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Moradores desobedecem proibição e causam incêndio em Epitaciolândia
Fogo iniciado em quintal ameaçou residências e danificou infraestrutura pública. Trânsito na BR 317 foi interrompido temporariamente para garantir segurança
Um incêndio de grandes proporções assustou os moradores de Epitaciolândia, município localizado no interior do Acre, tendo início na manhã deste sábado (27). Pelo terceiro ano consecutivo, um fogo iniciado por moradores para limpar terrenos se espalhou rapidamente, levando perigo e prejuízos no local.
Mesmo com avisos claros sobre a proibição de queimadas durante o verão amazônico, alguns residentes insistem em queimar folhas em seus quintais, colocando em risco a segurança de todos. Dessa vez, as chamas se alastraram novamente por um loteamento na saída do município, na fronteira do Acre.
Os bombeiros do 5º Batalhão do Alto Acre foram prontamente acionados e mobilizaram três viaturas para salvar casas e proteger a fiação de energia e internet. Apesar dos esforços, os cabos de fibra ótica foram rompidos devido à intensidade do fogo. Os trabalhos para controlar as chamas começaram por volta das 11h e seguiram até o final do dia. Em meio à operação, transeuntes registraram o momento em que o fogo atingiu um transformador, causando uma pequena explosão.
Para garantir a segurança dos motoristas e pedestres, o trânsito na BR 317 precisou ser interrompido temporariamente enquanto os bombeiros combatiam o incêndio. A rápida resposta dos bombeiros evitou que o incidente tomasse proporções ainda maiores, mas a situação reforça a necessidade de conscientização sobre os perigos das queimadas ilegais.
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Policial penal é condenado a 19 anos e 10 meses de prisão por homicídio em Rio Branco
Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto perdeu o cargo público e deverá cumprir pena em regime fechado; defesa anunciou que vai recorrer.
O policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto foi condenado a 19 anos e 10 meses de prisão pelo assassinato do jovem Wesley Santos. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (17) pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco.
Além do homicídio, o réu também foi responsabilizado pelos crimes de lesão corporal e importunação sexual contra Rita de Cássia. O juiz Ricardo Wagner determinou o imediato cumprimento da pena em regime fechado e a perda do cargo público do condenado.
O crime ocorreu na madrugada de 7 de julho de 2025, durante uma briga no Parque de Exposições. A defesa, representada pelo advogado Wellington Santos, já adiantou que irá recorrer da decisão.

