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MPF instaura procedimento para apurar suposta tentativa de homicídio contra líder do povo Ashaninka, no Acre

Benki Piyãko, fotografado na TI Kampa do Rio Amonea, é líder espritual e político dos ashaninka.
FOTO DE ANDRÉ DIB
Policial civil teria disparado tiros contra Benki Piyãko dentro de terra indígena
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para apurar uma tentativa de homicídio que teria sido praticada pelo policial civil José Francisco Bezerra de Menezes contra o líder indígena Benki Piyãko, dentro da terra indígena Kampa, no município de Marechal Thaumaturgo, a cerca de 600 quilômetros da capital do Acre, Rio Branco.
Segundo o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, os fatos foram amplamente divulgados pela imprensa, inclusive com citações de que o policial civil teria “problemas com a etnia”.

Após sofrer ameaças na cidade de Marechal Thaumaturgo/AC, Benki Piyãko, liderança Ashaninka do Alto Juruá, fez denúncia em 2018 à polícia para relatar os riscos de violência que estava sofrendo, em razão de sua atuação como ativista ambiental, internacionalmente premiado e reconhecido, e liderança da Comunidade Ashaninka do Rio Amônia.
Como medida preliminar, o procurador, que atua no caso em substituição na Procuradoria da República no Município de Cruzeiro do Sul, determinou que a Polícia Civil seja oficiada para informar se já existe Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado para apurar eventuais responsabilidades do policial civil José Francisco Bezerra de Menezes.
A Coordenação Regional do Juruá, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), também deverá informar ao MPF se existe procedimento instaurado no órgão, destacando que medidas estão sendo adotadas para prevenir novos atentados e proteger o povo Ashaninka.
Após a coleta das informações preliminares, o MPF dará o encaminhamento cabível ao caso.
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Quem é o novo Papa? Conheça Robert Francis Prevost, o Leão XIV, sucessor de Francisco

Novo Papa Leão XIV faz primeira aparição pública – Robert Francis Prevost é eleito o novo papa da Igreja Católica – Foto: Alberto Pizzoli/AFP
Prevost tem 69 anos, nasceu em Chicago e trabalhou na América Latina. Ele é é visto como um reformista, alinhado à linha de abertura implementada por Francisco.
A tão esperada fumaça branca que anuncia a eleição do novo papa foi expelida nesta quinta-feira (8) da chaminé da capela Sistina, no segundo dia de conclave. O cardeal Robert Francis Prevost foi eleito pelos colegas e será conhecido a partir de agora como Leão XIV.
Ele foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais – dois terços dos eleitores do conclave – e será o sucessor do papa Francisco na Cátedra de São Pedro.

