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Ministério da Saúde pede que capitais não relaxem o isolamento

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O Ministério da Saúde confirmou quase 21 mil casos de Covid-19, com mais de 1,1 mil mortes. Já pelo levantamento do G1, feito até as 20h deste sábado (11), são 237 casos a mais e 16 mortes a mais.

Diante do aumento constante do número de casos de Covid-19, o Ministério da Saúde defendeu que não é hora de relaxar as medidas de isolamento social, principalmente em cidades com alta incidência.

“Manaus, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro são os locais onde nós não podemos relaxar ainda com as medidas de distanciamento social e esta conversa tem sido regular. O momento é de pensar em distanciamento social, lavar as mãos com frequência, cobrir o rosto ao tossir e espirrar, usar as máscaras como nos mencionamos anteriormente. Se estiver doente, ficar em casa. Medidas de higiene, de etiqueta social e as medidas de distanciamento social são as únicas e mais eficientes armas que nós dispomos no momento”, diz o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira.

Sobre a cidade de São Paulo, onde o movimento nas ruas aumentou nos últimos dias, os técnicos do ministério alertaram que o isolamento precisa ser ampliado para diminuir a velocidade da doença.

“Nós estamos observando em São Paulo que para se ter um efeito mais significativo ou um resultado, um benefício do distanciamento social, este distanciamento social deveria estar em torno de 70%. Ainda não está no momento de relaxamento da situação em São Paulo. É o que dizem as próprias autoridades locais e é o que a gente vem observando. Obviamente todo esse desafio implica numa compreensão da população e numa adesão da população para que ela compreenda que estas medidas são justamente para proteger quem eles mais gostam, que é sua família, pessoas mais velhas e também a sua comunidade”, afirma Wanderson.

A situação mais preocupante neste momento é a de Manaus, segundo o Ministério da Saúde. Na cidade, a curva de casos está subindo tão rápido que a capacidade de atendimento está se esgotando. Por isso, o ministério está preparando medidas para ajudar a cidade, que também está enfrentando um aumento de casos de outras doenças respiratórias.

‘É uma sobreposição de duas epidemias. A epidemia de coronavírus junto com a epidemia de influenza. Então, há uma concomitância ali, uma sobreposição dessas duas curvas. A realidade de Manaus hoje no país talvez seja a mais próxima de uma tomada de decisão mais incisiva caso a população permaneça não aderindo às orientações das autoridades de saúde locais”, explica o secretário.

Na semana que vem, o governo vai mandar para Manaus mais profissionais de saúde e leitos de UTI. E neste sábado o ministério anunciou a construção de um hospital de campanha.

“Nós vamos colocar recursos para Manaus para que eles possam, imediatamente, colocar 350 leitos em funcionamento. Mandamos ontem 20 equipamentos, 20 respiradores para aumentar sua capacidade de atendimento em UTIs. Vamos mandar mais 20 respiradores ainda para Manaus. Estamos, a partir de segunda-feira, encaminhando médicos intensivistas de outros hospitais do país, alguns do Rio Grande do Sul, outros de outros locais, para ajudar no atendimento desses pacientes em Manaus“, afirma o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.

O ministério disse que vai aumentar a quantidade de testes, incluindo também casos leves.

“Vamos iniciar muito em breve uma estratégia para testagem de casos leves. Isso vai se dar de modo gradual, porque precisamos garantir que primeiro os casos graves sejam identificados corretamente porque a testagem do caso grave é para auxiliar no manejo do caso dentro do hospital. Agora há pouco eu chequei, 151 mil amostras. Toda hora aumenta. Amostras em investigação”, diz o secretário Wanderson Oliveira.

O secretário anunciou um programa piloto para aumentar a capacidade de testes por dia, mas admitiu que não será possível testar toda a população.

