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Médica é acusada de recusar transferência de paciente com Covid-19 e xingar equipe; vítima morreu

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Hospital particular Santa Juliana, em Rio Branco, diz que apura os fatos para se posicionar — Foto: Caio Fulgêncio/G1

Por Aline Nascimento

A médica Márcia Vasconcelos está sendo acusada de não aceitar a transferência de uma paciente com Covid-19 da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito de Rio Branco para a UTI do Hospital Santa Juliana, na segunda-feira (13).

A profissional ainda teria expulsado a equipe que levava a paciente e xingado o condutor de ambulância José Augusto Aiache, de ‘condutorzinho’.

A paciente era uma técnica em enfermagem da UPA do 2º Distrito que precisava ser transferida para uma UTI.

Segundo Aiache, a profissional não resistiu à doença e morreu nesta terça (14).

O Hospital Santa Juliana disse que apura os fatos para se posicionar sobre o caso ainda nesta terça. A unidade de saúde também confirmou a morte da paciente, mas disse que está averiguando a causa.

A reportagem não conseguiu contato com a médica Márcia Vasconcelos e nem com a família da paciente até a última atualização desta reportagem.

Condutor da ambulância José Augusto Aiache diz ter sido ofendido — Foto: Arquivo pessoal

“A paciente foi regulada pela Central de Leitos. A vaga já estava disponibilizada no Santa Juliana, então, nós do suporte avançado de Covid fomos buscar a paciente na UPA do 2º. Era uma funcionária da Saúde de 45 anos. Fomos fazer a transferência porque precisava de UTI, levamos em escala vermelha, a regulação já tinha acertado com o hospital, mas chegando lá a doutora Márcia disse que não ia receber porque não estava sabendo de nada”, afirmou o condutor.

A Central de Leitos, responsável pelas transferências entre unidades de saúde, confirmou que foi feito o contato com o médico da UTI Covid do Hospital Santa Juliana e confirmado o procedimento.

O Sindicato dos Condutores de Ambulância do Acre (Sindiconam) e Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac) divulgaram uma nota de repúdio contra a atitude da médica. Os sindicatos alegam que a “paciente ficou exposta a condicionantes que certamente poderiam ter agravado seu quadro”.

O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) também se posicionou sobre o fato. Em nota, o CRM-AC informou que soube da situação pela imprensa e que irá apurar o caso. Porém, destacou que a profissional tem o direito à defesa e ao contraditório.

A presidente do CRM-AC, Leuda Davalos, reforçou que a ‘importância da harmonia entre os profissionais da área da saúde, que neste momento delicado de pandemia estão atuando exaustivamente e bravamente na batalha contra o novo coronavírus’.

Espera na porta

Após falar com a equipe na porta da UTI, a profissional teria entrado e deixado a equipe do lado de fora por cerca de 15 minutos. O condutor disse que a preocupação era com o oxigênio da paciente que poderia acabar naquele momento.

“O certo era primeiro receber o paciente, dar os cuidados e depois discutir. Mas, no caso disse que não ia receber e deixou a gente lá na frente uns 15 minutos com o oxigênio acabando. A paciente já agonizando para ser entubada”, alegou.

Após alguns minutos, a entrada foi autorizada e a paciente instalada no leito. Porém, Aiache afirmou que a médica ainda continuava a questionar sobre a transferência

“Falei que estavam todos cientes, mas ela disse que não falava com condutorzinho, que eu saísse lá de dentro, que não falava com motorista e sim só com médico. Sou funcionário público no exercício da minha função, mas ela usou da prerrogativa de médica para me expulsar”, relembrou.

Aiache também lamentou a morte da colega de profissão. “Era uma colega nossa, mas poderia ser qualquer paciente do SUS e eu iria reclamar porque não gosto que aconteça isso. É um absurdo de um médico não receber um paciente. Não sei se influenciou na morte dela, mas deveria ter feito o melhor possível. Não dá para saber se tem relação”, concluiu. Veja notas na íntegra abaixo.

Veja nota dos sindicatos:

O Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado do Acre (Sindiconam), juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac), vem a público repudiar a postura desarrazoada, inoportuna, agressiva, negligente, antiética e desrespeitosa da médica intensivista da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Santa Juliana Márcia Vasconcelos com a equipe e paciente da Unidade de Suporte Avançado Covid -19 do Serviço Móvel de Urgência (Samu).

Na tarde do dia 13 de julho, por volta das 14h, a equipe da USA- Covid-19 realizou a transferência de um paciente previamente regulado da UPA do 2º Distrito para a UTI do Hospital Santa Juliana. Chegando na unidade de destino, a médica Márcia Vasconcelos recusou-se a receber o paciente, relatando não saber do caso, afirmando que o mesmo não foi regulado, mesmo tendo sido previamente regulado e autorizado a transferência pelo médico que a antecedeu.

Não satisfeita com a situação, a mesma manteve a equipe e o paciente em maca de transporte com oxigênio e baterias limitadas por diversos minutos, até que conseguisse contato com o médico que tinha antecedido, expondo o paciente a condicionantes que certamente poderiam ter agravado seu quadro. Com uma postura arrogante e imperiosa, com desequilíbrio emocional não compatível para sua função, a mesma questionou a conduta do médico regulador, agrediu a equipe com palavras de baixo calão, chamando o condutor Ayache de “condutorzinho” o expulsando do setor.