Cardeal Robert Francis Prevost, dos EUA, em 30 de setembro de 2023. — Foto: Foto AP/Riccardo De Luca
Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, Prevost tem 69 anos e se torna o primeiro papa norte-americano da história da Igreja. É também o primeiro pontífice vindo de um país de maioria protestante.
Apesar da origem norte-americana, Prevost construiu grande parte de sua trajetória religiosa na América Latina, especialmente no Peru. Foi lá que se destacou até alcançar os cargos mais altos da Cúria Romana.
Gerson Camarotti: Quem é Robert Francis Prevost, o novo papa Leão 14
Ao ser eleito, ocupava duas funções importantes no Vaticano: prefeito do Dicastério para os Bispos — órgão responsável pela nomeação de bispos — e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.
De perfil discreto e voz tranquila, Prevost costuma evitar os holofotes e entrevistas. No entanto, é visto como um reformista, alinhado à linha de abertura implementada por Francisco. Tem formação sólida em teologia e é considerado um profundo conhecedor da lei canônica, que rege a Igreja Católica.
Entrou para a vida religiosa aos 22 anos. Formou-se em teologia na União Teológica Católica de Chicago e, aos 27, foi enviado a Roma para estudar direito canônico na Universidade de São Tomás de Aquino.
Foi ordenado padre em 1982 e, dois anos depois, iniciou sua atuação missionária no Peru — primeiro em Piura, depois em Trujillo, onde permaneceu por dez anos, inclusive durante o governo autoritário de Alberto Fujimori. Prevost chegou a cobrar desculpas públicas pelas injustiças cometidas no período.
Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, cargo em que foi ordenado bispo e permaneceu por nove anos. Nesse período, enfrentou a principal crise de sua trajetória: em 2023, três mulheres acusaram Prevost de acobertar casos de abuso sexual cometidos por dois padres no Peru, quando elas ainda eram crianças.
Segundo as denúncias, uma das vítimas telefonou para Prevost em 2020. Dois anos depois, ele recebeu formalmente os relatos e encaminhou o caso ao Vaticano. Um dos padres foi afastado preventivamente e o outro já não exercia mais funções por questões de saúde. A diocese peruana nega qualquer acobertamento e afirma que Prevost seguiu os trâmites exigidos pela legislação da Igreja. O Vaticano ainda não concluiu a investigação.
Durante sua passagem pelo Peru, Prevost também ocupou cargos de destaque na Conferência Episcopal local e foi nomeado para a Congregação do Clero e, depois, para a Congregação para os Bispos. Em 2023, recebeu o título de cardeal — função que ocupou por menos de dois anos antes de se tornar papa, algo raro na Igreja moderna.
Durante a internação de Francisco, Prevost foi o responsável por liderar uma oração pública no Vaticano pela saúde do então pontífice.
O conclave para a eleição do novo papa começou na quarta-feira (7), com a presença de 133 cardeais – sete deles são brasileiros. Na primeira rodada da votação, na quarta à tarde, deu fumaça preta.
O mesmo ocorreu após a segunda e a terceira rodadas, na manhã desta quinta. Para a tarde, havia a previsão de uma quarta rodada de votação perto de 12h30 (no horário de Brasília) – a fumaça branca saiu por volta das 13h07 (de Brasília).
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Prefeito de Rio Branco sanciona pacote de seis novas leis municipais
Em cerimônia realizada na tarde desta terça-feira (6), no auditório da Prefeitura de Rio Branco, o prefeito Tião Bocalom sancionou um pacote composto por seis novas leis municipais, todas de autoria de vereadores da capital acreana. O evento contou com a presença de diversos parlamentares da base governista, incluindo o presidente da Câmara Municipal, vereador Joabe Lira, além dos vereadores Moacir Júnior, Samir Bestene, Felipe Tchê, Bruno Moraes, Márcio Mustafá e Rutênio Sá.
As leis sancionadas abrangem áreas diversas, com foco em educação, esporte, valorização institucional, modernização do setor agrícola e incentivo à juventude. O prefeito destacou a importância das medidas para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes e integradas. Segundo ele, esse pacote de leis representa um avanço significativo para Rio Branco, fortalecendo a rede educacional, valorizando entidades importantes e ampliando as oportunidades para os jovens.

Bocalom: “O pacote de leis representa um avanço significativo” (Foto: Marcos Araújo/Secom)
“Primeiro é o reconhecimento de utilidade pública de algumas iniciativas que temos aqui em Rio Branco, como a Escola do Bangu, por exemplo. E a outra coisa são alguns prêmios, como o Prêmio Aluno Nota 10, que também é importante para que a gente possa ver essa juventude toda inserida no mercado de trabalho. Então, eu acho que essas leis propostas pelos nossos vereadores estão dentro daquilo que previmos no nosso plano de governo, que é exatamente gerar emprego, renda e oportunidade para as pessoas.”

Joabe: “São momentos de conquistas coletivas” (Foto: Marcos Araújo/Secom)
O presidente da Câmara, vereador Joabe Lira, celebrou a sanção como um reflexo da harmonia entre os poderes Executivo e Legislativo. Para o vereador, são momentos de conquistas coletivas: quando Executivo e Legislativo caminham juntos, quem ganha é a população.
“Foram projetos de iniciativa da Câmara dos Vereadores. Isso, com certeza, vai refletir positivamente na vida da população de Rio Branco, na vida das nossas crianças. Então, é um momento feliz e importante para o nosso município.”

