coisas que restringem ainda mais a lista. As mulheres não podem ser escorpianas e nem ter qualquer tipo de dependência química, seja em substâncias psicoativas ou álcool.
Ele também exige fatores relacionados à nacionalidade. Sua companheira não pode ser de países que comecem com a letra “I” ou que tenham a cor verdenas bandeiras. Escocesas também estão proibidas de se candidatarem a essa “oportunidade imperdível”.
“Não me importo com canadenses, americanas, alemãs e pessoas do norte da Europa, como gosto de chamar pessoas semelhantes. Acho que casar com uma esquimó não é para mim. O que eu preciso é de uma moça simples e simpática do interior, que saiba e entenda as coisas”, disse.
Há recompensas
Com esses inúmeros requisitos, é de se esperar que o aristocrata teria que oferecer algo. Segundo ele, a pretendente escolhida será recompensada com 50 mil libras esterlinas por ano, o que corresponde a mais de R$ 270 mil. O objetivo é que com o dinheiro a mulher administre sua propriedade em Somerset, na Inglaterra.

Essa é uma das propriedades da família Slade
Além disso, a namorada também terá direito a carro, casa, despesas pagas, alimentação e até férias. Não é como se fosse incomum que homens procurem por mulheres bem mais jovens para ter relacionamentos, mas Benjamin quis explicar o motivo.
“O imposto sobre herança é de 40% e a única maneira de eu transferir ela e a coleção de arte é deixá-la para minha esposa, livre de impostos, para que distribua aos meus parentes distantes. Ela também precisaria estar segurada, por isso precisamos de uma senhora pelo menos 20 anos mais jovem do que eu, pois não posso segurar uma esposa mais velha, então quanto mais jovem, melhor. Esta é a única maneira que resta para contornar o imposto sobre herança”, comentou.

O homem já colocou anúncios em jornais, criou perfis em aplicativos de relacionamento e até congelou seu esperma, mantendo a esperança de ter um filho homem
Aos 79 anos, o homem não está a procura somente do amor. Apesar de já ter uma filha com sua ex-esposa, Sahara Sunday Spain, o aristocrata britânico deixou claro que ainda quer ter um herdeiro do sexo masculino. Nesse caso, a exigência é que “tenha semelhança genética com um de seus ancestrais paternos”.
Confira a lista completa
- Deve ser uma “boa reprodutora”
- Pelo menos 20 anos mais jovem
- Nenhuma mulher escocesa
- Deve ser capaz de ter filhos homens (ele quer dois, “um herdeiro e um reserva”)
- Nada de comunistas ou lésbicas
- Nada de mulheres com dependência química
- Nada de mulheres do signo de escorpião
- Precisa ter licença para usar espingarda e para dirigir; licença de helicóptero é um bônus
- Capaz de administrar uma propriedade de 1.300 acres (cerca de 5,2 milhões de m²) e 2 castelos
- Mais de 1,68 m de altura
- Nenhuma mulher de países que começam com a letra I ou que tenham verde na bandeira
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN




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