“Devemos iniciar um piloto na região de Curitiba e no Rio de Janeiro com as máquinas da Fundação Oswaldo Cruz. Estamos em parceria com o Instituto Butantan e o estado de São Paulo, porque lá vai se concentrar a maior rede de testagem. A gente vai chegar ao ponto de testar entre 30 e 50 mil amostras por dia. Hoje fazemos em média 4,2 mil amostras por dia. Nós não teremos testes para todas as pessoas. Os testes são para conhecer a epidemia e para algumas regiões do pais para que a gente possa tomar a decisão baseada na evidência mais robusta possível”, diz Wanderson.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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Caso Ruan: Pai acorrenta moto em outdoor em protesto pela morte de jovem em acidente de trânsito

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Fabio Santos levou veículo que filho usava no momento do acidente a um outdoor com pedido de justiça. Família criou ainda um instituto com o nome do jovem para dar assistência gratuita a vítimas de acidentes de trânsito

Pai do jovem disse que deveriam ter mudanças na legislação de transito, acerca das penalizações nos casos de acidentes. Foto: Arquivo pessoal

O advogado e árbitro Fábio Santos, pai deRuan Rhiler Rodrigues Santos, que morreu em novembro em um acidente de trânsito, acorrentou a motocicleta que o filho usava no momento da batida em um outdoor com um pedido de justiça. A fachada destaca também a criação de um instituto com o nome do jovem.

“Sua voz não será silenciada!”, destaca.

Ruan, de 23 anos, foi atropelado por uma caminhonete conduzida pelo pastor Roberto Coutinho. Conforme o Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), o automóvel, que seguia sentido Porto Acre/Rio Branco, invadiu a contramão e atingiu a vítima frontalmente. O rapaz, que também era árbitro, morreu no local.

Fábio contou que ideia de acorrentar a motocicleta ao outdoor é uma forma de conscientizar sobre os impactos das mortes no trânsito. Segundo ele, a moto do filho teve perda total.

“Essa moto simboliza a imprudência no trânsito e é um pedido de justiça. Esse menino com esse sorriso bonito, cheio de vida, que teve a vida ceifada por imprudência no trânsito, não pode s

O árbitro mandou instalar a foto do filho e o pedido de justiça em três pontos: nas proximidades do Tribunal de Justiça (TJ-AC), na Cidade da Justiça, na estrada de Porto Acre, na região do bairro Alto Alegre, onde a moto está acorrentada, e o terceiro na entrada da Vila do Incra, em Porto Acre.

Após o acidente, Fábio foi surpreendido ao descobrir que a moto foi multada na data do acidente devido a atraso no documento do veículo.

“Tirei do Detran, paguei pátio e guincho para poder simbolizar que as pessoas tenham mais consciência. Quando uma vida é tirada no trânsito, famílias se destroem”, complementou.

O advogado sugeriu ainda que deveriam ter mudanças na legislação de trânsito sobre as penalizações nos casos de acidentes. O pastor Carlos Roberto Carneiro Coutinho permaneceu no local, prestou assistência e foi levado para delegacia. Ele foi liberado após o depoimento.

“A legislação precisa mudar, sobretudo nesses casos em que a pessoa mente ao ser ouvida, assim, a penalidade seria uma outra. Tentou burlar o processo, seria ainda maior sua pena”, disse emocionado.

Ruan Santos era árbitro, assim como o pai Fábio Santos. Foto: Arquivo pessoal

Instituto Ruan Santos

Buscando amenizar a dor de quem perde um familiar no trânsito, Fábio Santos criou o instituto que leva o nome do filho para dar assistência gratuita às vítimas. As ações começam a partir de janeiro, tendo como base o trabalho voluntário.

“Vamos dar assistência gratuita para as famílias e vítimas através de amigos voluntários. Teremos psicólogos, fisioterapeutas e até apoio jurídico, além do auxílio de insumos como muletas, cadeiras de rodas e o que for preciso. Em casos de morte, como a do meu filho, vamos ajudar com o caixão, velório e até no sepultamento”, declarou.

O Instituto Ruan Santos tem o lema “Mão que Guia, Voz que Luta, Vida que Importa”. Segundo Fábio, a ideia do projeto surgiu logo após a morte do árbitro, que tinha 23 anos e deixou uma filha de seis anos que está sob cuidados da família e recebe atendimento psicológico para lidar com a perda precoce do pai.

“É um símbolo de que a morte do Ruan não fique impune e as pessoas não saiam matando”, concluiu.

Fábio contou que ideia de acorrentar a motocicleta ao outdoor é uma forma de conscientizar sobre os impactos das mortes no trânsito. Foto: captada 

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