(Foto: Marcos Araújo/Secom)
As seis leis sancionadas são: a Lei Municipal nº 2.561/2025: que declara de utilidade pública o Bangu Esporte Clube, de autoria do vereador Samir Bestene.
Lei Municipal nº 2.562/2025: Institui os títulos Aluno Nota 10 e Professor Destaque na rede municipal de ensino, proposta por Felipe Tchê.
Lei Municipal nº 2.563/2025: que denomina Maria Ferreira Lopes a creche de ensino infantil localizado no bairro Vila Acre, de iniciativa do vereador Joabe Lira.
Lei Municipal nº 2.564/2025: que declara de utilidade pública a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Seccional Acre, proposta pelo vereador Moacir Júnior.
Lei Municipal nº 2.565/2025: que cria o Ceasa Digital de Rio Branco, com o objetivo de modernizar a comercialização de produtos agrícolas, projeto do vereador Felipe Tchê.
E a Lei Municipal nº 2.566/2025: que Institui o Programa Jovens em Ação, voltado à inserção de jovens aprendizes na administração pública municipal, de autoria do vereador Bruno Moraes.
As novas leis entram em vigor a partir da publicação no Diário Oficial do Estado.
“A administração do prefeito Bocalom vai ficar na história. Esse é um projeto que a gente sonhou enquanto eu era presidente do sindicato das empresas terceirizadas. A gente está falando de geração de emprego, de oportunidade, de juventude e, principalmente, de experiência. Esses jovens vão ter oportunidade, e as empresas terceirizadas vão disponibilizar esses jovens aprendizes para que a administração pública os absorva”, finalizou o vereador Bruno Moraes.
- Bocalom: “O pacote de leis representa um avanço significativo” (Foto: Marcos Araújo/Secom)
- Joabe: “São momentos de conquistas coletivas” (Foto: Marcos Araújo/Secom)
- (Foto: Marcos Araújo/Secom)
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Motorista invade churrascaria e deixa quatro pessoas gravemente feridas em Rio Branco
França Cordovez perdeu controle de veículo e atingiu vítimas que estavam em estacionamento; entre os feridos, está uma criança de 10 anos
Um grave acidente de trânsito provocado por um motorista embriagado deixou quatro pessoas feridas no final da manhã desta quarta-feira (7), na Estrada do Calafate, em Rio Branco. O responsável pelo acidente foi o motorista e mecânico França Cordovez do Vale, de 47 anos.
De acordo com informações da Polícia Militar, França conduzia um veículo modelo Fiat Pálio preto, de placa MZU-0632, no sentido centro-bairro, quando perdeu o controle da direção ao tentar acessar a via principal do Bairro Novo Calafate, nas proximidades da Escola José Potiguara. O carro invadiu o estacionamento da churrascaria “Fé no Vô” e atropelou quatro pessoas que estavam no local.
As vítimas foram identificadas como Maria Dagmar Holanda Filho, 44 anos, conhecida como Isadora; Sandra Bezerra Saldanha, 33 anos; Pâmela Nascimento de Souza, 32 anos; e uma menina de 10 anos. Todas sofreram ferimentos graves.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e enviou equipes de suporte básico e avançado para o resgate. As vítimas foram estabilizadas no local e levadas ao pronto-socorro de Rio Branco, onde permanecem internadas em estado grave.
O condutor, que apresentava sinais visíveis de embriaguez, recebeu voz de prisão no local. Antes de ser conduzido à Delegacia de Flagrantes (Defla), França precisou de atendimento médico e foi encaminhado sob escolta policial ao pronto-socorro. Após receber alta, será apresentado às autoridades para os procedimentos legais.
A perícia técnica foi realizada na cena do acidente, e o veículo foi recolhido por um guincho do Detran-AC. O caso será investigado pelas autoridades de trânsito e pela Polícia Civil.
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