Acre
Márcio Bittar: Raio-X de um candidato
Bittar disputa pelo PMDB uma vaga ao senado, na aliança que tem com Gladson Cameli (PP)
Neto de sírios, ele nasceu no interior de São Paulo, mas chegou ao Acre aos 9 anos de idade. Foi como acreano que viveu 45 dos seus 54 anos. O site ContilNet traça hoje um perfil do candidato ao senado pelo PMDB, a exemplo do que fará com os outros candidatos.
Ainda muito jovem, quando era um estudante do 2° grau, despertou o gosto pela política. Filiou-se então ao PCB, partido que estava na clandestinidade. Sua militância em prol das causas sociais e em defesa da democracia o levou ao prêmio concedido aos melhores. Um ano em Moscou, capital da extinta União Soviética (URSS) e atual Rússia. Foi lá que passou o ano de 1984 fazendo cursos e convivendo com pessoas do mundo todo.
“Foi uma experiência enriquecedora, principalmente por causa da convivência com pessoas tão diferentes”, disse Márcio. Ao retornar ao Acre, filiou-se ao PMDB, partido que abrigava todas as nuances da esquerda.
Com o passar dos anos, trocou o PMDB pelo PPS e em seguida pelo PSDB, onde enfrentou sérias desavenças internas. Mas foi pelo partido tucano que atingiu o título de deputado federal mais votado da história do Acre. Como deputado federal, ocupou um dos cargos mais importantes do país, o de 1° Secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Finalmente, em agosto deste ano, Bittar retornou ao PMDB, sua antiga casa.
É pelo PMDB que disputa uma vaga ao senado, na aliança que tem com Gladson Cameli (PP) como cabeça de chapa.
ContilNet: Fale sobre essa engenharia política envolvendo o PPS, Solidariedade, PTB e PMDB.
MB – Em toda eleição, nos deparávamos com pessoas querendo disputar em partidos que não tivessem deputados. No fim, acabavam em partidos que apoiam o governo. O que fizemos foi oferecer a oportunidade a essas pessoas, mas em partidos de oposição. Com isso, construímos a maior chapa de oposição dos últimos anos.
O senhor aparece bem nas pesquisas. Paralelo ao número de intenções de votos, sua rejeição é apontada como a maior dentre os candidatos ao senado. Como se explica isso?
MB - Não questiono institutos de pesquisa, mas aprendi a confiar no Delta e esse instituto mostra que eu apareço empatado com Jorge Viana em 1° lugar e com uma das menores rejeições nos últimos 12 meses. Só para dar uma ideia, na última eleição, a pesquisa contratada por Tião Bocalom o colocava em 1° lugar; a contratada por Tião Viana, dava a eleição ganha por ele no 1° turno. A da Delta deu o resultado que as urnas comprovaram: Tião Viana em 1° lugar, eu em 2° e Bocalom em 3° lugar.

“Vai ser a nossa oportunidade de mostrar nossas ideias sobre economia, política e segurança”, disse Márcio. Foto: Reprodução
Qual adversário teria maior prazer em derrotar?
MB- O que me trará prazer será ganhar o governo com Gladson Cameli e as duas vagas do senado. Eu e Sérgio Petecão (PSD). O PT teve todas as chances, já chegou em uma determinada época a ter as 3 vagas no senado, presidente da República e governador. Ou seja, teve todo o poder possível para provar suas teses econômicas. Ano que vem completam 20 anos no poder e a situação do Acre mostra que as teses estavam equivocadas. Isso prova que eles são bons de campanha, mas de gestão são péssimos. Agora vai ser a nossa oportunidade de mostrar nossas ideias sobre economia, desenvolvimento, política, segurança… Portanto, a satisfação não é derrotar fulano ou beltrano, e sim o modelo deles.
Como pretende convencer o eleitorado que você é a melhor opção para o senado?
MB - Vou mostrar que sou um homem de valores, de convicções e de bandeiras. Só para ilustrar, em 2002, a Marina Silva (REDE) me convidou para a chapa dela. Vou dizer o que penso sobre o papel do senado na economia. O peso do senado nos acordos comerciais com outros países é de 100%. Portanto, é lá que quero atuar para facilitar acordos comerciais com o Peru, via Cruzeiro do Sul. Entendo que precisamos garantir o mercado peruano para os nossos produtos e junto com os peruanos vender para o mundo.
Quem é seu conselheiro político?
MB - Márcia (Bittar, esposa de Márcio) é a minha maior conselheira. Não tomo nenhuma decisão sem consultá-la antes. Além de amor, tenho uma profunda admiração por ela. É sem dúvida a pessoa mais importante da minha vida. É ela que eu quero comigo em todos os momentos, a minha vida inteira.
Ter um presidente como Temer no seu partido atrapalha?
MB - O presidente Temer tem uma popularidade horrível, mas as reformas são fundamentais. Tínhamos uma Lei Trabalhista de inspiração fascista, inspirada em Mussolini. Um entulho de mais de 60 anos. O mundo mudou, a expectativa de vida é maior. A reforma da Previdência é fundamental para acabar com privilégios. No ano passado, as mulheres do serviço público se aposentaram aos 50 anos, com a expectativa de viver até os 80. Era preciso modernizar. Quanto às denúncias, é a justiça que tem que dizer se é culpado e punir se roubou, se matou… Reagi assim até com relação ao meu irmão. É assim que penso.
Por falar em seu irmão, é verdade que Mauro Bittar fixou residência em Rio Branco para coordenar a sua campanha?
MB- Não. Ele continua morando em Belo Horizonte (MG). É um executivo de mão cheia. Seria um baita (sic) coordenador. Mas para coordenar a campanha teria que passar a campanha inteira aqui… A minha coordenadora de campanha é a Márcia.
Flaviano é o dono do PMDB do Acre?
MB - Não é verdade. Flaviano é um líder, mas é democrático. Em 2004, quando fui candidato a prefeito de Rio Branco, eu queria o apoio do PMDB. Mas parte do partido queria apoiar o Bestene (José Bestene- PP). Inclusive o Flaviano queria o Bestene. A questão foi a votação e a maioria do PMDB, a despeito da posição do Flaviano, optou por apoiar a minha candidatura. Flaviano é um líder, não o dono.
Comentários
Acre
Presidente da Câmara de Rio Branco elogia estrutura do Carnaval e destaca aquecimento da economia local
Joabe Lira prestigiou a festa no centro da capital e destacou a importância do evento para foliões e comerciantes; programação segue até terça-feira (4).
O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, Joabe Lira (PP), esteve presente no Carnaval 2025 realizado no centro da capital neste domingo (2), acompanhado de sua esposa e filhos. O vereador elogiou a iniciativa do Governo do Estado, Prefeitura e Acisa em trazer de volta o carnaval para o centro da cidade, proporcionando alegria aos foliões e aquecendo a economia local.
“Podemos ver que a estrutura está oferecendo alegria para todos os foliões e aquecendo a economia local com os comerciantes. Isso é importante para nossa cidade”, destacou Joabe Lira.
A festa, que começou às 16h ao som da banda Som dos Clarins, segue até terça-feira (4), garantindo mais momentos de alegria e integração para a população. O Carnaval da Família reforça o compromisso de oferecer uma programação acessível e inclusiva, celebrando a cultura e a tradição carnavalesca em Rio Branco.
O evento tem sido um sucesso, reunindo milhares de pessoas em um ambiente de diversão e celebração, enquanto impulsiona o comércio local e fortalece a economia da cidade.
Comentários
Acre
Mulheres que inspiram: A trajetória por trás da padaria Baronesa

