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Mailza articula implantação de delegacia fluvial da Marinha em Rio Branco e base de fuzileiros navais em Cruzeiro do Sul

A implantação de uma delegacia fluvial da Marinha em Rio Branco e a criação de um grupamento de fuzileiros navais em Cruzeiro do Sul foram os dois assuntos tratados pela vice-governadora, Mailza Assis, em agenda recente no Rio de Janeiro.
Atualmente, a fiscalização na capital depende da atuação da Agência Fluvial de Boca do Acre, no Amazonas, o que gera deslocamentos constantes da equipe e limitações operacionais, especialmente em períodos de maior movimentação de embarcações e motos aquáticas no Rio Acre, quando aumentam os riscos de acidentes.

“A instalação de uma base em Rio Branco vai garantir mais segurança à navegação, mais agilidade em situações de emergência e facilitar a vida da população da capital e de municípios vizinhos”, destacou a vice-governadora.
Um comparativo anual mostra que a demanda da autoridade marítima é 73% maior em Rio Branco devido ao esporte e ao recreio. Em 2021 foram 66 inscrições de embarcações em Rio Branco e 44 em Boca do Acre. No ano seguinte, foram 38 em Rio Branco e 12 em Boca do Acre. Em 2023, foram 60 inscrições em Rio Branco e apenas 9 em Boca do Acre.
Recebida pelo Almirante Costa Reis, comandante da Divisão Litorânea, Mailza também pediu a criação de um grupamento de fuzileiros navais em Cruzeiro do Sul, reforçando a importância estratégica do Juruá, região com crescente necessidade de apoio logístico e de defesa. A proposta é ampliar o suporte à tropa desdobrada nas patrulhas locais e consolidar uma atuação permanente da Marinha no interior do estado.

Quando senadora da República, Mailza destinou mais de R$ 1,2 milhão em emendas parlamentares para a Marinha do Brasil, incluindo recursos para manutenção de embarcações em Cruzeiro do Sul, aquisição de viaturas e motores de popa, além do apoio ao Navio de Assistência Hospitalar Dr. Montenegro.
Projeto de instalação
A proposta de instalação da delegacia fluvial em Rio Branco tem previsão orçamentária de R$ 30,8 milhões até 2027, e contempla a construção da estrutura, moradias e instalações operacionais. A base deve ser instalada próximo ao Posto Amapá, na Via Chico Mendes. O projeto também prevê impacto direto na redução de tempo de resposta em calamidades, além de maior representatividade institucional da Marinha do Brasil no Acre e maior facilidade para formação, inscrição e registro.
De acordo com Lauro Santos, que acompanhou a comitiva do Acre, o projeto da instalação da delegacia fluvial da Marinha em Rio Branco está fracionado em três etapas. O terreno já foi alocado pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU) para a Marinha, que está em processo de acolher o terreno.
“A Marinha fez um pedido para que o governo do Acre entre com uma parte econômica, que é a preparação da base do terreno pelo Deracre. Esse pedido vai ser analisado e será encaminhado ao Deracre para analisar a possibilidade desse apoio com infraestrutura econômica”, explicou Lauro.
Em relação à base de fuzileiros navais em Cruzeiro do Sul, o governo se propôs a dar todo o apoio, com terreno e alocação de recursos para que a Marinha se instale na região.
“Vai fortalecer nossa segurança naquela região, principalmente dos rios Môa, do Rio Azul, do Paraná dos Moas, do Juruá, porque é uma região que tem tráfico de drogas. A atribuição de fiscalizar os rios nas nossas fronteiras é da Marinha, que tem poder de polícia naquela região”, acrescentou Lauro.
Ainda durante a agenda, Mailza participou da solenidade de formatura e aniversário da Marinha do Brasil e visitou o Museu da Imigração. Durante a visita, a vice-governadora assistiu a uma apresentação cultural da banda marcial dos Fuzileiros Navais no Teatro Municipal do Rio, onde demonstrou interesse em levar o espetáculo ao Acre. “A grandiosidade e o talento da banda são um orgulho nacional. Seria uma honra proporcionar essa experiência ao povo acreano”, afirmou.
Além das agendas institucionais, Mailza visitou o Museu da Imigração da Ilha das Flores, projeto da Marinha em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), voltado à valorização da memória migratória brasileira. O espaço preserva a história da chegada de mais de um milhão de imigrantes ao país desde o século XIX. A visita teve como objetivo identificar modelos e parcerias culturais que possam inspirar iniciativas semelhantes no Acre, especialmente ligadas à educação patrimonial e à valorização da diversidade cultural.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.









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