O policial penal Raimundo Nonato foi condenado a 19 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de Wesley Santos da Silva
Relembre o caso
O crime aconteceu em agosto deste ano durante a última noite da Expoacre. Após ouvirem os tiros, policiais militares que estavam no Parque de Exposições dirigiram-se ao local para atender à ocorrência. Ambas as vítimas receberam atendimento médico; entretanto, o homem não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito.
Durante audiência de custódia realizada no dia seguinte ao crime, o Ministério Público requereu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. Contudo, a decisão proferida na época resultou na concessão de liberdade provisória ao acusado.
O MPAC recorreu e obteve em segunda instância a decisão favorável para o policial penal responder ao processo em prisão preventiva. O recurso foi assinado pelo promotor de Justiça substituto Lucas Bruno Iwakami. Também atuaram no processo, a procuradora de Justiça Patrícia de Amorim Rêgo e o promotor de Justiça Carlos Pescador.
O policial penal Raimundo Nonato Veloso se apresentou em uma delegacia. Logo depois foi encaminhado para uma cela do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (BOPE).
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Quadrilha Espalha Brasa recebe título de Patrimônio Histórico Cultural do Acre
Em uma noite marcada por emoção e reconhecimento, a quadrilha junina Espalha Brasa recebeu oficialmente, nesta quarta-feira (18), o título de Patrimônio Histórico Cultural do Estado do Acre. A honraria foi entregue pelo deputado estadual Pedro Longo, em cerimônia realizada em Epitaciolândia, que contou com a presença do prefeito Sérgio Lopes, além de amigos, artistas e brincantes das juninas do Alto Acre.
O reconhecimento coroa a trajetória de uma das quadrilhas mais antigas da região, fundada em 2004 por Flabe Junior Coimbra, Roniere Almeida e Luiz Carlos Nunes, que desde o início assumiu a missão de valorizar as tradições juninas e fortalecer a cultura popular nordestina em Brasiléia e em todo o Alto Acre.
Ao longo de seus 20 anos de história, a Espalha Brasa esteve presente em festivais emblemáticos, como os arraiais de Brasiléia, do Alto Acre e o consagrado Arraial Cultural de Rio Branco, além de levar sua alegria a municípios vizinhos e até mesmo à cidade de Cobija, na Bolívia. Um dos momentos marcantes foi o prêmio de Melhor Ator em Destaque, conquistado por Luiz Carlos Nunes no tradicional casamento junino – símbolo do talento e da dedicação de seus brincantes.
Nos últimos anos, o grupo vem passando por um processo de resgate e fortalecimento, apoiado por leis de incentivo do Governo do Estado e do Governo Federal, como a PNAB, além da mobilização de amigos, artistas, brincantes e fundadores. A quadrilha também conta com o suporte da Associação de Arte e Cultura do Alto Acre e da ex-brincante e produtora cultural Enage Peres, que iniciou na junina em 2010 e desde então tem se dedicado a manter a memória e a identidade do movimento.
Atualmente, a Espalha Brasa é coordenada por Nizo Filho, que conduz o processo de revitalização junto a alunos da rede pública de ensino de Brasiléia, envolvendo jovens e garantindo a continuidade dessa tradição cultural para as novas gerações.
O título entregue à Espalha Brasa se soma a outras duas juninas do Alto Acre a Quadrilha Tradição e a Quadrilha Luar do Alto Acre que também foram reconhecidas como Patrimônio Histórico Cultural do Acre. Juntas, essas expressões artísticas representam a força da cultura junina da fronteira, reafirmando o papel das quadrilhas como espaços de identidade, pertencimento e resistência cultural.
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Animais e carga de ovos retidos em Assis Brasil a quase duas semanas mostra descaso do governo federal
Falta de fiscais do MAPA ameaça vida de lhamas e alpacas, além de inviabilizar exportação de ovos fecundados
A cidade de Assis Brasil, na tríplice fronteira do Acre, enfrenta uma grave situação envolvendo a retenção de animais vivos e cargas alimentícias há quase duas semanas. A burocracia e a falta de fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) podem resultar em prejuízos superiores a R$ 300 mil para pequenos empresários da região.
Segundo relatos, 12 lhamas e alpacas estão confinadas em uma carreta há cerca de 15 dias, em condições precárias, sem espaço adequado e expostas a fezes, urina e vermes. O atraso na liberação dos documentos necessários para exportação ameaça a sobrevivência dos animais.

Animais estão convivendo em um espaço inadequado entre fezes, urina e tapurus.
No mesmo posto fiscal, permanece parada uma carga de ovos fecundados avaliada em aproximadamente US$ 25 mil (R$ 160 mil). O empresário Pablo Cardoso, que atua no setor de importação e exportação, afirma possuir toda a documentação exigida, incluindo a Guia de Trânsito Animal (GTA), mas foi informado de que a liberação só poderia ocorrer por via aérea — medida considerada inviável devido aos altos custos.

Caminhões com cargas de ovos fecundados, considerados cargas vivas estão impedidos de passar para o Peru por falta de fiscais do MAPA.
De acordo com Cardoso, a liberação depende da presença de um fiscal do MAPA, que teria de se deslocar de Alvorada do Oeste (RO) até Assis Brasil. Ele acrescenta que em Rio Branco, a 330 km da fronteira, há servidores do órgão que poderiam realizar o serviço, mas não houve designação até o momento.

Caminhões com cargas de ovos fecundados, considerados cargas vivas estão impedidos de passar para o Peru por falta de fiscais do MAPA.
A situação, que pode levar à morte dos animais e à perda da carga de ovos, foi denunciada ao Ministério Público Federal (MPF), que foi acionado para intervir com urgência.
Enquanto isso, os empresários e produtores locais alertam para os impactos econômicos e denunciam os riscos de maus-tratos aos animais em razão da demora na liberação.
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