Diante dos fatos apresentados a estas entidades sindicais, cientes dos direitos e deveres dos trabalhadores em saúde, de seus representados e dos pacientes, nós repudiamos a postura da mesma, não só pela agressão a membros da equipe, mas pelo desrespeito a figura humana do paciente, ao tempo em que lamentamos ainda existirem profissionais cuja prepotência e arrogância mancham a imagem de uma profissão tão nobre e essencial a humanidade.

Nos solidarizamos com o paciente e com os profissionais agredidos e cientes que não há qualquer grau de subordinação entre a equipe multiprofissional e que não é mais tolerável nos tempos atuais, atos e posturas arcaicas e ignóbeis, estaremos dispondo todo o suporte jurídico aos mesmos para que possam proceder às devidas representações cíveis, éticas e administrativas.

José Augusto Ayache – Presidente Sindiconam

Jean Marcos Lunier – Presidente em exercício Sintesac

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Já o Conselho Regional de Medicina (CRM) do Acre publicou na noite desta terça-feira, 14, uma nota à imprensa onde afirma que vai apurar os fatos envolvendo a médica intensivista da UTI do Hospital Santa Juliana, Márcia Vasconcelos.

O CRM declara que é assegurado ao profissional o amplo direito à defesa e ao contraditório.

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Bombeiros encerram buscas por diarista desaparecido no Rio Purus, no Acre

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Paulo do Graça foi visto pela última vez em uma canoa; embarcação foi encontrada abandonada, mas vítima não foi localizada.

A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia. Foto: cedida 

O Corpo de Bombeiros encerrou as buscas pelo corpo de Paulo do Graça, diarista que desapareceu nas águas do Rio Purus, em Sena Madureira, no Acre, na última segunda-feira (24). As operações, que incluíram buscas subaquáticas e superficiais, não obtiveram sucesso em localizar a vítima.

De acordo com relatos de moradores, Paulo foi visto pela última vez saindo do porto da comunidade Silêncio em uma canoa. No dia seguinte, o barco foi encontrado abandonado nas proximidades do seringal Regeneração, aumentando as preocupações sobre o seu paradeiro.

As equipes de resgate trabalharam por dias na região, mas as condições do rio e a falta de pistas concretas dificultaram as operações. A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia.

O Corpo de Bombeiros informou que, por enquanto, as buscas estão suspensas, mas podem ser retomadas caso novas informações surjam. Enquanto isso, familiares e amigos aguardam por respostas sobre o destino do diarista.

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Juiz da execução penal pode mandar monitorar conversa de advogado e preso

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As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas

A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia. Foto: internet 

O juiz da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o Ministério Público, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.

Com esse entendimento, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento a recurso em Habeas Corpus ajuizado por uma advogada que teve suas conversas com um preso monitoradas pela Justiça de Goiás.

As escutas foram feitas no parlatório da unidade prisional, a pedido do MP, por indícios de que as atividades do preso, membro de uma organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada.

A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia relacionadas ao sigilo entre advogado e cliente.

Juiz da execução penal é competente

No entanto, a relatora do recurso, ministra Daniela Teixeira, observou que o Tribunal de Justiça de Goiás identificou motivos suficientes para justificar o monitoramento das conversas entre advogada e preso.

Isso porque ela não possuía vínculo formal com ele, como procuração para atuar em seu nome nos processos. E não foi designada pela família do detento.

As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas.

“A inviolabilidade do sigilo profissional pode ser mitigada em situações excepcionais, como quando há indícios da prática de crimes por parte do advogado”, explicou a ministra Daniela ao citar a jurisprudência do STJ sobre o tema.

Além disso, ela apontou que o juízo da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o MP, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.

“No caso em questão, o pedido do Gaeco foi motivado por indícios de que as atividades de um dos presos, líder da organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada”, concluiu ela. A votação foi unânime.

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Briga generalizada entre menores viraliza nas redes durante festa de Carnaval em Cobija

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Confronto ocorreu na Praça do Estudante durante tradicional jogo com balões e água; vídeos mostram momento de descontrole

O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. Foto: captada 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma briga descontrolada entre menores de idade durante as comemorações de Carnaval na Praça do Estudante, em Cobija, Bolívia, nesta segunda-feira. O confronto aconteceu enquanto os jovens participavam de um jogo tradicional boliviano que envolve balões e água, comum durante a festividade.

Nas imagens, é possível ver o momento em que a briga se inicia, com empurrões, socos e correria, deixando os espectadores em choque. Apesar da natureza lúdica da atividade, a situação rapidamente escalou para a violência, chamando a atenção de moradores e autoridades locais.

Até o momento, não há informações sobre feridos ou intervenção policial no local. O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. As celebrações, que costumam ser marcadas por alegria e diversão, foram manchadas pelo episódio de descontrole.

Veja vídeo com TV Unitel:

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