Screenshot
No mês da mulher, Sebrae conta histórias de sucesso do empreendedorismo feminino acreano
Transformar sonhos em realidade é a motivação de muitos empreendedores no Brasil ao iniciarem seu próprio negócio. Esse foi o caso das empreendedoras Catherine e Sônia, donas da padaria Baronesa (@abaronesapadaria) desde 2017, localizada em Rio Branco, no Acre.
A ideia surgiu da vontade compartilhada entre as duas amigas, que se concretizou quando decidiram comprar uma padaria local, enxergando nela a oportunidade de dar uma nova identidade ao estabelecimento. Desde então, Baronesa cresceu significativamente e se consolidou como um nome conhecido no setor de panificação do Acre, especialmente pela produção de coffee breaks e cestas de café da manhã.
As empreendedoras contam que grandes desafios surgiram logo no início da jornada, como a falta de experiência no setor e a chegada da pandemia nos anos seguintes. “Decidimos entrar no negócio e, ‘pasmem’, não tínhamos conhecimento nenhum sobre essa área, mas fomos em frente mesmo assim. Logo em seguida, veio a pandemia, um monstro que cresceu à nossa frente, mas não recuamos”, conta Catherine.
Com o empreendedorismo feminino ganhando cada vez mais força no Brasil ao longo dos anos, mesmo os problemas gerados pela pandemia não impediram as mulheres de se destacarem no setor empresarial. Um estudo conduzido pelo Sebrae, em 2023, revelou que as mulheres representavam 10,1 milhões (33,9%) dos empregadores ou trabalhadores por conta própria (formais e informais) brasileiros. Ou seja, a cada 10 empreendedores brasileiros, 3,4 são mulheres.

Screenshot
Apoio do Sebrae
Catherine e Sônia souberam traçar estratégias claras, definir metas e tomar decisões assertivas com o apoio de sua equipe. Além disso, investiram em capacitação para manter o negócio em funcionamento e buscaram apoio de instituições como o Sebrae. “As parcerias nos ajudaram muito, aliás, foram fundamentais para consolidarmos nossa presença no ramo da panificação. O Sebrae sempre foi um dos nossos grandes clientes e parceiros, disponibilizando consultorias, elaborando diagnósticos de produção (manufatura), eficiência energética, entre outros serviços oferecidos pela instituição”, afirmam.
Após muitas pesquisas de mercado, organização da saúde financeira da empresa e o suporte de profissionais e instituições experientes, as empreendedoras conseguiram superar os obstáculos e seguem como referência no mercado de panificação do estado. “Houve dias em que pensamos em desistir, o desespero batia, mas nossa determinação foi maior que as dificuldades. Superamos tudo isso com a ajuda da família e dos colaboradores. Hoje, continuamos o processo de melhoria, valorizando cada vez mais os clientes e parceiros da Baronesa”, conclui Catherine.

Screenshot
Comentários
Acre
Acre registra três mortes por dengue e mais de 6 mil casos prováveis em 2025, aponta boletim epidemiológico
Incidência da doença chega a 707,4 casos por 100 mil habitantes; 21 municípios já notificaram ocorrências, com 1.953 confirmações. Dados são monitorados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou, nesta quarta-feira (26 de fevereiro de 2025), o Boletim Epidemiológico Semanal das Arboviroses, que revela um cenário alarmante no estado. De acordo com o levantamento, referente às oito primeiras semanas do ano, o Acre já contabiliza três óbitos por dengue e 6.230 casos prováveis da doença, com 1.953 confirmações.
A incidência de dengue no estado atingiu 707,4 casos por 100 mil habitantes, com registros em 21 municípios. Os dados, coletados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Online e Sinan Net), reforçam a necessidade de intensificar ações de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. As autoridades de saúde alertam para a importância da participação da população no combate aos criadouros do inseto.
Você precisa fazer login para comentar.